26 de outubro de 2025
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Presidente da Câmara disse que vai “lutar” por novo aumento da proporção; mistura atual é de 30%

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta 2ª feira (20.out.2025) que vai “lutar” para ampliar a mistura de etanol anidro na gasolina de 30% para 35%. A declaração foi feita durante a 25ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, em São Paulo, que celebrou os 50 anos do ProÁlcool, programa criado em 1975 para estimular o uso de biocombustíveis no Brasil.

“Hoje já temos 30% da mistura da gasolina com etanol e vamos lutar e brigar para que avancemos aos 35% na mistura, o que fortalecerá ainda mais a indústria de biocombustíveis do nosso país […] A Câmara seguirá atenta para fortalecer o setor em meio aos desafios que surgem”, disse Motta durante o evento.

Motta citou o papel do Congresso na aprovação de políticas que ampliam o uso de energias limpas, como o programa Combustível do Futuro, que permite o aumento gradual da mistura de etanol até 35%, caso a viabilidade técnica seja comprovada pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética).

Atualmente, o Brasil adota a mistura de 30% de etanol na gasolina, conhecida como E30. A medida, em vigor desde agosto, foi aprovada em junho pelo CNPE e elevou o percentual anterior de 27%.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o aumento permitirá que o país volte a ser exportador de etanol. Na ocasião da aprovação, o ministro Alexandre Silveira afirmou que a mudança reforça a soberania energética do país. Segundo o governo, o Brasil deixará de importar gasolina e passará a produzir excedente.

O governo estima um excedente anual de 700 milhões de litros e economia de até R$ 0,11 por litro na gasolina C.



Autor Poder360 ·


Projeto-piloto em Pernambuco da Suape Energia com a finlandesa Wärtsilä pode atender 2 milhões de famílias e reduzir emissões de CO₂

A Savana Holding iniciou a implantação do projeto da 1ª usina termelétrica de larga escala movida a etanol do mundo. O investimento inicial é de R$ 60 milhões e a operação piloto será conduzida pela Suape Energia em parceria com a multinacional finlandesa Wärtsilä.

O motogerador de 4 MW (megawatts) será instalado na Usina Térmica Suape 2, em Pernambuco. O empreendimento tem potencial de expansão para 600 MW, capacidade suficiente para atender mais de 2 milhões de famílias.

Segundo a Savana, a iniciativa aproveita a cadeia de suprimento de etanol já consolidada no Brasil, reduz a dependência de importações, fortalece a economia local e cria oportunidades de emprego.

O projeto tem participação de 80% da Savana Holding e 20% da Petrobras, que também é uma das financiadoras. A Wärtsilä forneceu metade dos equipamentos, enquanto a Suape 2 assumiu custos de montagem e de infraestrutura.

Os testes vão consumir cerca de 6 milhões de litros de etanol e devem durar 4.000 horas. O cronograma estima que o motor esteja montado até o fim de 2025, com testes programados para janeiro e fevereiro de 2026.

EFICIÊNCIA E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

O CTO da Suape Energia, José Faustino, afirmou que o projeto coloca o Brasil na vanguarda global da transição energética e tem eficiência próxima à de usinas a diesel ou óleo combustível.

“Esse motor, especificamente, tem uma eficiência hoje em torno de 39% a 40%. No motor a diesel eu chego a 46% a 48%. Mas, quando comparamos as emissões, o motor a etanol teria só 10% do CO₂ de um motor a diesel”, declarou em entrevista ao Poder360.

A eficiência citada por Faustino se refere à proporção da energia contida no combustível que é de fato convertida em eletricidade.

Além da redução nas emissões de gases de efeito estufa, a termelétrica pode entregar potência para o SIN (Sistema Interligado Nacional) com mais rapidez do que as usinas movidas a óleo combustível.

“Com a planta a etanol, a gente vai fazer isso em meia hora. O óleo combustível precisa de aquecimento, precisa de vapor, precisa de filtragem. O etanol não, vai direto para o motor. Nós teremos uma resposta muito mais rápida para o sistema”, afirmou.

FORNECIMENTO DE COMBUSTÍVEL

O biocombustível será fornecido pela Vibra Energia. A Savana declarou que não há risco de competição com o setor automotivo.

“A demanda de uma térmica é infinitamente menor que a de carros. O projeto só tem a fortalecer o mercado da cana-de-açúcar e de etanol. Seria uma saída até para o pessoal do etanol que até muito sofre, um pouco financeiramente ainda”, disse Faustino.

O vice-presidente da Savana Holding, Carlos Mansur, destacou que o etanol não pode ser vendido diretamente pelo produtor e precisa passar por uma distribuidora. Ele avaliou que, com um leilão de reserva de capacidade, a legislação poderá ser ajustada para permitir outros tipos de fornecimento e ampliar o acesso ao mercado.

