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21 de setembro de 2024
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Janayna Matos de Sousa, de 35 anos, fez história em apenas quatro anos de competição como fisiculturista trans. Nascida no Maranhão, mas se mudou para Goiânia ainda como criança e então se filiou a Federação Goiana de Musculação, Fitness e Fisiculturismo de Goiás (Fegomff) para competir pelo estado e já acumula conquistas.

Janayna se tornou a primeira mulher trans fisiculturista premiada no estado de Goiás. A conquista inicial aconteceu em 2022 quando venceu no campeonato de Goiânia, recebendo o título de Top 1 Musa Trans Fitness. No último mês, a atleta ficou na terceira colocação na categoria Bikini Fitness, no campeonato estadual da Federação Goiana de Musculação, Fitness e Fisiculturismo de Goiás.

“Independente de classificação, a vitória foi dada a partir do momento que eu decidir passar por todo o deserto. Muita dedicação, abdicação, foco e controle psicológico! Levamos top 3, como feedback alguns pontos a melhorar e com certeza haverá uma nova versão MUSA TRANS, AGUARDEM”, disse Janayna em suas redes sociais, após o terceiro lugar.

A Fegomff confirmou que Janayna é a primeira mulher trans a competir pelo estado de Goiás. A atleta contou com o apoio para competir no Bikini Fitness e consequentemente conquistar o terceiro lugar no mês passado. Janayna agora pode se aventurar nas competições nacionais, após os torneios estaduais, no fim deste ano ou até mesmo em 2025.

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Conheça primeira mulher trans fisiculturista de Goiás que ganhou prêmios em Goiás — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Nascida no Maranhão, mas goiana de coração desde os 10 anos de idade, Janayna Matos de Sousa, de 35 anos, se tornou a primeira mulher trans fisiculturista de Goiás, segundo a Federação Goiana de Musculação, Fitness e Fisiculturismo de Goiás (Fegomff). Em quatro anos de dedicação ao esporte, conquistou dois prêmios em campeonatos estaduais do fisiculturismo.

A primeira conquista aconteceu em novembro de 2022, quando venceu no campeonato de Goiânia, recebendo o título de Top 1 Musa Trans Fitness. O segundo prêmio foi no campeonato estadual da Federação Goiana de Musculação, Fitness e Fisiculturismo de Goiás, neste mês de junho, no qual ficou em terceiro lugar na categoria Bikini Fitness.

“Para mim, foi como se fosse primeiro lugar, porque foi uma batalha ganha, foi um campeonato ganho pelo fato de que eu sou a primeira mulher trans atleta fisiculturista. Estar entre as três, entre as top três, para mim, foi maravilhoso”, declarou ao g1.

Segundo Janayna, sua conquista tem um significado ainda mais especial pelo fato de ela não ter precisado sair de Goiás para conquistar um prêmio, como acontece com mulheres trans. “Em outros estados, existem meninas que conseguiram, mas tiveram que sair da sua capital, da sua cidade, para ir para outro estado e conseguir esse título. Graças a Deus, eu consegui esse título sem sair daqui, então é muito orgulho”, contou.

Ao g1, a Fegomff informou que Janayna é a primeira mulher trans que participa de competição de fisiculturismo em Goiás. A federação contou que seguiu todos os protocolos para que Janayna pudesse competir igualmente com outras mulheres, especialmente pelo fato de que a categoria em que Janayna participou, Bikini Fitness, é a mais desafiadora, já que exige das competidoras serem magras.

Janayna Matos de Sousa, de 35 anos, é a primeira mulher trans fisiculturista de Goiás — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Antes de se interessar pelo fisiculturismo, Janayna conta que fazia musculação por questão estética desde quando tinha 23 anos. O interesse pela atividade física foi tanto que ela começou a graduação de educação física, na qual se formou em 2023.

Mesmo sendo a primeira trans no esporte em Goiás, ela afirma que conseguiu começar no fisiculturismo sem muitas barreiras ou preconceitos em razão de sua transsexualidade.

Quanto às dificuldades para competir, Janayna explica que as maiores foram encontrar um treinador, adequar a atividade com a hormonização e realizar os procedimentos específicos. “A federação solicitou o exame de testosterona por ser trans. Muitas pessoas acham errado, mas eu até entendi porque, por ser a única trans na federação em Goiás, seria uma coisa bem óbvia eles solicitarem esse exame para comprovar a feminilidade”, contou.

A fisiculturista conta que também tem de lidar com o preconceito nas redes sociais. “Só que eu considero como irrelevante, porque eu não posso simplesmente fazer a pessoa engolir uma opinião ou um tipo de tratamento. Mas no meio profissional, eu nunca fui tratada de forma diferente, sempre fui muito bem respeitada, muito bem recebida”, relatou.

Janayna tem planos de alçar voos mais altos no fisiculturismo e pretende concorrer no nível nacional. “Eu vou tentar competir no final do ano ou no próximo. Vou ver como vai estar meu corpo, se ele vai responder bem aos exercícios”, contou.

