7 de setembro de 2025
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Declaração se deu no mesmo dia em que Teerã aceitou retomar negociações nucleares com potências europeias

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o povo iraniano resistirá às exigências dos Estados Unidos para que o país “seja obediente”. A mídia estatal divulgou a fala no domingo (24.ago.2025), mesmo dia em que Teerã aceitou retomar negociações nucleares com potências europeias.

“Eles querem que o Irã seja obediente aos Estados Unidos. A nação iraniana se posicionará com todo o seu poder contra essas expectativas tão errôneas”, disse Khamenei em um evento religioso. Ele criticou ainda defensores do diálogo direto com os EUA e afirmou que “essa questão é insolúvel”. As informações são da Al Jazeera.

O Irã e potências europeias decidiram na 6ª feira (22.ago) retomar as conversas sobre o programa nuclear, com início previsto para 3ª feira (26.ago). Teerã havia suspendido o diálogo depois que os EUA e Israel bombardearam instalações nucleares iranianas em junho.

França, Reino Unido e Alemanha ameaçam reativar sanções da ONU caso o Irã não coopere.

Em 2015, Teerã firmou acordo para reduzir atividades nucleares em troca do alívio de sanções. O presidente Donald Trump (Partido Republicano) retirou os EUA do pacto em 2018 e impôs novamente restrições.

Khamenei acusou “agentes da América e do regime sionista” de tentar semear divisão no país e pediu união contra os EUA.

As potências ocidentais dizem que o Irã busca armas nucleares. Teerã nega e afirma que o programa tem fins civis.



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Christine Lagarde, presidente da instituição, afirmou que incluirá os efeitos do acordo com Donald Trump nas projeções de setembro

A presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, afirmou que a Europa deve se esforçar mais para fortalecer seus relacionamentos com parceiros comerciais fora dos Estados Unidos. As informações são do The Wall Street Journal.

“Embora os EUA sejam —e continuarão sendo— um importante parceiro comercial, a Europa também deve buscar aprofundar seus laços comerciais com outras jurisdições, alavancando os pontos fortes de sua economia voltada para a exportação”, disse Lagarde no Conselho Empresarial Internacional do Fórum Econômico Mundial em Genebra, na Suíça, nesta 4ª feira (20.ago.2025). Eis a íntegra do discurso, em inglês (PDF – 141 kB).

Lagarde já havia falado sobre como a União Europeia deveria reforçar suas instituições e sua resiliência econômica como forma de aumentar a proeminência internacional do euro, depois de os EUA terem começado a aumentar as tarifas sobre seus parceiros comerciais.

O acordo entre os EUA e a UE estabelece uma tarifa média efetiva de 12% a 16% para as importações norte-americanas de produtos da zona do euro. A tarifa básica acordada pela Comissão Europeia e pelo governo do presidente Donald Trump (Partido Republicano), que afeta a maioria dos produtos, é de 15%. Os EUA ameaçaram aplicar tarifas de 30% à UE.

“Acordos comerciais recentes aliviaram, mas certamente não eliminaram, a incerteza global, que persiste devido ao ambiente político imprevisível”, disse Lagarde.

A equipe do BCE levará em consideração as implicações do acordo comercial para a economia da zona do euro nas projeções de setembro, que orientarão as decisões do banco central nos próximos meses.

O resultado das negociações entre a UE e os EUA não fo bem aceito por todos os países que compõem o bloco. Em 28 de julho, o primeiro-ministro da França, François Bayrou (Movimento Democrático, centro), criticou o tratado, alegando “submissão” e o classificando como um “dia sombrio”.



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CNI, Fiesp e FecomercioSP veem pacote como positivo; Fiemg diz que medidas são “paliativas” e não enfrentam problema estrutural

A CNI (Confederação Nacional da Indústria), a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado) elogiaram nesta 4ª feira (13.ago.2025) a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de lançar um pacote de ajuda a empresas atingidas pelo tarifaço dos Estados Unidos.

A Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) classificou a medida como “paliativa”.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, disse que o pacote do governo brasileiro contempla “muitas das demandas feitas pelas indústrias, federações e associações setoriais” e priorizam a negociação.

Para ele, o plano representa abertura de mercado e é resultado de um esforço para manter o diálogo e buscar soluções. “Temos que exacerbar o máximo possível novos acordos bilaterais e do Mercosul, principalmente com a União Europeia”, afirmou.

