24 de outubro de 2025
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BYD lidera a expansão global; empresa é responsável por quase 40% do total de remessas de saída

As exportações chinesas de veículos de nova energia, os chamados NEVs, aumentaram 89,4% em relação ao ano anterior, para 1,76 milhão de unidades nos primeiros 9 meses de 2025, com a BYD sendo responsável por quase 40% do total.

A BYD, que produz só veículos elétricos, expandiu rapidamente sua presença global. As vendas da empresa no exterior dispararam 130%, para 705 mil unidades no mesmo período, elevando-a da 6ª para a 2ª maior exportadora chinesa de automóveis, de acordo com dados divulgados na 3ª feira (14.out.2025) pela Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis.

O boom dos NEVs impulsionou as exportações totais de veículos da China para 4,95 milhões de unidades no período de janeiro a setembro, um aumento de 14,8% em relação ao ano anterior. Somente em setembro, as montadoras chinesas exportaram 652 mil veículos, alta de 21% na comparação anual, incluindo 222 mil veículos elétricos –quase o dobro do número do ano anterior.

A febre de exportações evidencia um desafio mais amplo: a forte concorrência doméstica e a significativa capacidade ociosa. Com o uso das fábricas na China continental oscilando ligeiramente acima de 50% –muito abaixo da média global de mais de 70%–, as montadoras têm recorrido cada vez mais aos mercados externos para aliviar o excesso de capacidade interna. No entanto, com o aumento das tensões comerciais, muitas estão se voltando para a produção no exterior para garantir um crescimento sustentável. 

Enquanto a BYD dominou as exportações de NEVs, a Chery manteve sua posição como a maior exportadora de automóveis da China em todas as categorias de veículos. Exportou 936 mil veículos nos primeiros 9 meses, um aumento de 12,9%, representando 18,9% do total das exportações de carros da China. 

Em setembro, a Chery exportou 141 mil veículos. A SAIC Motor Corp. Ltd. ficou em 2º lugar com 91.000 unidades, seguida pela BYD com 71.000. 

À medida que as montadoras chinesas se expandem globalmente, Pequim está tomando medidas para conter a concorrência descoordenada que pode prejudicar a reputação do setor. Um executivo estrangeiro do setor automotivo já havia alertado que os mercados internacionais são sensíveis a uma possível corrida pelo menor preço. 

Em uma declaração conjunta em 26 de setembro, 4 agências governamentais –incluindo o Ministério do Comércio e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação– anunciaram que a China lançará um sistema de licenciamento de exportação para carros de passeio totalmente elétricos a partir de 1º de janeiro de 2026. Para se qualificar, as montadoras devem aparecer em uma lista aprovada pelo ministério, ter certificações nacionais de produtos válidas e demonstrar capacidades de atendimento pós-venda em seus mercados-alvo.

Empresas que não tiverem redes de atendimento no exterior serão impedidas de exportar por conta própria ou de autorizar exportações.

Sun Xiaohong, secretária-geral de um comitê da Câmara de Comércio da China para Importação e Exportação de Produtos de Máquinas e Eletrônicos, disse que carros de passageiros elétricos representaram 28,1% das exportações automotivas da China nos primeiros 8 meses de 2025. A ausência de licenciamento, segundo ela, cria uma lacuna regulatória que coloca em risco tanto o desenvolvimento da indústria quanto os direitos dos consumidores no exterior. 

“A longo prazo, as exportações de veículos enfrentarão barreiras comerciais crescentes, e os níveis atuais de crescimento provavelmente não se sustentarão”, afirmou um analista do setor automotivo. Ele estima que as montadoras chinesas aumentarão a produção no exterior nos próximos anos para contornar esses obstáculos. 

A BYD já está construindo fábricas na Hungria, Turquia, Uzbequistão, Brasil, Tailândia, Camboja e Malásia. As unidades na Tailândia, Uzbequistão e Brasil já começaram a operar. 

À medida que mais fábricas no exterior entram em operação, disse o analista, o volume de exportações de veículos da China continental pode diminuir. “Para resolver a capacidade ociosa interna, o fundamental é estimular a demanda doméstica e facilitar a consolidação ordenada da indústria”, disse.


Esta reportagem foi originalmente publicada em inglês pela Caixin Global em 16 de outubro de 2025. Foi traduzida e republicada pelo Poder360 sob acordo mútuo de compartilhamento de conteúdo.



Autor Poder360 ·


Minério brasileiro tem como principal destino os EUA; instituto conversa com o governo em busca de solução

O vanádio é hoje a principal preocupação do setor mineral brasileiro diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos, que entram em vigor na 4ª feira (6.ago).

O alerta foi feito pelo diretor de Assuntos Minerários do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), Julio Nery, em coletiva à imprensa nesta terça (5.ago). Segundo ele, o instituto articula com o governo federal para negociar uma saída.

