Investidores tiraram R$ 36,9 bilhões de títulos ligados ao programa em 2024, com destaque dos prefixados e do IPCA+
Investidores recompraram (resgataram antes do vencimento) R$ 36,9 bilhões em títulos do programa Tesouro Direto em 2024. Houve um aumento de 21,8% na retirada de dinheiro do programa na comparação com o ano anterior. Essa é a maior variação anual desde 2019, quando a alta foi de 43,3%.
Os números são do Ministério da Fazenda e estão disponíveis no Portal de Dados Abertos do governo federal. Os valores foram corrigidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
O montante nominal de resgates antecipados foi o maior registrado na série dos dados. Ultrapassou os valores de 2020, quando somaram R$ 31,3 bilhões.
Leia o histórico no infográfico abaixo:
Nos últimos anos, uma queda na quantidade de resgates foi observada em 2021. É um reflexo dos juros baixos na pandemia.
O Tesouro Direto é uma iniciativa do Tesouro Nacional em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais a pessoas físicas com rendimento baseado em indicadores, como a inflação e a Selic (taxa básica de juros).
Os resgates se dão quando os clientes querem pegar o dinheiro que investiram antes que o papel vença. Na prática, retiram o dinheiro do fundo.
Os recursos obtidos com o Tesouro Direto são utilizados para contribuir com o pagamento da dívida pública federal.
Dentre as modalidades dos títulos com maior volume de retiradas, os prefixados têm a maior alta (39,1%) nas recompras em relação ao ano anterior.
Os outros com maior variação nas retiradas foram o IPCA+ (22,1%) e Tesouro Selic (alta de 20,3%), como mostra o quadro abaixo:
Rafael Dadoorian, sócio-fundador da Convexa Investimentos, diz que o movimento de alta nos resgates dos títulos pré-fixados se explica por um movimento de recomposição de renda. Os usuários do programa podem ter trocado os rendimentos do programa por um CDB (Certificado de depósito bancário) de bancos, por exemplo.
“Enquanto um Tesouro prefixado pode pagar 12% ou 13% ao ano. Um CDB com prazos similares costuma pagar 14% ou 15%. A depender do emissor, até mais”, declarou o especialista ao Poder360.
O mesmo movimento foi observado com a taxa ligada à Selic. O indicador estava em processo de queda gradual até agosto. Só voltou a subir em setembro.
“Uma vez que a rentabilidade do Tesouro acompanha a Selic e, tendo ativos bancários pagando níveis de taxas mais atrativas, fica interessante diminuir a posição em Selic”, disse Rafael.
O rendimento de muitas categorias do Tesouro Direto está em baixa no acumulado em 12 meses. É o caso da maioria dos títulos ligados ao IPCA. Naturalmente, ficam menos atrativos e os recursos são retirados.
Leia a variação dos principais títulos (aqui para abrir em outra aba):
Outra hipótese é que as taxas elevadas levaram a um rendimento interessante para os investidores ao longo do tempo. Assim, teria valido a pena retirar o dinheiro mesmo antes do vencimento.
Entenda a modalidade de cada um:
- Prefixado – com taxa de retorno fixa, definida no momento da compra. Podem variar negativamente na hora da recompra, porque há a perda na venda;
- IPCA+ – título híbrido que combina uma taxa fixa com a variação da inflação medida pelo IPCA;
- Selic – atrelado à taxa básica de juros do Brasil, que varia de acordo com as decisões do Banco Central.
INVESTIMENTOS EM 2024
O economista Jason Vieira, da MoneyYou, avalia que 2024 foi um ano mais atrativo para os ativos de baixo risco, como foi o caso do Tesouro Direto. Isso se dá não necessariamente porque rendiam melhor, mas porque as categorias voláteis estavam ainda mais arriscadas ao longo do ano.
“Foi um ano para se pensar em um investimento de baixo risco, sim. Porque a taxa de juros muito elevada faz isso, também o excesso de volatilidade”, afirmou.
Professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e economista-chefe do Lide Pernambuco, Ecio Costa concorda com essa análise. A maior razão para a desconfiança dos investimentos de rendimento volátil se dá por causa do temor em relação à política fiscal do Brasil.
Um dos exemplos da desconfiança fiscal é exemplificado pela B3. O capital estrangeiro teve a maior fuga da Bolsa de Valores de São Paulo em 5 anos.
