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7 de junho de 2025
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Relatório da XP disse que saldo do Brasil foi “positivo” nas tarifas de Trump contra parceiros comerciais

O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), abriu esta 5ª feira (3.abr.2025) em queda de 0,17%, aos 130.961,99 pontos depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), anunciar tarifas comerciais contra parceiros comerciais.

O dólar comercial tinha queda de 1,48%, aos R$ 5,615. Na mínima do dia, a moeda atingiu R$ 5,607. Economistas disseram ao Poder360 que a tarifa de 10% imposta pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil teve resultado menos ruim do que o esperado inicialmente.

Em relatório, a XP disse que o saldo foi “positivo” para o Brasil. Segundo o documento, os setores exportadores de commodities, como o agronegócio, podem se beneficiar de uma guerra comercial, além de ter uma expectativa de aumento nos investimentos chineses em infraestrutura no Brasil e na América Latina.

“As tarifas impostas ao Brasil foram mais brandas do que as direcionadas a outros países. No entanto, permanecem riscos relevantes, como a tarifa base de 10% sobre todas as importações, que pode afetar importantes produtos exportados para os EUA”, disse.

Em nota conjunta, o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e o Itamaraty lamentaram a decisão do governo dos EUA. Defendeu que a medida “viola os compromissos” do país norte-americano com a OMC (Organização Mundial do Comércio) e impactará todas as exportações brasileiras de bens para o país. O Brasil importou mais do que exportou para os EUA em 2024.

Os principais índices do mercado de ações europeu registram queda nesta 5ª feira (3.abr.2025). O DAX, da Alemanha, recuava 2,28% às 10h (horário de Brasília).

O Euro Stoxx 50, da Zona do Euro, tinha queda de 3,06%. Na Espanha, o Ibex registrava baixa de 1,62%. O FTSE MIB caia 2,66% na Itália. O FTSE 100, de Londres, recuava 1,39%.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von Der Leyen, disse que as tarifas impostas pelos EUA são um “duro golpe” contra a economia mundial. Leia na íntegra o que foi decidido pelo governo norte-americano.

Trump disse que o “Liberty Day”, ou Dia da Libertação, foi a declaração de independência econômica dos EUA. “Por anos, cidadãos norte-americanos trabalhadores foram forçados a ficar à margem enquanto outras nações enriqueciam e se tornavam poderosas, muitas vezes às nossas custas. Mas agora é a nossa vez de prosperar”, disse Trump ao anunciar a medida na 2ª feira (2.abr.2025).

O republicano aplicou diversas tarifas sobre produtos e parceiros comerciais desde o início de seu 2º mandato, em 20 de janeiro, com o objetivo de fortalecer a economia do país, reverter deficits comerciais e recuperar a competitividade da indústria norte-americana.

A 1ª medida tarifária foi anunciada em 1º de fevereiro. Na ocasião, Trump aplicou 25% sobre produtos do México e do Canadá com a justificativa de que os países eram responsáveis pela chegada de “inúmeros e horríveis” imigrantes aos EUA, pela entrada de drogas no país e pelo deficit nas contas públicas.

O pacote entrou em vigor em 4 de março, depois de negociações com a presidente do México, Claudia Sheinbaum (Morena, esquerda), e o então primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau (Partido Liberal, centro-esquerda).



Autor Poder360 ·


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou nesta segunda-feira (24) o compromisso do governo com o cumprimento das metas do arcabouço fiscal, após sua fala durante um evento promovido pelo Valor Econômico causar oscilações no mercado financeiro e levar o dólar a bater R$ 5,77. Em postagem na rede X (antigo Twitter), Haddad afirmou que há uma tentativa de distorção do que foi dito, e reforçou sua defesa da estrutura atual do marco fiscal.

“Disse que gosto da arquitetura do arcabouço fiscal. Estou confortável com seus parâmetros atuais. E que defendo reforçá-los com medidas como as do ano passado. Para o futuro, os parâmetros podem até mudar se as circunstâncias mudarem, mas defendo o cumprimento das metas do atual governo”, escreveu o ministro.

Fala de Haddad sobre cenário futuro gerou reação imediata no câmbio

Durante o evento, o ministro comentou que, caso a economia brasileira atinja estabilidade na dívida pública, inflação controlada e queda da Taxa Selic, poderá haver espaço para ajustes nos parâmetros do arcabouço, mas sem alterar a estrutura principal do modelo fiscal.

“Quando você estiver numa situação de estabilidade da dívida/PIB, com uma Taxa Selic mais comportada e inflação sob controle, vai poder mudar os parâmetros. Na minha opinião, não deveríamos mudar a arquitetura”, declarou Haddad.

A declaração foi interpretada por parte do mercado como sinal de possível flexibilização das regras fiscais, o que gerou forte oscilação no câmbio nas primeiras horas do pregão. O dólar chegou a atingir R$ 5,77 às 9h45, desacelerou para R$ 5,73 após o esclarecimento do ministro, mas voltou a subir durante a tarde após Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciar a intenção de aplicar uma tarifa adicional de 25% sobre países que comprarem petróleo da Venezuela.

Entenda o que é o arcabouço fiscal e por que ele é importante

O arcabouço fiscal substituiu o antigo teto de gastos e é a base da política econômica do governo Lula. Ele estabelece metas para o resultado primário – a diferença entre receitas e despesas do governo sem considerar o pagamento de juros da dívida pública – e um limite de crescimento dos gastos públicos.

📌 Metas fiscais definidas no arcabouço:

  • Déficit primário zero em 2025

  • Superávit de 0,25% do PIB em 2026

  • Superávit de 0,5% em 2027

  • Superávit de 1% em 2028

Essas metas têm uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos.

Além disso, o novo regime fiscal impõe um limite ao crescimento das despesas públicas: elas só poderão crescer até 70% da variação real da receita no ano anterior, respeitando um piso de 0,6% e um teto de 2,5% de crescimento real acima da inflação.

Haddad busca equilíbrio entre responsabilidade fiscal e política monetária

A fala de Haddad reforça a postura do Ministério da Fazenda em buscar responsabilidade fiscal, mas com flexibilidade estratégica diante de possíveis mudanças no cenário macroeconômico. O mercado segue atento a qualquer sinal de alteração nas regras que regem o equilíbrio das contas públicas.

Autor # Gil Campos