Alban destacou pontos como linha de crédito especial, prorrogação de prazos de exportação e reativação do Reintegra.

A Fiesp declarou apoio ao plano, destacando que as medidas são importantes para preservar empregos, diversificar mercados e assegurar condições justas de comércio internacional.

A entidade afirmou ainda que há continuidade do diálogo com empresas norte-americanas para minimizar efeitos das tarifas em ambos os países e fortalecer relações comerciais históricas.

A FecomercioSP afirmou que as medidas eram necessárias “diante da gravidade da situação” e terão efeitos significativos para setores mais atingidos, sobretudo produtos industrializados. 

No entanto, disse que é preciso evitar “aumentar ainda mais a tensão diplomática com a Casa Branca” e defendeu que “o momento é de negociar com responsabilidade e moderação”.

Ao classificar as ações como “paliativas”, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, disse que as medidas “podem dar algum fôlego às empresas, mas não resolvem a raiz do problema”.

Ele defendeu negociações firmes com os EUA para reverter as tarifas e declarou que, “se não houver rapidez na implementação e clareza nas regras, o risco é que os recursos e incentivos fiquem no papel”.

O pacote do governo federal estabelece a liberação de R$ 30 bilhões do FGE (Fundo de Garantia à Exportação), administrado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Na área fiscal, o governo avalia usar recursos do Tesouro Nacional para realizar compras públicas de produtos impactados pelas tarifas americanas.

O pacote inclui ainda o adiamento temporário da cobrança de impostos e contribuições federais para as empresas afetadas.



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Produto ficou fora das isenções do tarifaço e foi o único citado nominalmente na investigação comercial dos EUA sobre o Brasil; pode ser usado como moeda de troca nas negociações

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 3ª feira (12.ago.2025) que o Brasil cogita incluir o etanol nas negociações do tarifaço com os Estados Unidos. O produto ficou de fora da lista de mercadorias isentas das tarifas de 50% impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano).

Integrantes do governo brasileiro defendem que o combustível não deve ser usado como moeda de troca em um eventual acordo com os EUA. Na contramão, Lula disse que revisar a tarifa do produto pode ser uma alternativa nas tratativas.

“Não nos recusamos a negociar a questão do etanol. Nós estamos dispostos a negociar a questão do etanol sem nenhum problema”, disse o petista em entrevista ao programa “O É da Coisa”, da BandNews.

O combustível foi o único produto citado nominalmente na investigação do Departamento de Comércio dos EUA sobre o Brasil. O documento publicado em março cita “práticas comerciais injustas” e “discriminação regulatória”.

 “Os Estados Unidos sofrem com tarifas mais altas sobre o etanol impostas pelo Brasil e com o desequilíbrio comercial resultante da decisão do Brasil de abandonar o tratamento recíproco, praticamente isento de impostos, que promoveu o desenvolvimento de ambas as indústrias e um comércio florescente e mutuamente benéfico”, diz o relatório.

A tarifa de importação brasileira para o etanol é de 18%. Já os EUA aplicam uma tarifa de 2,5% sobre o combustível brasileiro. Atualmente, 60% do etanol importado pelo país norte-americano é produzido no Brasil.

Setores do agronegócio veem com preocupação a possibilidade de o produto entrar nas negociações. Por já ter sido citado em manifestações do governo norte-americano, a avaliação é que há alta probabilidade de a redução das tarifas sobre o combustível ser uma exigência em eventuais negociações. 



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Assessor especial da Presidência diz que governo Trump quer desestabilizar o Brasil e afirma que há dificuldade em contatar “quem decide as coisas” nos Estados Unidos

O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, disse nesta 2ª feira (11.ago.2025) que o aumento das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros é uma mistura de interesses políticos e econômicos que desafiam a diplomacia atual. O principal conselheiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a alta cúpula do governo brasileiro tem encontrado dificuldades para contatar “quem decide as coisas nos Estados Unidos”.

“Da nossa parte os canais não estão fechados. Sempre estaremos abertos a negociar, mas é preciso que os dois queiram negociar”, disse em entrevista ao programa “Roda Vida”, da TV Cultura. Ele afirmou que o governo vai agir para defender não apenas a economia brasileira, mas também a dignidade do país. Disse que não se pode aceitar ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal) ou a algum de seus ministros.

