De autoria do deputado Coronel Adailton (Solidariedade), foi sancionada pelo Poder Executivo a Lei Estadual nº 23.225, de 14 de janeiro de 2025, que determina que a ambrosia, doce de origem portuguesa, seja declarada patrimônio gastronômico, cultural e imaterial goiano.
O parlamentar, que preside a Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), registra, em justificativa, que a iguaria tem uma longa identificação com o povo goiano, desde que a então primeira-dama de Goiás, Gercina Borges Teixeira, a instituiu como a sobremesa oficial do Palácio das Esmeraldas. O então projeto de lei, que tramitou com o nº 10097/23, foi aprovado em dois turnos por unanimidade na Alego.
De acordo com Adailton, as primeiras-damas que sucederam a esposa do fundador de Goiânia, Pedro Ludovico Teixeira, deram continuidade ao costume, que assim se tornou tradição. O deputado relata que o escritor Bariani Ortêncio contava que todas as visitas ilustres que provavam o doce se apaixonavam por Goiás, o que tornou a iguaria uma sobremesa famosa no meio político e o doce preferido dos governantes do Estado, sendo apreciado por um número cada vez maior de pessoas.
Além da preferência das primeiras-damas, Adailton lembra que a ambrosia era o doce predileto da poetisa vilaboense Cora Coralina, que chegou a publicar sua receita, entre outras, no livro autoral “Cora Coralina: Doceira e Poeta”.
A ambrosia, também conhecida como “manjar dos deuses”, é feita à base de leite, ovos e açúcar, possui uma textura única e sabor marcante. “Ambrosia é um dos doces mais antigos de Goiás, de origem portuguesa, que data do século XIX e fazia parte de todos os almoços e jantares de gala. Hoje, continua sendo um dos mais festejados de nossa culinária goiana, sendo inclusive o doce oficial do Palácio das Esmeraldas, sede do Governo goiano”, discorre o deputado.
Esta celebração, que ocorre a 35 km de Pirenópolis, é uma homenagem ao Divino Espírito Santo, Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, padroeiro da festa.
Na última semana, tive a honra de participar e registrar a encantadora Festa do Doce em Lagolândia, um evento que celebra a memória da líder messiânica Benedita Cipriano Gomes, carinhosamente conhecida como “madrinha Dica”. “Dona Dica” ou mesmo “Santa Dica”. Esta celebração, que ocorre a 35 km de Pirenópolis, é uma homenagem ao Divino Espírito Santo, Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, padroeiro da festa.
Benedita Cipriano Gomes, ou Santa Dica, como é reverenciada pela comunidade local, foi uma mulher de fé inabalável e coragem exemplar. Fundadora do povoado de Lagolândia, Dona Dica enfrentou uma resistência significativa por parte dos padres redentoristas, que a proibiram de participar da Romaria de Trindade. Determinada a manter sua devoção e guiar seu povo, ela decidiu criar sua própria celebração em Lagolândia, garantindo que a fé e as tradições fossem mantidas vivas.
Hoje, Lagolândia é um distrito de Pirenópolis, e a Festa do Doce é um testemunho da resiliência e determinação de Dona Dica. Este ano, a celebração contou com a presença do prefeito de Pirenópolis, Nivaldo Melo, e do deputado estadual José Machado, que prestigiaram a importância cultural e histórica do evento. A festa, marcada pelo espírito de fraternidade e colaboração, mantém a tradição de que os doces não podem ser comprados; os ingredientes são doados e os doces são preparados coletivamente pela comunidade. Este gesto simboliza a união e a generosidade dos moradores, que trabalham juntos para honrar o legado de sua fundadora.
Apesar do respeito que muitos têm por Dona Dica, sua figura ainda é controversa entre os religiosos locais. Alguns padres respeitam sua contribuição, enquanto outros mantêm uma postura de indiferença. No entanto, a força e a influência de Dona Dica transcendem essas divisões, consolidando-a como um símbolo de resistência e fé para a comunidade de Lagolândia.
