6 de setembro de 2025
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A Casa de Leis sediou, nesta quarta-feira, 3, o segundo Seminário Autismo em Fokus. A primeira edição também foi realizada na Assembleia Legislativa, no primeiro semestre deste ano.

Com programação extensa, o encontro abordou a ciência, prática e empatia no transtorno do espectro autista (TEA). O evento é promovido pelo deputado federal por Goiás, Glaustin da Fokus (Podemos), e conta com o apoio do deputado estadual Léo Portilho (Podemos) e do deputado licenciado Henrique César (PSC).

A mesa de trabalhos foi composta por Glaustin da Fokus; Léo Portilho; advogada Larissa Lafaiete; prefeito de Marzagão, Solimar Cardoso (Podemos); prefeito de Aragoiânia, Waldir da Fokus (Podemos); prefeito de Alexânia, Warley Gouveia (Podemos); prefeita de Israelândia, Adelicia Moura (Podemos); prefeito de Paranaiguara, José Carlos Barbosa (Podemos); e prefeito de Joviânia, Max Barbosa (Podemos).

O deputado Léo Portilho disse que o autismo é uma causa que sempre o motivou a agir. “Isso nos sensibiliza, pois é um grupo que cresce e muitas vezes é esquecido, assim como suas mães e os próprios indivíduos autistas. Por isso, nos dedicamos bastante a essa causa, pois a projeção é que, em dez anos, tenhamos um aumento de 10% a 20% no número de pessoas autistas, o que nos preocupa”, afirmou.

Mobilização

O parlamentar frisou que a prioridade é também promover a capacitação dos profissionais que atendem crianças com o espectro. “Reconhecemos que muitas mães não têm condições financeiras para cuidar de seus filhos, situação que nos comove profundamente, especialmente considerando o abandono paterno e a dificuldade das mães em conciliar o trabalho com os cuidados. Essa parceria com o deputado Glaustin da Fokus, assim como com o deputado Henrique César e profissionais aqui presentes, é essencial.”

O deputado federal Glaustin da Fokus destacou que os painéis escolhidos para esse seminário têm o objetivo de orientar a população de Goiás. Ele lembrou que há palestrantes de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro reconhecendo a importância de construir um caminho sólido nessa área.

“Observamos que ainda persiste, infelizmente, preconceito, especialmente entre pais e mães. Nossa missão é combater essa realidade e elaborar projetos que promovam o bem-estar. Recentemente, propusemos um projeto de lei sobre a aposentadoria para mães de filhos com autismo, tanto em Goiás quanto em todo o Brasil, visando mitigar a preocupação dessas mães em relação ao futuro de seus filhos. Esse é o nosso papel como parlamentares: estar presentes e atuantes neste momento”, enfatizou Glaustin da Fokus.

Uma das idealizadoras do evento, a advogada e professora universitária Larissa Lafaiete frisou que os principais assuntos relacionados ao autismo estão sendo abordados no seminário. Lembrou que hoje estão sendo discutidas políticas públicas para o autismo, focando nas prioridades sociais atuais, como moradia assistida e terapias no Sistema Único de Saúde (SUS). E afirmou que serão abordadas, também, questões relacionadas a planos de saúde, autismo em adultos, diagnóstico precoce e a aposentadoria para pessoas com desenvolvimento atípico. “Tema este que ganhou destaque em todo o país com o projeto de lei do deputado Glaustin”, disse.

Programação

Durante a manhã, os participantes assistiram palestras com a médica neurologista Angélica Ávila; com a psicóloga e psicopedagoga Marina Trunci, com a advogada Larissa Lafaiete,o deputado federal Glaustin da Fokus e com a terapeuta ocupacional Amanda Vilela.

Na parte da tarde, acompanharam participações de convidados das áreas da saúde, do poder público e da educação, que puderam expor suas experiências pessoais e conhecimentos em torno do tema. 