Amorim afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano) misturou política e economia na carta que enviou a Lula no início de julho, quando anunciou o aumento das tarifas. O assessor, no entanto, disse que não é possível saber o quanto dessa decisão do norte-americano é influência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou do que disse ser um direito dos norte-americanos de fortalecer a extrema direita na América Latina. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, está morando nos Estados Unidos e tem tido contato com integrantes da administração republicana.

“Acho que são as duas coisas. Mas não atribuiria todo o poder ao Bolsonaro. Há desejo da extrema direita dos EUA, dirigida por Steve Bannon, de desestabilizar o Brasil”, disse.

Questionado sobre como os países da América Latina poderiam reagir à nova política internacional norte-americana, Amorim disse que é preciso diversificar os mercados e fortalecer a integração dos países na região.

“Nós não somos o quintal de ninguém, mas para isso temos que diversificar os nossos parceiros. Porque a época da autossuficiência e do protecionismo absoluto não existe mais, então a diversificação é o novo nome da independência”, disse.

Amorim afirmou que é natural que o dólar perca espaço no mercado internacional em detrimento do uso de moedas locais. A ampliação do uso de outras moedas em transações internacionais é uma das principais bandeiras do Brics, grupo formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. E foi um dos motivos para a elevação das tarifas dos Estados Unidos para os produtos brasileiros. 

“É coisa que vai acontecer, é bom que aconteça. Mas vai acontecer independentemente da vontade dos governantes. A aceitação do dólar como moeda de reserva para todos está ligada ao sistema multilateral. Isso não nasceu à toa, está tudo ligado. Na medida em que esse sistema deixa de existir, é natural que os países procurem outras formas de garantir estabilidade e o progresso do seu comércio”, disse.



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Regra vale começa em 2 de setembro; poucas categorias terão isenção, como vistos diplomáticos e algumas renovações

A partir de 2 de setembro de 2025, a maioria dos solicitantes de visto de não imigrante para os Estados Unidos —incluindo quem vai renovar— precisará passar por entrevista presencial com um oficial consular.

A medida foi anunciada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos e substitui as regras de isenção de entrevista publicadas em fevereiro de 2025.

Como era antes

Regra de fevereiro de 2025

  • eram isentos solicitantes de vistos diplomáticos ou oficiais: A-1, A-2, C-3 (exceto atendentes, empregados ou serventes de autoridades credenciadas), G-1 a G-4, Nato-1 a Nato-6 e Tecro E-1.
  • também estavam dispensadas as pessoas que renovassem um visto da mesma categoria com validade integral, desde que:
    • o visto anterior tivesse expirado há menos de 12 meses;
    • o pedido fosse feito no país de nacionalidade ou residência;
    • nunca tivessem tido um visto recusado (salvo se a recusa tivesse sido revertida ou dispensada);
    • não apresentassem inelegibilidade aparente ou potencial.

Essa norma de fevereiro já havia sido uma restrição, pois eliminou isenções mais amplas concedidas durante a pandemia —como renovações de vistos com vencimento de até 48 meses ou mudança de categoria sem entrevista.

Como será a partir de 2 de setembro de 2025

Quem precisará fazer entrevista presencial:

  • solicitantes da maioria das categorias de visto de não imigrante, inclusive menores de 14 anos e maiores de 79 anos;
  • pessoas que vão renovar o visto fora dos critérios de isenção.

Quem estará isento da entrevista

  • solicitantes de vistos diplomáticos ou oficiais:
    • A-1, A-2, C-3 (exceto atendentes, empregados ou serventes de autoridades credenciadas);
    • G-1 a G-4;
    •  Nato-1 a Nato-6 e Tecro E-1.
  • pessoas renovando visto B-1, B-2 ou B1/B2 de validade integral, ou cartão de travessia de fronteira (para mexicanos), desde que:
    • o pedido seja feito em até 12 meses após o vencimento do visto anterior;
    • tenham 18 anos ou mais na emissão do visto anterior;
    • façam o pedido no país de nacionalidade ou residência;
    • nunca tenham tido pedido recusado (a menos que a recusa tenha sido revertida ou dispensada);
    • não apresentem inelegibilidade aparente ou potencial.

Mesmo nos casos de isenção, o oficial consular pode exigir entrevista presencial a seu critério.



