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4 de maio de 2025
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Presidente dos EUA imitou esportistas e disse que estaria “em apuros” com a primeira-dama Melania Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), ironizou atletas trans durante seu discurso para formandos da Universidade do Alabama na 5ª feira (1º.mai.2025). Ele disse que estaria “em apuros” com a primeira-dama Melania Trump por fazer uma imitação.

Ao falar sobre competições que permitem a participação de esportistas trans, Trump debochou da suposta facilidade de mulheres trans na categoria de levantamento de peso como exemplo. Antes de fazer a imitação, Trump perguntou à plateia se deveria prosseguir, apesar das objeções da mulher.

“Devo imitar? Minha mulher fica muito chateada quando faço isso. Ela diz: ‘Querido, não é presidencial’, eu digo: ‘Sim, mas as pessoas gostam’”, afirmou o presidente.

Após ouvir manifestação da plateia em apoio, Trump respondeu: “Tudo bem, estou em apuros quando chegar em casa, mas tudo bem, que diabos. Já estive em muitos apuros antes”. O presidente, então, passou a imitar uma mulher cisgênero e uma trans durante o levantamento de peso.

“Vem uma pessoa em transição, e ele [sic] era um levantador de peso fracassado como homem [sic], mas levanta 206 libras [cerca de 93,4 kg], eles colocam a coisinha e simplesmente ‘boom, boom, boom’”, afirmou, supondo que uma mulher trans quebraria o recorde de uma mulher cisgênero por 119 libras (cerca de 54 kg).

O republicano frequentemente se opõe à presença de atletas trans nas modalidades esportivas. Em 19 de março, a administração Trump suspendeu cerca de US$ 175 milhões em financiamento para a Universidade da Pensilvânia (UPenn) devido à participação de uma atleta transgênero em seu programa de natação.

A universidade enfrenta investigação do Departamento de Educação sobre seu programa de natação. O inquérito foi iniciado em fevereiro, logo após Trump assinar ordem executiva que proíbe atletas transgênero de competirem em esportes femininos.

Leia o trecho da fala de Donald Trump:

“Devo imitar? Minha mulher fica muito chateada quando faço isso. Ela diz: ‘Querido, não é presidencial’, eu digo: ‘Sim, mas as pessoas gostam’.

Devo fazer? [plateia apoia] Tudo bem.

Estou em apuros quando chegar em casa, mas tudo bem, que diabos. Já estive em muitos apuros antes.

Mas veja o levantamento de peso, que mantém o mesmo recorde por 18 anos. E temos essa mulher jovem. Os pais dela estão exatamente onde vocês estão agora, na fileira da frente, e eles estão tão orgulhosos dela. E são tipo 209 libras, e ela vai levantar esse peso.

O recorde permanece por 18 anos, vejam só. E eles colocam um 1/8 de onça [o equivalente a 3,5 gramas] aqui e 1/8 de onça ali.

E ela vai fazê-lo: “Mãe, eu te amo. Vou fazer por você, mãe”. E ela vai, e levanta e… “Mãe, vou conseguir”. Não consegue.

Então vem um cara, ou uma menina, tanto faz. Uma pessoa transicionada chega.

E ele era um levantador de peso fracassado como homem, mas levanta 206 libras [93 kg], eles colocam a coisinha e simplesmente boom, boom, boom e quebra o recorde por 119 libras [54 kg]. Isso não está certo”.



Autor Poder360 ·


A Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), sob o comando da deputada Dra. Zeli (UB), apresentará, nesta quinta-feira, 13, às 13 horas, a campanha denominada “Mulheres contra Assédio contra Mulheres”. A ação busca a conscientização sobre e o enfrentamento ao assédio contra mulheres e convoca a sociedade para refletir, ativamente, sobre a problemática.

Durante o evento, será realizada a entrega do quadro, feito sob medida para a procuradoria, com o layout temático da campanha. A tela “Meu Cor-de-Rosa Ruiu”, de Ivaan Hansen, associa a falta de liberdade à violência contra a mulher, e ilustra a cartilha desenvolvida para a campanha da Assembleia Legislativa.

