15 de novembro de 2025
  • 21:26 Eduardo chama de “caça às bruxas” a decisão do STF que o tornou réu
  • 17:42 Novas leis de deputados da Alego criam datas de incentivo e valorização
  • 13:58 Natal do Bem 2025 inicia nesta sexta com mais 300 atrações
  • 10:14 Em Belém, Marina vai a ato com extrativistas por proteção florestal
  • 06:30 Criação da Goiás Film Commission, organização para fomentar o audiovisual goiano, foi tema de audiência pública no Parlamento


Declaração foi feita durante convenção da Conib, em SP; ministro havia dito que governador faz “demagogia com sangue”

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou neste sábado (8.nov.2025) que o ministro Guilherme Boulos (Secretaria Geral) “é um paspalhão”. 

A declaração foi dada a jornalistas durante a 56ª Convenção da Conib (Confederação Israelita do Brasil), em São Paulo. Foi uma resposta a uma pergunta sobre a fala de Boulos, feita na manhã do mesmo dia, em que o ministro disse que o governador “prefere fazer demagogia com sangue”. A declaração de Boulos foi dada no lançamento do programa Governo na Rua, no Morro da Lua, zona sul de São Paulo.

Esse é um paspalhão. Vamos embora, próximo”, declarou Castro.

Antes da intervenção, o governador falava sobre a operação policial deflagrada no fim de outubro, que deixou 121 mortos.

A ação foi tema de audiência conjunta no STF (Supremo Tribunal Federal) em 5 de novembro, relacionada à ADPF das Favelas (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), que estabelece regras para operações policiais no Rio. O relator, ministro Alexandre de Moraes, também determinou que a Polícia Federal investigue o crime organizado na região.

“O que aconteceu no Rio foi o início de um movimento. Um movimento onde os cidadãos desse Estado e do Brasil todo não aguentam mais essa criminalidade”, disse Castro.

Mais cedo, o chefe do Executivo fluminense havia se reunido com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para discutir segurança pública e combate a organizações criminosas. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Castro afirmou que tiveram uma boa conversa sobre o tema que os “une” e “exige cooperação permanente”.

Assista ao vídeo compartilhado durante o encontro (52s):

Tarcísio, que é carioca, elogiou o colega e disse que Castro tem feito um trabalho “muito bom” na transformação do Rio por meio de operações de segurança pública: “O Cláudio está fazendo um trabalho muito dedicado para transformar o Estado do Rio de Janeiro. Parabéns ao Cláudio, que pode contar sempre comigo”. 



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Presidente russo disse que o prêmio perde credibilidade ao homenagear alguém que “não fez nada pelo mundo”; vencedora foi líder da oposição na Venezuela

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta 6ª feira (10.out.2025) que o Prêmio Nobel da Paz perdeu credibilidade nos últimos anos por homenagear pessoas que “não merecem” e “nada fizeram” pela paz no mundo. Mais cedo, a líder da oposição na Venezuela, Maria Corina Machado, foi anunciada a vencedora deste ano.

Em declaração a jornalistas, Putin disse que não cabe a ele decidir quem merece vencer o Nobel da Paz, mas elogiou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), por seus esforços para a paz. Segundo o líder russo, Trump tem “trabalhado duro para resolver crises”, incluindo a guerra na Ucrânia.

Trump agradeceu o comentário de Putin em suas redes sociais. O republicano vem fazendo campanha para receber o Nobel da Paz por encerrar –em suas contas– 7 guerras desde que voltou ao poder. O cessar-fogo na Faixa de Gaza, alcançado na 5ª feira (9.out), é o trunfo de sua campanha.

O presidente dos EUA já recebeu ao menos 3 indicações ao Nobel da Paz de 2026: do Paquistão, de Israel e do Camboja, países envolvidos nas guerras que o republicano diz ter solucionado.

A vencedora deste ano, Maria Corina Machado, foi escolhida por “seu trabalho incansável promovendo os direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.

A crítica de Putin ao prêmio entregue a Corina também se deve ao apoio russo ao governo autocrata de Nicolás Maduro na Venezuela. Moscou é o principal aliado do regime chavista e nesta semana assinou um acordo bilateral com Caracas para fortalecer a parceria política econômica com a nação sul-americana para driblas as sanções do Ocidente.



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Após ministro do STF defender que o Congresso discuta uma “lei anti-embargo”, o deputado diz que empresas brasileiras terão de se adequar às sanções dos EUA para manter acesso ao mercado

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou nesta 6ª feira (3.out.2025), em suas redes sociais, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes por defender que o Congresso discuta uma “lei anti-embargo” para proteger autoridades e instituições brasileiras contra sanções de governos estrangeiros.