O fechamento do Ibovespa na 6ª feira (3.jan.2024) apresentou o pior resultado desde novembro de 2023, aos 118.532 pontos.
“Isso aconteceu em 2024, deve se repetir em 2025 e se não tivermos sérias mudanças na política fiscal, vai continuar assim por um bom tempo. Então é um momento muito difícil para a renda variável, para a Bolsa de Valores principalmente”.
Brasil alcança menor índice de pobreza e extrema pobreza desde 2012, mas desigualdades regionais ainda preocupam
Lidiane 8 de dezembro de 2024
Por Gil Campos: Goiânia, 4 de dezembro de 2024 –
O Brasil encerrou 2023 registrando os menores índices de pobreza e extrema pobreza desde o início da Síntese de Indicadores Sociais, levantamento realizado pelo IBGE desde 2012. Segundo os dados, 58,9 milhões de brasileiros ainda viviam na pobreza, enquanto 9,5 milhões estavam em extrema pobreza. Apesar da queda nos números, desigualdades regionais e sociais permanecem como desafios significativos.
O IBGE considera como extrema pobreza aqueles que vivem com menos de R$ 209 mensais (US$ 2,15 por dia), enquanto a pobreza é definida como uma renda abaixo de R$ 665 (US$ 6,85 por dia). Em 2023, a extrema pobreza caiu para 4,4% da população, contra 5,9% em 2022. Já a pobreza recuou para 27,4%, ante 31,6% no ano anterior.
Redução histórica, mas com desafios regionais
Apesar da melhora nos indicadores, as diferenças regionais continuam evidentes. O Nordeste apresentou o maior percentual de pessoas na extrema pobreza (9,1%) e na pobreza (47,2%). Em contraste, o Sul do país registrou os menores índices, com 1,7% e 14,8%, respectivamente.
Esses números refletem um Brasil ainda dividido, onde a renda e o acesso a oportunidades são significativamente desiguais.
Quem são os mais impactados pela pobreza?
Os dados do IBGE mostram que a pobreza afeta de maneira desproporcional mulheres, negros e jovens:
- Gênero: 28,4% das mulheres vivem na pobreza, contra 26,3% dos homens.
- Cor/Raça: Enquanto 17,7% dos brancos estão na pobreza, o percentual sobe para 35,5% entre pardos e 30,8% entre negros.
- Idade: Jovens e crianças são os mais atingidos. Entre menores de 15 anos, 44,8% vivem na pobreza, e entre jovens de 15 a 29 anos, o índice é de 29,9%.
Por outro lado, idosos têm índices significativamente menores, graças à cobertura previdenciária de aposentadorias e pensões vinculadas ao salário mínimo.
Impacto dos programas sociais
Os benefícios sociais, como o Bolsa Família, tiveram um papel essencial na redução da extrema pobreza. Segundo o IBGE, sem esses programas, a extrema pobreza teria alcançado 11,2% da população, e a pobreza chegaria a 32,4%.
Nas famílias com menor renda (até ¼ do salário mínimo por pessoa), os benefícios sociais responderam por 57,1% do total de rendimentos, superando os rendimentos do trabalho. Em contrapartida, na média nacional, 74,2% da renda dos domicílios ainda vêm do trabalho.
A desigualdade em números
O índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, permaneceu estável em 2023, em 0,518, o melhor valor da série histórica desde 2012. Porém, sem os programas de transferência de renda, o Gini subiria para 0,555, revelando o impacto crucial das políticas sociais no combate à desigualdade.
Análise Crítica
O Brasil tem registrado avanços no combate à pobreza, mas os números ainda expõem um país marcado por desigualdades estruturais e regionais. O Nordeste, por exemplo, continua com índices de pobreza significativamente superiores à média nacional, enquanto o Sul e o Sudeste apresentam cenários mais positivos.
A dependência crescente de benefícios sociais entre as famílias mais pobres levanta questionamentos sobre a sustentabilidade dessas políticas no longo prazo. O desafio, agora, é criar condições que promovam a autonomia econômica por meio de educação, qualificação profissional e geração de empregos de qualidade.