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Setor industrial foi um dos mais afetados, segundo dados do Departamento do Trabalho norte-americano

Os Estados Unidos criaram 73 mil vagas de trabalho em julho. O resultado –que não leva em conta o setor agrícola– fez a taxa de desemprego ir de 4,1% para 4,2%. Os dados foram divulgados nesta 6ª feira (1º.ago.2025) pelo Departamento do Trabalho norte-americano, que também revisou para baixo os números de contratações dos meses anteriores.

Com as revisões dos últimos meses –258 mil vagas a menos do que as reportadas anteriormente em maio e junho–, a média trimestral de criação de vagas caiu para 35.000 novos postos mensais. O quadro é de desaceleração do mercado de trabalho norte-americano, segundo a agência AP (Associated Press).

O setor industrial foi um dos mais afetados pela desaceleração. As fábricas eliminaram 11.000 postos em julho, depois de cortar 15.000 em junho e outros 11.000 em maio.

O governo, que tem sido alvo de reduções do presidente Donald Trump (Partido Republicano), perdeu 12.000 vagas em julho. A administração pública e os serviços de apoio, no geral, registraram queda de quase 20.000 posições.

Em contraste com a tendência geral, as empresas de saúde criaram 55.400 empregos em julho, representando 76% do total de vagas abertas no mês. Esse dado indica que os ganhos recentes de emprego estão concentrados em poucos setores da economia.

Diversos fatores têm contribuído para o enfraquecimento do mercado de trabalho, incluindo as elevadas taxas de juros implementadas para combater a inflação. As políticas do governo Trump, como o aumento das tarifas de importação e os planos de deportação em massa de trabalhadores estrangeiros, também exercem impacto no cenário atual.



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Donald Trump anunciou alíquota de 50% sobre produtos brasileiros; prazo inicial para medida passar a valer era 1º de agosto

Faltam 6 dias para as tarifas impostas pelos EUA entrarem em vigor. Passam a valer em 6 de agosto para o Brasil. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), anunciou uma alíquota de 50% sobre os produtos brasileiros.

O prazo inicial para as tarifas passarem a valer era 1º de agosto. Na 4ª feira (30.jul.2025), porém, Trump assinou um decreto formalizando a taxação e escreveu que a entrada em vigor seria 7 dias depois da assinatura do documento, o que será em 6 de agosto. Eis as íntegras do decreto e do comunicado em português e em inglês.

Foram excluídos do tarifaço 694 produtos brasileiros. Suco de laranja e aviões são exemplos. Leia aqui a lista de produtos que se livraram do tarifaço.

O texto assinado por Trump cita “perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivado” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Trump publicou em 9 de julho uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciando a tarifa de 50%. O republicano justificou o aumento pelo tratamento que o governo brasileiro deu a Jair Bolsonaro, a quem disse respeitar “profundamente”.

“A forma como o Brasil tratou o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional”, disse Trump.

Trump declarou que o governo dos EUA concluiu que precisa se afastar da “relação de longa data e muito injusta” provocada pela política tarifária de barreiras comerciais do Brasil.

Segundo o presidente norte-americano, as taxas dos EUA estão longe de ser recíprocas com o país da América do Sul. Ele afirmou que é preciso corrigir as “graves injustiças do regime atual”.

“Por favor, entenda que o número de 50% é muito menor do que o necessário para termos a igualdade de condições que precisamos com o seu país”, declarou Trump.

O presidente dos EUA disse que se Lula aumentar as tarifas em retaliação haverá um acréscimo de igual proporção aos 50% anunciados.



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Pacto anunciado por Ursula von der Leyen inclui compras bilaterais de energia e estabelece tarifa zero para setores estratégicos

A UE (União Europeia) e os EUA fecharam acordo comercial que estabelece uma tarifa máxima de 15% para carros e semicondutores, setores essenciais para as economias de ambos os países, neste domingo (27.jul.2025).

O pacto anunciado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi firmado depois de reunião com o presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), na Escócia. O acordo evita a implementação de uma tarifa anterior de 30%, que entraria em vigor em 1º de agosto.

O comércio automotivo e o setor de semicondutores são sensíveis às tarifas por sua importância na cadeia global de suprimentos e pela relevância econômica para essas economias. A imposição de tarifas mais altas elevaria os custos, o que comprometeria ainda mais a produção e o preço final de veículos e componentes eletrônicos.

O pacto também projeta tarifas zero para setores estratégicos, como aeronaves e certos produtos químicos e agrícolas, além de investimentos em compras bilaterais de energia –cerca de US$ 750 bilhões em 3 anos. O acordo inclui ainda aporte de US$ 600 bilhões em equipamentos militares e abertura de mercados com tarifas reduzidas.

