22 de setembro de 2025
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  • 21:21 Assista a vídeo com imagens aéreas do ato da esquerda na Paulista
  • 17:37 Policiais penais e sindicato que representa a categoria têm mérito reconhecido em solenidade no Palácio Maguito Vilela
  • 13:53 Prefeitura de Aparecida registra 6 mil atendimentos em mutirão no Expansul
  • 10:09 Atos contra PEC da Blindagem são realizados nas 27 capitais do país


Manifestação contra a anistia e a PEC da Blindagem reuniu 43.400 pessoas em São Paulo, segundo cálculo do Poder360

A manifestação convocada pela esquerda contra a anistia e a PEC da Blindagem reuniu cerca de 43.400 pessoas na tarde deste domingo (21.set.2025) na avenida Paulista, segundo cálculo do Poder360.

Assim como em outras capitais do país, o ato na região central de São Paulo teve a presença de movimentos sociais, políticos e artistas. As imagens aéreas do vídeo abaixo foram captadas às 15h50.

Assista ao vídeo (1min59):

Medidas da Câmara

Na 3ª feira (16.set.2025), a Câmara dos Deputados aprovou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 3 de 2021, apelidada de PEC da Blindagem. A medida permite que deputados e senadores só sejam presos em flagrante por crimes inafiançáveis previstos na Constituição, como racismo e terrorismo. Mesmo em flagrante, a manutenção da prisão ou da investigação depende de decisão da Casa em até 24h.

A proposta também estabelece que um deputado ou senador só poderá ser processado durante o mandato se os colegas aprovarem. O texto também amplia o foro privilegiado no STF (Supremo Tribunal Federal) para presidentes nacionais de partidos com representação no Congresso. O projeto ainda precisa de aprovação no Senado para entrar em vigor.

Na 4ª feira (17.set.2025), a Câmara aprovou a urgência do PL (Projeto de Lei) da Anistia, que busca perdoar crimes de condenados por tentativa de golpe e pela invasão dos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro. Com a urgência, o projeto pode ir direto ao plenário, sem passar por comissões. O projeto precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também pode vetá-lo.

Situação da blindagem

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado definiu na 6ª feira (19.set.2025) o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) como relator da PEC da Blindagem. O congressista já se posicionou contra a proposta e afirmou que recomendará sua rejeição.

Vieira declarou que a PEC traz “enormes prejuízos para os brasileiros” e disse que o parecer será técnico e contrário ao texto. A proposta foi recebida oficialmente pelo Senado na noite de 4ª feira (17.set.2025).

“Minha posição sobre o tema é pública e o relatório será pela rejeição, demostrando tecnicamente os enormes prejuízos que essa proposta pode causar aos brasileiros”, afirmou o relator.

O presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), também se manifestou contra a medida. Ele classificou a PEC como um retrocesso para a democracia e para a transparência. Manifestei meu posicionamento contrário e acredito que não encontrará aprovação na CCJ”, declarou.

A liderança do MDB, uma das maiores bancadas do Senado, divulgou nota oficial afirmando que a proposta representa “impunidade absoluta” e “mina a igualdade perante a lei”.

Situação da anistia

Já o projeto de lei da anistia tem como relator o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP). O congressista já sinalizou que não deve apresentar um texto para perdoar os condenados por tentativa de golpe de Estado, incluindo Bolsonaro. Paulinho, porém, avalia propor a redução das penas.

Bolsonaro, por exemplo, foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. O ex-presidente está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, usando tornozeleira eletrônica. Não se trata do cumprimento da pena. O político do PL foi alvo de uma medida cautelar do STF (Supremo Tribunal Federal), sob suspeita de tentar obstruir o julgamento no qual acabou condenado.

Para o ministro Alexandre de Moraes, do STF, Bolsonaro tentou obstruir o julgamento por meio do filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal que está nos Estados Unidos desde fevereiro fazendo lobby por sanções contra autoridades brasileiras a fim de evitar a punição do pai.

O governo Donald Trump (Partido Republicano) já impôs tarifas de 50% para produtos brasileiros sob a justificativa de que o aliado Bolsonaro sofre uma “caça às bruxas”. Trump chegou a pedir que o julgamento do ex-presidente fosse interrompido “imediatamente”.