Uma das convidadas foi a influenciadora e escritora Carolina Nobre que relatou como o transtorno do espectro autista (TEA) influenciou sua vida desde a infância até os dias atuais. Ela compartilhou dramas pessoais, como as mortes de familiares, e revelou como o autismo influenciou no seu desenvolvimento intelectual.

Nobre explicou que teve um diagnóstico tardio, mas apesar da incompreensão a respeito do transtorno quando criança e dos difíceis momentos que passou, se considera vitoriosa. “Precisamos de políticas públicas e temos que criar lares acolhedores para essas crianças crescerem”, finalizou.

A terapeuta ocupacional Amanda Vilela também palestrou no evento. Certificada pela Universidade do Sul da Califórnia, Amanda é referência nacional de integração sensorial, com mais de 20 anos de experiência. 

Vilela destacou a importância da Terapia Ocupacional, que alcançou reconhecimento após os avanços de diagnósticos do TEA. “Eu tenho certeza que muitos de vocês nunca tinham ouvido falar dessa profissão antes do autismo”, frisou. 

Segundo a terapeuta, o paciente pode se desenvolver com efetividade por meio dos cuidados de profissionais capacitados. “Na integração social existe uma estrutura e um plano terapêutico para regular esse indivíduo com adaptações sensoriais, que vão além da sala de terapia”, destacou. 

O terceiro palestrante da tarde foi o professor e advogado Marcelo Valio, doutor em direitos humanos, autor de diversas obras jurídicas e referência nacional na defesa das pessoas com deficiência. 

O jurista começou sua explanação expondo uma manobra jurídica que muitos planos de saúde no Brasil vêm utilizando para conseguir cancelar os atendimentos a pessoas deficientes ou diagnosticadas com o TEA.

Segundo Valio, trata-se de situações que comprometem a regularidade de acompanhamento médico apropriado e contínuo. “As famílias atípicas têm recebido atendimento desigual pelos planos de saúde frente ao alto valor pago, porque, infelizmente, pensam somente na economicidade ao invés da qualidade na aplicabilidade do tratamento”, comentou. 

Essa situação, de acordo com Valio, provocou posicionamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o tema. “Se a pessoa estiver em cuidados assistenciais prescritos por um médico, é indevido, ilegal e ilícito a quebra desse contrato por parte do plano de saúde”, enfatizou. 

O jornalista Francisco Paiva Júnior foi um dos palestrantes. Ele  é editor-chefe da Revista Autismo e CEO da Tismo, start up que cuida da saúde de autistas/neurodivergentes, e também pai de autista.

O comunicador apresentou dados, como a pesquisa que revela que, no Brasil, uma em cada 38 crianças é diagnosticada como autista, segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já nos Estados Unidos, o número é de uma a cada 31 crianças. 

Júnior ressaltou que os autistas adoecem mais do que a população em geral, porque são acometidos com mais frequência por crises sensoriais, epilepsia e comorbidades como diabetes, hipertensão, anemia, obesidade e problemas gastrointestinais. 

Um momento de destaque da palestra do jornalista foi o relato da experiência científica do seu sócio, dr. Alysson Muotri, que envia minicérebros de autistas para o espaço. “Ele cria minicérebros de autistas: tira um pedacinho da pele, transforma em uma célula-tronco, depois em um neurônio e coloca numa estrutura tridimensional”, explicou. 

O jornalista complementou: “E para que isso? A experiência revelou que os minicérebros que ficam no espaço por 30 dias voltam com 10 anos de idade. O resultado é uma aceleração do tempo”, enfatizou. 

Ao final do dia, também houve a apresentação da pedagoga e psicóloga Flaviana Martins, da neuropsicóloga Carolina Lobo e da secretária municipal de Saúde de Anicuns, Claudete Simão. 

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizará, nesta terça-feira, 26 de agosto, duas sessões solenes no Plenário Iris Rezende. Profissionais da educação e da saúde serão reconhecidos por sua atuação em Goiás.