Em seu perfil no X (ex-Twitter), Eduardo disse que Gilmar “não aprendeu nem com a Lei Magnitsky, em referência às sanções aos ministros do Supremo impostas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano). Segundo o deputado, “essa legislação, ainda que de alcance norte-americano, estabelece parâmetros que nenhuma jurisdição conseguiu ignorar com sucesso”.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “empresas e instituições financeiras brasileiras terão de se adequar às sanções presentes e futuras dos Estados Unidos se quiserem manter acesso ao maior mercado do planeta. E declarou: “A realidade é clara: não há escapatória para a Lei Magnitsky”.

Eduardo está nos EUA desde fevereiro fazendo lobby por sanções contra autoridades brasileiras, com o objetivo de anistiar o pai, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

ENTENDA

Gilmar Mendes disse na 3ª feira (30.set) que uma “lei anti-embargo” serviria como resposta a punições recentes, como a suspensão de vistos de ministros do STF pelos EUA e a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, que estabelece sanções financeiras a pessoas acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos.

“Na Europa já há várias discussões e decisões sobre esse tema, diante de embargos aplicados a países como Cuba. No Brasil, tivemos recentemente cassações de vistos de autoridades e a aplicação da Lei Magnitsky a um colega. Estamos nos debruçando sobre um debate de lei anti-embargos para proteger as autoridades e aquelas entidades que sofrem sanções secundárias, como bancos e prestadores de serviços. E acho que o Congresso é o locus adequado para esse tipo de proteção”, afirmou o decano da Corte.



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Santiago Peña relembrou os casos de Miguel Uribe e Charlie Kirk para criticar a “violência política” durante discurso na ONU

O presidente do Paraguai, Santiago Peña (Partido Colorado, direita), em sua fala na Assembleia Geral da ONU, nesta 4ª feira (24.set.2025), criticou os recentes casos de violência política pelo mundo e falou contra a “polarização e o extremismo”.

Ele defendeu o “debate livre, aberto e franco”, que não “foge de posições controversas” e as confronta com “respeito”. Também disse entender que “nosso próprio modo de vida molda a democracia”.

Para Peña, a fragilidade democrática pode ser um “terreno fértil para o autoritarismo”.

Ele citou a situação da Venezuela, dizendo que o país tem “violações sistemáticas de direitos humanos e das liberdades individuais”, além de promover a “perseguição a líderes políticos”.

Também disse que, na Nicarágua, a perseguição a opositores políticos está se “expandindo rapidamente” e ressaltou que “até a Igreja Católica está sendo perseguida”.

Peña deu exemplos do que considera ser “ataques políticos covardes e incompreensíveis”, citando Miguel Uribe –pré-candidato à presidência assassinado durante comício em Bogotá, na Colômbia– e Charlie Kirk –ativista de direita morto nos EUA.

Segundo o chefe do Executivo paraguaio, essas figuras foram mortas porque “defendiam suas convicções e valores com eloquência e coragem”.



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Em carta, entidade diz que mudanças contidas na proposta podem “fragilizar a própria missão institucional” do banco

O Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) divulgou nesta 6ª feira (22.ago.2025) uma carta à diretoria colegiada do BC (Banco Central) em que critica a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 65 de 2023. Para o sindicato, as mudanças da proposta “extrapolam o necessário” e podem “fragilizar a própria missão institucional” do banco.

A proposta de emenda à Constituição amplia a autonomia financeira, fiscal e orçamentária do BC. O relator, senador Plínio Valério (PSDB-AM), defende que a medida é essencial para modernizar a instituição e permitir a segurança do sistema de pagamento instantâneo Pix.

O sindicato afirma apoiar avanços na autonomia, mas considera que eles podem ser obtidos por mudanças pontuais em leis complementares, sem alterar a natureza jurídica do BC ou comprometer o regime jurídico de seus servidores.

Entre as propostas apresentadas, o Sinal sugere:

  • maior protagonismo do BC na definição de seu orçamento, a partir de diretrizes do CMN (Conselho Monetário Nacional);
  • reposição do quadro de pessoal por meio de concursos públicos no RJU (Regime Jurídico Único), incluindo a nomeação do cadastro de reserva do concurso atual;
  • manutenção do caráter público do BC, como autarquia de direito público vinculada ao Executivo e sujeita a controle democrático.

