25 de outubro de 2025
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O investimento direto no exterior (IDE) da China atingiu US$ 192,2 bilhões em termos líquidos em 2024, uma alta anual de 8,4%, de acordo com um boletim estatístico divulgado na 2ª feira (8.set.2025) em Xiamen, Província de Fujian, leste da China.

O relatório indicou que as empresas chinesas mantiveram uma presença de investimento líder global, com o investimento direto no exterior realizado pela China representando 11,9% do total mundial em 2024, marcando um aumento de 0,5 ponto percentual em termos anuais.

Isso marca o 13º ano consecutivo em que a China se classifica entre os 3 primeiros globalmente e o 9º ano consecutivo com uma participação superior a 10% em termos de investimento direto no exterior, de acordo com os dados divulgados de forma conjunta pelo Ministério do Comércio, pelo Departamento Nacional de Estatísticas e pela Administração Estatal de Divisas na 25ª Feira Internacional de Investimento e Comércio da China, que começou na 2ª feira.

Até o fim de 2024, investidores chineses tinham estabelecido cerca de 52.000 empresas no exterior em 190 países e regiões, com 70% delas relatando lucratividade ou desempenho equilibrado.

Os investimentos da China em Ásia, América Latina, Europa e Oceania continuaram a crescer no ano passado, enquanto os investimentos diretos nos países participantes da Iniciativa Cinturão e Rota aumentaram mais de 20%.

Em 2024, o investimento direto no exterior realizado pela China abrangeu 18 setores industriais. Entre eles, 5 setores, (atacado e varejo, serviços de leasing e empresariais, manufatura, finanças e mineração) registraram investimentos superiores a US$ 10 bilhões para cada, representando coletivamente mais de 80% do total.

O investimento chinês no exterior também proporcionou benefícios mútuos significativos e contribuiu mais para a economia global, de acordo com o boletim. No ano passado, o investimento chinês no exterior resultou em US$ 211 bilhões em exportação de bens. As empresas no exterior produziram US$ 3,6 trilhões em receita de vendas e pagaram US$ 82,1 bilhões em impostos aos seus países e regiões anfitriões.


Com informações da Xinhua.



Autor Poder360 ·


Investidores tiraram R$ 36,9 bilhões de títulos ligados ao programa em 2024, com destaque dos prefixados e do IPCA+

Investidores recompraram (resgataram antes do vencimento) R$ 36,9 bilhões em títulos do programa Tesouro Direto em 2024. Houve um aumento de 21,8% na retirada de dinheiro do programa na comparação com o ano anterior. Essa é a maior variação anual desde 2019, quando a alta foi de 43,3%.

Os números são do Ministério da Fazenda e estão disponíveis no Portal de Dados Abertos do governo federal. Os valores foram corrigidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

O montante nominal de resgates antecipados foi o maior registrado na série dos dados. Ultrapassou os valores de 2020, quando somaram R$ 31,3 bilhões.

Leia o histórico no infográfico abaixo:

Nos últimos anos, uma queda na quantidade de resgates foi observada em 2021. É um reflexo dos juros baixos na pandemia.

O Tesouro Direto é uma iniciativa do Tesouro Nacional em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais a pessoas físicas com rendimento baseado em indicadores, como a inflação e a Selic (taxa básica de juros).

Os resgates se dão quando os clientes querem pegar o dinheiro que investiram antes que o papel vença. Na prática, retiram o dinheiro do fundo. 

Os recursos obtidos com o Tesouro Direto são utilizados para contribuir com o pagamento da dívida pública federal.

Dentre as modalidades dos títulos com maior volume de retiradas, os prefixados têm a maior alta (39,1%) nas recompras em relação ao ano anterior. 

Os outros com maior variação nas retiradas foram o IPCA+ (22,1%) e Tesouro Selic (alta de 20,3%), como mostra o quadro abaixo:

Rafael Dadoorian, sócio-fundador da Convexa Investimentos, diz que o movimento de alta nos resgates dos títulos pré-fixados se explica por um movimento de recomposição de renda. Os usuários do programa podem ter trocado os rendimentos do programa por um CDB (Certificado de depósito bancário) de bancos, por exemplo.

“Enquanto um Tesouro prefixado pode pagar 12% ou 13% ao ano. Um CDB com prazos similares costuma pagar 14% ou 15%. A depender do emissor, até mais”, declarou o especialista ao Poder360.

O mesmo movimento foi observado com a taxa ligada à Selic. O indicador estava em processo de queda gradual até agosto. Só voltou a subir em setembro.

“Uma vez que a rentabilidade do Tesouro acompanha a Selic e, tendo ativos bancários pagando níveis de taxas mais atrativas, fica interessante diminuir a posição em Selic”, disse Rafael.

O rendimento de muitas categorias do Tesouro Direto está em baixa no acumulado em 12 meses. É o caso da maioria dos títulos ligados ao IPCA. Naturalmente, ficam menos atrativos e os recursos são retirados.

Leia a variação dos principais títulos (aqui para abrir em outra aba):

Outra hipótese é que as taxas elevadas levaram a um rendimento interessante para os investidores ao longo do tempo. Assim, teria valido a pena retirar o dinheiro mesmo antes do vencimento.

Entenda a modalidade de cada um:

  • Prefixado – com taxa de retorno fixa, definida no momento da compra. Podem variar negativamente na hora da recompra, porque há a perda na venda;
  • IPCA+ – título híbrido que combina uma taxa fixa com a variação da inflação medida pelo IPCA;
  • Selic – atrelado à taxa básica de juros do Brasil, que varia de acordo com as decisões do Banco Central.

INVESTIMENTOS EM 2024

O economista Jason Vieira, da MoneyYou, avalia que 2024 foi um ano mais atrativo para os ativos de baixo risco, como foi o caso do Tesouro Direto. Isso se dá não necessariamente porque rendiam melhor, mas porque as categorias voláteis estavam ainda mais arriscadas ao longo do ano.

“Foi um ano para se pensar em um investimento de baixo risco, sim. Porque a taxa de juros muito elevada faz isso, também o excesso de volatilidade”, afirmou.

Professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e economista-chefe do Lide Pernambuco, Ecio Costa concorda com essa análise. A maior razão para a desconfiança dos investimentos de rendimento volátil se dá por causa do temor em relação à política fiscal do Brasil.

Um dos exemplos da desconfiança fiscal é exemplificado pela B3. O capital estrangeiro teve a maior fuga da Bolsa de Valores de São Paulo em 5 anos. 

O fechamento do Ibovespa na 6ª feira (3.jan.2024) apresentou o pior resultado desde novembro de 2023, aos 118.532 pontos.

“Isso aconteceu em 2024, deve se repetir em 2025 e se não tivermos sérias mudanças na política fiscal, vai continuar assim por um bom tempo. Então é um momento muito difícil para a renda variável, para a Bolsa de Valores principalmente”.



Autor Poder360 ·