12 de outubro de 2025
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O Rio Araguaia atingiu neste mês de agosto, em Nova Crixás, o menor nível já registrado para o mês em quase 30 anos de medições do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). Em Aruanã e Aragarças, a situação também preocupa, com cotas críticas, ainda que não recordistas. Além do Araguaia, outros rios importantes do Estado também registram índices preocupantes devido à estiagem prolongada.

De acordo com o levantamento do Cimehgo, o Rio Paranã, em Flores de Goiás, está próximo do menor nível histórico para agosto. Já os rios Meia Ponte, Vermelho e Turvo apresentam cotas abaixo da mediana, o que reforça os impactos da falta de chuvas. A exceção é o Rio Saia Velha, em Valparaíso de Goiás, que mantém índices acima da normalidade para o período.

A estiagem, que já chega a 110 dias sem chuvas em regiões do norte e oeste goiano, tem causado reflexos diretos no abastecimento, no ecossistema e também no agronegócio. A situação exige atenção redobrada das autoridades ambientais e de saúde, uma vez que a seca prolongada potencializa os riscos de queimadas e problemas respiratórios.

Previsão do tempo e baixa umidade

Segundo o boletim do Cimehgo, a semana será marcada por temperaturas elevadas e baixa umidade relativa do ar em praticamente todo o território goiano. Em Goiânia, a máxima deve chegar a 34 °C, enquanto em Jataí os termômetros variam entre 14 °C e 35 °C. No Norte, Porangatu pode alcançar 37 °C, e em Catalão, no Leste, a previsão é de até 31 °C.

A umidade relativa do ar deve cair abaixo de 20%, patamar considerado crítico para a saúde. A combinação de baixa umidade, calor intenso e grande amplitude térmica favorece problemas respiratórios e exige cuidados redobrados da população, como hidratação constante e evitar atividades físicas nos horários mais quentes.

Risco de queimadas

O boletim também alerta para o risco máximo de incêndios em Goiás. De acordo com o gerente do Cimehgo, André Amorim, a combinação do chamado “fator 30-30-30”, com temperaturas acima de 30 °C, umidade abaixo de 30% e ventos superiores a 30 km/h, coloca 158 municípios em situação crítica.

Entre as áreas mais vulneráveis estão unidades de conservação como o Parque Estadual dos Pireneus, a Serra de Caldas Novas e a Floresta Estadual do Araguaia.

O Cimehgo reforça a necessidade de uso racional da água e de medidas preventivas contra queimadas. A recomendação é evitar qualquer ação que possa gerar focos de fogo e adotar cuidados básicos com a saúde, como manter ambientes úmidos e evitar exposição prolongada ao sol.

Autor Rogério Luiz Abreu