Por ser a primeira mulher trans em Goiás, a fisiculturista afirma que torce para que outras mulheres trans do estado também possam competir. “Estou engajando no mundo onde jamais outra trans no nosso estado conseguiu conquistar, conseguiu entrar. Eu acho mais especial ainda exatamente pelo fato das barreiras não serem tão grandes neste ano de 2024”, declarou.

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Imagens feitas em 3D mostram lesões na cabeça de Marcela Luise — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Ao g1, os advogados dele lamentaram a morte de Marcela. Sobre a acusação em relação ao fisiculturista, a defesa afirmou que acredita na instrução criminal e que será demonstrado que os fatos não ocorreram como narrados pela denúncia. Além disso, disse que vai entrar com pedido para que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere (leia a nota completa ao final da reportagem).

Imagens feitas em 3D mostram profundidade das lesões no corpo de Marcela Luise — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Marcela Luíse de Souza deixou uma filha de 5 anos fruto do relacionamento com o fisiculturista. Em entrevista à TV Anhanguera, a tia de Marcela contou que ela conheceu Igor na adolescência, na época da escola. Eles se reencontraram já adultos e, segundo Fernanda, começaram a se relacionar.

“Medo de sair da relação. Medo dele me matar. Gosto muito dele, mas tenho medo”, escreveu a mulher, explicar que estava triste com o relacionamento. “É muito difícil para mim, isso me corrói por dentro”, completou.

Print mostra conversa de Marcela Luise com amiga — Foto: Reprodução/Documento

“A filha 2 anos estava mexendo em uns remédios dele e ele deu um soco em Marcela por deixar a criança mexer nos remédios. Igor [também] quebrou o celular dela quando ela foi ligar para a mãe para pedir ajuda”, narrou a polícia sobre o depoimento de uma familiar de Marcela.

O caso aconteceu em 2020, enquanto o casal ainda morava em Brasília, no Distrito Federal. Na ocasião, a família de Marcela disse a ter encontrado com o olho roxo e a levado para a delegacia para prestar queixa.

Fisiculturista permanece em silêncio durante interrogatório, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O caso foi investigado pela delegada Bruna Coelho, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Em entrevista à TV Anhanguera, a investigadora contou que a polícia foi chamada pelo hospital.

“Nós fomos até [a casa] e pedimos uma perícia no local. Um perito também esteve no hospital e nós ouvimos várias pessoas”, detalhou Coelho. A delegada acredita que o fisiculturista espancou a mulher e a levou para o hospital.

A delegada afirmou que o laudo da perícia na casa onde o casal vivia e o resultado do exame de corpo de delito na vítima reafirmam a suspeita de que a mulher foi espancada pelo fisiculturista. Segundo ela, as lesões encontradas no corpo da vítima são incompatíveis com uma queda da própria altura, versão apresentada pelo suspeito.

“Não há dúvidas que a intenção dele era realmente matar a companheira. Pelos elementos que nós colhemos, observamos que as lesões são totalmente incompatíveis com uma queda da própria altura, chegando o perito médico legista a dizer que são compatíveis até mesmo com acidentes automobilísticos”, afirmou a delegada.

Um vídeo mostra o momento em que o fisiculturista foi preso (assista abaixo). Após ser indiciado pela Polícia Civil, o fisiculturista se tornou réu por matar a companheira. Em nota, a defesa de Igor Porto afirmou que a Justiça ter acatado a denúncia não causou surpresa.

Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher

Quem é o fisiculturista?

Igor Porto Galvão tem 32 anos e nasceu em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a família de Marcela, ele tinha um relacionamento com a vítima há nove anos, moraram juntos em Brasília, no Distrito Federal (DF), e viviam em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, desde janeiro de 2021.

Ele se apresenta nas redes sociais como nutricionista e profissional de educação física. Conforme informações do site do Conselho Regional de Nutricionistas da 1ª Região (CRN1), Igor tem um registro provisório de nutricionista vigente até março de 2025. O g1 questionou o Conselho por e-mail para perguntar se, após ser preso, Igor poderá perder o registro, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher — Foto: Reprodução/Redes Sociais e Reprodução/TV Anhanguera

Nota da defesa de Igor na íntegra

“A defesa recebe a notícia da denúncia e seu recebimento sem nenhuma surpresa, e acredita que na instrução criminal onde é respeitado o contraditória e a ampla defesa será demonstrado que os fatos não ocorreram como narrados na peça acusatória.”

“A defesa do investigado Igor Porto Galvão lamenta profundamente a morte de Marcela Luise, e continuará pronunciando apenas com relação às investigações. Sobre a decretação da prisão preventiva do Sr. Igor no ponto de vista da defesa não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal.

Explico, o Igor possui profissão licita, é Nutricionista e Educador Físico, endereço fixo, é primário, em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação, pelo contrário a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário a fim de realizar pericia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega Advogado que estava acompanhando o Igor, naquela oportunidade, já havia ido na Delegacia e colocado o Igor à disposição da Autoridade Policial . Até o presente momento o Igor não foi ouvido.

A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere. Todo e qualquer manifestação adicional se dará preferencialmente nos autos processuais. Reiteremos ainda nossa total confiança no Poder Judiciário para a elucidação do caso em comento, buscando sempre a preservação dos incisos LV e LVII, art. 5º, (LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;) positivados na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.”