O material traz um texto ilustrativo da luta feminina, abordando diferentes cenários em que as mulheres são subjugadas, mas seguem, mesmo frente a todos os desafios, firme em seus ideais.

Confira, na íntegra, o texto para a campanha “Mulheres contra Assédio contra Mulheres”:

Meu mundo cor de rosa ruiu

Era para ser um conto de fadas. Disseram que seria amor, mas foi medo. Disseram que era proteção, mas era cela. O mundo cor de rosa que lhe prometeram desabou—e nos escombros ficaram hematomas, silêncios forçados e uma história que ninguém quer ouvir. Mas que ecoa.

Ela está ali, diante de nós. O rosto, marcado. O olhar, fundo. Há tristeza, sim. Mas há algo maior. Um braseiro de indignação, um grito de justiça que não aceita mais ser calado. Quem ousa encará-la sente o peso das palavras que nunca lhe deram espaço para dizer.

Acima, uma gaiola de ouro. Imponente, luxuosa—mas prisão. O ouro disfarça, mas não liberta. Dentro, um pássaro ferido. A asa quebrada, o pé machucado, a liberdade negada. O pássaro é ela. Mas não só ela. É um símbolo. Um espectro. Um espelho. Quantas mulheres aprisionadas em promessas de felicidade que se revelam grades douradas? Quantas, feridas, ainda cantam para não enlouquecer?

Ao redor, um fio embaraçoso enreda tudo. Um fio que sufoca, que aperta, que confunde. Quem olha de fora pode até pensar que não há nada ali, que é só um detalhe. Mas quem sente na pele sabe: esse fio pesa mais do que correntes. Esse fio são os insultos, as manipulações, as ameaças veladas, os golpes que vieram depois. Esse fio é o medo que a ensinaram a ter. O silêncio que impuseram a ela.

E ao fundo, fragmentos de uma rosa que já foi inteira. A cor da infância, da esperança, do amor que disseram que duraria para sempre. Agora, despedaçada. Porque promessas não cicatrizam feridas. Porque desculpas não apagam medo. Porque um sonho romântico não sustenta um castelo que sempre foi de areia.

Mas ela ainda está de pé. E seus olhos, feridos, mas vivos, dizem o que ninguém mais pode dizer por ela:

Chega. A gaiola vai ruir. E, desta vez, quem vai voar sou eu.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu prazo de cinco dias para que autoridades do Município de Novo Gama (GO) prestem informações sobre a lei municipal que impede pessoas trans de usarem banheiros e vestiários de acordo com sua identidade de gênero em escolas e órgãos públicos. O pedido de informações é medida de praxe, prevista em lei, e visa subsidiar a relatora na análise da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1169, em que a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) questiona a norma.

Após o prazo para a informação do prefeito e do presidente da Câmara Municipal, os autos devem ser encaminhados à Advocacia-Geral da União (AGU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que se manifestem no prazo de três dias cada.

Identidade de gênero

Na ação, a entidade argumenta que a lei local faz uma confusão entre os conceitos de sexo biológico e gênero e resulta em “verdadeira desumanização transfóbica” ao tratar mulheres trans como se fossem homens que se vestiriam de mulher para entrar em banheiros femininos. Essa situação, para a Antra, caracteriza “violentíssima transfobia que menospreza e nega explicitamente a identidade de gênero feminina das mulheres trans”.

A associação alega violação dos princípios da dignidade da pessoa humana, da não discriminação e da regra constitucional que veda todas as formas de racismo e lembra que o STF reconheceu a homotransfobia como crime de racismo. Sustenta, ainda, que há urgência para a concessão da liminar, uma vez que “a situação causa profundo sofrimento às mulheres trans”.

Outras ações

A Antra questiona, em outras ações, leis de Sorriso (MT), Cariacica (ES), Londrina (PR) e Juiz de Fora (MG) com o mesmo teor.

Leia a íntegra do despacho.



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