Segundo o senador, a aprovação da PEC que atrasa o pagamento de precatórios causou um “pé atrás” com parceiros da oposição
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) avalia que o projeto de lei que anistia os envolvidos no 8 de Janeiro deve passar por “um jogo mais pesado” em uma eventual tramitação no Senado Federal.
Ao Poder360, o ex-vice-presidente disse que a oposição tem o número mínimo de 41 votos –referentes ao quórum necessário para a aprovação de um PL (Projeto de Lei)– com base nas assinaturas do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Em contrapartida, Mourão afirma que a aprovação da PEC 66 de 2023 (relativa ao atraso do pagamento de precatórios), na 3ª feira (2.set.2025) em 2º turno, causou “um pé atrás” com colegas da oposição.
“Ontem, naquela questão da PEC 66 e aquele ‘jabuti’ que o governo tinha enfiado na Câmara para se aproveitar do pagamento, com um espaço fiscal de R$ 12,5 bilhões, eu julguei que não iam passar aquilo ali. Nosso lado caiu no ‘conto da carochinha’ que o Jaques Wagner e o Weverton venderam ali. Então, vamos aguardar a introdução dessa anistia para ver se o resultado vai ser esse mesmo. No Senado, o jogo fica mais pesado”, disse o senador.
Na 3ª feira, o projeto da anistia voltou a ganhar força na Câmara depois que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou a articular para que o texto seja votado na Casa.
Segundo o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), o clima para que a proposta avance cresceu entre os líderes partidários. Disse que o ambiente “mudou” e que agora há uma “boa vontade” por parte do Centrão. Tarcísio teria sido um dos pivôs da mudança.
Para Mourão, se acendeu uma “luz amarela” para o projeto de anistia no Congresso, muito em razão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF por tentativa de golpe de Estado. Os depoimentos das defesas do chamado núcleo 1 da trama golpista começaram na 2ª feira.
O senador também avalia que o desembarque da federação União Progressista (União Brasil e Progressistas) do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contribuiu para o reavivamento do debate sobre o texto.
“Eu vejo que agora, nos últimos dias, começou a haver um movimento maior na Câmara, principalmente depois do desembarque do União Brasil e do PP do governo. Acho que compraram uma briga dura, porque resolveram jogar um dos principais líderes da oposição e da federação, que é o Ciro Nogueira, nesse pacote lá do PCC e da Faria Lima. Ele está revoltado. E aí tudo pode acontecer contra o governo. Ele já era um opositor. Eles estão entrando de cabeça e chamando o nosso partido também para entrar de cabeça na questão da anistia, e aí criou a maioria lá dentro da Câmara”, completou Mourão.
O senador disse ainda que o nome de Tarcísio de Freitas para o Palácio do Planalto em 2026 “salta aos olhos”, mas que ainda há muitos desenrolares políticos e jurídicos para definir favoritismos em candidaturas.
“É óbvio que hoje todo mundo está com um holofote em cima do Tarcísio, muito pelo papel que ele desempenhou no nosso governo. E até então, o pessoal já não conhecia o Tarcísio, apesar de ele ter trabalhado com [Michel] Temer. Aí depois ele foi nosso ministro de infraestrutura, depois governador de São Paulo e deu aula, faz um governo extremamente eficiente e eficaz no Estado. Então, ele salta aos olhos dos candidatos do país, mas tem outros candidatos. A gente tem que aguardar o que vai acontecer”, concluiu.
Na última semana, Tarcísio afirmou que seu 1º ato caso fosse eleito e assumisse a Presidência da República seria o de conceder indulto a Bolsonaro. Entretanto, negou intenção de disputar o Planalto em 2026: “Eu não sou candidato à Presidência, vou deixar isso bem claro. Todo governador de São Paulo é presidenciável pelo tamanho do Estado, mas na história recente só Jânio Quadros e Washington Luís chegaram à Presidência”.
Esta reportagem foi produzida pelo estagiário de Jornalismo Davi Alencar sob supervisão da secretária de Redação adjunta, Sabrina Freire.



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