“É um caso que preocupa e vamos trabalhar com os ministérios de Comércio e das Minas para negociar”, afirmou.

O insumo é um dos minerais críticos que ganham relevância global na transição energética e representa 1% das exportações brasileiras para o país.

A canadense Largo é a única empresa que extrai vanádio nas Américas, com uma mina localizada na Bahia. Segundo o Ibram, cerca de 60% da produção da Largo é exportada para os Estados Unidos.

Além do vanádio, outros produtos afetados pelas tarifas, segundo o Ibram, incluem:

  • Alumínio (0,3% das exportações para os EUA);
  • Caulim (1,2% das exportações para os EUA);
  • Pedras naturais e rochas ornamentais (19,4%).

Por outro lado, itens como ferro (25,7%), nióbio (10,6%) e ouro semi-manufaturado (12,2%) não serão impactados, segundo o instituto.

Diante da tensão comercial, o presidente do instituto, Raul Jungmann, disse que o setor mantém diálogo com o governo brasileiro. Sobre uma missão do setor aos Estados Unidos, afirmou que não há definição.

Mas disse que há contato com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), responsável pela articulação. “Não queremos fazer um movimento isolado, de setor privado para setor privado”, afirmou.

Jungmann também comentou sobre a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a respeito da soberania sobre os minerais críticos.

Disse que o presidente está correto e que a fala do ministro Fernando Haddad, que defendeu acordos bilaterais com os EUA, não se opõe ao posicionamento do chefe do Executivo. “Talvez poderiam estar pensando em coisas diferentes”, ponderou.

Lula afirmou que o Brasil não abrirá mão da soberania sobre seus minerais críticos, e Haddad defendeu a construção de acordos bilaterais com os EUA para tratar do tema.

Hoje, os 5 minerais críticos com maior destaque na produção brasileira são:

  • Nióbio: 1º em produção, 1º em reservas;
  • Alumínio: 4º em produção, 4º em reservas;
  • Grafita: 4º em produção, 2º em reservas;
  • Vanádio: 4º em produção, 5º em reservas;
  • Lítio: 5º em produção, 7º em reservas.

O Ibram também declarou apoio ao (Projeto de Lei) 2.780 de 2024, que trata das terras raras.

Jungmann afirma que o texto apresentado pelo deputado Zé Silva (Solidariedade-MG) tem boas chances de ser aprovado antes da COP30, marcada para novembro em Belém. A proposta está sob análise do setor e, segundo ele, é considerada estratégica.



Autor Poder360 ·


Lula assina texto que condiciona a aprovação de projetos nas ZPEs ao uso de energia elétrica gerada por fontes renováveis

A medida provisória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que torna obrigatório o uso de energia renovável para a aprovação de projetos nas ZPEs (Zonas de Processamento de Exportação) foi publicada no Diário Oficial desta 2ª feira (21.jul.2025).

O texto amplia a permissão para atuação de prestadoras de serviços nas ZPEs. Empresas de tecnologia que operam com energia renovável e foco no mercado internacional podem se beneficiar, como as marcas interessadas no data center do Porto do Pecém (CE). Eis a íntegra (PDF – 108 kB).

As ZPEs foram criadas na Lei nº 11.508 de 2007 e oferecem incentivos fiscais, cambiais e administrativos a empreendimentos que destinem pelo menos 80% de sua produção ou serviços à exportação. A nova regra só se aplica para projetos protocolados depois de 18 de julho.

A medida viabiliza os data centers porque projetos voltados à exportação de serviços digitais podem ser enquadrados no regime, desde que aprovados pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação.

Exemplos desse serviço incluem:

  • computação em nuvem;
  • hospedagem de sistemas;
  • processamento de dados;
  • armazenamento de conteúdo para clientes estrangeiros.

A medida provisória foi assinada por Lula na 6ª feira (18.jul) durante visita às obras da rodovia Transnordestina, no interior do Ceará, e modifica a lei original sobre o tema. Já começa a valer, mas ainda precisa de aprovação do Congresso Nacional. Textos dessa natureza têm validade de 60 dias, que podem ser ampliados por igual período.

“Liberamos hoje para que o Ceará consiga ser o 1º Estado a ter um data center de grande porte e sirva de estímulo para outros Estados fazerem a mesma coisa”, declarou o presidente da República.

O ministro da Educação, Camilo Santana, participou do anúncio ao lado do presidente. Disse que a medida trará investimentos bilionários ao Ceará.

“A medida provisória vai permitir um dos maiores investimentos da história do Ceará: um grande data center no complexo portuário do Pecém. [Estimado em] R$ 50 bilhões”, afirmou.



