Na manhã desta terça-feira, 3, na sessão solene que está sendo realizada no Plenário Iris Rezende, homenageados com o Título de Cidadania Goiana e Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira fizeram e receberam discursos que exaltaram suas trajetórias, gratidão e compromisso com Goiás. A cerimônia é proposta pelo deputado José Machado (PSDB) e destaca contribuições de cidadãos que transformam a realidade do Estado.
Helio de Sousa, ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), expressou sua reverência aos homenageados e profunda gratidão ao deputado José Machado, destacando-o como sucessor em sua trajetória política. “Eu tenho orgulho de dizer que ele me sucede nesta Casa, com desenvoltura e honra, representando Goianésia e Goiás com dedicação.”
Helio também ressaltou sua longa parceria com o Corpo de Bombeiros, especialmente em Goianésia, onde ajudou a estruturar uma unidade local durante seu mandato como prefeito. “Fico feliz em ver companheiros do Corpo de Bombeiros sendo homenageados aqui hoje, pois essa instituição tem um papel fundamental em nossa sociedade.”
Ele encerrou declarando que na Assembleia Legislativa se sente em casa. “Conviver com colegas, servidores e amigos ao longo dos anos foi uma das maiores alegrias da minha vida.”
Reconhecimento
O infectologista Raimundo Nonato Leite Pinto, natural do Ceará e agraciado com o Título de Cidadania Goiana, destacou sua trajetória em Goiás, onde chegou ainda criança. Ele agradeceu à Alego pelo reconhecimento e compartilhou momentos de sua carreira de mais de 40 anos na medicina. “Tive a honra de atuar no Hospital de Doenças Tropicais e de contribuir com a formação de jovens médicos como professor universitário.”
Pinto também ressaltou sua atuação no cooperativismo, um campo onde atuou por mais de 35 anos, conciliando sua carreira médica e sua paixão por ajudar pessoas. “O cooperativismo é uma forma de transformar comunidades, promovendo desenvolvimento e inclusão”, disse.
Ele agradeceu, ainda, ao deputado José Machado pela concessão de cidadania honorífica: “Já me sentia goiano de coração, mas agora sou oficialmente goiano de fato e de direito. Essa honraria é um marco na minha vida”, declarou.
A delegada Poliana Bergamo iniciou seu discurso cumprimentando José Machado, com quem, segundo ela, tem laços de amizade e respeito. Destacando sua trajetória em Goiás, onde liderou a implantação da Delegacia da Mulher em Goianésia. “É um marco importante, mas apenas o início de uma longa jornada. Ainda há muito a ser feito para que as mulheres vivam com segurança e dignidade.”
Poliana compartilhou sua história pessoal, desde sua chegada em Goiás até se tornar mãe de um goiano nato. “Receber este título é uma honra. Dedico a todas as mulheres que lutam silenciosamente todos os dias, muitas vezes sem apoio, enfrentando julgamentos.”
A policial civil reforçou a importância da sororidade e de políticas públicas voltadas para as mulheres, afirmando que seu sonho é que um dia não seja preciso mais de leis como a Maria da Penha, porque se terá construído uma sociedade igualitária. “Acredito que juntos podemos transformar a realidade.”
Parcerias
Em nome dos demais homenageados da sessão, o capitão Daniel Rosa Resende abriu seu discurso ressaltando a importância do trabalho das forças de segurança e a parceria entre Polícia Militar e Polícia Civil em prol da segurança da população goiana. “Hoje é um dia de muita alegria e júbilo para nós. Muitas vezes trabalhamos de forma anônima, mas nosso objetivo principal é servir bem ao povo goiano, garantindo uma segurança pública de qualidade e efetiva, que assegure os direitos fundamentais.”
Ele destacou o papel das forças de segurança no Estado, lembrando que a Polícia Militar é o principal órgão assegurador dos direitos fundamentais, porque sem ela não há como garantir a vida, a propriedade, a liberdade e a segurança. E enalteceu os avanços na segurança pública de Goiás, afirmando que o Estado hoje é o mais seguro do país, resultado do esforço conjunto das instituições.
Ao finalizar, o capitão agradeceu à Alego pela honraria, expressando sua felicidade em ser reconhecido. “A melhor forma de demonstrarmos nosso amor ao próximo é dando o nosso melhor, seja nas ruas ou em qualquer função. Parabéns a todos os homenageados, e um Feliz Natal a todos.”