A primeira homenagem terá início às 9 horas, por iniciativa da deputada estadual Bia de Lima (PT) e será dedicada ao Dia Nacional dos Profissionais da Educação, celebrado anualmente em 6 de agosto. Na ocasião, os profissionais receberão o Certificado do Mérito Legislativo e a Medalha Pedro Ludovico. No total, 83 trabalhadores terão os seus serviços reconhecidos pela parlamentar. 

Há tempos, a parlamentar cobra valorização para os profissionais administrativos em suas diversas esferas em Goiás. Segundo ela, a educação só é possível pelo trabalho executado por esses trabalhadores, que são essenciais para o bom funcionamento das escolas. 

Na ocasião, serão entregues Medalhas de Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira a Bruno Tomás de Aquino, professor do Colégio Estadual Dom Emanuel, e para a funcionária pública Rita Maria Maranduba. Além disso, os demais profissionais homenageados receberão Certificados do Mérito Legislativo.

No período noturno, a partir das 19 horas, o Plenário também será palco de um tributo especial, por iniciativa do deputado Amauri Ribeiro (UB). Será dedicado ao reconhecimento da luta contra o câncer e sublinhará a importância de profissionais, instituições e indivíduos que contribuem para essa causa vital. Os nomes indicados por Ribeiro receberão Certificados do Mérito Legislativo.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


O papel central do cuidado como base para a segurança, a cidadania e a proteção social foi o tema do Congresso Cuidar é Proteger, realizado nesta quinta-feira, 14, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). A programação, no Auditório Carlos Vieira, incluiu palestras, roda de conversa, sessão de autógrafos e confraternização. A abertura dos trabalhos foi conduzida pelo presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB). 

Fizeram parte da mesa de abertura dos trabalhos, além do presidente: a vice-prefeita de Goiânia, Coronel Cláudia (Avante); o presidente da Academia Goiana de Direito, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), Avenir Passo de Oliveira; a vereadora de Goiânia, Daniela da Gilka (PRTB); representante da secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, Coronel Vilela; colaborador técnico do evento, Vytautas Fabiano Silva Zumas; diretor de inteligência educacional, Sandro Rezende; promotor de justiça Haroldo Caetano; e a secretária municipal de Educação de Anicuns e presidente da Undime-Goiás, professora Anderlúcia de Castro Ferreira. 

Ao discursar, Bruno Peixoto destacou que o evento é mais uma oportunidade para o Parlamento goiano mostrar seu papel relevante nas diversas esferas da sociedade goiana. “Sejam audiências públicas, sessões solenes, análises e votações de projetos, enfim, a Assembleia Legislativa participa em todas as áreas. E com esse congresso nós temos hoje a grata satisfação de acolhermos nomes renomados no Estado de Goiás e também nacionalmente, nas áreas de segurança, segurança digital, segurança de vizinhança, na desinformação climática e em muitas outras pautas”, salientou.

Palestras

Em seguida, a professora e editora Hulda Oliveira, da Universidade Federal de Goiás (UFG), abriu o ciclo de palestras. Na oportunidade, ela apresentou o livro “Conexão Segura: Proteja-se no Mundo Virtual”, escrito em parceria com seu pai, Edemundo Dias de Oliveira Filho, ex-secretário de Estado de Segurança Pública.

Hulda Oliveira destacou a importância da obra, que, segundo ela, visa a promover a educação digital e a segurança na internet, temas cada vez mais fundamentais na sociedade atual. “Eu dediquei a minha vida à educação, eu amo o que eu faço e amo produzir livros, porque eu sei que eles mudam vidas”, afirmou a professora. Ela enfatizou o papel do livro em orientar as pessoas a navegar na internet de forma segura, qualificando-as para identificar discursos de ódio, fake news e golpes.

Edemundo Dias complementou: “Sabemos que as questões relacionadas à internet são de alta complexidade, porque discutem um modelo liberal de livre mercado, das mais variadas plataformas digitais – as big techs, que fomentam algoritmos, tanto para a informação, quanto para a desinformação. Além disso, temos as inteligências artificiais que estão mudando o mundo”.

