14 de novembro de 2025
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Relatório bipartidário diz que Pequim distorce preços, controla refino e amplia influência sobre cadeias estratégicas

A Comissão Especial da Câmara dos EUA sobre Competição Estratégica com o Partido Comunista Chinês divulgou na 4ª feira (12.nov.2025) um relatório preliminar que acusa o país asiático de manipular preços de minerais críticos de forma sistemática e prolongada. O documento, apresentado de maneira bipartidária, descreve o que chama de estratégia coordenada do governo chinês para dominar cadeias produtivas de insumos como terras raras, lítio, grafite e carvão, usados em setores industriais, de energia e de defesa.

Segundo o relatório, o Partido Comunista Chinês enxerga minerais críticos como um instrumento geopolítico. O texto afirma que o governo chinês combina subsídios extensos, regulação direta de preços, controle sobre índices de referência e domínio da etapa de refino para moldar o mercado global de acordo com seus interesses. Para os congressistas, essa atuação teria reduzido a capacidade dos EUA de manter cadeias de suprimentos industriais e militares seguras. Leia a íntegra do documento, em inglês (PDF – 1,8 MB).

O documento afirma que empresas chinesas receberam apoio financeiro estatal estimado em dezenas de bilhões de dólares, permitindo a compra de minas e projetos de exploração em diferentes continentes. O relatório também apresenta leis e regulações internas que, segundo a comissão, fortalecem a intervenção estatal, como a legislação de preços de 1998 e a norma de 2024 sobre índices de commodities, que amplia a capacidade do governo de supervisionar e intervir na formação de preços.

Outro ponto mencionado é o avanço da China em estruturas de mercado que influenciam preços globalmente. O relatório cita a aquisição da London Metal Exchange pela Hong Kong Exchanges and Clearing e o incentivo governamental à internacionalização de agências chinesas de preços, como a Shanghai Metals Market. Para o comitê, essas iniciativas aumentam a capacidade da China de influenciar referências usadas por mercados internacionais.

O domínio chinês na etapa de refino é descrito como central. O relatório aponta que empresas do país controlam fatia expressiva da capacidade global de processamento de lítio e que devem responder pela maior parte do refino de terras raras até 2030. Esses insumos, afirma o texto, são essenciais para itens como motores elétricos, turbinas eólicas, eletrônicos e equipamentos militares, incluindo sistemas avançados utilizados pelas Forças Armadas dos EUA.

Em estudo de caso sobre lítio, o relatório lista aquisições de ativos na América Latina, na África e em outros países, afirmando que a China consolidou presença em minas estratégicas. O texto afirma também que autoridades e empresas chinesas atuaram de forma coordenada para reduzir preços quando as cotações subiram, o que teria afetado produtores concorrentes. Outro estudo de caso, sobre carvão, descreve intervenções de autoridades chinesas para controlar preços no mercado doméstico, inclusive com investigações e orientações diretas a empresas.

A comissão norte-americana apresenta 13 recomendações de política pública, como criar um coordenador federal para alinhar programas de minerais críticos, reforçar setores de mineração e reciclagem dentro dos EUA, analisar mecanismos para evitar importações “subavaliadas”, estruturar um estoque estratégico de recursos e ampliar incentivos à fabricação doméstica de ímãs e materiais relacionados.

As conclusões são classificadas como interinas. A comissão afirma que o objetivo da divulgação é alertar autoridades norte-americanas sobre riscos associados à dependência de cadeias de suprimentos influenciadas pelo governo chinês e orientar futuras ações legislativas.

Como mostrou o Poder360, especialistas norte-americanos afirmam que políticas adotadas pelos próprios EUA nas últimas décadas contribuíram para acelerar o domínio da China no mercado global de terras raras. A análise destaca decisões industriais e regulatórias que teriam fragilizado a produção doméstica norte-americana, abrindo espaço para a expansão chinesa na extração, no refino e no processamento desses minerais estratégicos.

A China suspendeu parte das restrições impostas à exportação de determinados minérios para os EUA. A medida se deu depois de Pequim ter endurecido exigências de licença e controle sobre insumos como grafite e materiais usados em baterias. A suspensão parcial foi interpretada como movimento pontual dentro de uma política mais ampla em que o governo chinês ajusta o fluxo de exportações conforme seus objetivos industriais e diplomáticos.

Na 5ª feira (6.nov.2025), o governo do presidente Donald Trump (Partido Republicano), adicionou 10 novos minerais à lista oficial de materiais considerados essenciais para a economia e segurança nacional.



Autor Poder360 ·


Em encontro com líderes da Comissão Mining 2030, governo destacou iniciativas recentes para “destravar projetos de mineração”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta 5ª feira (30.out.2025), de reunião com lideranças da Comissão Global de Investidores Mining 2030, no Palácio Itamaraty, em Brasília. O encontro tratou de investimentos e práticas sustentáveis no setor de mineração, incluindo minerais críticos.

