26 de outubro de 2025
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Segundo o “Wall Street Journal”, Pete Hegseth violou uma diretriz de 2023 que proíbe o uso de apps não governamentais

O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, teria usado o aplicativo de mensagens criptografadas Signal para tratar de assuntos oficiais do Pentágono, violando uma diretriz de 2023 que proíbe o uso de apps não governamentais. As informações são do Wall Street Journal.

Hegseth teria participado de ao menos 12 conversas no aplicativo, inclusive instruindo assessores a comunicar governos estrangeiros sobre operações militares em andamento. As mensagens, enviadas de seu telefone pessoal e de uma linha não segura no Pentágono, abordavam temas como aparições na mídia, viagens, compromissos e detalhes sensíveis –embora não classificados.

Ainda segundo o jornal norte-americano, algumas das mensagens também foram enviadas pelo Coronel da Marinha Ricky Buria, assistente militar de Hegseth, que tinha acesso ao telefone pessoal do secretário. Buria publicou informações em março sobre um iminente ataque norte-americano contra militantes Houthi no Iêmen em um grupo que incluía a mulher do secretário, seu irmão e seu advogado particular.

A prática levou o inspetor-geral interino do Pentágono a abrir uma investigação, principalmente depois da revista Atlantic publicar sobre o compartilhamento de dados como horários exatos de uso de armamentos em operações militares.

Fontes ligadas ao Pentágono criticaram o uso de aplicativos comerciais por questões de segurança, enquanto aliados políticos, como o congressista Mike Waltz e o presidente Donald Trump (Partido Republicano), saíram em defesa de Hegseth. O Pentágono não respondeu aos pedidos de comentário.



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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu neste domingo (4), em Los Angeles, com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent. O encontro ocorreu em um momento delicado, marcado por uma guerra tarifária intensificada pelo governo do presidente Donald Trump, que impôs sobretaxas sobre produtos brasileiros como aço e alumínio.

A reunião entre as autoridades marca o primeiro encontro presencial desde a posse de Trump em janeiro deste ano. Haddad está em visita à Califórnia com o objetivo de atrair investimentos em centros de dados e inteligência artificial para o Brasil, além de reforçar o posicionamento do país como referência em energias renováveis.

Inicialmente, o encontro não estava previsto na agenda oficial do ministro, que seguirá para o México na noite de terça-feira (6). No entanto, o próprio Haddad já havia sinalizado, na quarta-feira (30), que havia interesse norte-americano em abrir um canal de diálogo com o Brasil, mesmo que, até então, a expectativa fosse de uma reunião virtual após sua volta.

Tarifa sobre produtos brasileiros está na pauta

Em declarações anteriores, Haddad manifestou preocupação com a sobretaxa de 10% imposta pelo governo dos EUA aos produtos brasileiros, além das tarifas de 25% sobre aço e alumínio, em vigor desde março. Apesar disso, ele destacou que a condução formal das negociações comerciais é responsabilidade do vice-presidente Geraldo Alckmin, que também lidera o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

“Temos muitos outros assuntos para tratar com o secretário do Tesouro dentro da pauta da Fazenda, ainda que a parte tarifária esteja sob responsabilidade do Mdic”, reforçou Haddad.

Missão internacional foca em IA e tecnologia limpa

A agenda do ministro em Los Angeles inclui a apresentação do novo plano do governo federal para atrair investimentos em infraestrutura digital e inovação. Um dos pontos principais da proposta é a desoneração de investimentos em bens de capital voltados para tecnologia da informação, medida que ainda será encaminhada ao Congresso.

Na noite de domingo, Haddad participou de um jantar com investidores internacionais promovido pelo Instituto Milken, uma das instituições mais influentes do setor econômico nos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (5), o ministro será um dos palestrantes em dois painéis da conferência anual do instituto.

Entre os compromissos estratégicos da missão, Haddad se reunirá com Ruth Porat, diretora-financeira do Google, e com o CEO da Nvidia, Jensen Huang. Na terça-feira (6), o ministro terá encontros com representantes da Amazon e participará de um café da manhã com investidores organizado pela Amcham Brasil.

Etapa final será no México

A viagem internacional de Haddad se encerra na quarta-feira (7), no México. Em território mexicano, o foco será o fortalecimento das relações econômicas bilaterais. O ministro participará de reuniões com empresários brasileiros e mexicanos e terá um encontro com o secretário do Tesouro e Crédito Público do México, Edgar Zamorra.