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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

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Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher — Foto: Reprodução/Redes Sociais

“A filha 2 anos estava mexendo em uns remédios dele e ele deu um soco em Marcela por deixar a criança mexer nos remédios. Igor [também] quebrou o celular dela quando ela foi ligar para a mãe para pedir ajuda”, narrou a polícia sobre o depoimento de uma familiar de Marcela.

O caso aconteceu em 2020, enquanto o casal ainda morava em Brasília, no Distrito Federal. Na ocasião, a família de Marcela disse a ter encontrado com o olho roxo e a levado para a delegacia para prestar queixa. Marcela morreu no dia 20 de maio depois de ser levada com sinais de espancamento ao hospital pelo fisiculturista no dia 10. Ele foi indiciado por feminicídio e se tornou réu.

“Eles moravam em Brasília. Ali teve um inquérito de lesão corporal, inclusive, nós acreditamos, com os mesmos modus operandi, murros, chutes e socos. [Ela teve] medida protetiva deferida, contudo eles reataram e a medida foi arquivada”, completou.

Ao g1, os advogados dele lamentaram a morte de Marcela, mas sobre a acusação em relação ao fisiculturista, a defesa afirmou que acredita na instrução criminal e que será demonstrado que os fatos não ocorreram como narrados pela acusação. Além disso, disse que vai entrar com pedido para que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere (leia a nota completa ao final da reportagem).

Imagens feitas em 3D mostram profundidade das lesões no corpo de Marcela Luise — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Marcela Luise de Souza deixou uma filha de 5 anos fruto do relacionamento com o fisiculturista. Em entrevista à TV Anhanguera, a tia de Marcela contou que ela conheceu Igor na adolescência, na época da escola. Eles se reencontraram já adultos e, segundo Fernanda, começaram a se relacionar.

“Medo de sair da relação. Medo dele me matar. Gosto muito dele, mas tenho medo”, escreveu a mulher, explicar que estava triste com o relacionamento.

“É muito difícil para mim, isso me corrói por dentro”, completou.

Print mostra conversa de Marcela Luise com amiga — Foto: Reprodução/Documento

O caso foi investigado pela delegada Bruna Coelho, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Em entrevista à TV Anhanguera, a investigadora contou que a polícia foi chamada pelo hospital.

“Nós fomos até [a casa] e pedimos uma perícia no local. Um perito também esteve no hospital e nós ouvimos várias pessoas”, detalhou Coelho. A delegada acredita que o fisiculturista espancou a mulher e a levou para o hospital.

Fisiculturista permanece em silêncio durante interrogatório — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A delegada afirmou que o laudo da perícia na casa onde o casal vivia e o resultado do exame de corpo de delito na vítima reafirmam a suspeita de que a mulher foi espancada pelo fisiculturista. Segundo ela, as lesões encontradas no corpo da vítima são incompatíveis com uma queda da própria altura, versão apresentada pelo suspeito.

Um vídeo mostra o momento em que o fisiculturista foi preso (assista abaixo). Após ser indiciado pela Polícia Civil, o fisiculturista se tornou réu por matar a companheira. Em nota, a defesa de Igor Porto afirmou que a Justiça ter acatado a denúncia não causou surpresa.

Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher

Quem é o fisiculturista?

Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher — Foto: Reprodução/Redes Sociais e Reprodução/TV Anhanguera

Igor Porto Galvão tem 32 anos e nasceu em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a família de Marcela, ele tinha um relacionamento com a vítima há nove anos, moraram juntos em Brasília, no Distrito Federal (DF), e viviam em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, desde janeiro de 2021.

Ele se apresenta nas redes sociais como nutricionista e profissional de educação física. Conforme informações do site do Conselho Regional de Nutricionistas da 1ª Região (CRN1), Igor tem um registro provisório de nutricionista vigente até março de 2025. O g1 questionou o Conselho por e-mail para perguntar se, após ser preso, Igor poderá perder o registro, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Nota da defesa de Igor na íntegra

“A defesa recebe a notícia da denúncia e seu recebimento sem nenhuma surpresa, e acredita que na instrução criminal onde é respeitado o contraditória e a ampla defesa será demonstrado que os fatos não ocorreram como narrados na peça acusatória.”

“A defesa do investigado Igor Porto Galvão lamenta profundamente a morte de Marcela Luise, e continuará pronunciando apenas com relação às investigações. Sobre a decretação da prisão preventiva do Sr. Igor no ponto de vista da defesa não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal.

Explico, o Igor possui profissão licita, é Nutricionista e Educador Físico, endereço fixo, é primário, em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação, pelo contrário a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário a fim de realizar pericia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega Advogado que estava acompanhando o Igor, naquela oportunidade, já havia ido na Delegacia e colocado o Igor à disposição da Autoridade Policial . Até o presente momento o Igor não foi ouvido.

A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere. Todo e qualquer manifestação adicional se dará preferencialmente nos autos processuais. Reiteremos ainda nossa total confiança no Poder Judiciário para a elucidação do caso em comento, buscando sempre a preservação dos incisos LV e LVII, art. 5º, (LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;) positivados na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.”

