O presidente ucraniano discutiu com Donald Trump sobre cessar-fogo com a Rússia nesta 6ª feira (28.fev) durante reunião na Casa Branca
Líderes europeus se manifestaram nas redes sociais nesta 6ª feira (28.fev.2025) em defesa do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, depois de uma troca de farpas entre ele e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), durante reunião na Casa Branca.
O presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), afirmou em seu perfil oficial no X (ex-Twitter) que o agressor era a Rússia enquanto a Ucrânia seria a vítima. “Fizemos bem em ajudar a Ucrânia e sancionar a Rússia há três anos —e continuar fazendo isso”, declarou o líder francês.
“Obrigado a todos que ajudaram e continuam a ajudar. E respeito àqueles que têm lutado desde o começo —porque eles estão lutando por sua dignidade, sua independência, seus filhos e a segurança da Europa”, finalizou o presidente.
A presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen também saiu em defesa do ucraniano. No X, ela escreveu: “Sua dignidade honra a coragem do povo ucraniano. Seja forte, seja corajoso, seja destemido. Você nunca estará sozinho, querido presidente Zelensky”.
Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, e Friedrich Merz, líder do partido vencedor das eleições alemãs, também manifestaram apoio à Ucrânia. Eles destacaram a importância de distinguir agressor e vítima.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, reiterou o apoio de seu país à Ucrânia. Ele declarou no X que a Espanha “estava com” a Ucrânia.
Já o ucraniano primeiro-ministro Denys Shmyhal defendeu Zelensky e afirmou que “paz sem garantias não é possível”.
Por outro lado, a Rússia criticou Zelensky. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova chamou-o de “grande mentiroso”. Enquanto o ex-presidente russo Dmitri Medvedev, descreveu o caso como um “tapa na cara” do líder ucraniano.
Entenda o caso
A reunião, transmitida ao vivo, nesta 6ª feira (28.fev), terminou em uma discussão entre os líderes de governo. Durante o encontro, o norte-americano pressionou o líder ucraniano a aceitar um cessar-fogo com a Rússia, e subiu o tom ao dizer que Zelensky estaria “desrespeitando” os EUA.
Trump acusou Zelensky de apostar com a vida de milhões e de desrespeitar os Estados Unidos. Zelensky, por sua vez, acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de ser um “assassino”. Trump declarou que Zelensky só seria bem-vindo de volta à Casa Branca quando estivesse “pronto para a paz”.
Lideranças sindicais marcam protestos pelo continente; ao menos 6 países já se posicionaram contra o pacto
O anúncio da conclusão das negociações do acordo entre a União Europeia e o Mercosul nesta 6ª feira (6.dez.2024) deixou os camponeses europeus insatisfeitos. A FNSEA (Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas), o maior sindicato de agricultores da França, organiza manifestações pelo país para 2ª e 3ª feira (9-10.dez) com o intuito de pressionar por um bloqueio do acordo.
Manifestantes já fizeram atos espontâneos nesta 6ª feira (6.dez) contra o tratado de livre-comércio. Em Verdum, pequena cidade na região de Grande Leste, cerca de 150 agricultores se reuniram em frente à sede da prefeitura local.
Assista ao protesto (27seg):
🚜✊ La #FNSEA sur le terrain | #onmarchesurlatete : Mobilisation des adhérents FNSEA et #jeunesagriculteurs de la #meuse devant la sous préfecture de Verdun.
👉 80 tracteurs et 150 agriculteurs ou agricultrices mobilisés pour la #simplification, contre la #suradministration,… pic.twitter.com/h0FMdRZo1r— La FNSEA (@FNSEA) December 6, 2024
O grupo pretende pressionar os órgãos da União Europeia a não aprovarem o pacto. Ao menos 6 países já se posicionam contra. Foram eles: França, Irlanda, Itália, Holanda, Áustria e Polônia.
O governo do presidente francês, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), deve articular com outros governantes para criar uma coalizão contra o acordo, que segue para validação do Conselho da União Europeia e do Parlamento Europeu para ser ratificado e passar a vigorar.
No Conselho da União Europeia, é necessário que ao menos 15 dos 27 países integrantes da UE e que representem 65% da população do bloco aprovem. Se os países que tiverem 35% da população do continente votarem contra, o acordo é bloqueado, mesmo em minoria.
A União Europeia tem 448 milhões de habitantes. A França representa cerca de 15%. A Itália, 12,9%. A Polônia, 8,1%. Juntos, totalizam 36% da população do bloco europeu.
Isso dificulta que o acordo passe a vigorar, mesmo que as negociações entre os blocos tenham sido finalizadas depois de 25 anos.
Porém, diplomatas europeus avaliam que não será fácil formar o bloqueio, embora o lobby contrário ao acordo seja forte. Os agricultores franceses lideram a oposição à iniciativa e pressionam o governo do país por temer que a abertura do mercado prejudique os produtos locais.
Há dúvidas, no entanto, se o governo francês terá capacidade de bloquear o acordo. O país enfrenta uma crise política depois que o primeiro-ministro Michel Barnier foi deposto do cargo na 4ª feira (4.dez) e tende a focar nos problemas internos primeiro.
O QUE MUDA COM O ACORDO
A União Europeia vai zerar as tarifas que incidem sobre 92% das importações do bloco sul-americano em até 10 anos.
O Mercosul, por sua vez, acabará com 72% das tarifas que incidem sobre produtos comprados do bloco europeu no mesmo período. A isenção chegará a 91% em 15 anos.
Para o setor agrícola, 81,8% do que a União Europeia importa do Mercosul terá tarifa zero em 10 anos. No mesmo período, 67,4% do que o bloco sul-americano compra ficará sem tarifa.
O acordo inclui cotas para determinados produtos para impedir o aumento muito grande nas vendas de determinados produtos. Entre essas cotas, estão:
- frango – 180 mil toneladas a mais por ano;
- açúcar – 180 mil toneladas;
- etanol – 450 mil toneladas para uso industrial e 200 mil toneladas para uso geral;
- carne bovina – 99 mil toneladas.
Haverá também flexibilização da chamada regra de origem. Isso permitirá que produtos comercializados dentro do acordo tenham maior volume de componentes importados de outros países.
Na área industrial, a União Europeia vai zerar em 10 anos as tarifas de todas as importações vindas do Mercosul. No mesmo período, 72% dos produtos industriais exportados pela UE para o bloco sul-americano terão os impostos reduzidos. O percentual sobe para 90,8% em 15 anos.







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