A informação foi confirmada pelo Jornal Folha de Goiás, que acompanha com responsabilidade e independência os desdobramentos da política econômica internacional e seus impactos diretos para Goiás e para o Brasil.

Autor # Jornal Folha de Goiás


Embaixada norte-americana no Brasil disse que David Gamble discutirá combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas

O governo Donald Trump (Partido Republicano) negou informação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre o fato de que um funcionário norte-americano seria enviado ao Brasil para tratar de sanções contra autoridades brasileiras. 

“O Departamento de Estado dos EUA enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas”, disse a embaixada norte-americana no Brasil.

Eduardo havia dito que Gamble visitaria o Brasil a partir de 2ª feira (5.mai.2025) para conversar com congressistas da oposição sobre as ações do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes para avaliar se há uma censura ou perseguição por parte do magistrado. 

As ações de outras autoridades, como o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também seriam questionadas, segundo Eduardo.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Eduardo disse que a “batata” do ministro do STF “está esquentando” nos EUA. “Se Deus quiser, os violadores sistemáticos de direitos humanos serão punidos”, afirmou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Conhecido como “Chip”, David Gamble é o principal representante dos EUA em relações diplomáticas para questões de sanção. Está no cargo desde janeiro deste ano, quando Trump assumiu. Em uma rede social, define-se como “solucionador de problemas, hábil em construir consensos”.



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Cientistas norte-americanos poderão estudar materiais, mas Nasa não apoiará financeiramente as pesquisas

Mesmo em guerra comercial, a CNSA (sigla para Administração Espacial Nacional da China) decidiu enviar a pesquisadores dos EUA amostras de rochas lunares consideradas raras e que foram trazidas à Terra em 2020 por uma missão espacial chinesa.

O pesquisador Timothy Glotch, da Universidade Stony Brook, em Nova York, foi escolhido pelo governo chinês para receber as rochas. Segundo o jornal chinês South China Morning Post, a ideia de Glotch é comparar as amostras com rochas coletadas pelas missões Apollo –realizadas nas décadas de 60 e 70.

Apesar de autorizado a receber as rochas, Glotch não contará com o apoio financeiro da agência espacial dos EUA. A legislação norte-americana impede que a Nasa faça cooperações diretas com entidades do governo chinês.

As rochas lunares foram coletadas pela sonda espacial chinesa Chang’e-5. É o 1º material lunar coletado desde 1976. Ao todo, foram coletadas 1.731 gramas de rocha e solo vulcânico da Lua.

Os cientistas chineses descobriram que a lava endurecida presente nas amostras é significativamente mais jovem do que qualquer material trazido pelas missões realizadas pelos EUA e pela União Soviética. Isso sugere que os vulcões da lua permaneceram ativos por muito mais tempo do que se pensava anteriormente.

CHINESES CRITICAM OS EUA

A partir da negativa da Nasa em apoiar as pesquisas, o jornal estatal chinês Global Times publicou um artigo afirmando que, diferente da China, os EUA não estão preocupados com o avanço científico do planeta, mas só de si.

Segundo o texto, os EUA apostam em uma visão competitiva sobre o avanço tecnológico da humanidade, enquanto a China tem uma filosofia de compartilhar suas descobertas científicas com outros países.

“A essência aqui é clara: os EUA apostam no incentivo à inovação de diversas fontes, ao mesmo tempo em que mantêm certos concorrentes cuidadosamente afastados. Em contraste, a China investe na mobilização estratégica sistêmica, aliada a uma postura cada vez mais voltada para o exterior”, afirmou o jornal.



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Parceria dará ao governo norte-americano acesso a minerais estratégicos em Kiev; foi anunciado pelo secretário do Tesouro dos EUA

O governo dos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano) e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinaram um acordo nesta 4ª feira (30.abr.2025) que dará ao governo norte-americano acesso a minerais estratégicos do país europeu. Em troca, Washington ajudará o país no conflito contra a Rússia.

O acordo foi anunciado pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. Os 2 países tentam fechar a parceria desde que o republicano retornou à Casa Branca.

No sábado (26.abr), Trump e Zelensky conversaram na Basílica de São Pedro, no Vaticano, durante o funeral do papa Francisco. A reunião informal durou cerca de 15 minutos. O encontro não estava previsto oficialmente.