Autor Poder360 ·


O Brasil deu mais um passo significativo em sua expansão no comércio internacional de produtos agropecuários com a realização da primeira exportação aérea de suínos reprodutores de elite para a Colômbia. Este marco histórico reflete a crescente demanda global pela genética de alta qualidade dos suínos brasileiros, e abre novas portas para o fortalecimento da suinocultura brasileira no mercado internacional.

A exportação foi realizada pela Granja Elite Gênesis, uma empresa da Agroceres PIC, localizada em Paranavaí (PR), e foi possível devido ao aprimoramento das estratégias de exportação e das infraestruturas de transporte desenvolvidas nos últimos anos. Os suínos reprodutores de elite foram transportados com total segurança e bem-estar, respeitando todas as normas sanitárias e de bem-estar animal estabelecidas pelo MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) e pelas autoridades colombianas.

A Importância da Exportação de Suínos Reprodutores de Elite para o Brasil e a Colômbia

A exportação de suínos reprodutores de elite para a Colômbia representa um avanço considerável tanto para o Brasil quanto para o mercado colombiano. Para o Brasil, trata-se de uma oportunidade de expansão comercial e valorização genética da suinocultura nacional, reconhecida mundialmente pela qualidade superior dos seus animais. A Colômbia, por sua vez, ganha acesso a uma genética de alta qualidade, essencial para melhorar a produtividade e a saúde do rebanho suíno no país.

Com uma população de mais de 50 milhões de pessoas, a Colômbia se posiciona como um mercado promissor para os produtos agropecuários brasileiros, especialmente para a carne suína, que tem ganhado cada vez mais destaque no comércio internacional. O mercado colombiano já importa grandes volumes de carne suína do Brasil, e a inclusão dos suínos reprodutores abre novas perspectivas para a suinocultura no país, ao permitir o desenvolvimento de um rebanho com genética de ponta.

Desafios e Inovações no Transporte Aéreo de Suínos

O transporte aéreo de suínos reprodutores de elite para a Colômbia foi uma operação altamente especializada, que exigiu um planejamento logístico detalhado. O uso de transporte aéreo não apenas diminui o tempo de viagem, mas também garante um transporte mais seguro e confortável para os animais, que são muito sensíveis a condições adversas de viagem, como variações de temperatura e estresse. A operação foi realizada por meio do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), o único porto aéreo no Brasil autorizado a receber suínos reprodutores.

Além disso, o transporte aéreo permitiu que os suínos reprodutores chegassem mais rapidamente à Colômbia, o que minimizou o tempo de exposição ao estresse e garantiu que os animais mantivessem sua alta qualidade genética. Este tipo de operação exige um controle rigoroso de todas as condições sanitárias, desde a quarentena prévia à exportação até a inspeção sanitária durante o transporte.

O Papel do Brasil como Líder na Exportação de Genética Suína

O Brasil tem se consolidado como líder mundial na exportação de genética suína de alta qualidade. As exportações aéreas de suínos reprodutores de elite são apenas um exemplo do crescente interesse dos mercados internacionais pelos produtos genéticos do país. A qualidade da genética brasileira é reconhecida globalmente, o que garante ao país um papel de liderança na suinocultura mundial.

Além da qualidade genética, o Brasil também se destaca por suas práticas sanitárias de excelência, que garantem que os produtos exportados atendam aos mais altos padrões de segurança alimentar. Isso é fundamental para garantir a credibilidade do país nos mercados internacionais, que exigem o cumprimento de normas sanitárias rigorosas.

O Futuro das Exportações de Suínos Reprodutores: Expansão de Mercados e Oportunidades

O sucesso da primeira exportação aérea de suínos reprodutores para a Colômbia abre novos horizontes para o Brasil no comércio internacional de genética suína. Com o aumento da demanda por genética suína de alta qualidade, países da África, América Latina e Ásia estão se tornando novos destinos potenciais para as exportações de suínos reprodutores do Brasil.

Para o futuro, espera-se que as exportações de genética suína cresçam ainda mais, com o Brasil expandindo sua participação em mercados internacionais emergentes. O setor de suínos no Brasil está preparado para atender a essa demanda, com infraestruturas de transporte modernas e estratégias de exportação bem estruturadas.

Conclusão: A Suinocultura Brasileira Como Potência Global

A primeira exportação aérea de suínos reprodutores de elite para a Colômbia representa mais um marco importante para o agronegócio brasileiro, consolidando o Brasil como um dos maiores exportadores globais de carne suína e genética de alta qualidade. Com sua capacidade de inovação e adaptação às exigências do comércio global, o Brasil segue liderando o mercado de genética suína, garantindo que sua produção continue a crescer e a se expandir, sempre com foco na qualidade, sustentabilidade e segurança alimentar.

Autor # Gil Campos