“O diálogo aberto, leal e respeitoso sempre foi tradição na nossa Casa, e deve ser agora a principal ferramenta para a construção de soluções que garantam melhores condições de trabalho aos servidores e maior capacidade de entrega da Autarquia à sociedade brasileira”, afirma o sindicato.

Leia a íntegra da carta:

“Prezado Presidente Gabriel Galípolo,

“Senhores Diretores e Senhora Diretora,

“Estamos atravessando um momento de suma importância na história do Banco Central do Brasil (BC), com grandes desafios institucionais a serem superados. Lamentavelmente, vivemos também um período de divergências internas que fragilizam nossa capacidade de enfrentar, da melhor maneira possível, tais desafios.

“Como entidade representativa de todos os servidores do BC, o SINAL entende que, mais do que nunca, este é o momento de construir pontes, superar divisões e fortalecer a unidade em torno do que nos é comum: o compromisso de servir ao País por meio de uma instituição sólida, eficiente e democrática.

“O diálogo aberto, leal e respeitoso sempre foi tradição na nossa Casa, e deve ser agora a principal ferramenta para a construção de soluções que garantam melhores condições de trabalho aos servidores e maior capacidade de entrega da Autarquia à sociedade brasileira. Nesse espírito, o SINAL coloca à disposição da Diretoria Colegiada sua experiência de décadas na defesa da instituição e do seu corpo funcional para contribuir na formulação de propostas concretas e viáveis para a solução dos problemas que enfrentamos.

“Consideramos que a atual conjuntura é propícia para avançarmos em medidas que fortaleçam a autonomia orçamentária e administrativa do Banco Central, sem que seja necessário alterar sua natureza jurídica ou fragilizar o regime jurídico que protege os seus servidores. As mudanças contidas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2023 extrapolam o necessário, introduzindo riscos desnecessários, que podem resultar em insegurança jurídica e fragilizar a própria missão institucional do BC.

 “O SINAL realizou estudos e identificou caminhos de aprimoramento legislativo, por meio de alterações pontuais em Leis Complementares e normas correlatas, de modo a:

“a) dotar o Banco Central de maior protagonismo na definição de seu orçamento, com base em diretrizes do Conselho Monetário Nacional (CMN);

“b) garantir a reposição adequada do quadro de pessoal, preservando concursos públicos sob o Regime Jurídico Único (RJU) – solução essa que permitiria ao BC a nomeação imediata do necessário cadastro de reserva do concurso em andamento;

“c) assegurar a manutenção do caráter público do BC, como autarquia de direito público vinculada ao Executivo, dotada de prerrogativas próprias e sujeita ao controle democrático.

“Senhores membros da Diretoria Colegiada, esta é uma oportunidade histórica de dar ao Banco Central do Brasil as condições necessárias para enfrentar seus desafios, sem renunciar aos princípios que fundamentam sua atuação como órgão executor de atividades típicas de Estado.

“O SINAL reafirma sua disposição para o diálogo, sua capacidade de formulação e sua firmeza na defesa dos servidores e da Instituição. Temos convicção de que, unidos, poderemos construir soluções duradouras, que fortaleçam o BC e o coloquem a serviço, de forma ainda mais efetiva, da sociedade brasileira.

“A hora é agora, presidente Galípolo. É tempo de união em prol de um Banco Central mais forte, justo e comprometido com o interesse público”.



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Lara Prado afirma que o jornal vendeu a foto para outros veículos de imprensa e que o pai foi demitido “sem maiores explicações”

Lara Prado, filha do fotógrafo Alex Silva, publicou no domingo (17.ago.2025) um vídeo em que critica a decisão do jornal O Estado de S. Paulo de demitir seu pai. O profissional foi responsável por tirar a fotografia que mostra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes fazendo um gesto obsceno durante partida entre Corinthians e Palmeiras, na Neo Química Arena, em São Paulo, em 30 de julho.

“Uma semana depois da publicação, meu pai foi chamado à sede do jornal e informado de que seria desligado por motivos administrativos, sem maiores explicações”, disse Lara em vídeo publicado nas redes sociais.

Na ocasião, o Estadão informou que o encerramento do vínculo profissional com o fotógrafo já estava planejado e que não tem relação com a imagem.

De acordo com Lara, o material foi entregue ao jornal logo depois do registro, na mesma data em que os Estados Unidos acionaram a Lei Magnitsky contra Moraes

“Foram 3 fotogramas que meu pai conseguiu tirar e logo em seguida enviou para o Estadão. No dia 31 do 7, o Estadão colocou essa foto na home. Não foi na capa do jornal. Logo uma foto que surpreendeu muita gente. E detalhe: o Estadão vendeu essa foto para outros veículos de comunicação, como a Folha de S.Paulo. E foi a Folha que colocou na capa, não foi o Estadão”, disse.

