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5 de fevereiro de 2025
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Caso Pedro Lucas: Desaparecimento de menino em Rio Verde completa 6 meses

Seis meses após o desaparecimento do menino Pedro Lucas Santos, completos nessa quarta-feira (1º), o promotor do Ministério Público Paulo Brondi disse que ainda não é possível afirmar se o garoto está morto ou se foi sequestrado. O caso aconteceu em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, e, de acordo com o promotor, ainda há perguntas que precisam ser respondidas antes de abrir processo criminal contra qualquer suspeito.

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Em entrevista à TV Anhanguera, Paulo Brondi questionou: “Pedro Lucas está morto de fato ou foi sequestrado? Foi levado para algum outro lugar e pode estar vivo? São perguntas que não conseguem ser respondidas, nem pelo Ministério Público, nem pela Polícia Civil”.

O padrasto da criança, José Domingos Silva Santos, chegou a ser preso no dia 8 de janeiro de 2024 suspeito de matar e ocultar o corpo de Pedro Lucas. No entanto, o homem foi solto no dia 8 de março, depois que o Ministério Público pediu a revogação da prisão temporária de José Domingos. Para a promotoria, não havia provas que ligassem o padrasto ao desaparecimento de Pedro Lucas.

Em nota, a defesa de José Domingos informou que aguarda a conclusão das investigações e que tem esperança de que o garoto seja encontrado com vida (nota completa abaixo).

Para o delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo, o padrasto continua sendo o principal suspeito do crime. “Nós sabemos que o padrasto escondeu esse corpo, teve tempo para isso. Ninguém procurou a Polícia nos quatro dias que se seguiram ao desaparecimento”, declarou em entrevista à TV Anhanguera.

Candeo informou que o desaparecimento só foi comunicado à Polícia depois que o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia anônima.

“O Conselho Tutelar foi até a casa da família, constatou o fato e trouxe a mãe e o padrasto para a delegacia para que fosse registrada a ocorrência. Senão, talvez, até hoje nós não saberíamos do desaparecimento do Pedro Lucas”, relatou.

De acordo com o delegado, inconsistências nos depoimentos da mãe, do padrasto e do irmão de Pedro Lucas sugerem que há algo no caso que ainda não foi relatado. José Domingos e Elisângela Pereira dos Santos teriam mudado a versão de como souberam do desaparecimento e até mesmo sobre as roupas que o garoto usava no dia.

Pedro Lucas Silva Santos desapareceu depois de sair da escola no dia 1º de novembro de 2023, em Rio Verde (GO). O desaparecimento do garoto só foi comunicado à Polícia Civil quatro dias depois do ocorrido, de acordo com o delegado Adelson Candeo.

Momento em que Pedro Lucas conversa com amiga antes de desaparecer, em Rio Verde — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O estudante saiu de casa acompanhado do irmão. Ele deixou o caçula na escola e seguiu para outra instituição de ensino onde estudava. Pedro chegou a assistir algumas aulas e o último registro do menino foi feito por câmeras de segurança na vizinhança da casa onde morava.

A Polícia ainda não encontrou o corpo do menino e não há indícios de que ele possa ter sido sequestrado.

📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

NOTA – Defesa de José Domingos

Continuamos aguardando a conclusão das investigações e esperançosos com a solução deste fato, de preferência que encontre Pedro ainda vivo.

Lindomberto Morais e advogados associados

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

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Goiânia – O desaparecimento de um casal no interior de Goiás tem causado angústia aos familiares de Fábia Cristina Santos, 43 anos, e Douglas José de Jesus, de 46. Eles foram vistos pela última vez no dia 9 de março e, até o momento, não há novidades ou qualquer informação sobre o paradeiro deles. Porém, uma reviravolta envolvendo uma das pessoas sumidas chamou atenção nos últimos dias.

Os dois desapareceram após saíram de Goianira, município na região metropolitana da capital goiana, para irem a uma missa de 7º dia em Quirinópolis, no sudoeste goiano. A última vez em que o casal foi visto foi em um posto de combustíveis em Abadia de Goiás (GO).