Por outro lado, o mercado de trabalho continua sendo uma peça fundamental na redução da pobreza monetária, especialmente entre aqueles que ainda estão fora da extrema pobreza. Investimentos em infraestrutura e desenvolvimento regional podem ser a chave para um progresso mais equilibrado e duradouro.
Com um a mais desde o 1º minuto, Guarani toma a virada no último lance para o Goiás
Lidiane 22 de julho de 2024
O Guarani continua em jejum de vitórias na Série B do Campeonato Brasileiro. Com um a mais desde o 1º minuto – Rildo foi expulso – o time paulista sofreu a virada para o Goiás, por 3 a 2, com um gol de Paulo Baya, aos 58 minutos do segundo tempo, neste domingo, pela 16ª rodada.
A última e única vitória do Guarani aconteceu contra o Botafogo-SP, por 2 a 0, no dia 11 de maio, pela quarta rodada. A 11ª derrota deixou o time com sete pontos, na última posição, a 11 da Chapecoense, primeiro time fora do Z-4, com 18. Caio Dantas e Matheus Salustiano foram os autores dos gols do time da casa.
Já o Goiás deu fim a uma sequência de duas derrotas seguidas, chegando a 24 pontos, subindo para o sétimo lugar, a dois do Novorizontino, quarto colocado, com 26. Nathan Melo e Edu marcaram os outros gols do time goiano.
O duelo mal começou e o Guarani já tinha um jogador a mais. Com um minuto, Rildo deu entrada forte em Léo Santos, e, após revisão do VAR, foi expulso direto. Com a vantagem, os donos da casa tomaram conta da partida.
A pressão surtiu efeito aos 30 minutos. Airton chutou forte, Tadeu deu rebote e Caio Dantas abriu o placar. O gol fez o Guarani relaxar em campo e já não marcava na linha alta. O castigo veio aos 44. Thiago Galhardo cobrou falta na área e Nathan Melo cabeceou para igualar o marcador para os goianos.
Os times voltaram para o segundo tempo com o freio de mão puxado. A estratégia do Goiás era explícita, de enrolar o jogo e tentar surpreender no contra-ataque. Pressionado, a bola queimava no pé do Guarani, que não conseguia incomodar no ataque, tirando a paciência da torcida.
Aos 28, as vaias mudaram para o grito de gol, quando a bola sobrou para Matheus Salustiano, dentro da área, chutar cruzado e recolocar os donos da casa na frente do placar. Novamente o time se desligou após o gol, Edson e Paulo Baya carimbaram a trave.
Até que aos 48, Edu cobrou o pênalti marcado pelo VAR em toque de bola no braço de Léo Santos, deixando tudo igual. Quando o empate parecia ser o resultado, no último lance, em contra-ataque fulminante, Paulo Baya sacramentou a virada espetacular do Goiás, aos 58, em um chute diagonal.
O Guarani volta a campo na quarta-feira, às 21h30, no confronto direto contra o Amazonas, no estádio Carlos Zamith, em Manaus (AM). Já o Goiás atua na quinta-feira, às 21h30, diante do CRB, no Hailé Pinheiro (Serrinha), em Goiânia (GO).
FICHA TÉCNICA
GUARANI 2 X 3 GOIÁS
GUARANI – Douglas Borges; Pacheco (Reinaldo), Matheus Salustiano, Léo Santos e Jefferson; Gabriel Bispo, Matheus Bueno (Luccas Paraizo) e Luan Dias (Anderson Leite); João Victor, Airton (Yan Henrique) e Caio Dantas (Daniel dos Anjos). Técnico: Pintado.
GOIÁS – Tadeu; Lucas Ribeiro, David Braz (Edu Júnior) e Messias; Diego, Wellington (Luiz Henrique), Nathan Melo (Edson), Régis (Paulo Baya) e Sander; Thiago Galhardo (Wellinton) e Rildo. Técnico: Márcio Zanardi.
GOLS – Caio Dantas, aos 30, e Nathan Melo, aos 44 minutos do primeiro tempo; Matheus Salustiano, aos 28, Edu, aos 48, e Paulo Baya, aos 58 do segundo.
CARTÕES AMARELOS – Luan Dias, Jefferson, Léo Santos e Airton (Guarani); Wellington, David Braz e Thiago Galhardo (Goiás).
CARTÃO VERMELHO – Rildo (Goiás).