Assista ao vídeo (1min20s):



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Líder da oposição diz que processo é inadequado e lembra que o PT já fez atos semelhantes no passado

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (PL-RS), criticou a decisão de Hugo Motta (Republicanos-PB) de enviar representações disciplinares contra 14 congressistas que teriam comandado a ocupação do plenário e da Mesa Diretora.

De acordo com Zucco, o trâmite é inadequado e não deve prosperar. Ele afirmou que Motta está “tendo a maturidade para analisar as imagens”.

“Não existe nenhum critério. Tem nomes ali que não entendi. Havia mais de 40 parlamentares mobilizados próximo à Mesa Diretora em protesto contra a perseguição ao [ex] presidente [Jair] Bolsonaro (PL), mas mandaram esses 14 por puro achismo”, afirmou Zucco, segundo o blog Painel, da Folha de S. Paulo.

O deputado federal também disse que o PT defende punições para os congressistas, mas lembrou que o partido já realizou manifestações semelhantes no passado.

O corregedor da Câmara, deputado Diego Coronel (PSD-BA), recebeu nesta 2ª feira (11.ago.2025) as representações disciplinares contra 14 deputados acusados de comandar a ocupação do plenário e da Mesa Diretora da Casa por cerca de 30 horas, em 5 e 6 de agosto de 2025. Na ocasião, o grupo impediu os trabalhos da Casa Baixa.

A Mesa Diretora se reunirá na 3ª feira (12.ago.2025), às 8h, para decidir como será o processo para analisar os requerimentos apresentados.

O corregedor da Câmara, Diego Coronel (PSD-BA), afirmou ao Poder360 que irá defender que seja mantido o prazo maior. Disse, porém, que os pedidos serão analisados um por um. Ou seja, não significa que os pareceres só serão expedidos daqui a 45 dias. Ele também pode optar por usar o prazo do trâmite cautelar –como solicitado nas representações– a depender do caso.

ENTENDA

Coronel recebeu as representações disciplinares nesta 2ª feira (11.ago.). Motta enviou os pedidos em 8 de agosto.

A depender do andar do processo, os deputados podem ser suspensos por até 6 meses.

Eis abaixo como deve se dar o rito:

  • a Mesa Diretora da Câmara enviou na 6ª feira (8.ago) todas as denúncias envolvendo os 14 deputados à Corregedoria para análise;
  • depois que o pedido chegar, a Corregedoria terá 48 horas para analisar os casos e emitir pareceres à Mesa Diretora;
  • se a Mesa quiser sugerir o afastamento, as denúncias serão enviadas ao Conselho de Ética;
  • cada pedido terá um relator, a ser definido caso o processo seja instaurado;
  • Conselho de Ética tem 3 dias úteis para analisar cada caso, com prioridade sobre as demais deliberações no colegiado;
  • se o conselho der aval ao afastamento, deputados podem recorrer diretamente ao plenário da Câmara;
  • para manter ou cancelar a suspensão, é necessário o voto da maioria absoluta dos deputados, ou seja, 257 deles.

OUTRO CAMINHO

Se o Conselho de Ética deliberar contra a suspensão dos mandatos, a Mesa Diretora pode apresentar recurso ao plenário. Caso o colegiado não tome uma decisão nos 3 dias úteis, a Mesa pode enviar o pedido de suspensão diretamente ao plenário da Casa Baixa.

DEPUTADOS DENUNCIADOS

Eis a lista dos 14 deputados:

A deputada Camila Jara (PT-MS), que foi acusada por Nikolas de o ter empurrado, mas não foi denunciada até o momento.



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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), expressou mais uma vez sua insatisfação com as ações do governo federal para minimizar os impactos decorrentes da tarifação imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil. A declaração foi feita nesta quinta-feira (7/8), durante reunião com governadores de outros oito estados, em Brasília.

“Durante todo esse tempo, nós governadores procuramos saídas alternativas para tentar minimizar essa crise”, enfatizou Caiado, ao lembrar que, diferente de Goiás, o governo federal ainda não anunciou medidas de auxílio aos setores afetados.