A presidente da Comissão Europeia ressaltou que a redução das tarifas visa a equilibrar a competição global e fortalecer a cooperação energética, especialmente para diminuir a dependência europeia de combustíveis fósseis russos.

“Ainda há entrada significativa de gás e petróleo russos na UE, o que queremos eliminar definitivamente”, afirmou em fala a jornalistas.

Embora os semicondutores estejam incluídos na tarifa, sua aplicação está sujeita aos resultados de investigações comerciais em andamento nos EUA, o que pode afetar a implementação final da tarifa sobre esses produtos.



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O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse neste domingo (27) que as tarifas aos produtos brasileiros previstas para iniciarem em 1º de agosto não serão adiadas. Os produtos importados do Brasil pelos EUA serão taxados em 50%.

A afirmação foi feita durante entrevista do secretário ao programa Fox News Sunday, conforme reportado pela Agência Brasil.

“Com certeza não haverá mais prorrogações, não haverá mais [período de] carência. As tarifas estão programadas para o dia 1º de agosto. Colocaremos a Alfândega para começar a coletar o dinheiro”, disse.

Lutnick afirmou que o presidente Donald Trump estará aberto a “negociar e conversar com as grandes economias”. Ele, no entanto, ponderou que tais conversas podem esbarrar em dificuldades.

“Obviamente, após 1º de agosto, as pessoas ainda poderão falar com o presidente Trump. Ele está sempre disposto a ouvir. Até lá, acho que o presidente vai falar com muitas pessoas. Se elas podem fazê-lo feliz é outra questão”, acrescentou.

Defesa de Bolsonaro e ataque ao Pix

No dia 9 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que anuncia a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano a partir do dia 1º de agosto.

No documento, Trump diz ter adotado a medida sob a justificativa de que o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, estaria sofrendo perseguição política.

Os Estados Unidos também iniciaram uma investigação interna contra práticas comerciais do Brasil que consideram supostamente “desleais”. Entre elas, o Pix.

O governo de Trump também revogou os vistos do ministro Alexandre de Moraes, seus familiares e “aliados na Corte”.

Na última sexta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está aberto a negociar com Trump e disse que o presidente dos Estados Unidos foi induzido a acreditar “em uma mentira”.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro da Indústria, Comércio e Serviço, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, lideram as iniciativas para uma solução diplomática com o país norte-americano. O governo também criou um comitê para discutir as taxações com o setor produtivo brasileiro.

Senadores dos EUA apontam ‘abuso de poder’ de Trump contra Brasil

Na sexta-feira (25/7), um grupo de 11 senadores dos EUA, todos do Partido Democrata, enviou uma carta ao presidente Donald Trump pedindo o fim das tarifas comerciais contra o Brasil. A iniciativa partiu dos senadores Jeanne Shaheen (Nova Hampshire) e Tim Kaine (Virgínia), membros da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

No documento, os parlamentares criticaram a ameaça de novas tarifas, classificando-a como “claro abuso de poder”. Eles argumentaram que os EUA e o Brasil têm disputas comerciais legítimas, mas que a medida proposta pelo governo Trump não visa a negociação, e sim prejudica ambos os lados.

Senadora Jeanne Shaheen conversa com empresário norte-americano sobre o impacto negativo das tarifas anunciadas por Donald Trump // Foto: rede social

Segundo os senadores, as tarifas elevariam custos para famílias e empresas americanas. O texto destacou que os EUA importam mais de US$ 40 bilhões anuais do Brasil, incluindo cerca de US$ 2 bilhões em café, e que o comércio bilateral sustenta quase 130 mil empregos nos Estados Unidos. Além disso, alertaram que o Brasil pode retaliar, aumentando ainda mais os impostos sobre produtos americanos.

A carta também mencionou a influência chinesa na América Latina, argumentando que uma guerra comercial afastaria o Brasil dos EUA e o aproximaria da China. O documento citou investimentos chineses no país, como projetos portuários e um memorando para estudo de uma ferrovia transcontinental assinado pela China State Railway.

Os senadores concluíram que a medida de Trump beneficiaria a China em detrimento dos interesses econômicos e estratégicos dos Estados Unidos. (Com informações da Agência Brasil)



Autor Manoel Messias Rodrigues