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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

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Imagens de uma conversa de Marcela Luise de Souza, que morreu após ser levada ao hospital com sinais de espancamento, mostra que ela tinha medo de terminar a relação com o fisioculturista Igor Porto Galvão, de 31 anos. Ele foi denunciado e se tornou réu por feminicídio.

Os prints, que constam no inquérito policial, mostram que Marcela Luise chega a temer pela própria vida, caso terminasse a relação com o fisioculturista. “Medo de sair da relação”, afirma na conversa com uma amiga. “Medo de ele me matar”, reforça.

Além disso, a vítima relata que era xingada por Igor Porto. “Gosto muito dele, mas tenho medo. Falou que sou burra, que nem faculdade passo”, escreveu na mensagem enviada para amiga. Marcela teve um relacionamento de 5 anos com o fisioculturista.

Marcela foi levada para o hospital pelo fisioculturista

Marcela foi internada em 10 de maio em um hospital particular de Aparecida de Goiânia, onde foi levada pelo próprio companheiro, e morreu dez dias depois, em decorrência de várias agressões. Quando chegou na unidade, o fisiculturista Igor Porto Galvão afirmou que a esposa tinha se machucado após cair com a cabeça no chão, enquanto limpava a casa.

Os médicos que a atenderam, porém, decidiram acionar a polícia após constatarem que a mulher tinha vários hematomas não condizentes com uma queda, como traumatismo craniano dos dois lados da cabeça e na base do cérebro, além de fraturas na clavícula e em oito costelas.

Após a morte da mulher de 31 anos em 20 de maio, que teria sido agredida pelo marido, a delegada Bruna Coelho antecipou ao Mais Goiás que ele responderá por feminicídio consumado. No dia 24 de maio, o inquérito foi apresentado.

Defesa

“A defesa do investigado Igor Porto Galvão lamenta profundamente a morte de Marcela Luise, e continuará pronunciando apenas com relação às investigações”, disse a nota enviada ao Mais Goiás após a confirmação do óbito. Já sobre a detenção do suspeito, que também é nutricionista, eles dizem que, no ponto de vista da defesa, “não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal”.

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(Foto: Reprodução)