O STF, porém, deu sequência ao caso e condenou Bolsonaro e outros 7 réus por tentativa de golpe, em decisão dada em 11 de setembro. Ainda há possibilidade de recursos no próprio tribunal, antes que as penas comecem a ser cumpridas.

Ato pela soberania

A manifestação anterior da esquerda foi realizada em 7 de setembro, em várias partes do Brasil. Na Praça da República, em São Paulo, os organizadores reuniram 4.300 pessoas, segundo cálculo do Poder360 a partir de imagens aéreas.

O protesto teve como mote pedidos de condenação de Jair Bolsonaro (PL) por golpe –o ex-presidente acabou condenado em 11 de setembro– e defesa da soberania, por causa das tarifas e sanções do governo do presidente dos Estados Unidos contra o Brasil.

No mesmo dia dos atos da esquerda, a direita também foi para as ruas pela anistia de Bolsonaro, em protestos realizados em várias cidades. A manifestação realizada na avenida Paulista, em São Paulo, reuniu 48.800 pessoas, segundo cálculo deste jornal digital a partir de imagens aéreas.



Autor Poder360 ·


Rodrigo Paz e Quiroga disputarão a 2ª rodada do pleito em 19 de outubro; é a 1ª vez desde 2006 que a direita tem chances reais de conquistar a Presidência

A eleição presidencial realizada neste domingo (17.ago.2025) na Bolívia terminou sem definição. O centrista Rodrigo Paz (Partido Democrata Cristão), de 57 anos, e Jorge “Tuto” Quiroga (Aliança Livre, centro-direita), 65 anos, disputarão o 2º turno em 19 de outubro.

Paz recebeu 32,05% dos votos, enquanto Quiroga obteve 26,97%. Nenhum candidato alcançou os 50% necessários para vencer em 1ª votação, nem os 40% com 10 pontos de vantagem sobre o 2º colocado.

Esta é a 1ª vez desde 2006 que a direita tem chances reais de conquistar a Presidência, encerrando quase 20 anos de hegemonia da esquerda iniciada com Evo Morales e MAS (Movimento ao Socialismo).

O cenário se dá por causa da crise econômica no país, com inflação elevada (24,86% em julho), reservas cambiais baixas e escassez de combustíveis e produtos básicos, o que culminou na baixa popularidade do atual presidente Luis Arce (independente, esquerda).

Diferentemente de outros países sul-americanos que utilizam urnas eletrônicas, a Bolívia adota o sistema de votação em papel, com contagem manual.

Jorge Quiroga

Jorge “Tuto” Quiroga, 65 anos, nasceu em Cochabamba e é formado em engenharia industrial. Foi presidente interino da Bolívia (2001-2002) depois de servir como vice-presidente de 1997 a 2001, no governo de Hugo Banzer.

Candidatou-se anteriormente nas eleições de 2005, 2014 e tentou em 2020, mas retirou sua candidatura pouco antes do pleito. Defende um liberalismo conservador, redução do deficit fiscal, privatização de empresas públicas deficitárias, livre comércio com os Estados Unidos e China. Entre suas propostas de campanha, estão a eliminação de impostos sobre os dividendos e a criação de 750 mil empregos durante o mandato de 5 anos.

Rodrigo Paz

Rodrigo Paz Pereira é senador e ex-prefeito de Tarija. Filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora (1989-1993), construiu sua carreira política desde o início dos anos 2000. É formado em relações internacionais com especialização em Economia e concluiu uma maestria em gestão política na American University, em Washington D.C.

Sua campanha defende um modelo de “capitalismo para todos”, com foco na formalização da economia, combate à corrupção e reformas institucionais para limitar a reeleição e fortalecer a Justiça.



Autor Poder360 ·


Aline Bardy Dutra fez acusações consideradas falsas contra Aline Magalhães e é obrigada a divulgar vídeo em rede social; assista ao vídeo

A influenciadora de esquerda Aline Bardy Dutra, que conta com 467 mil seguidores no Instagram sob o perfil @esquerdogata_79, publicou em seu perfil na plataforma um vídeo de retratação na 3ª feira (14.jan.2025).

O vídeo de Aline de quase 3 minutos é direcionada a Aline Magalhães, que participou dos atos do 8 de Janeiro. À época, ela postou em seu perfil no Instagram um vídeo gravado em cima do prédio do Congresso Nacional. Disse que “sonhava” com aquele dia.