O orador afirmou, ainda, que é preciso punições rigorosas para crimes cibernéticos, para garantir mais tranquilidade ao país. “Além disso, temos as poderosas organizações que operam jogos eletrônicos e entretenimento, que causam dependência e endividamento. Essas empresas estão bilionárias”, criticou. Edemundo Dias, para encerrar, comentou: “Com essa palestra, quero denunciar as fake news e alertar a sociedade civil organizada sobre o risco de manipulações politicas eleitorais, riscos à saúde e desinformação. Por isso, a flagrante necessidade de checagem obrigatória das plataformas”.

Em continuidade à programação, a palestrante Carmencita Balestra discorreu sobre o uso das tecnologias de forma segura pela população 60+. A palestrante, que é advogada, mestre em educação e saúde (Unicamp), apresentou a palestra com o tema “Segurança sem Idade”. Ela é autora do livro “Políticas Públicas para Pessoas Idosas”, além de ter coordenado programas estaduais voltados à pessoa idosa nas áreas de assistência social e saúde em Goiás. Ex-docente da Universidade Estadual de Goiás (UEG), já presidiu conselhos de direitos da pessoa idosa em âmbito estadual e municipal.

Ao longo da palestra, Balestra deixou claro os principais desafios da pessoa idosa na atualidade: o isolamento social, analfabetismo, golpes e fraudes, baixa acessibilidade aos espaços públicos, dificuldade e baixa adesão às novas tecnologias. “Novas tecnologias devem ser aliadas das pessoas idosas. Contudo, deve ser um acesso racional, com segurança. Há uma falta de racionalidade no uso que traz malefícios. Ainda, deve-se estabelecer um bem-estar mental e físico por meio do conhecimento. Decidir para onde ir, não quem vai levar. Ou seja, ter autonomia. É preciso ampliar a discussão para além do Estatuto do Idoso”, reforçou.

Já se aproximando ao final do evento, Marcelo Pontes, coronel da reserva da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina, e o historiador Jefferson Fonseca, também catarinense, ministraram a terceira palestra do Congresso Cuidar é Proteger. O tema abordado foi a estratégia de policiamento comunitário Vizinhança Solidária que, segundo os palestrantes, tem se mostrado bastante eficaz na prevenção da criminalidade em Santa Catarina.

Durante sua apresentação, Pontes ressaltou a importância da iniciativa, que promove a aproximação entre a polícia e a comunidade. A estratégia organiza os moradores de uma determinada área para trabalharem em conjunto com a polícia, compartilhando informações e promovendo a segurança coletiva. Segundo ele, o sucesso do programa contribuiu para que Santa Catarina fosse considerado o estado mais seguro do Brasil em 2025, de acordo com o instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec).

Por fim, Fonseca destacou que o programa é uma parte essencial do conceito de comunidade em ação, nome da coleção de livros da qual os palestrantes são coautores. Ele explicou que a segurança de uma comunidade está diretamente ligada ao seu nível de engajamento e organização, definido por ele como capital social. Segundo o historiador, esse capital social se manifesta na rede de relações, normas e confiança que os vizinhos constroem entre si, facilitando a ação coletiva e diminuindo a criminalidade.

O historiador afirmou que a construção do capital social tem impactos em todas as áreas da vida comunitária, desde a financeira até a proteção dos mais vulneráveis. “Esse processo acontece principalmente nos bairros, nas ruas e nos municípios onde a confiança mútua e a solidariedade entre os vizinhos fazem a diferença na segurança de todos”, concluiu.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


Líder supremo do Irã avalia possíveis sucessores para manter o regime caso seja encontrado e assassinado pelos EUA ou Israel

O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, começou a montar um plano de sucessão para o caso de o bunker onde está escondido ser descoberto pelos Estados Unidos ou por Israel e ele ser assassinado. A tensão na região voltou a escalar depois que os EUA entraram na guerra, bombardeando instalações nucleares iranianas na noite de sábado (21.jun.2025).

O temor não é à toa. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), disse na 2ª feira (16.jun) que Khamenei não vai “durar muito tempo”. Israel chegou a elaborar um plano para matar o aiatolá, que o presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), vetou.