Vítima morreu por traumatismo craniano após 10 dias internada em estado gravíssimo. Igor Porto alegou que Marcela Luíse caiu sozinha enquanto limpava a casa. Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher – Goiás
Reprodução/Redes Sociais e Reprodução/TV Anhanguera
O fisiculturista Igor Porto Galvão, acusado de matar mulher espancada, já foi denunciado por agressão, ameaça e tráfico de anabolizantes, apontou a investigação da Polícia Civil (PC). Marcela Luíse, de 31 anos, morreu por traumatismo craniano após 10 dias internada em estado gravíssimo.
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Ao g1, a defesa de Igor informou que não vai se manifestar sobre as denúncias “do passado” do fisiculturista. Sobre a acusação da morte de Marcela, a defesa afirmou que acredita na instrução criminal e que será demonstrado que os fatos não ocorreram como narrados pela acusação.
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Durante a investigação da morte de Marcela, a delegada Bruna Coelho pesquisou o histórico de denúncias contra o fisiculturista. Segundo ela, Igor tem registros de ocorrências de brigas com uma vizinha por causa de cachorro e com o funcionário de um supermercado.
“Ele tem o temperamento muito explosivo e agressivo”, afirma a delegada.
Agressão e ameaça
Além dessas ocorrências, conforme o inquérito policial, em abril de 2015, o fisicultura foi denunciado por uma ex-namorada por injúria, ameaça e lesão corporal. De acordo com o documento, após o fim do relacionamento, Igor teria convidado a mulher para conversar a tentar reatar o namoro.
Entretanto, segundo o inquérito, durante a conversa, o fisiculturista teria pedido para ver o celular da ex-namorada e vista conversas com um novo pretendente de mulher. Neste momento, ele teria começado a xingar a mulher e, em seguida, conforme relatado da vítima, a enforcado com uma das mãos.
“Muito nervoso, ele disse: você é uma puta, uma vadia e uma vagabunda. Eu vou matar você”, detalha a denúncia da ex-namorada.
Por ser um caso de violência doméstica, o processo da ex-namorada contra Igor correu em segredo de justiça. O inquérito da Polícia Civil (PC) não consta o desdobramento da denúncia e, devido ao sigilo do processo, o g1 não pôde verificar qual foi o desfecho.
Tráfico de anabolizantes
A pesquisa da delegada ainda identificou que, em novembro de 2015, em Brasília, no Distrito Federal (DF), o fisiculturista foi preso em flagrante por tráfico de substância entorpecente e por porte de substância entorpecente para consumo pessoal.
Na ocasião, foram apreendidos na casa do fisiculturista mais de 60 frascos de anabolizantes diversos, além de siringas, agulhas e receituários médicos em nomes de terceiros. Conforme documento, Igor assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
Denúncia
O caso foi investigado pela delegada Bruna Coelho, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Em entrevista à TV Anhanguera, a investigadora contou que a polícia foi chamada pelo hospital.
“Nós fomos até a casa e pedimos uma perícia no local. Um perito também esteve no hospital e nós ouvimos várias pessoas”, detalhou Coelho. A delegada acredita que o fisiculturista espancou a mulher e a levou para o hospital.
“Ele disse para a equipe médica que ela estava limpando a casa quando escorregou e caiu. Segundo ele, ela convulsionou e as lesões foram causadas pela queda. Então, ele deu um banho nela e a levou para o hospital, onde, de imediato, ela foi levada para uma cirurgia e depois para a UTI”, afirmou.
Marcela
Marcela Luise de Souza foi levada pelo fisiculturista para o hospital no último dia 10 de maio e, na ocasião, segundo a Polícia Civil (PC), Igor disse aos médicos que a mulher caiu em casa. Câmeras de segurança registraram o exato momento em que o carro do casal deixou o condomínio onde eles moravam.
Vídeo mostra fisiculturista carregando mulher espancada até hospital
À TV Anhanguera, a tia de Marcela disse que ela era uma mulher doce, amorosa e muito sorridente. Ela trabalhava há três meses como secretária do fisiculturista e não tinha redes sociais. “Ela tinha, mas apagou. Quando perguntaram, ela disse que precisava de foco, se concentrar mais e que [as redes sociais] tomavam muito o tempo dela. Mas a gente sabe que era uma forma dele controlar ela”, ressaltou.
A mulher deixou uma filha de 5 anos, fruto do relacionamento com o fisiculturista. A tia de Marcela contou que ela conheceu Igor na adolescência, na época da escola. Eles se reencontraram já adultos e começaram o relacionamento.
Quem é o fisiculturista?
Igor Porto Galvão tem 32 anos e nasceu em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a família de Marcela, ele tinha um relacionamento com a vítima há nove anos. Eles moraram juntos em Brasília, no Distrito Federal (DF), e viviam em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, desde janeiro de 2021.
Ele se apresenta nas redes sociais como nutricionista e profissional de educação física. Conforme informações do site do Conselho Regional de Nutricionistas da 1ª Região (CRN1), Igor tem um registro provisório de nutricionista vigente até março de 2025. O g1 questionou o Conselho por e-mail para saber se, após ser preso, Igor poderá perder o registro, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Histórico de violência
A investigação polícia descobriu que o fisiculturista tem um histórico de violência doméstica. “Ele tem antecedentes de Maria da Penha com ex-namorada e com a própria vítima. [Ela teve] medida protetiva deferida, contudo eles reataram e a medida foi arquivada”, explicou a delegada.
“Eles moravam em Brasília. Ali teve um inquérito de lesão corporal, inclusive, nós acreditamos, com os mesmos modus operandi, murros, chutes e socos”, completou.
Nota da defesa de Igor na íntegra
A defesa do investigado Igor Porto Galvão lamenta profundamente a morte de Marcela Luise, e continuará pronunciando apenas com relação às investigações. Sobre a decretação da prisão preventiva do Sr. Igor no ponto de vista da defesa não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal.
Explico, o Igor possui profissão licita, é Nutricionista e Educador Físico, endereço fixo, é primário, em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação, pelo contrário a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário a fim de realizar pericia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega Advogado que estava acompanhando o Igor, naquela oportunidade, já havia ido na Delegacia e colocado o Igor à disposição da Autoridade Policial . Até o presente momento o Igor não foi ouvido.
A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere. Todo e qualquer manifestação adicional se dará preferencialmente nos autos processuais. Reiteremos ainda nossa total confiança no Poder Judiciário para a elucidação do caso em comento, buscando sempre a preservação dos incisos LV e LVII, art. 5º, (LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;) positivados na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
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FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2024/05/31/agressao-ameaca-e-trafico-de-anabolizantes-veja-crimes-pelos-quais-fisiculturista-acusado-de-matar-mulher-espancada-ja-tinha-sido-denunciado.ghtml

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Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher – Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais e Reprodução/TV Anhanguera

Ao g1, a defesa de Igor informou que não vai se manifestar sobre as denúncias “do passado” do fisiculturista. Sobre a acusação da morte de Marcela, a defesa afirmou que acredita na instrução criminal e que será demonstrado que os fatos não ocorreram como narrados pela acusação.

“Ele tem o temperamento muito explosivo e agressivo”, afirma a delegada.

Além dessas ocorrências, conforme o inquérito policial, em abril de 2015, o fisicultura foi denunciado por uma ex-namorada por injúria, ameaça e lesão corporal. De acordo com o documento, após o fim do relacionamento, Igor teria convidado a mulher para conversar a tentar reatar o namoro.

Entretanto, segundo o inquérito, durante a conversa, o fisiculturista teria pedido para ver o celular da ex-namorada e vista conversas com um novo pretendente de mulher. Neste momento, ele teria começado a xingar a mulher e, em seguida, conforme relatado da vítima, a enforcado com uma das mãos.

“Muito nervoso, ele disse: você é uma puta, uma vadia e uma vagabunda. Eu vou matar você”, detalha a denúncia da ex-namorada.