“Os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo. O presidente Trump imaginou esta parceria entre o povo americano e o povo ucraniano para demonstrar o compromisso de ambos os lados com a paz e a prosperidade duradouras na Ucrânia”, disse Bessent em comunicado.

ENTENDA

Em outubro de 2024, a Ucrânia apresentou a ideia ao país norte-americano como parte do plano de vitória de Zelensky no fim da guerra com a Rússia.

O pacto daria aos EUA o fornecimento de metais de terras raras da Ucrânia, essenciais para a produção de peças eletrônicas, em troca da colaboração de Trump para o fim dos conflitos.

Além disso, o benefício ajudaria Trump em seus planos de diminuir a dependência de produtos importados da China.

Entretanto, em fevereiro de 2025, o presidente ucraniano declarou que ainda não estava convicto de que os países poderiam firmar o acordo, pois os EUA não apresentaram nenhuma garantia de segurança à Ucrânia.



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Pelo menos 240 faculdades têm alunos com vistos revogados; causas incluem protestos contra a guerra em Gaza e infrações “menores”

O governo dos Estados Unidos, sob o comando do atual presidente Donald Trump (republicano), revogou os vistos de mais de 1.556 estudantes estrangeiros e recém-formados que estavam matriculados em universidades do país. A medida faz parte de uma política adotada pela gestão para conter a imigração e reprimir atos considerados “antissemitas” nas universidades.

Até a 6ª feira (18.abr.2025), pelo menos 240 instituições de ensino superior relataram que estudantes perderam os vistos do tipo F-1 (para estudantes) e J-1 (para intercâmbio educacional), segundo levantamento feito pelo site de notícias sobre educação nos EUA Inside Higher Ed. O número é bem superior à estimativa da semana anterior, que apontava 600 estudantes com vistos revogados.

As causas para a revogação incluem ativismo em protestos contra a guerra na Faixa de Gaza e infrações consideradas “crimes menores”. A maioria das instituições de ensino desconhece os motivos exatos das revogações e ainda aguarda comunicação formal das autoridades de imigração.

O Departamento de Estado dos EUA, sob a administração Trump, implementou o programa “Catch and Revoke”, que utiliza inteligência artificial para monitorar redes sociais e identificar estrangeiros que supostamente apoiam o Hamas ou outros grupos designados como terroristas. Durante as 3 primeiras semanas de operação, o programa revogou mais de 300 vistos estudantis.

Marco Rubio, secretário de Estado, confirmou a dimensão da ação em visita à Guiana e referiu-se aos estudantes ativistas como “lunáticos”. A medida atinge não apenas pessoas envolvidas em manifestações pró-palestinas, mas também estudantes com infrações menores não criminais, como multas de trânsito.

Sem o visto, os estudantes perdem o direito de residir, estudar ou trabalhar legalmente no país. As universidades afetadas vêm atualizando os dados em seus sites na internet com o número de vistos revogados, que serve de fonte para o IHS. Acesse o banco de dados completo com os nomes das instituições afetadas no Inside Higher Ed aqui.



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Agência de notícias “Reuters” fala em 38 mortes e mais de 100 feridos em porto iemenita

Ataques aéreos dos Estados Unidos contra um terminal de combustível no Iêmen deixaram pelo menos 38 pessoas mortas na 5ª feira (17.abr.2025), segundo informações da emissora Al Masirah, controlada pelos houthis, e citada pela agência Reuters. Este foi um dos dias mais letais desde que os norte-americanos iniciaram suas operações militares contra os rebeldes apoiados pelo Irã.

Segundo a emissora, 102 pessoas ficaram feridas nos bombardeios ao porto ocidental de Ras Isa. O Comando Central dos EUA afirmou que o objetivo era “cortar uma fonte de combustível” para o grupo militante Houthi.

Assista ao vídeo do ataque (20s):

Os Estados Unidos prometem manter os ataques em larga escala iniciados em março, a menos que os houthis interrompam suas ações contra navios no Mar Vermelho. Esta é a maior operação militar norte-americana no Oriente Médio desde que o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), assumiu o cargo em janeiro.

O objetivo desses ataques foi degradar a fonte econômica de poder dos houthis, que continuam a explorar e trazer grande sofrimento a seus compatriotas”, declarou o Comando Central dos EUA em publicação na rede social X (ex-Twitter).

Os houthis lançam ataques com drones e mísseis contra embarcações desde novembro de 2023. O grupo afirma visar navios ligados a Israel em protesto contra a guerra na Faixa de Gaza.

