Programa Visão da Política: especialista em marketing e ciência de dados, Marcos Severo, é o entrevistado desta quinta
Lidiane 10 de abril de 2025
O programa Visão da Política desta semana entrevista o professor e pesquisador em marketing e ciência de dados, Marcos Severo, da Universidade Federal de Goiás (UFG). O programa, apresentado pela jornalista Monalisa Carneiro, vai ar na quinta-feira, 10, logo após a sessão ordinária. O cenário eleitoral para o pleito de 2026 foi o principal tema abordado no encontro.
De início, o entrevistado analisou a pesquisa Genial/Quaest divulgada na semana passada, que aponta uma desaprovação de 56% dos brasileiros em relação do governo Lula. “É um cenário inédito em relação a avaliação e desaprovação do governo Lula. Uma avaliação tão baixa só foi registrada pelo ex-presidente Michel Temer. Porém, as pessoas ainda acreditam que a gestão vai melhorar, mas a pesquisa não oferece pistas onde, ou em quais temas vai melhorar”, observou.
Ao ser indagado sobre a percepção das pessoas em relação à economia, o professor explicou que a esse é um fator relevante para a escolha do eleitor. “A percepção da economia está muito ruim e isso não tem a ver com os dados frios e concretos. Os números podem ser bons, mas a impressão é de que não estão. Além disso, no segmento das pessoas mais pobres, houve uma piora na avaliação do governo e, quando se pontua sobre a amostra, ela espelha de certa forma o eleitorado brasileiro”.
Assim, o entrevistado destacou que a desaprovação do governo não significa, necessariamente, que esse eleitorado não irá votar no mesmo governo o qual desaprova. “Parece contraintuitivo, mas, apesar de relacionado, são fenômenos distintos. É uma variação de intenção de voto. Então eu posso desaprovar o governo hoje e votar nele nas próximas eleições”, disse.
Em relação a Goiás, ele observou que um dos pontos que deixa os brasileiros preocupados é a segurança pública, um tema bem avaliado em nosso estado. Severo disse que avalia o posicionamento do govenador Ronaldo Caiado (UB) como inteligente. “Vimos, em Goiás, que a posição do governador é vincular a figura dele como um político que resolve problemas na segurança pública e o caso do estado de Goiás é muito relevante. Trabalhar essa imagem em nível nacional será muito importante para obtenção de votos”.
Sobre a intenção de votos para o governador Caiado, Marcos declarou que uma opção para aumentar o porcentual das pesquisas seria trabalhar em grupos que ainda desconhecem o nome do líder goiano. Ele pontuou que a realidade de cada estado é diferente e, por isso, é preciso se conectar com cada grupo de maneira única.
Severo afirmou que o cenário que se desenha hoje é de que o país ainda não está na realidade de dois candidatos fortes, especificamente para um embate bem definido. “Temos um presidente forte para exercer um quarto mandato, mas, ao mesmo tempo, é um governo desgastado e com rejeição, isso considerando que ele seja candidato. Do outro lado, não temos a certeza de quem será presidente.”
Por fim, o entrevistado concluiu afirmando que sua visão da política é positiva. “Acredito que a população deve considerar o que ela pontua como importante para a tomada de decisão e balizar sua decisão de voto baseada no que os candidatos fazem e dão indícios do que farão e não somente no que eles falam. Muitos candidatos fazem promessas para atrair as pessoas e algumas dessas promessas são distantes de cumprir. As pessoas devem buscar informações em múltiplas fontes antes de sua tomada de decisão”, arrematou.
Em discurso no Congresso Americano, nesta terça-feira (4/3), Donald Trump reforçou o compromisso de seu governo com pautas como imigração, tarifas e economia, mas usou dados imprecisos, de acordo com o serviço de checagem de fatos da Agência Associated Press. Sobre travessias ilegais, o presidente afirmou que os números de fevereiro foram os mais baixos já registrados, o que não é verdade. Também inflacionou estatísticas sobre imigrantes ilegais durante o governo Biden, dobrando a quantidade real de prisões na fronteira. Além disso, não há provas de que criminosos estrangeiros estejam sendo enviados aos EUA intencionalmente.
Trump defendeu tarifas como solução econômica, mas especialistas discordam. Segundo a Universidade de Yale, as taxas sobre importações do Canadá, México e China podem elevar a inflação em um ponto percentual e reduzir o crescimento econômico. Já sobre a Previdência Social, o presidente citou milhões de centenários recebendo benefícios indevidamente, mas as falhas no sistema não significam que esses pagamentos realmente aconteçam. Desde 2015, o governo bloqueia benefícios para pessoas acima de 115 anos.
O ex-presidente também descreveu a economia como “catastrófica”, mas os dados mostram o contrário. Apesar da inflação alta em 2022, o PIB cresceu 2,8% em 2024 e o desemprego caiu para 4% em janeiro de 2025. Sobre veículos elétricos, afirmou ter revogado um “mandato” da administração Biden, mas não havia exigência de compra, apenas metas de redução de emissões e incentivo à eletrificação.