Por ser um caso de violência doméstica, o processo da ex-namorada contra Igor correu em segredo de justiça. O inquérito da Polícia Civil (PC) não consta o desdobramento da denúncia e, devido ao sigilo do processo, o g1 não pôde verificar qual foi o desfecho.

Tráfico de anabolizantes

A pesquisa da delegada ainda identificou que, em novembro de 2015, em Brasília, no Distrito Federal (DF), o fisiculturista foi preso em flagrante por tráfico de substância entorpecente e por porte de substância entorpecente para consumo pessoal.

Na ocasião, foram apreendidos na casa do fisiculturista mais de 60 frascos de anabolizantes diversos, além de siringas, agulhas e receituários médicos em nomes de terceiros. Conforme documento, Igor assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

O caso foi investigado pela delegada Bruna Coelho, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Em entrevista à TV Anhanguera, a investigadora contou que a polícia foi chamada pelo hospital.

“Nós fomos até a casa e pedimos uma perícia no local. Um perito também esteve no hospital e nós ouvimos várias pessoas”, detalhou Coelho. A delegada acredita que o fisiculturista espancou a mulher e a levou para o hospital.

“Ele disse para a equipe médica que ela estava limpando a casa quando escorregou e caiu. Segundo ele, ela convulsionou e as lesões foram causadas pela queda. Então, ele deu um banho nela e a levou para o hospital, onde, de imediato, ela foi levada para uma cirurgia e depois para a UTI”, afirmou.

Marcela Luise de Souza foi levada pelo fisiculturista para o hospital no último dia 10 de maio e, na ocasião, segundo a Polícia Civil (PC), Igor disse aos médicos que a mulher caiu em casa. Câmeras de segurança registraram o exato momento em que o carro do casal deixou o condomínio onde eles moravam.

Vídeo mostra fisiculturista carregando mulher espancada até hospital

À TV Anhanguera, a tia de Marcela disse que ela era uma mulher doce, amorosa e muito sorridente. Ela trabalhava há três meses como secretária do fisiculturista e não tinha redes sociais. “Ela tinha, mas apagou. Quando perguntaram, ela disse que precisava de foco, se concentrar mais e que [as redes sociais] tomavam muito o tempo dela. Mas a gente sabe que era uma forma dele controlar ela”, ressaltou.

A mulher deixou uma filha de 5 anos, fruto do relacionamento com o fisiculturista. A tia de Marcela contou que ela conheceu Igor na adolescência, na época da escola. Eles se reencontraram já adultos e começaram o relacionamento.

Quem é o fisiculturista?

Igor Porto Galvão tem 32 anos e nasceu em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a família de Marcela, ele tinha um relacionamento com a vítima há nove anos. Eles moraram juntos em Brasília, no Distrito Federal (DF), e viviam em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, desde janeiro de 2021.

Ele se apresenta nas redes sociais como nutricionista e profissional de educação física. Conforme informações do site do Conselho Regional de Nutricionistas da 1ª Região (CRN1), Igor tem um registro provisório de nutricionista vigente até março de 2025. O g1 questionou o Conselho por e-mail para saber se, após ser preso, Igor poderá perder o registro, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

A investigação polícia descobriu que o fisiculturista tem um histórico de violência doméstica. “Ele tem antecedentes de Maria da Penha com ex-namorada e com a própria vítima. [Ela teve] medida protetiva deferida, contudo eles reataram e a medida foi arquivada”, explicou a delegada.

“Eles moravam em Brasília. Ali teve um inquérito de lesão corporal, inclusive, nós acreditamos, com os mesmos modus operandi, murros, chutes e socos”, completou.

Nota da defesa de Igor na íntegra

A defesa do investigado Igor Porto Galvão lamenta profundamente a morte de Marcela Luise, e continuará pronunciando apenas com relação às investigações. Sobre a decretação da prisão preventiva do Sr. Igor no ponto de vista da defesa não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal.

Explico, o Igor possui profissão licita, é Nutricionista e Educador Físico, endereço fixo, é primário, em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação, pelo contrário a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário a fim de realizar pericia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega Advogado que estava acompanhando o Igor, naquela oportunidade, já havia ido na Delegacia e colocado o Igor à disposição da Autoridade Policial . Até o presente momento o Igor não foi ouvido.

A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere. Todo e qualquer manifestação adicional se dará preferencialmente nos autos processuais. Reiteremos ainda nossa total confiança no Poder Judiciário para a elucidação do caso em comento, buscando sempre a preservação dos incisos LV e LVII, art. 5º, (LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;) positivados na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

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A Justiça de Goiás aceitou, nessa quarta-feira (29), a denúncia do Ministério Público contra o fisiculturista Igor Porto Galvão, de 31 anos, suspeito de matar a própria mulher espancada. O homem será julgado por feminicídio e pode pegar 30 anos de prisão.

Na decisão, o juiz Leonardo Fleury Curado Dias afirma que a denúncia e o inquérito policial apresentam indícios de que Igor agiu com intenção de matar, estimulado por motivo fútil, utilizando-se de meio cruel, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, fato que caracteriza o crime como feminicídio.