Entenda a reviravolta do caso:

Foragido da Justiça

De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), Douglas é foragido da Justiça por duplo homicídio, ocorrido na cidade de Quirinópolis. Segundo a PCGO, após o crime, praticado em 1996, ele e Fábia fugiram da cidade e ficaram mais de um ano sem ter qualquer tipo de contato com a família.

Ao retornarem, o homem passou a usar uma identidade falsa com o nome do irmão mais novo: Wander José de Jesus.

No dia em que desapareceram, câmeras de segurança registraram o momento em que o casal passa por um posto de gasolina no Bairro Cidade Jardim, em Goiânia. Na ocasião, eles estavam em viagem para a missa de sétimo dia do pai de Fábia.

O vídeo mostra quando os dois, que estavam num veículo Ford Fiesta preto, chegam ao estabelecimento e vão embora. As imagens mostram que o casal chega ao posto às 13h49 e sai de lá às 13h54. Esta foi a última vez que os dois foram vistos.

Sete minutos após abastecer, o veículo do casal foi multado por excesso de velocidade no Km 27 da GO-469, em Abadia de Goiás. De acordo com o boleto da multa, o carro passou pelo radar a mais de 120 km/h, em uma via em que a velocidade máxima é de 80 km/h.


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Pedido de ajuda

De acordo com um familiar do casal, Fábia é pedagoga, e Wander, caminhoneiro. Eles têm dois filhos, um que ainda mora com eles e outro já casado, que, segundo a família, estão muito abalados e preocupados com o desaparecimento dos pais.

Segundo familiares, às 14h17 do dia do desaparecimento, Fábia chegou a enviar uma mensagem para o filho dizendo: “Me ajuda”. A mulher enviou outra mensagem, mas o texto foi apagado antes que o filho pudesse ler.

A família divulgou o desaparecimento dos dois. “Precisamos criar uma corrente solidária de informações. Quanto mais informação, mais chances de ter notícias deles”, disse o familiar.

Violência doméstica

Segundo Rosemere Oliveira, advogada da família de Fábia, Douglas tentou matar Fábia enforcada com um fio. A advogada conta que foram encontradas no computador de Fábia fotos das marcas no pescoço dela. Ela enviou as fotos para si mesma em fevereiro deste ano.

Fábia contou sobre a situação para uma irmã, que chegou a ser ameaçada por Douglas.

“Qualquer coisa que acontecer comigo, Flavinha, cunhadinha do meu coração, cê [sic] vai morrer. Cara vai chegar e vai descarregar uma pistola na sua cabeça, aí sua otária”, falou Douglas em um áudio.

“Lá de dentro da cadeia eu mando te matar, qualquer lugar. Fala alguma bosta de mim pra você ver, você não é a bichona?”, disse o homem.

Ouça:

 

Histórico de violência

Quando o caso foi divulgado pelo Metrópoles, ainda em março, uma amiga de Fábia que preferiu não se identificar informou que o casal tinha um histórico de violência, e que a mulher já havia sido vítima de agressões do marido.

Segundo a mulher, o casal, inclusive, já tinha se separado algumas vezes, mas reataram o relacionamento após promessas de mudanças de Douglas.

De acordo com a amiga, Fábia é muito esforçada e uma mãe dedicada. “Não quero nem pensar nessa hipótese, mas fico triste, porque são muitos dias [de desaparecimento]. Não queria pensar no pior, mas já estou perdendo as esperanças. Espero que seja feita justiça, se for o que eu penso”, disse ela.

À época, o Metrópoles questionou a delegada responsável pela investigação do caso, Carla de Bem. No entanto, ela afirmou que as investigações são sigilosas e que as informações seriam divulgadas apenas por notas.

A família de Fábia acredita que a pedagoga tenha sido sequestrada pelo companheiro. Segundo um sobrinho da mulher, a suspeita é que Fábia tenha sido vítima de violência doméstica.

“Acreditamos que ela sempre sofreu violência doméstica, visto que ele tentou enforcar ela com um fio pouco tempo antes do desaparecimento. Foi o que nossa advogada conseguiu obter nas fotos do computador dela”, disse.

 

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