Durante um cessar-fogo de 2 meses no enclave, os rebeldes interromperam os ataques às rotas marítimas. Apesar de prometerem retomar as ações depois de Israel reiniciar sua ofensiva em Gaza em março, os houthis não reivindicaram novos ataques recentemente.

Em março, 2 dias de operações militares norte-americanas resultaram na morte de mais de 50 pessoas, segundo autoridades houthis.

Os houthis controlam a capital iemenita Sanaa e outras áreas do norte e oeste do país desde 2014, quando iniciaram uma guerra civil contra o governo estabelecido depois dos protestos da Primavera Árabe, que derrubaram o então presidente Ali Abdullah Saleh em 2011.

O conflito transformou o Iêmen no país com uma das maiores crises humanitárias do mundo, com milhões de pessoas dependentes de ajuda para sobreviver.

QUEM SÃO OS HOUTHIS

Os rebeldes houthis, também conhecidos como Ansar Allah, são um movimento político e militar que representa principalmente a seita Zaidi, uma vertente do islamismo xiita no Iêmen.

Eles se consideram parte do “eixo de resistência” liderado pelo Irã, que inclui também o Hamas e o Hezbollah libanês.

Especialistas no Iêmen, país onde os houthis expandiram seu controle durante anos de guerra civil, afirmam que o grupo parece ser motivado principalmente por questões domésticas e por sua base de apoio, embora mantenha alinhamento ideológico com o Irã.

De novembro de 2023 a janeiro de 2025, os rebeldes houthis atacaram mais de 100 navios mercantes e afundaram 2, matando 4 marinheiros. Os ataques houthis tinham como objetivo declarado pressionar pelo fim da guerra entre Israel e Hamas em Gaza.

Trump tem feito declarações contra o Irã, que, segundo o governo dos EUA, financia as atividades dos houthis. O líder norte-americano afirmou que iria responsabilizar o governo iraniano por todos os ataques executados pelo grupo rebelde do Iêmen.

Já o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou em março que seu país não precisa de intermediários na região e que os rebeldes houthis do Iêmen agem por motivações próprias.

Leia a mensagem do Comando Central dos EUA na íntegra:

“Destruição do Terminal de Combustível de Ras Isa Controlado pelos Houthis

Os Houthis continuam a se beneficiar econômica e militarmente de países e empresas que fornecem apoio material a uma organização estrangeira designada como terrorista. Os Houthis, apoiados pelo Irã, usam o combustível para sustentar suas operações militares, como instrumento de controle e para obter lucro por meio da apropriação indevida dos rendimentos da importação. Esse combustível deveria ser legitimamente fornecido ao povo do Iêmen. Apesar da designação como organização terrorista estrangeira, que entrou em vigor em 5 de abril, navios continuaram a abastecer com combustível o porto de Ras Isa. Os lucros dessas vendas ilegais estão financiando e sustentando diretamente os esforços terroristas dos Houthis.

Hoje, as forças dos Estados Unidos agiram para eliminar essa fonte de combustível dos terroristas Houthi apoiados pelo Irã e privá-los da receita ilegal que tem financiado os esforços do grupo para aterrorizar toda a região há mais de 10 anos. O objetivo desses ataques foi enfraquecer a fonte de poder econômico dos Houthis, que continuam a explorar e causar grande sofrimento aos seus compatriotas. Este ataque não teve a intenção de prejudicar o povo do Iêmen, que tem todo o direito de se libertar do jugo da dominação Houthi e viver em paz.

Os Houthis, seus mestres iranianos e todos que conscientemente ajudam e facilitam suas ações terroristas devem estar cientes de que o mundo não aceitará o contrabando ilícito de combustível e material bélico para uma organização terrorista.”



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Também foram impedidos de entrar 15 australianos e 12 canadenses; exigência voltou a valer na 5ª feira (10.abr)

A PF (Polícia Federal) impediu a entrada de 69 turistas dos Estados Unidos, 12 do Canadá e 15 da Austrália no Brasil desde a retomada da exigência de visto, em 10 de abril de 2025. A regra, que segue o princípio da reciprocidade, passou a valer depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não renovar a isenção dos cidadãos vindos destes países.

Segundo dados da PF, divulgados pelo O Estado de S. Paulo, os casos de impedimento foram registrados até 2ª feira (15.abr), com maior concentração nos primeiros dias da nova política, quando muitos viajantes ainda desconheciam a mudança. A maioria foi barrada no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), mas também houve registros em postos de fronteira terrestre.