O magistrado ainda ressalta que o Ministério Público entendeu que as agressões praticadas pelo fisiculturista foram a causa da morte de Marcela.

Agora, Igor terá um prazo de 10 dias úteis para responder à acusação por escrito e apresentar sua versão e documentações para sua defesa. Caso ele não responda no prazo, a Justiça irá nomear um defensor público para atuar no caso.

Entenda o crime

Marcela Luise, de 31 anos, morreu na noite do dia 20 de maio, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, após ficar 10 dias internada em coma em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No dia 10 de maio, Igor levou a mulher desacordada até a unidade de saúde e afirmou que ela havia caído da escada.

Ele chegou a fazer uma publicação nas redes sociais horas após ela ser internada dizendo que estava com saudades: “A saudade e a angústia que não acaba mais. Você tem que voltar logo”. Igor foi preso no dia 17 de maio.

Histórico de violência

De acordo com uma apuração do Metrópoles, o suspeito já respondeu por outros processos de violência doméstica contra uma ex-namorada e também contra a atual companheira, inclusive com pedido de medida protetiva. Igor mantinha uma união estável com Marcela há 9 anos.

Em 2020, ela foi até a polícia pedir uma medida protetiva contra Igor após denunciar ter sido agredida, injuriada e ameaçada pelo fisiculturista.

Na ocasião, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) determinou que Igor mantivesse distância mínima de 200 metros de Marcela, além de não ter contato via redes sociais com Marcela. Porém, um mês depois, ela reatou com Igor e retirou a queixa.



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A Justiça de Goiás aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réu o fisiculturista Igor Porto Galvão, acusado de espancar e matar a companheira, Marcela Luise, de 31 anos. A mulher foi levada a um hospital por ele muito machucada e passou 10 dias internada, mas não resistiu. O homem alegava que ela caiu ao fazer faxina em casa, porém, exames apontaram que ela sofreu traumatismo craniano, além de múltiplas fraturas pelo corpo.

O MP-GO destacou na denúncia que Igor cometeu o crime de feminicídio contra a companheira, o que foi acatado pelo juiz Leonardo Fleury. O magistrado deu o prazo de 10 dias para que a defesa do fisiculturista apresente seus argumentos.

Ao site G1, os advogados que o representam disseram que não ficaram surpresos com a decisão da Justiça de tonar Igor réu e que acreditam na instrução criminal. Eles ressaltaram que vão provar a inocência dele ao longo do processo.

O fisiculturista está preso desde o último dia 17 de maio. A delegada Bruna Coelho, responsável pelas investigações do caso na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, disse que o fisiculturista espancou Marcela com a intenção de matá-la.

“Não há dúvidas que a intenção dele era realmente matar a companheira. Pelos elementos que nós colhemos, observamos que as lesões são totalmente incompatíveis com uma queda da própria altura, chegando o perito médico legista a dizer que são compatíveis até mesmo com acidentes automobilísticos”, afirmou a delegada.

A investigadora destacou, ainda, que o homem tem um histórico de agressões e de ser violento com suas companheiras.

“Após várias testemunhas que nós ouvimos, traçamos o perfil de uma pessoa manipuladora, controladora, que tinha vários relacionamentos extraconjugais, inclusive com o conhecimento e impondo isso a companheira. Entre outras provas que nos levaram a conclusão de que ele é o suposto autor do crime”, ressaltou Bruna.

Relembre o caso

Marcela recebia cuidados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Mônica desde o último dia 10 de maio. O fisiculturista alegou que ela caiu ao fazer faxina em casa, quando começou a convulsionar. Porém, exames mostraram várias lesões e ela faleceu na noite do último dia 20.

O caso foi denunciado à polícia pelos médicos, por conta da gravidade dos ferimentos que a vítima apresentava.

“O hospital entrou em contato com a delegacia informando que trata-se de múltiplas lesões, o que não é condizente com uma queda. Ela teve traumatismo craniano dos dois lados da cabeça e na base do crânio, fraturou a clavícula, oito costelas e teve várias escoriações pelo corpo”, contou a delegada.

Assim, o fisiculturista foi preso e teve a detenção mantida em audiência de custódia. Agora, virou réu pelo crime de feminicídio.

Fisiculturista Igor Porto Brandão, de 31 anos, virou réu pela morte de Marcela Luise, também de 31, em Goiás (Reprodução/Redes sociais)

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Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher – Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu a denúncia contra o fisiculturista Igor Porto Galvão por matar Marcela Luise de Souza Ferreira. O crime ocorreu no Parque São Pedro, em Aparecida de Goiânia. Segundo a Polícia Civil, o homem chegou a levar a mulher para o hospital e alegar que ela tinha caído.

Na denúncia, o promotor de Justiça relatou que a vítima e o denunciado mantinham união estável há 9 anos, período em que tiveram uma filha, hoje com 5 anos. Conforme o MP, o relacionamento foi marcado por agressões físicas, verbais e psicológicas e traições por parte do denunciado.