Dutra diz no vídeo de retratação que havia compartilhado “postagens totalmente inverídicas e mentirosas” a respeito de Magalhães nos dias 9, 10 e 25 de janeiro de 2023, e em 31 de março de 2024.

“A difamei afirmando que Aline era usuária de drogas e que teria passado por uma internação na Suíça para se livrar dos vícios. Cheguei a dizer que eu tinha documentos que comprovavam essa alegação, porém, era tudo absolutamente falso. Nunca existiu nenhum documento a respeito disso e nada que comprovasse a minha fala”, afirma a influenciadora de esquerda.

A influenciadora afirma também que seus posts fizeram com que Magalhães fosse indevidamente perseguida no ambiente virtual” e que suas falas e vídeos causaram enorme prejuízo de ordem moral, social e financeira”.

Assista ao vídeo de retratação (2min53s):

Em 20 de março de 2023, Dutra postou em seu perfil no Instagram que estava sendo processada por Magalhães. Pediu ajuda dos seguidores para poder pagar sua defesa na ação: “Só posso contar com vocês. Meu salário como professora paga apartamento, escolas das crianças e comida”.

Leia a íntegra do texto de retratação:

“No dia 8 de janeiro de 2025, eu fiz um vídeo de retratação onde eu falei o nome da pessoa a quem eu devo desculpas errado, então eu venho novamente me retratar.

“Eu, Aline Bardy Dutra, venho pela presente retratar-me nos termos a seguir expostos.

“No dia 9 do 1 [janeiro] de 2023, 10 do 1 [janeiro] de 2023, 25 do 1 [janeiro] de 2023 e 31 do 3 [março] de 2024, fiz postagens totalmente inverídicas e mentirosas em minhas redes sociais, Instagram e TikTok, a respeito de Aline Magalhães, que nem mesmo conheço pessoalmente.

“Apenas a título de exemplo, a difamei afirmando que Aline era usuária de drogas e que teria passado por uma internação na Suíça para se livrar dos vícios. Cheguei até mesmo a dizer que eu tinha documentos que comprovavam essa alegação, porém, era tudo absolutamente falso. Nunca existiu nenhum documento a respeito disso e nada que comprovasse a minha fala.

“Gravei vídeos caluniosos em que atribuí à ofendida condutas que ela nunca praticou. Afirmei sem embasamento algum, sem estar amparada em nenhum documento, imagem ou vídeo, que Aline não só concordava, mas também apoiava a depredação de prédios públicos por mera insatisfação como resultado do pleito presidencial de 2022. Hoje venho a público me retratar dessas infelizes afirmações.

“Ainda criei apelidos injuriosos que abalaram a reputação de Aline Magalhães não só perante a sociedade ribeirãopretana, cidade em que vivemos, mas também em todos os locais em que os vídeos foram visualizados. Como a minha forma de agir teve grande repercussão social, até porque tenho mais de 300 mil seguidores, suponho que minhas falas atingiram até mesmo a família de Aline.

“Da mesma forma que qualifiquei os seus sócios como fascistas por tudo indicar que votaram em um candidato diferente do meu. A forma reprovável como agi foi motivada por diferenças ideológicas. Aline milita à direita do espectro político, enquanto eu tenho convicções de esquerda.

“Hoje reconheço que ela, amparada pela Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso 4º, tem o direito de manifestar suas convicções políticas sem ser atacada meramente por exercer uma liberdade que lhe é constitucionalmente assegurada. Apesar disso, hoje vejo que agi de forma a tolher seu direito, fazendo com que ela fosse indevidamente perseguida no ambiente virtual e acabei lhe causando, com minhas falas e meus vídeos, enorme prejuízo de ordem moral, social e financeira.

“Diferenças ideológicas devem ser debatidas de forma racional e respeitosa. Com argumentos e não com injúrias, calúnias, difamação, enfim, inverdades. Recursos aos quais reconheço que acabei recorrendo que hoje me retrato. Diante de tudo que foi dito, venho publicamente me retratar das afirmações injuriosas, caluniosas, difamatórias, inverídicas que fiz para prejudicar Aline Magalhães, pedindo lhe com humildade que sinceramente aceite meu pedido de desculpas.”