Deputadas destacam avanços legislativos recentes e desafios para os direitos das mulheres
Lidiane 2 de julho de 2024
Deputadas de diferentes partidos destacaram avanços legislativos e desafios que ainda precisam ser enfrentados pelo Legislativo, na 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, o fórum do Legislativo do G20. Nesta segunda-feira (1º), foi realizado o Painel Brasil: avanços legislativos e de políticas públicas para as mulheres. O evento acontece em Maceió (AL).
Para a deputada Flávia Morais (PDT-GO), a prioridade na agenda legislativa deve ser a economia do cuidado, que inclui o cuidado infantil, de idosos e o apoio a pessoas com deficiência, por exemplo. Ela ressaltou que as mulheres são as principais provedoras de cuidados no País, quase sempre sem remuneração ou mal remuneradas. Segundo ela, no Brasil, mais de 90% das tarefas de cuidado são exercidas por mulheres.
“A indisponibilidade de serviços de cuidado remunerado impõe barreiras significativas para as mulheres, limitando seu acesso ao mercado de trabalho formal, a uma renda digna e a oportunidades igualitárias na sociedade. Isso é inaceitável e deve ser uma prioridade na nossa agenda de mudanças”, disse.
Flávia Morais defendeu proposta ( PEC 14/24 ) de sua autoria que insere na Constituição o “direito ao cuidado” como direito social, ao lado da saúde, da educação e de outros direitos.
Propostas ambientais
Presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, a deputada Socorro Neri (PP-AC), por sua vez, disse que o financiamento para prevenção e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas precisa aumentar de três a seis vezes até 2030 para conter os efeitos. Ela acrescentou que a infraestrutura das cidades e dos campos precisa ser adaptada para essas mudanças.
Socorro Neri lembrou que o foi sancionada recentemente a Lei 14.904/24 , que estabelece diretrizes gerais para a elaboração, pelo poder público, dos planos de adaptação à mudança do clima. A norma é fruto de projeto de lei ( PL 4129/21 ), de autoria da deputada Tabata Amaral (PSB-SP). Entre outras prioridades para a área ambiental, ela citou a proposta que regulamenta o mercado de carbono no Brasil ( PL 2148/15 ). O projeto já foi aprovado pela Câmara e está em análise no Senado.
Felipe Sóstenes/Câmara dos Deputados
Socorro Neri: a infraestrutura dos municípios precisa ser adaptada às mudanças climáticas
A deputada Iza Arruda (MDB-PE) defendeu projeto de sua autoria que institui a política nacional de convivência com a seca nordestina ( PL 2525/23 ). Já a deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) defendeu PEC de sua autoria que institui à natureza direitos semelhantes aos de seres humanos. Segundo ela, 40 países já aprovaram propostas do tipo.
Mulher rural
A deputada Coronel Fernanda (PL-MT) defendeu propostas que protejam a mulher rural. Ela acredita que o Brasil possui a lei mais rígida do mundo para a preservação do meio ambiente e defende que outros países devem ajudar o Brasil na preservação, pagando àqueles que preservam o meio ambiente, em grande parte mulheres rurais.
Segundo ela, as mulheres rurais são responsáveis por 45% da produção de alimentos no Brasil e o trabalho delas se estende dentro de casa. “Elas trabalham cerca de 12 horas a mais semanais do que os homens”, afirmou.
A deputada acrescentou que somente 20% das trabalhadoras rurais são proprietárias de suas terras, e 90% da renda é reinvestida na educação e no bem-estar da família.
Violência contra a mulher
Já a deputada Greyce Elias (Avante-MG) citou, entre os avanços legislativos, a aprovação do Programa Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica ( Lei 14.188/21 ), do qual foi uma das autoras. Ela disse que é preciso também trabalhar a capacitação profissional das mulheres, para que elas possam buscar autonomia econômica e sair do ciclo de violência.
A deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) afirmou que a tecnologia possibilita novas formas de violência contra a mulher. Ela citou, entre os avanços legislativos, a aprovação de lei em 2018 que tornou crime a divulgação, por qualquer meio, de cenas de nudez, sexo e estupro sem o consentimento da vítima.