No setor militar, Trump celebrou um recorde de recrutamento em janeiro, atribuindo a melhora ao seu governo. No entanto, o crescimento começou em 2022, com um programa de treinamento que ajudou novos recrutas a atender aos padrões do Exército. De acordo com a Associated Press muitas das alegações do ex-presidente foram exageradas ou distorcidas para reforçar sua narrativa política.
Kremlin crítica Macron por discurso “combativo” sobre Rússia
O Kremlin condenou o discurso do presidente francês, Emmanuel Macron, classificando-o como altamente combativo e uma ameaça à Rússia. Macron afirmou que Moscou representa um perigo para a Europa e sugeriu a possibilidade de estender a proteção nuclear francesa a outros países. O porta-voz russo, Dmitry Peskov, disse que a retórica nuclear do francês indica uma intenção de prolongar a guerra na Ucrânia, em vez de buscar a paz.
Além disso, Peskov acusou Macron de ignorar as preocupações russas sobre a expansão da Otan para o leste. A porta-voz da Chancelaria russa, Maria Zakharova, chamou o presidente francês de “charlatão” e disse que ele está desconectado da realidade. A França já forneceu armas à Ucrânia e cogita o envio de tropas, o que Moscou considera uma escalada inaceitável do conflito. Putin reforçou que uma eventual presença da Otan na Ucrânia poderia levar a uma resposta nuclear.
Macron também criticou o alinhamento de Donald Trump com Moscou e sua guerra tarifária contra aliados ocidentais. Segundo ele, a Rússia continua se rearmando e planeja expandir suas forças militares até 2030, aumentando seu Exército em 300 mil soldados, além de reforçar seus tanques e aviões de combate. Diante disso, o líder francês defendeu o uso da dissuasão nuclear como forma de proteção do continente.
O presidente francês anunciou ainda que pretende debater o tema com outros líderes europeus nos próximos dias. Desde o Brexit, a França é o único país da União Europeia com arsenal nuclear. Macron ressaltou que qualquer decisão sobre o uso desse poder militar seguirá sendo exclusiva do chefe das Forças Armadas francesas.
A Receita Federal começou a exigir, a partir do dia 1º de janeiro de 2025, o envio semestral de informações sobre operações financeiras realizadas por contribuintes. A nova regra está prevista na Instrução Normativa 2.219/2024 e inclui transações com cartões de crédito e pagamentos por meio de plataformas digitais, como o Pix.
De acordo com nota divulgada pela Receita Federal, a mudança visa aprimorar o controle e a fiscalização das transações financeiras, ampliando a transparência e contribuindo para o combate à evasão fiscal.
“[As medidas] reforçam os compromissos internacionais do Brasil, contribuindo para o combate à evasão fiscal e promovendo a transparência nas operações financeiras globais”, destacou o órgão.
A norma atualiza as regras de envio de informações por meio do sistema e-Financeira, que integra o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Além dos bancos e cooperativas de crédito, que já eram obrigados a enviar informações sobre movimentações financeiras, a obrigatoriedade agora se estende a operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento autorizadas pelo Banco Central.
Essas instituições deverão informar movimentações mensais superiores a R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. Entre as instituições afetadas estão aplicativos e plataformas de pagamento, bancos digitais e grandes varejistas que oferecem serviços financeiros.
As informações deverão ser enviadas à Receita Federal de forma semestral: até o último dia útil de agosto, contendo os dados do primeiro semestre do ano em curso, e até o último dia útil de fevereiro, com as informações relativas ao segundo semestre do ano anterior.
Com isso, os primeiros relatórios, referentes ao primeiro semestre de 2025, serão entregues até agosto, abrangendo pagamentos via Pix e cartões de crédito que ultrapassem os valores estipulados.
O e-Financeira é uma plataforma eletrônica que coleta informações sobre operações financeiras, incluindo dados de cadastro, abertura e fechamento de contas, movimentações financeiras e previdência privada. A Receita utiliza essas informações para cruzar dados e identificar possíveis inconsistências nas declarações fiscais.
A nova obrigatoriedade também atende a compromissos internacionais firmados pelo Brasil, promovendo a harmonização das normas de fiscalização financeira com padrões globais. A Receita Federal espera que a medida contribua para aumentar a arrecadação e garantir uma maior justiça tributária.
Câmara aprova projeto da deputada Silvye Alves, que cria banco de dados público de agressores de mulheres
Lidiane 14 de junho de 2024
#Política | A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei (PL) de autoria da deputada Silvye Alves (União Brasil-GO) que prevê a criação do Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Violência contra a Mulher. O texto agora segue para análise do Senado Federal. A autora do projeto de lei ressaltou que a inclusão dos condenados em uma lista pode facilitar a troca de informações entre polícias de diferentes estados e municípios e contribuir para investigações em casos de reincidência.
“O detalhe que vai tornar esse cadastro muito eficiente é que, durante todo o cumprimento de pena, o condenado fica com o nome fichado nesse cadastro”, disse a parlamentar de Goiás.
