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5 de fevereiro de 2025
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A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (Deai), concluiu a investigação contra o dentista Eduardo Marques da Nóbrega Neto, e indiciou o profissional por estelionato qualificado. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Alexandre Bruno, o dentista que é vinculado a um conhecido plano de saúde estadual oferecia tratamentos odontológicos a preços abaixo dos definidos pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO GO), atraindo pacientes em situações de urgência. 

Segundo as investigações da Deai, Eduardo Neto cobrava adiantamentos em dinheiro, com o restante parcelado em até 20 dias, mas nunca realizava os tratamentos prometidos. As vítimas, que já lidavam com dores, relataram em depoimento a política que os adiamentos eram constantes e que o dentista dava desculpas para não realizar os atendimentos combinados e para não efetuar a devolução dos valores pagos.  

O delegado Alexandre Bruno confirmou que nenhum dos casos registrados resultou em tratamento ou restituição financeira, gerando sofrimento e prejuízo às vítimas. Diante da gravidade dos atos e do risco de novas fraudes, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva de Eduardo Marques, visando proteger a ordem pública e impedir que ele continue a prejudicar pacientes.

“Esse odontólogo foi denunciado por algumas das vítimas que fizeram boletins relatando os acontecimentos não só na Deai como em outras delegacias de Goiânia e por isso solicitamos sua prisão. O número de vítimas é expressivo e pode ser ainda maior, o que reforça a necessidade de prisão preventiva para evitar que o suspeito continue aplicando golpes”, justificou o delegado. 

A reportagem do Portal Notícias Goiás ainda não localizou a defesa do dentista sob suspeita, Eduardo Marques da Nóbrega Neto. Também solicitamos nota sobre o caso para a assessoria de imprensa do CRO GO. O espaço para manifestação dos envolvidos ficará aberto, sendo essa matéria atualizada a partir de suas considerações.

Autor Felipe Fulquim


Dentista Igor Leonardo Soares Nascimento, suspeito de lesão corporal e exercício ilegal da medicina, em Aparecida de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/Instagram

À polícia, a paciente contou que fez um procedimento estético com Igor Leonardo e ficou com o rosto assimétrico. Ela acreditava que o dentista tivesse aplicado ácido hialurônico durante o procedimento, mas na realidade, segundo o delegado, foi usado polimetilmetacrilato, substância conhecida como PMMA.

“Foi utilizado PMMA ao invés de ácido hialurônico. Só foi descobrir posteriormente. Houve assimetria e só com cirurgia plástica para tentar remover e verificar o material”, disse o delegado.

Em nota, o advogado do dentista negou todas as acusações e disse que o cliente é inocente. Segundo Felipe Pereira Pedro, o dentista “jamais utilizou” o preenchedor permanente PMMA.

O uso de ácido hialurônico como preenchedor em procedimentos estéticos é visto como seguro pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e outras instituições de saúde, por se tratar de uma substância absorvida pelo corpo sem problemas.

Já o PMMA é um componente plástico com diversas utilizações na área de saúde, mas considerado de risco máximo. Ele não é absorvido pelo corpo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) restringiu a aplicação dele a correções pequenas de deformidades do corpo após tratamentos de AIDS ou de poliomielite. Além disso, só profissionais médicos treinados podem administrá-lo.

O delegado disse que a lesão deixada na paciente será analisada por um perito médico. Mas que, por conta deste caso e da denúncia de outra paciente, o dentista já está sendo investigado por lesão corporal, exercício ilegal da medicina e descumprimento de decisão judicial.

Conforme a polícia, Igor Leonardo é suspeito de exercer ilegalmente a medicina ao realizar procedimentos estéticos permitidos apenas à cirurgiões plásticos. Ele está preso desde segunda-feira (24), após ser flagrado fazendo procedimentos de forma clandestina em um consultório com as portas fechadas.

Antes e depois da cirurgia no nariz de Elielma Carvalho com o dentista Igor Leonardo e após procedimentos reconstrutores — Foto: Arquivo Pessoal/Elielma Carvalho

A história de uma paciente do dentista ganhou repercussão nacional por conta de complicações graves. Elielma Carvalho Braga fez uma cirurgia chamada alectomia, em junho de 2020, após ver anúncios do dentista na internet. O objetivo era reduzir as asas nasais e afinar o nariz, mas o procedimento não pode ser feito por dentistas.

Inicialmente, Elielma acreditou que a cirurgia tinha dado certo, mas nos dias seguintes, começou a sentir fortes dores e alterações no rosto. Ela teve uma necrose no lado direito do nariz e, por perder parte da pele, já fez pelo menos 20 cirurgias reconstrutoras.

“Meu rosto começou a queimar. No outro dia ficou cheio de bolha, como se fosse queimadura”, contou.

A paciente nunca mais teve a mesma aparência por conta das cicatrizes, além de outras consequências, como a dificuldade de respirar. Ela afirma que continua tentando recuperar o nariz, apenas para ter uma qualidade de vida melhor

“Quero poder respirar direito novamente e voltar a trabalhar. Estou bem melhor psicologicamente. Tenho muito apoio da minha família e amigos. Estou vivendo um dia após o outro”, disse.

Íntegra defesa Igor Leonardo

Na qualidade de procurador do Dr. Igor Leonardo Soares Nascimento, sirvo-me da presente para relatar que Igor Leonardo é odontólogo, formado desde janeiro de 2004, pai de três filhos, sendo um deles acometido com doença grave, a hemofilia.

Igor sempre prezou pela boa qualidade dos seus atendimentos, jamais tendo utilizado preenchedor permanente – o PMMA, conforme alegado.

Ademais, é necessário destacar que Igor está sendo punido por exercer procedimentos compatíveis e permitidos pelas normas do Conselho Federal de Odontologia.

Embora pairem sobre o mesmo tais imputações, sua inocência restará devidamente comprovada nos autos.

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