“Imagino que mais para frente, se porventura acontecer um leilão, isso possa ter algum apêndice na lei e liberar algum outro tipo de fornecimento para abrir o mercado”, disse a este jornal digital.



Autor Poder360 ·


Produto ficou fora das isenções do tarifaço e foi o único citado nominalmente na investigação comercial dos EUA sobre o Brasil; pode ser usado como moeda de troca nas negociações

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 3ª feira (12.ago.2025) que o Brasil cogita incluir o etanol nas negociações do tarifaço com os Estados Unidos. O produto ficou de fora da lista de mercadorias isentas das tarifas de 50% impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano).

Integrantes do governo brasileiro defendem que o combustível não deve ser usado como moeda de troca em um eventual acordo com os EUA. Na contramão, Lula disse que revisar a tarifa do produto pode ser uma alternativa nas tratativas.

“Não nos recusamos a negociar a questão do etanol. Nós estamos dispostos a negociar a questão do etanol sem nenhum problema”, disse o petista em entrevista ao programa “O É da Coisa”, da BandNews.

O combustível foi o único produto citado nominalmente na investigação do Departamento de Comércio dos EUA sobre o Brasil. O documento publicado em março cita “práticas comerciais injustas” e “discriminação regulatória”.

 “Os Estados Unidos sofrem com tarifas mais altas sobre o etanol impostas pelo Brasil e com o desequilíbrio comercial resultante da decisão do Brasil de abandonar o tratamento recíproco, praticamente isento de impostos, que promoveu o desenvolvimento de ambas as indústrias e um comércio florescente e mutuamente benéfico”, diz o relatório.

A tarifa de importação brasileira para o etanol é de 18%. Já os EUA aplicam uma tarifa de 2,5% sobre o combustível brasileiro. Atualmente, 60% do etanol importado pelo país norte-americano é produzido no Brasil.

Setores do agronegócio veem com preocupação a possibilidade de o produto entrar nas negociações. Por já ter sido citado em manifestações do governo norte-americano, a avaliação é que há alta probabilidade de a redução das tarifas sobre o combustível ser uma exigência em eventuais negociações. 



Autor Poder360 ·


Iniciativa estabelece benefício fiscal para atrair investidores e fortalecer cadeia produtiva no estado. Política Estadual de Combustíveis também foi aprovada na Alego

Projeto que incentiva produção de etanol hidratado combustível, em Goiás, segue para sanção do governador Ronaldo Caiado (Foto: SGG)

O Projeto de Lei n° 374/2024 que visa estabelecer benefício fiscal para os estabelecimentos industriais que produzem etanol hidratado combustível no estado de Goiás, independente da matéria-prima utilizada em sua fabricação, foi aprovado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), nesta quinta-feira (25/04), e seguirá para a sanção do governador Ronaldo Caiado.

A iniciativa, coordenada pelo Instituto Mauro Borges (IMB), vinculado à Secretaria-Geral de Governo (SGG), irá fortalecer a indústria estadual, agregar valor à produção agrícola e fomentar o crescimento econômico regional. “Goiás irá se tornar um estado mais atrativo para investidores no setor de etanol. Por meio do incentivo à instalação de novas indústrias, bem como a expansão das já existentes, conseguiremos ampliar a nossa cadeia produtiva”, pontua o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

O diretor-executivo do IMB, Erik Figueiredo, destaca a importância da competitividade para a expansão do setor. “Temos que promover a competitividade do estado de Goiás na produção de etanol por meio da diversificação das matérias-primas. O Mato Grosso do Sul é um exemplo de estado que alcançou maior competitividade ao adotar essa estratégia, expandindo assim a sua cadeia produtiva”, destacou o diretor-executivo.

Política Estadual de Combustíveis de Goiás

Também foi aprovado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), na última quarta-feira (24/04), o Projeto de Lei n° 392/2024 que Institui a Política Estadual de Combustíveis de Goiás. A proposta estimula o uso de biocombustíveis, preferencialmente os de produção local, e a eletromobilidade no estado, como apoio e incentivo ao incremento da cadeia produtiva de biocombustíveis, ao desenvolvimento regional e à redução dos impactos ambientais.

Cadeia produtiva

Outro fator que contribui para o fortalecimento e expansão da cadeia produtiva em Goiás é a decisão de não se limitar apenas à produção do etanol hidratado, mas sim, expandir para a produção do etanol anidro. No dia 19 de abril, o Governo Estadual ampliou o benefício fiscal do álcool anidro em Goiás para fomentar a produção local de biocombustíveis. A concessão foi realizada por meio do Decreto n°10.445, publicado no Diário Oficial do Estado de 19/04 que alterou o regulamento do Código Tributário do Estado de Goiás (RCTE).



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