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11 de julho de 2025
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A indústria brasileira voltou a crescer de forma significativa e interrompeu um ciclo de estagnação que durava cinco meses. Em março de 2025, o setor industrial nacional registrou alta de 1,2% em relação a fevereiro, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados nesta quarta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este é o melhor resultado para o mês de março desde 2018, quando houve crescimento de 1,4%. Também representa a maior expansão mensal desde junho de 2024, período em que a indústria havia avançado 4,3%.

Na comparação com março de 2024, o avanço é de 3,1%, configurando a décima alta consecutiva nessa base de comparação. No acumulado de 12 meses, o setor industrial também registra crescimento de 3,1%.

Setor industrial supera nível pré-pandemia

Com o desempenho de março, a indústria brasileira se encontra 2,8% acima do patamar registrado em fevereiro de 2020 — período pré-pandemia. No entanto, ainda está 14,4% abaixo do pico histórico alcançado em maio de 2011.

A retomada é vista como uma resposta aos meses anteriores de baixo dinamismo. Veja a variação nos últimos seis meses:

Crescimento espalhado por setores relevantes

De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, o desempenho de março representa uma “compensação” das perdas recentes. Ele destaca que o crescimento foi “disseminado”, com diversos segmentos relevantes registrando aumento na produção.

Três das quatro grandes categorias econômicas tiveram expansão:

  • Bens de consumo duráveis: +3,8%

  • Bens de consumo semi e não duráveis: +2,4%

  • Bens intermediários: +0,3%

  • Bens de capital: -0,7%

Entre as 25 atividades pesquisadas, 16 apresentaram crescimento. Os destaques positivos foram:

  • Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis: +3,4%

  • Indústrias extrativas: +2,8%

  • Produtos farmoquímicos e farmacêuticos: +13,7%

  • Veículos automotores, reboques e carrocerias: +4%

O índice de difusão — que mede o percentual de produtos com aumento de produção — atingiu 59,7% de fevereiro para março.

A média móvel trimestral, que indica a tendência do setor eliminando oscilações pontuais, foi positiva em 0,4%. Este é o primeiro resultado positivo desde outubro de 2024, encerrando uma sequência de retrações iniciada em novembro do mesmo ano.


A informação foi confirmada pelo Jornal Folha de Goiás, que acompanha o desempenho econômico e industrial com responsabilidade e independência, destacando seus reflexos para Goiás, Goiânia e o Brasil.

Análise editorial

O resultado de março representa um sinal importante de recuperação para a indústria nacional, em um momento de cautela no cenário macroeconômico. A expansão, embora modesta, demonstra capacidade de reação após meses de estagnação, o que pode refletir também em maior confiança para investimentos produtivos. A retomada, no entanto, ainda esbarra na necessidade de políticas industriais mais robustas e na superação de gargalos históricos — como logística, carga tributária e custo do crédito.

Autor # Jornal Folha de Goiás