Autor Poder360 ·


Municípios com menos de 10.000 habitantes são os com a maior ausência de candidatos a prefeito filiados a partidos de esquerda

Como mostra o Poder360, mais da metade dos municípios brasileiros não tem candidatos filiados a siglas de esquerda concorrendo à prefeitura em 2024.

A situação é mais aguda no grupo de municípios com menos de 10.000 habitantes. Das 2.466 cidades brasileiras nessa faixa populacional, 1.558 (ou 63% do total) não têm nenhum candidato a prefeito filiado a um partido de esquerda.

Historicamente a esquerda no Brasil se sai melhor em cidades grandes. É onde seu discurso consegue ser mais bem compreendido. Há dificuldades de comunicação de partidos de esquerda com eleitores de cidades menores, que têm mais influência de famílias tradicionais e conservadoras, da igreja e pouca sociedade civil autônoma organizada”, diz o cientista político Eduardo Grin, professor da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas – São Paulo).

Do outro lado, as siglas esquerdistas estão na disputa em 96% dos municípios com mais de 200 mil habitantes. Já no grupo de 103 cidades que terão 2º turno (aquelas com mais de 200 mil eleitores), só uma, Parauapebas (PA), não tem uma sigla esquerdista no páreo.

A aposta dos partidos de esquerda em cidades maiores, por enquanto, parece estar dando pouco resultado. Nas 24 capitais com levantamentos recentes da Quaest, apenas João Campos (PSB) tem grande vantagem, podendo vencer no Recife ainda no 1º turno. Nas demais cidades, os candidatos esquerdistas estão bem posicionados (lideram ou estão próximos do líder) em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Teresina.

Esquerda não disputa em 51% das cidades

Ao se considerar o Brasil inteiro, 2.859 das 5.569 cidades nas quais há eleições em 2024 não têm um candidato de esquerda.

A proporção é muito superior à de cidades que não têm concorrentes filiados a partidos de direita (21% do total).

Essa é a menor presença de partidos esquerdistas em disputas municipais em 20 anos.

O menor percentual registrado nos últimos 24 anos foi o do ano 2000. Naquelas eleições, as siglas de esquerda disputaram a prefeitura em só 42% dos municípios.

O cenário mudou depois de Lula se tornar presidente, em 2003. Nas eleições municipais seguintes, a esquerda esteve presente em 56% dos municípios e cresceu até 2012, quando 63% das cidades brasileiras tinham ao menos um candidato filiado a um partido de esquerda concorrendo no pleito.

Desde 2016, no entanto, esse número cai. A queda foi precedida pelas revelações da Operação Lava Jato e pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

Ao analisar a causa dessa retração na disputa, o cientista político Eduardo Grin, professor da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas de São Paulo), lista alguns fatores:

  • cláusula de desempenho – partidos como PC do B, PV e Rede estão em perigo de sumir com o aumento das exigências mínimas de desempenho eleitoral para receber recursos públicos. Priorizam candidaturas competitivas para ter prefeitos que consigam ajudar a eleger mais deputados federais, e assim, garantir a sobrevivência do partido;
  • emendas – o aumento na distribuição de dinheiro federal para cidades já governadas pelo Centrão fez os atuais mandatários muito competitivos, o que desestimula desafiantes à  esquerda;
  • governo federal – ao tomar posse em 2003, Lula tentou espalhar a presença de siglas de esquerda para cidades menores. Essa presença refluiu depois da Lava-Jato. A esquerda recuperou protagonismo nos últimos 2 anos, mas num cenário de desestímulo à renovação municipal, com os atuais prefeitos fortalecidos.

Metodologia

A classificação de partidos foi feita a partir de livre adaptação do artigo “Uma Nova Classificação Ideológica dos Partidos Políticos Brasileiros”.

O trabalho (íntegra – 1 MB), de cientistas políticos da UFPR (Universidade Federal do Paraná) foi usado como referência, com algumas adaptações da reportagem em relação a movimentos recentes dos partidos.

Leia abaixo quais foram as classificações adotadas:

  • partidos de esquerda – PT, PSB, PDT, PCO, Psol, PSTU, PCB, PC do B, UP, Rede e PV.
  • partidos de direita PP, PPB, PSDB, União Brasil, PRB, Republicanos, PSL, PL, Prona, Novo, PFL, DEM, PSC, PRTB, Patriota e PRD.



Autor Poder360 ·