A festa também movimenta o turismo regional, atraindo visitantes de cidades vizinhas e de outros estados, que vêm para participar das celebrações e desfrutar da hospitalidade de Lagolândia. A parte religiosa da festa inclui rezas e terços cantados, seguidos por uma refeição tradicional caipira, que é servida a todos os presentes. Após a celebração, os doces são apresentados e oferecidos ao público, um momento de grande alegria e partilha.
Como fotógrafo, foi uma experiência enriquecedora capturar os momentos dessa celebração única. As imagens que produzi retratam não apenas a beleza dos doces, mas também a devoção e o espírito comunitário dos moradores de Lagolândia. Cada clique da minha câmera buscou eternizar a essência dessa festa, onde fé e tradição se encontram em uma harmoniosa celebração.
“Fiquei profundamente tocado pela dedicação e pelo senso de comunidade dos moradores de Lagolândia. É inspirador ver como a tradição é mantida viva com tanto carinho e esforço coletivo”, comenta Lucas Machado. “Fotografar essa festa foi uma oportunidade única de documentar não apenas um evento, mas uma história de fé e união.”
Em minhas conversas com os moradores, pude sentir a profunda ligação deles com essa tradição e a importância de mantê-la viva para as futuras gerações. A Festa do Doce de Lagolândia é mais do que um evento religioso; é um testemunho da resiliência e da identidade cultural de um povo que se orgulha de suas raízes.
“A simplicidade e a riqueza cultural desta festa são impressionantes. Cada detalhe, desde a preparação dos doces até as rezas, é carregado de significado e tradição. É uma verdadeira celebração da nossa herança cultural”, acrescenta Lucas Machado.
Lucas Machado, é um fotógrafo com seis anos de experiência em fotojornalismo e fotografia documental. Seu portfólio abrange uma vasta gama de projetos culturais, com um foco especial nas tradições populares brasileiras, como congadas, folia de reis e eventos religiosos. Recentemente, publicou o livro ‘A fé em tempos de pandemia’, que ficou em primeiro lugar na categoria Fotografia na Amazon Brasil. Sigue dedicado a capturar e compartilhar as histórias e a essência cultural do nosso país.
Fotos: Lucas Machado – @LucasMachadoFotografo
Jornal do Campo ensina receita de canjica doce com amendoim torrado | Goiás
Lidiane 30 de junho de 2024
O Jornal do Campo deste domingo (30) ensina a receita de um prato típico, tradicional e bastante amado nas festas juninas: a canjica. Essa iguaria conhecida pelo seu sabor doce e cremoso recebe um carinho especial da Dona Terezinha, moradora de Goiânia. A quitandeira disse que adora preparar a comida.
“Não tinha muito lanche, né?! Então o que a gente tinha [para comer] era uma canjicada”, conta a cozinheira de 87 anos.
O preparo desse prato leva um ingrediente que o deixa ainda mais saboroso, isto é, o amendoim torrado. Aprenda a seguir o passo a passo de como preparar uma canjica doce.
- 500g de canjica milho branco
- 1,5 litro de leite
- 500g de amendoim torrado
- 2 copos americanos de açúcar
- 1 pitada de sal
- Canela em pó a gosto
O preparo inicial é simples. Primeiro cozinhe o milho na panela de pressão por 50 minutos. Depois, em uma panela no fogo médio, acrescente o milho e o leite. Em seguida, triture os amendoins no liquidificador.
Quando o caldo da canjica estiver mais consistente, adicione o amendoim triturado, açúcar e uma pitada de sal. Mexa a mistura e deixe em média por 40 minutos no fogo, mas atenção, o milho precisa ficar macio. Após esses procedimentos, o prato está pronto para ser servido.
Dica: Dona Terezinha indica finalizar polvilhando um pouco de canela em pó em cima da canjica.
*Victoria Vieira é integrante do programa de estágio entre TV Anhanguera e Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), sob orientação de Millena Barbosa.
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