Contudo, Trump também ameaçou Khamenei: “Nós sabemos exatamente onde o chamado ‘Líder Supremo’ está se escondendo. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá –Nós não vamos eliminá-lo (matar!), pelo menos não por enquanto”.

Para Maurício Santoro, doutor em Ciência Política e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha, a morte do aiatolá levaria a um “período de enorme instabilidade”. Khamenei está no cargo desde 1989.

“O aiatolá Khamenei é o centro do Estado iraniano e apenas o 2º homem a ocupar a posição de líder supremo. Se ele for morto na guerra, haverá um vazio de poder. O resultado provavelmente será um período de enorme instabilidade e de conflitos entre as lideranças políticas, religiosas e militares”, disse Santoro.

O vice-diretor do Instituto de Relações Internacionais da UnB (Universidade de Brasília), Roberto Menezes, considera que haveria uma “comoção muito grande” no país, com dúvidas sobre quem assumiria o comando.

Segundo ele, isso também não garantiria um cenário favorável a Israel, podendo catalisar uma resposta nacionalista contra o “inimigo externo”. O Irã mantém relações com grupos como Hamas, Hezbollah e Houthis. Há dúvidas se essa rede se manteria coesa ou se fragmentaria.

RECUO SERIA INÉDITO

Santoro afirma que um eventual recuo do Irã na guerra seria “inédito” na história da política externa iraniana. Isso envolveria aceitar as demandas norte-americanas e israelenses para suspender o programa de enriquecimento de urânio, mesmo que para “fins pacíficos”. Segundo ele, o país persa sempre se caracterizou por posições hostis e desafiadoras aos EUA e a Israel”.

Santoro citou como exemplo a “resistência” do país depois da guerra contra o Iraque na década de 1980. De acordo com ele, o Irã enfrentou “invasão de seu território, bombardeios a Teerã e mais de 1 milhão de mortos”. Na Guerra Irã-Iraque (1980–1988), os EUA apoiaram o Iraque com inteligência, suprimentos e respaldo diplomático.

De 1983 a 1988, o Iraque empregou armas químicas, como gás mostarda e sarin, contra forças iranianas e civis, conforme documentado em relatórios oficiais da ONU (Organização das Nações Unidas) e da HRW (Human Rights Watch). O apoio ao país vizinho reforçou a percepção já existente no Irã de hostilidade contínua por parte de Washington e consolidou sua postura anti-americana, diz o especialista.

A especialista em mercado financeiro e gestora da SHS Investimentos, Adriana Ricci, afirma que o Irã pode sustentar um conflito prolongado, a depender da forma como os EUA e Israel continuem conduzindo os ataques.

Segundo ela, embora a economia iraniana seja mais frágil do que a israelense, ela também é “muito preparada para gastos militares”, porque “não é de hoje que se trata de um território em guerra”.

EXISTE GUERRA JUSTA?

O economista e doutorando em Relações Internacionais Alexandre Fermanian afirmou que a ação movida por Israel em 12 de junho –que deu início ao conflito– é “absolutamente defensável” sob a ótica da autodefesa preventiva frente à ameaça nuclear e ao apoio a grupos extremistas. Segundo ele, a ofensiva busca “postergar ou até evitar um conflito maior”. A ação teria sido “controlada dentro do contexto de dissuasão estratégica”.

Além disso, para Fermanian, países árabes sunitas “preferem um Israel forte a um Irã nuclear e hegemônico”, apesar de “discursos protocolares contrários”.

Já Roberto Menezes avalia que o país judeu usa a força de forma desproporcional. Para ele, Teerã respondeu para demonstrar proteção à própria soberania. “Israel não faria nenhum ataque sem anuência dos EUA”, afirma. De acordo com especialistas, Washington tem interesse em “derrubar o governo iraniano”.

Menezes afirma que Tel Aviv “perdeu muito apoio, não só no Oriente Médio, mas mundo afora” com suas ações na Faixa de Gaza. Apesar disso, reconhece que os países do Oriente Médio que têm diálogo com Tel Aviv “certamente não vão aderir ao Irã”.

