12 de outubro de 2025
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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu uma carga do medicamento Mounjaro transportada ilegalmente em um carro de passeio na BR-153, em Morrinhos, sul de Goiás. A ação ocorreu na noite desta quinta-feira (10/7) durante uma fiscalização de rotina.

O veículo, ocupado por dois homens de 37 e 48 anos, chamou a atenção dos agentes devido ao nervosismo dos ocupantes e informações contraditórias. Durante a revista, os policiais encontraram frascos do medicamento escondidos sob as roupas dos suspeitos.

Uma busca minuciosa no carro revelou 38 caixas vazias do mesmo produto em compartimentos ocultos, como forros das portas e bancos. Também foram apreendidos eletrônicos, perfumes, azeites e vinhos sem nota fiscal.

O Mounjaro é indicado para tratamento de diabetes tipo 2, mas tem sido usado ilegalmente para emagrecimento. Cada unidade pode valer até R$ 2 mil no mercado irregular, configurando crime de descaminho.

“É possível que eles já tivessem vendido parte do medicamento”, informou a PRF. Todo o material apreendido e o veículo foram encaminhados à Receita Federal para os procedimentos legais.

A PRF destacou que os suspeitos responderão pelo crime de descaminho. O transporte irregular do medicamento representa riscos à saúde pública, já que seu uso exige prescrição médica e controle rígido.

Apreensões disparam pelo país

Nos últimos meses, as apreensões do medicamento Mounjaro (tirzepatida) têm aumentado significativamente em diferentes regiões do Brasil. No dia 18 de junho, a Polícia Federal e a Receita Federal interceptaram 400 canetas injetáveis do produto na Ponte Internacional da Amizade, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este.

Os medicamentos estavam escondidos em fundo falso de um veículo com placa brasileira que seguia para o interior de São Paulo. A apreensão ocorreu apenas dois dias após a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrar a Operação Mounjaro, que desarticulou uma organização criminosa especializada na importação e venda ilegal desses remédios.

“A importação de medicamentos sem autorização da Anvisa e sem prescrição médica é proibida e configura crime federal”, alertou a agência reguladora. Os produtos apreendidos exigem rígidos protocolos de armazenamento e aplicação, além de acompanhamento médico obrigatório – condições que são ignoradas no mercado ilegal.

No Rio, a operação policial cumpriu mandados nos bairros de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, resultando na prisão do líder da quadrilha, que confessou o envolvimento no esquema. Investigadores destacam que a comercialização clandestina representa grave risco à saúde pública, já que os medicamentos são transportados sem condições adequadas.

As 400 canetas apreendidas na fronteira estavam sendo transportadas por quatro pessoas e seriam distribuídas sem qualquer controle sanitário. O padrão de operação é semelhante ao da quadrilha desarticulada no Rio, indicando uma rede organizada de contrabando.

Todos os materiais apreendidos serão submetidos à análise para identificar outros envolvidos nas redes criminosas.

Autor Manoel Messias Rodrigues