Ao todo, 96 estrangeiros foram barrados. No caso dos EUA, os 69 impedidos representam 1,13% dos 6.120 norte-americanos que tentaram entrar no Brasil no período. Entre os turistas da Austrália, o percentual é de 4,1% sobre um total de 368. Já entre os canadenses, 1,54% dos 777 não conseguiram ingressar no país.

ENTENDA

O governo voltou a exigir visto de turistas dos Estados Unidos, Austrália e Canadá na 5ª feira (10.abr). A medida voltou a vigorar depois que o presidente Lula decidiu não renovar a isenção de visto dos cidadãos vindos destes países, revogando decisão anterior do governo Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o MRE (Ministério das Relações Exteriores), a decisão foi tomada em maio de 2023 com base no princípio da reciprocidade. A medida é justificada porque os 3 países citados não oferecem isenção de vistos aos nacionais brasileiros e “o Brasil não concede isenção unilateral de vistos de visita”.

A regra deveria entrar em vigor em 1º de outubro de 2023, mas foi adiada 3 vezes: para 10 de janeiro de 2024, depois para 10 de abril de 2024 e, por fim, para 10 de abril de 2025.

A exigência ainda enfrenta oposição no Congresso. Em 19 de março, o Senado aprovou um projeto de decreto legislativo que tenta anular a decisão do governo, mas a proposta ainda precisa ser analisada e aprovada pela Câmara dos Deputados.

Durante a votação no Senado, o governo apresentou pouca resistência. Só os líderes governistas no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), se manifestaram contra. A proposta foi aprovada por votação simbólica. Aliados do Planalto afirmam que o valor cobrado pelo visto é baixo e não deve afastar turistas.

PASSO A PASSO PARA OBTER O VISTO

A taxa para solicitar o visto é de US$ 80,90 (cerca de R$ 488,64). O processo é eletrônico e está em vigor desde 2023. São poucas etapas: o solicitante deve criar cadastro no site da VFS Global e preencher o formulário disponível. Em seguida, deve enviar cópia digital do passaporte e uma foto recente. Não há exigência de entrevista, passagem aérea ou comprovação de renda.

Para menores de idade, é necessário anexar cópia da certidão de nascimento e autorização assinada pelos responsáveis legais, com firma reconhecida em cartório. Depois do pagamento da taxa, o solicitante recebe por e-mail o status do pedido — aprovado, recusado ou com solicitação de documentos adicionais. Caso aprovado, o eVisa é enviado por e-mail em formato PDF.



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Câmara e Senado aprovaram projeto que permite retaliação do Brasil; economistas dizem que tarifa pode trazer vantagens, mas Lula condena protecionismo norte-americano

A tarifa recíproca de 10% para produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos começa a valer a partir da 1h deste sábado (5.abr.2025). A medida foi anunciada em 2 de abril pelo presidente norte-americano Donald Trump (Partido Republicano).

O decreto com as regras determina que as taxas não são cumulativas em alguns itens. Ou seja, não incidem em cima das alíquotas já determinadas para produtos específicos –como os 25% em cima do aço e alumínio. Eis as íntegras em inglês (PDF – 238 kB) e em português (PDF – 239 kB).

Os EUA são o 2º maior destino das vendas brasileiras a outros países. As empresas que exportam para lá agora terão que pagar mais.

O percentual para o Brasil ficou abaixo do que foi cobrado a outras nações. China (34%) e União Europeia (20%) terão um peso maior. A nação asiática já anunciou a retaliação com uma nova taxa de mesma magnitude.

Clie aqui para ler como ficaram os percentuais para cada país.

POTENCIAL DE VANTAGEM

Economistas viram o percentual aos brasileiros com um certo otimismo. Disseram haver uma vantagem competitiva que pode levar à maior penetração no comércio exterior da maior economia do mundo e nos outros países.

A XP Investimentos publicou um relatório na 5ª feira (3.abr) em que analisa o cenário. A corretora de investimentos disse que o saldo foi “positivo” para o Brasil.

Segundo o documento, os setores exportadores de commodities, como o agronegócio, podem se beneficiar de uma guerra comercial, além de haver uma expectativa de aumento nos investimentos chineses em infraestrutura no Brasil e na América Latina. 