Entre os desafios, ela citou a aprovação de lei para combater a violência obstétrica. “No Brasil, ainda nem se formalizou uma definição do termo, o que dificulta a implementação de medidas para a sua prevenção”, ressaltou. “A violência obstétrica é caracterizada por abusos sofridos quando mulheres procuram serviços durante a gestação, na hora do parto, no pós-parto”, explicou a parlamentar.
Felipe Sóstenes/Câmara dos Deputados
Laura Carneiro: o Legislativo precisa aprovar lei de combate à violência obstétrica
Laura Carneiro também disse que são necessários avanços no combate à violência política contra a mulher, mesmo após a aprovação de lei sobre o tema em 2021. “No Brasil, é urgente sofisticar ainda mais a legislação de combate à violência política contra a mulher”, avaliou. “A legislação precisa avançar, tornando crime qualquer uso indevido de recursos eleitorais que são destinados exclusivamente a mulheres, tanto de natureza monetária quanto às relacionadas ao tempo de propaganda eleitoral”, acrescentou.
Em relação à violência sexual, a deputada chamou a atenção para a falta de infraestrutura adequada para atender às mulheres e meninas violentadas.
Diversidade sexual
Primeira deputada assumidamente lésbica, a deputada Daiana Santos (PCdoB-RS) citou, entre os avanços, lei de 2018 que aumenta a pena para o “estupro coletivo”, cometido por vários criminosos, e também para o chamado “estupro corretivo”, caracterizado pelo intuito de controlar o comportamento social ou sexual da vítima. Segundo ela, esse tipo de crime tem números altos no Brasil ainda hoje e visa “corrigir algo que não se corrige”.
A deputada acredita que a diversidade precisa estar no centro do debate sobre a violência, com atenção para as mulheres trans, negras, indígenas e quilombolas. Ela lembrou que o Brasil é o país que mais mata transexuais e, a cada dez vítimas de violência, quatro são mulheres e meninas negras.
“Não podemos naturalizar a violência contra esses corpos. Se nós hoje ainda encabeçamos um processo violento contra mulheres trans, contra mulheres lésbicas, contra mulheres bissexuais, se as pessoas ainda são punidas por amar, nós estamos sofrendo retrocesso”, disse Daiana Santos. Para ela, quando a extrema direita avança na política, os direitos das mulheres retrocedem.
Itawi Albuquerque/Câmara dos Deputados
Daiana Santos: há um retrocesso quando as pessoas são punidas por amar
Saúde mental
A deputada Maria Arraes (Solidariedade-PE) acredita que é preciso avançar nas questões de saúde mental da mulher no mercado de trabalho. Ela relatou que, só em 2023, houve aumento de 38% nos afastamentos no trabalho devido a transtornos mentais, sendo que as mulheres são mais propensas a sofrerem de transtornos como depressão e ansiedade. “Em grande parte pelas pressões adicionais que sofremos, que é cuidar da casa, da família, dos filhos, as responsabilidades domésticas”, observou.
Entre os avanços nessa área, ela citou a aprovação recente pelos parlamentares da lei que cria o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, voltado para as empresas que seguem critérios de promoção da saúde mental e do bem-estar de seus funcionários. A Lei 14.831/24 teve origem em projeto (PL 4358/23) da deputada Maria Arraes e ainda precisa ser regulamentada pelo Executivo.
Mulheres com deficiência
A deputada Maria Rosas chamou a atenção para a necessidade de mais políticas para meninas e mulheres com deficiência, que são raramente incluídas no mercado de trabalho. Para ela, as mulheres enfrentam duplo desafio – ser mulher e ter uma deficiência.
Segundo a parlamentar, apenas 20% das mulheres com deficiência estão empregadas, em comparação com 53% dos homens com deficiência, além de elas receberem salário mais baixos do que eles.
Número de mulheres
Líder da bancada feminina na Câmara, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) destacou que muitos avanços foram obtidos pelas mulheres no Legislativo brasileiro, o que deve abrir espaço para mais mulheres participarem da política e obterem novas conquistas.
“Hoje somos 18% na Câmara, 15% no Senado, temos uma bancada, uma frente parlamentar para as pessoas pretas, temos a Secretaria da Mulher que prioriza a pauta de gênero. Ainda falta muito para sermos 50% e, por isso, precisamos nos juntar para chegar lá”, afirmou.
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