Além disso, o especialista afirma que Israel possui um programa nuclear não fiscalizado pelo TNP (Tratado de Não-Proliferação Nuclear), por não fazer parte do acordo. Já o Irã, é signatário. Para ele, a forma que os programas nucleares de ambos os lados são tratados revela “2 pesos e duas medidas”.

Fermanian discorda: “Israel, apesar de não ser signatário do TNP, nunca ameaçou seus vizinhos com aniquilação, nem adotou discursos de destruição de outros Estados. Se posiciona como uma democracia cercada de regimes autoritários e hostis, mantendo uma política de dissuasão que prioriza sua própria sobrevivência frente a ameaças existenciais”.



Autor Poder360 ·


Decisão de Moraes atinge família da deputada, mas intranscendência da pena veda punir quem não é réu no processo

O ministro Alexandre de Moraes bloqueou nesta 4ª feira (4.jun.2025) as redes sociais da deputada Carla Zambelli (PL-SP), da mãe dela, Rita Zambelli, e do filho adolescente de 17 anos. A decisão de uma punição que atinge terceiros é controversa, segundo operadores do direito ouvidos pelo Poder360.

O STF (Supremo Tribunal Federal) tem usado medidas cautelares para bloqueios que atingem quem não é réu –o argumento aqui é impedir a continuidade de condutas criminosas. E não faltam exemplos.

A Constituição diz no artigo 5º, inciso XLV: “Nenhuma pena passará da pessoa do condenado“. É o princípio da intranscendência da pena.

Segundo o advogado e professor André Marsiglia, não há base legal para punir terceiros em razão da condenação de alguém: “A única possibilidade de punições a terceiros é se forem antes investigados e processados individualmente. Não ocorreu nada disso”.

No caso de Zambelli, uma das justificativas do ministro do STF Alexandre de Moraes é que a deputada transferiu suas redes para a mãe dias antes da decisão judicial.

A deputada, inelegível em 2ª Instância, anunciou que iria lançar a mãe como pré-candidata a deputada federal em 2026 e o filho como futuro candidato a vereador em São Paulo em 2028.

O bloqueio das redes se estendendo até para o filho seria para impedir que Zambelli continue, segundo Moraes, “divulgando notícias fraudulentas, atacando a lisura das eleições e promovendo agressões ao Poder Judiciário”.

Mesmo assim, seria inconstitucional. Conforme o advogado, ter usado uma conta de terceiro não pode pressupor que a conta seja ilícita ou usada para cometer ilícitos.

Já o advogado Marco Aurélio, do Prerrogativas, grupo de advogados e operadores do direito simpáticos ao governo Lula, afirmou que Moraes está certo em relação às medidas contra Zambelli –dado à gravidade dos crimes. “Merecem reconhecimento, apoio e aplauso”, disse.

No entanto, demonstrou preocupação com decisões que se estendem a familiares. De acordo com ele, esse tipo de medida só deve ser adotada quando há indícios fundados.

Porém, falou que eles não precisam ser investigados de forma tão direta para tal adoção. Declarou ser provável que Moraes tenha fundamentos que ainda não vieram a público para justificar as medidas adotadas.

Embora elogie sua atuação na defesa da democracia, afirma que é fundamental respeitar o princípio da individualização da conduta para a individualização da pena.

Esse princípio do direito penal é universalmente utilizado em todos os ordenamentos jurídicos de todas as democracias modernas“, disse.

A decisão de Moraes impõe que plataformas como Meta, TikTok, X, Telegram, YouTube e LinkedIn bloqueiem os perfis associados a Zambelli e seus familiares, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

Além disso, foi estipulada multa diária de R$ 50 mil caso Zambelli continue a fazer postagens, mesmo que por meio de terceiros. Ou seja: qualquer post da família pode levar a uma multa para a deputada.

Ainda assim, considero bloqueio de perfis censura, pois impede-se a pessoa de falar nas redes para sempre, em razão de ilícito suposto, futuro“, afirmou Marsiglia.