Igor foi denunciado por homicídio com quatro qualificadoras:

  • Motivo fútil: O homicídio foi cometido por um motivo insignificante ou desproporcional..
  • Meio cruel: O crime foi cometido com uso de meios que causam sofrimento excessivo ou prolongado à vítima.
  • Recurso que impossibilitou a defesa: A vítima foi atacada com meios que impedem ou dificultam a defesa.
  • Contra a mulher: Homicídio cometido contra uma mulher em contexto de violência doméstica e familiar, ou em razão da condição de sexo feminino, configurando feminicídio.

O MP também pediu fixação de valores para reparação dos danos causados. Os advogados de Igor Porto Galvão lamentaram a morte de Marcela e disseram que entrarão com pedidos para que a prisão preventiva seja substituída por outras medidas cautelares (leia a nota completa ao final da reportagem). Sobre a denúncia, a defesa disse que recebeu a notícia “sem nenhuma surpresa” e acredita que, na instrução criminal, onde são respeitados o contraditório e a ampla defesa, será demonstrado que os fatos não ocorreram como narrados na peça acusatória.

Conforme a denúncia, após as agressões e, com intuito de se livrar da punição, Igor deu banho na mulher e, com ela desfalecida, a levou a um hospital, apresentando a versão de que ela teria sofrido um acidente doméstico. A vítima foi internada na unidade de saúde no dias 10 e morreu no dia 20 de maio.

O caso foi investigado pela delegada Bruna Coelho, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Em entrevista à TV Anhanguera, a investigadora contou que a polícia foi chamada pelo hospital.

“Nós fomos até [a casa] e pedimos uma perícia no local. Um perito também esteve no hospital e nós ouvimos várias pessoas”, detalhou Coelho. A delegada acredita que o fisiculturista espancou a mulher e a levou para o hospital.

“Ele disse para a equipe médica que ela estava limpando a casa quando escorregou e caiu. Segundo ele, ela convulsionou e as lesões foram causadas pela queda. Então, ele deu um banho nela e a levou para o hospital, onde, de imediato, ela foi levada para uma cirurgia e depois para a UTI”, afirmou.

Marcela Luise de Souza foi levada pelo fisiculturista para o hospital no último dia 10 de maio e, na ocasião, segundo a Polícia Civil (PC), Igor disse para os médicos que a mulher caiu em casa. Câmeras de segurança registraram o exato momento em que o carro do casal deixou o condomínio em que eles moravam.

À TV Anhanguera, a tia de Marcela contou que ela era uma mulher doce, amorosa e muito sorridente. Ela trabalhava há três meses como secretária do fisiculturista e não tinha redes sociais. “Ela tinha, mas apagou. Quando perguntaram, ela disse que precisava de foco, se concentrar mais e que [as redes sociais] tomavam muito o tempo dela. Mas a gente sabe que era uma forma dele controlar ela”, ressaltou.

A mulher deixou uma filha de 5 anos fruto do relacionamento com o fisiculturista. Em entrevista à TV Anhanguera, a tia de Marcela contou que ela conheceu Igor na adolescência, na época da escola. Eles se reencontraram já adultos começaram o relacionamento.

Quem é o fisiculturista?

Fisiculturista Igor Porto Galvão, preso suspeito de agredir a esposa, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Igor Porto Galvão tem 32 anos e nasceu em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a família de Marcela, ele tinha um relacionamento com a vítima há nove anos, moraram juntos em Brasília, no Distrito Federal (DF), e viviam em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, desde janeiro de 2021.

Ele se apresenta nas redes sociais como nutricionista e profissional de educação física. Conforme informações do site do Conselho Regional de Nutricionistas da 1ª Região (CRN1), Igor tem um registro provisório de nutricionista vigente até março de 2025. O g1 questionou o Conselho por e-mail para perguntar se, após ser preso, Igor poderá perder o registro, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

A investigação polícia descobriu que o fisiculturista tem um histórico de violência doméstica. “Ele tem antecedentes de Maria da Penha com ex-namorada e com a própria vítima. [Ela teve] medida protetiva deferida, contudo eles reataram e a medida foi arquivada”, explicou a delegada.

“Eles moravam em Brasília. Ali teve um inquérito de lesão corporal, inclusive, nós acreditamos, com os mesmos modus operandi, murros, chutes e socos”, completou.

Nota da defesa de Igor na íntegra

A defesa do investigado Igor Porto Galvão lamenta profundamente a morte de Marcela Luise, e continuará pronunciando apenas com relação às investigações. Sobre a decretação da prisão preventiva do Sr. Igor no ponto de vista da defesa não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal.

Explico, o Igor possui profissão licita, é Nutricionista e Educador Físico, endereço fixo, é primário, em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação, pelo contrário a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário a fim de realizar pericia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega Advogado que estava acompanhando o Igor, naquela oportunidade, já havia ido na Delegacia e colocado o Igor à disposição da Autoridade Policial . Até o presente momento o Igor não foi ouvido.

A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere. Todo e qualquer manifestação adicional se dará preferencialmente nos autos processuais. Reiteremos ainda nossa total confiança no Poder Judiciário para a elucidação do caso em comento, buscando sempre a preservação dos incisos LV e LVII, art. 5º, (LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;) positivados na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

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