“Três anos após o cumprimento de pena, ele também terá o nome no cadastro, para que a Justiça e para que nós brasileiras tenhamos a possibilidade de ver se haverá uma reincidência ou não”, acrescentou Alves.
O PL determina que o banco de dados reúna informações de condenados em última instância pelos crimes de feminicídio, estupro, estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude, importunação sexual, assédio sexual, registro não autorizado de intimidade sexual, lesão corporal, perseguição e violência psicológica.
O cadastro deve reunir dados pessoais, endereço, foto e informações sobre o crime cometido.
Fonte: CNN | Foto : Divulgação
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Ministro criticou empresas que foram à Justiça para não divulgar os dados – Foto: Agência Brasil / Fábio Rodrigues Pozzebom
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou, nesta terça-feira (30), que as empresas que omitem dados sobre igualdade salarial terão “um olhar especializado” da área de fiscalização da pasta. “Se querem atenção, terão uma atenção”, disse. Segundo ele, as comemorações do 1º de Maio, nesta quarta-feira, vão focar na lei sobre a igualdade salarial.
O ministro comentou uma decisão da Justiça Federal que liberou cerca de 300 empresas de alguns segmentos, como farmácias e universidades, de divulgarem as informações de transparência salarial e de critérios remuneratórios previstas na regulamentação da Lei da Igualdade Salarial. Ele participava de coletiva de imprensa para apresentar dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), conforme divulgou a Agência Brasil.
Segundo Luiz Marinho, a transparência sobre a igualdade salarial será um dos temas a serem tratados pelo governo no âmbito das comemorações do 1º de Maio, Dia do Trabalhador. “É preciso chamar atenção do mundo empresarial, da necessidade de as empresas trabalharem com uma visão humanista em relação às necessidades e ao respeito aos direitos humanos, de homens e mulheres, em particular nesse debate, das mulheres”, disse.
“Se tem coisa a esconder, vamos olhar. Então, essas [empresas] terão nossa atenção. E se trata de tão poucas, que nos aguardem a atenção. Mas elas podem, ainda, se quiserem, voltar atrás. Estamos abertos a dialogar”, sinalizou.
Ameaça a empresa que omitir dados sobre igualdade salarial
Por outro lado, o ministro ameaçou as empresas: “Esses segmentos que não nos procurarem para o diálogo receberão a visita do auditor-fiscal para observar o que é que eles querem esconder”, disse. Ele justificou que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943, prevê fiscalizações das normas trabalhistas.
Segundo o ministério, das cerca de 50 mil empresas que se enquadram na lei, menos de 300 receberam autorização para omitir os dados. “Estamos falando de um número insignificante do ponto de vista de quantitativo”, disse. Ele enalteceu as empresas que estão “entendendo o espirito da lei e estão colaborando” para a política pública.
“A grande massa de empresas respondeu os dados, então queria agradecer a visão da grande maioria, esmagadora maioria dos nossos empregadores e empregadoras que responderam tranquilamente, com seriedade, as informações que nós estamos pedindo”, disse. “Chama atenção quem está resistindo, recorrendo ao Judiciário, que talvez esse não seja o melhor caminho. Se tem algum problema, a gente analisa, conversa, constrói, até porque nossa visão não é de autuar, de castigar, nada, muito pelo contrário, é de construir a partir do direito das mulheres de ter salário igual”, acrescentou.
O que diz a Lei da Igualdade Salarial
A Lei da Igualdade Salarial, sancionada em julho do ano passado, torna obrigatória a igualdade salarial entre homens e mulheres quando exercerem trabalho equivalente ou a mesma função. As regras valem para empresas com 100 ou mais empregados e que tenham sede, filial ou representação no Brasil.
No mês passado, as confederações nacionais da Indústria (CNI) e do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) entraram com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra o novo regramento legal. Conforme noticiou a Agência Brasil, a ação, ainda sem decisão, pede uma medida cautelar para suspender os efeitos de alguns dos dispositivos.
Entre os dispositivos que elas querem suspender está justamente o que determina a divulgação de relatórios de transparência salarial, explicando os critérios para os pagamentos. As confederações alegam que há risco de divulgação de dados individualizados, o que violaria o direito à privacidade.
Dados não são individualizados
Entretanto, conforme o ministro Luiz Marinho, os dados de transparência não são individualizados, “portanto não há qualquer razão para essa resistência”.
Na ação, as entidades alegam que não pretendem questionar o princípio da isonomia, mas “a necessidade de adequação da lei, para que desigualdades legítimas e objetivas, como o tempo na função e na empresa, e a perfeição técnica do trabalho, não sejam consideradas como discriminação por gênero”. Elas argumentam ainda que a exigência da divulgação de relatório de transparência salarial e aplicação de sanções a qualquer caso de diferença de remuneração são injustas, e justificam que planos de carreiras no meio corporativo vão além da questão de gênero.
Leia mais sobre: Governo Federal / Luiz Marinho / Ministério do Trabalho e Emprego / Brasil / Geral / Política
Marília AssunçãoMarília Assunção
Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.




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