Autor Poder360 ·


A programação do mês de maio do projeto “Estado de InterAção no Cine Teatro São Joaquim”, já está disponível. Durante quatro dias ao longo do mês, a iniciativa promoverá, na Cidade de Goiás, palestras com especialistas do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, além de apresentação circense e show com artistas goianos. Produzido pela Cereja do Cerrado Produções, o projeto tem por objetivo promover atrações artísticas, locais, regionais e nacionais até agosto de 2024, no Cine Teatro São Joaquim.

As atividades deste mês terão início na sexta-feira (3), às 19h, com uma palestra sobre o tema “Mulheres nas Artes Cênicas: Revoluções, subversões e reconstruções”, com Mariana Pimentel (RJ).

Já no dia 23 de maio, quinta-feira, às 8h, o Cine Teatro São Joaquim receberá a apresentação circense infantil “Pacha Mama”, do Grupo Asas do Picadeiro (GO). Nesse mesmo dia, às 19h, será a vez da palestra “O Audiovisual no Cerrado Brasileiro”,  com Bruno Caldas (DF).

Na sequência, no dia 24 de maio, sexta-feira, às 19h, Flávio Helder Azevedo (SP/RJ) apresentará a palestra “Captação de Recursos de Mecanismos Públicos de Fomento”. Já a cantora Cláudia Vieira encerrará a programação do mês, no sábado, dia 25 de maio, a partir das 20h, com o show Laços.  

“Preparamos uma série de eventos de formação e apresentações culturais que irão dinamizar e promover uma ocupação rica e diversa”, diz Rainy Ághata, idealizadora e produtora executiva da Cereja do Cerrado Produções.



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Última semana de abril é marcada por uma série de atividades e iniciativas dedicadas a combater a alienção parental. (Foto: reprodução)

A última semana de abril é marcada por uma série de atividades e iniciativas dedicadas a combater a alienação parental, e o dia 25 de abril é reconhecido como o Dia Internacional de Combate à Alienação Parental. Este conceito, introduzido pelo médico Richard Gardner nos Estados Unidos, é envolto em controvérsias.

No Brasil, serviu como base para a Lei 12.318, de 2010, mais conhecida como Lei de Alienação Parental, que aborda a interferência de um dos pais na formação psicológica do filho para prejudicar o vínculo com o outro genitor.

No entanto, há uma corrente de pensamento crescente que defende a revogação dessa lei, argumentando que a alienação parental não é uma conduta válida por diversas razões. Esse movimento, liderado principalmente por profissionais e organizações que defendem os direitos das mulheres, enfatiza que a Lei de Alienação Parental foi uma resposta às denúncias de violência feitas por mulheres, uma tentativa de deslegitimar suas alegações e manter mães e filhos em ciclos de violência.

Advogadas especializadas em direitos das mulheres, como Ana Carolina Fleury e Vanessa Senra, destacam que a lei é frequentemente usada por agressores para obter a guarda dos filhos, mesmo após comprovadas agressões.

Isso cria uma situação em que os agressores conseguem usar os filhos como instrumentos para continuar a exercer controle e violência sobre as mulheres. Fleury aponta ainda que a origem da lei, proposta por Richard Gardner, carece de embasamento científico e foi elaborada sem a devida participação das mulheres.

Ambas as especialistas defendem a revogação da Lei de Alienação Parental, argumentando que as proteções legais já estão contempladas em outros instrumentos jurídicos, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Constituição Federal e tratados internacionais de direitos humanos. Embora haja propostas legislativas anteriores para revogar a lei, como o projeto de lei n° 498 de 2018, que foi arquivado em 2022 após uma modificação em 2020, ainda não houve avanços significativos nesse sentido.


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Carlos Nathan Sampaio

Jornalista formado pela Universidade Federal e Mato Grosso (UFMT) em 2013, especialista Estratégias de Mídias Digitais pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação de Goiânia – IPOG, pós-graduado em Comunicação Empresarial pelo Senac e especialista em SEO.

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