“As tarifas impostas ao Brasil foram mais brandas do que as direcionadas a outros países. No entanto, permanecem riscos relevantes, como a tarifa base de 10% sobre todas as importações, que pode afetar importantes produtos exportados para os EUA”, diz o texto. Eis a íntegra (PDF – 509 kB).

GOVERNO LULA NA CONTRAMÃO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados enxergaram as medidas de Trump com mais pessimismo. No geral, dizem ser defensores do multilateralismo. Leia algumas das principais reações:

  • Luladeclarou em 3 de abril que o Brasil vai responder a qualquer tentativa de impor protecionismo que “não cabe hoje no mundo”;
  • Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços lamentou a decisão do governo dos EUA. Disse em nota que a medida “viola os compromissos” do país norte-americano com a OMC (Organização Mundial do Comércio) e impactará todas as exportações brasileiras de bens para o país.
  • Jorge Viana – o presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) disse não ver vantagens para o Brasil com a política tarifária iniciada pelos Estados Unidos.

O Congresso Nacional também reagiu às medidas. A Câmara e o Senado aprovaram durante a semana o projeto de lei que autoriza o Brasil a adotar reciprocidade tarifária e ambiental no comércio com outros países.

ECONOMIA E MERCADOS

As tarifas devem encarecer as importações pelos Estados Unidos. O preço será repassado ao consumidor. Ao menos a curto prazo, a expectativa é que a inflação aumente em solo norte-americano por causa da medida.

Os índices de mercado já reagem à guerra comercial. As Bolsas europeias e dos EUA tombaram na semana depois do “tarifaço”. No Brasil, o Ibovespa também terminou em queda.

Leia a variação dos índices:

O dólar tinha terminado o dia em forte queda de 1,23% em 3 de abril, dia seguinte à data em que as tarifas foram divulgadas. Ocorre que a moeda norte-americana reverteu o movimento e teve uma alta de 3,7% na 6ª feira (4.abr) com a retaliação da China, fechando o dia a R$ 5,836.

Eis a trajetória:

AS TARIFAS DE TRUMP

Trump defende a taxação de outros países desde a sua campanha eleitoral, em 2024. Segundo ele, os Estados Unidos concedem benefícios às outras nações quando se trata de comércio exterior. O objetivo também é impulsionar a indústria local ao restringir a competitividade.

Medidas para carros importados foram anunciadas em 26 de março. Serão colocadas taxas de 25% para todas as nações que vendem os veículos aos EUA.

As tributações adicionais para aço e alumínio começaram em 12 de março. O valor também é de 25%.

O impacto para o fornecedor brasileiro pode ser significativo, porque os EUA são o maior comprador de aço do Brasil e o 2º maior de alumínio. 

Um estudo do Bradesco indica que a taxação pode reduzir as exportações brasileiras em até US$ 700 milhões. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aposta em uma perda maior, de US$ 1,5 bilhão.


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Demissões na agência nuclear americana comprometem modernização de submarinos, bombardeiros e mísseis em projeto bilionário

Depois de cortes do Doge (Departamento de Eficiência Governamental), administrado pelo empresário Elon Musk, a NNSA (National Nuclear Security Administration), responsável pela gestão do arsenal nuclear dos Estados Unidos, passa por uma crise de pessoal com demissões e desligamentos voluntários de cientistas nucleares, engenheiros de bombas e especialistas em segurança. As informações são do The New York Times.

A NNSA está em processo de modernização do arsenal nuclear, um projeto de US$ 20 bilhões anuais, que inclui a atualização de submarinos nucleares, bombardeiros e mísseis terrestres. A agência administra 3.748 bombas e ogivas nucleares e viu mais de 130 funcionários aceitarem desligamento voluntário, além de 27 trabalhadores demitidos, afetando a capacidade de supervisão dos mais de 60.000 funcionários contratados.

Os cortes impactaram não só as funções administrativas, mas também a eficiência operacional da NNSA, aumentando as preocupações sobre a segurança nacional e a possibilidade de fraude ou mau uso de recursos. Entre os profissionais que deixaram a agência, estão engenheiros, analistas de programas, gerentes, contadores e cientistas, muitos com autorizações essenciais para o acesso a informações restritas sobre armas nucleares.

De acordo com o Times, apesar de parte dos funcionários desligados estarem próximos da aposentadoria, há a possibilidade de haver mais cortes no futuro. Integrantes da NNSA disseram ao jornal que há poucas chances de contratação de pessoas para substituirem os demitidos.



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