O tema central da reunião no Itamaraty foi o futuro do setor, com ênfase em projetos de energia limpa e investimentos sustentáveis. O debate chegou em terras raras –tema caro aos Estados Unidos

As iniciativas recentes do governo no setor incluem o Conselho Especial de Minerais Críticos e Estratégicos vinculado à Presidência da República, para debater a exploração de cobre, lítio, níquel, manganês e grafita no país. 

Nosso objetivo é destravar projetos de mineração responsáveis e promover competitividade, agregando valor à produção nacional com base em responsabilidade social e ambiental”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), no encontro.

A iniciativa está alinhada à Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, que regulamenta os minerais críticos e estratégicos. O governo busca apoio no Congresso para sua aprovação. 

O encontro desta 5ª feira (30.out.2025) foi conduzido por Adam Matthews, presidente da Comissão Global de Investidores em Mineração 2030. A iniciativa reúne fundos internacionais que buscam ampliar a transparência e reduzir impactos ambientais do setor.

Entre os participantes estavam:

  • Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda;
  • Geraldo Alckmin (PSB), Vice-Presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;
  • Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores;
  • Alexandre Silveira (PSD), ministro de Minas e Energia;
  • Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação;
  • Sidônio Palmeira, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República;
  • Tarciana Medeiros, presidente do BB (Banco do Brasil);
  • Aloizio Mercadante, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social);
  • Ricardo Capelli, presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial).

A lista completa inclui ainda representantes de fundos de pensão da Noruega e Suécia, do ING Bank, da Igreja da Inglaterra, da Bolsa de Valores de Londres e do Instituto Global de Gestão de Rejeitos.

SEM CLIMA

Segundo interlocutores do Planalto, o clima no entorno do presidente foi de discrição. Lula tem evitado discursos depois da operação policial no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. A reunião foi fechada à imprensa e terminou sem declarações ao final. 

Com 121 mortes confirmadas pelo governo estadual, sendo 4 policiais e 117 civis, a ação policial se tornou a mais letal da história do país, superando o Massacre do Carandiru, em 1992, em São Paulo, no qual foram mortos 111 detentos.

Na véspera, o presidente usou o X para lamentar as mortes e defender uma “ação coordenada entre os governos federal e estadual”. Na posse de Guilherme Boulos (Psol) como ministro da Secretaria Geral da Presidência realizada na 4ª feira (29.out), Lula vestiu preto e acompanhou 1 minuto de silêncio em homenagem às vítimas.



Autor Poder360 ·


Goiás enfrenta novamente um período de calor intenso e baixa umidade relativa do ar nesta semana. Entre esta terça-feira (30/9) e a quarta-feira (1/10), os índices de umidade devem cair de forma crítica em todo o estado. A umidade relativa do ar deve ficar abaixo de 20% em diversas regiões, configurando o nível de alerta estabelecido pela Organização Mundial da Saúde.

O Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) emitiu boletim alertando para riscos ambientais e à saúde da população. O órgão destacou a necessidade de prevenção contra queimadas e o uso racional da água durante este período.

As temperaturas no estado devem variar entre 16°C, na região Leste, e 39°C, no Norte e Oeste goianos. A amplitude térmica pode chegar a 20°C de diferença entre a madrugada e a tarde.

Também a Climatempo mantém o risco muito alto para queimadas em Goiás e outras regiões do Centro-Oeste.

“Goiânia, cidades do oeste da Bahia, sul do Tocantins, oeste de Goiás e parte do extremo leste de Mato Grosso, ficam em emergência para umidade abaixo de 12%”, segundo a Climatempo.

Outras quatro capitais brasileiras também entraram em estado de atenção. Campo Grande, São Paulo, Belo Horizonte e Cuiabá registrarão umidade entre 30% e 21% já nesta terça-feira.

A qualidade do ar pode ficar comprometida por vários dias consecutivos, com valores muito abaixo do ideal recomendado pela OMS. Com a chegada do período de calor intenso, é essencial redobrar os cuidados com a saúde e o bem-estar.

A baixa umidade pode causar ressecamento da pele, irritações nos olhos, nariz e garganta, além de aumentar os riscos de problemas respiratórios. Essas condições podem agravar problemas de saúde, especialmente em crianças e idosos.

Recomendações para clima seco

(Manter esses hábitos ajuda a enfrentar o clima seco com mais segurança e conforto)

  • Hidrate-se bem: beba bastante água ao longo do dia, mesmo sem sentir sede.
  • Umidifique os ambientes: use aparelhos umidificadores, bacias com água ou toalhas molhadas para melhorar a qualidade do ar dentro de casa.
  • Evite exposição ao sol nos horários mais quentes: entre 10h e 16h, procure permanecer em locais frescos e arejados.
  • Cuide da pele e dos lábios: use hidratantes corporais e labiais para evitar ressecamento e rachaduras.
  • Atenção especial com crianças e idosos: esses grupos são mais vulneráveis e exigem ainda mais cuidado.

Autor Manoel Messias Rodrigues