ÁRBITRO – Arthur Gomes Rabelo (ES).
RENDA – R$ 44.600,00.
PÚBLICO – 4.763 torcedores.
LOCAL – Estádio Brinco de Ouro, em Campinas (SP).
Da redação ‘Uma visão sobre Goiás’ é o título do livro de arte a ser lançado em 24…
Da redação
‘Uma visão sobre Goiás’ é o título do livro de arte a ser lançado em 24 de abril, em Goiânia. Trata-se de uma concepção da empresária goiana Ana Flávia Machado, fundadora e CEO da empresa AFS Incorporação & Conceito — e, também, uma das sócias da empresa Agroquima.
Ilustrada com mais de 100 fotos de autoria do profissional João Farkas, a publicação detalha a natureza exuberante do estado, além de reunir relatos históricos sobre a formação de Goiás, seu importante desenvolvovimento econômico e experiências de pesquisa e desenvolvimetno que ajudaram a modificar o cerrado brasileiro. Discorre por trajetórias familiares e relatos afetivos, a partir da biografia do pai de Ana Flávia, o empresário Agripino Bastos Santos.
O livro começa contando o surgimento de Goiás, a partir da expedição de Bartolomeu Bueno Filho em 1722, pela área conhecida por Terra de Goyazes, então ocupada por cerca de 30 nações indígenas. O lugar virou, anos depois, o povoado de Sant’Anna e posteriormente, a Vila Boa de Goyás, atual cidade de Goiás Velho.
A obra relata vários episódios importantes para a formação do estado até chegar à limitação feita pelo primeiro governador nomeado pela então Capitania de Goiás, Dom Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos. E à transformação da capitania em província, em 1821.
Segue, em meio a datas e fatos precisos, até os tempos contemporâneos, destacando as dificuldades dos primeiros empresários do agronegócio, na década de 1960, em desbravar caminhos, as iniciativas de visionários que enxergaram na área um bom potencial para o desenvolvimento e o crescimento de Goiás até os dias atuais.
Agripino
Para executar esse trabalho, Ana Flávia tomou como fator primordial a trajetória de Agripino, já falecido, fundador da Agroquima, 55 anos atrás. Hoje, a empresa é considerada uma das três maiores do estado e uma das maiores no setor de agropecuária do país.
Um dos pontos fortes apresentados por ela é a importância dos estudos científicos realizados no cerrado goiano e também as parcerias feitas com cientistas e entidades de pesquisa, sobretudo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que por meio do incentivo dos empresários locais, criou a Embrapa Cerrados — responsável pelo desenvolvimento de técnicas que mudaram a visão anterior que se tinha sobre esse bioma na região.
Homenagem
“Quando pensei no projeto, a ideia principal foi homenagear o grande homem que foi meu pai. Um homem de hábitos simples, que tinha como maior alegria contemplar as águas mansas do Rio Araguaia, porém gigante em sua essência, com uma habilidade natural de se sentar à mesa e conversar da mesma forma com um homem do campo ou com uma autoridade”, explicou a empresária.
“Meu pai sempre foi generoso com todos que o buscassem por qualquer necessidade, se fazendo presente nos momentos mais difíceis na vida de seus amigos, família, ou pessoas que com ele trabalharam, nada esperando em troca, construindo assim relações de fidelidade e longevidade”, acrescentou.
Segundo contou, após avaliar toda a trajetória de Agripino, Ana Flávia percebeu que para falar sobre o seu legado, precisaria citar a história de amor que o pai tinha com a cidade de Goiânia e o estado de Goiás, que escolheu para viver. Motivo pelo qual quis incluir na obra outras histórias de homens, mulheres, empresários, trabalhadores e famílias que, como ele e a sua família, trouxeram juntos desenvolvimento e crescimento para o estado.
Com alguns acréscimos pitorescos, como um texto que consiste em declaração de amor a Goiás feita pelo atual governador, Ronaldo Caiado, e informações de muitos técnicos entrevistados para a obra, a publicação promete ser do tipo que se adquire, além da beleza. Daquelas que as pessoas levam para casa, leem, repetem a leitura e deixam sempre por perto.
Lançamento
Título: Uma visão sobre Goiás
Obra: Livro de arte
Data: 24 de abril
Concepção: Ana Flávia Machado
Fotos: João Farkas




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