Ele demonstrou indignação diante do que classifica como “inércia” do presidente da República aos fatos. Lula tem evitado contato com Trump, acusando o comportamento do americano de “chantagem inaceitável” e afirmando que só fará ligação quando sentir que o presidente dos EUA está disposto ao diálogo. O impasse nas relações se agravou após as tarifas comerciais ganharem contornos políticos. Trump vincula a tarifação extra ao Brasil com suposta perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Isso é algo que mostra a total insensatez de um presidente que, ao invés de se preocupar com a economia do país, com o emprego, com as empresas e investimentos internacionais, quer é antecipar o processo eleitoral. É isso que nos causa indignação”, disse o governador goiano.

Segundo Caiado, os governadores não foram consultados por Lula e estão sendo diretamente impactados pelas tarifas.

“Nós queremos é ampliar o mercado e não conviver com alguém que se acha no direito de fechar o Brasil e penalizar o setor produtivo nacional. Isso é inadmissível neste momento”, sublinhou.

O encontro foi proposto pelo governador Mauro Mendes (UB), de Mato Grosso, que destacou a importância de reunir gestores estaduais que concetram grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

“O que nos une é a preocupação, que eu sei que permeia grande parte desse país, com as consequências dessa crise institucional com os Estados Unidos”, disse.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lembrou que os EUA é parceiro histórico e um grande investidor estrangeiro direto do Brasil.

“Vamos cobrar energia do governo federal nas negociações, que precisam ser efetivas”, comentou. A reunião teve ainda as participações dos governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL); do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) e Wilson Lima (UB).

Medidas emergenciais para empresas goianas

Assim que ocorreu o anúncio do tarifaço, Caiado retornou imediatamente a Goiás, interrompendo uma agenda internacional para coordenar pessoalmente as ações de resposta aos impactos na economia estadual. Desde então, vem trabalhando com sua equipe para mapear os setores mais afetados e desenvolver medidas que preservem empregos e a atividade econômica local.

Em paralelo, mantém contato direto com representantes da Embaixada Americana no Brasil, buscando negociar a exclusão de produtos estratégicos para as exportações goianas da lista de itens taxados.

Caiado anuncia criação do Programa de Crédito para o Desenvolvimento de Goiás, operado através da B3 em São Paulo

Goiás foi o primeiro estado a implementar medidas concretas de enfrentamento às tarifas. No dia 5 de agosto, Caiado anunciou a criação do Programa de Crédito para o Desenvolvimento de Goiás, operado através da B3 em São Paulo. O programa oferece uma linha de crédito de R$ 800 milhões, com juros fixos de 10% ao ano, taxa inferior a opções federais subsidiadas. Metade dos recursos virá de créditos de ICMS de empresas exportadoras locais, enquanto a outra metade será captada no mercado financeiro.

O governo estadual também disponibilizou recursos do Fundo de Estabilização Econômica, reserva estratégica para crises, e do Fundo de Equalização para o Empreendedor, criado durante a pandemia para subsidiar operações de crédito.

Para garantir acompanhamento permanente da situação, foi formado um comitê que mantém diálogo diário com representantes do setor empresarial, monitorando os efeitos das tarifas e ajustando as medidas conforme a evolução do cenário econômico.

“Eu já tomei as minhas medidas e fiz minha parte. Agora estou aguardando as do Lula”, concluiu Caiado.



Autor Manoel Messias Rodrigues


Ministra do Meio Ambiente questiona “achaque” nos valores de hospedagens na capital paraense

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou neste sábado (2.ago.2025) o aumento nos preços de hospedagem em Belém para a COP30. Segundo informações do Estado de S. Paulo, durante participação na Flip (Feira Literária Internacional de Paraty), ela definiu a elevação dos valores como “um verdadeiro achaque” e “absurdo dos absurdos”. Descartou a possibilidade de transferir o evento climático para outra cidade.

“O que está acontecendo, como disse o embaixador [André] Corrêa do Lago, é um verdadeiro achaque. Não podemos aceitar que os países todos que estão preocupados com o futuro das suas existências, principalmente os países mais vulneráveis, não possam participar de uma das COPs mais importantes da nossa história”, afirmou.

Segundo a ministra, estão sendo feitos esforços para garantir que todos os países possam participar do evento sem enfrentar custos excessivos.

Marina Silva declarou que o governo não planeja deslocar o evento para outra cidade: “O presidente Lula decidiu que a COP ia ser em Belém e trabalhamos muito para viabilizar que seja em Belém. Todos os esforços têm sido para a manutenção da decisão de ser uma COP em Belém. Claro que temos que superar todas as dificuldades”.



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Merlys Oropeza, de 25 anos, foi presa em 2024 após escrever no Facebook: “Que ruim que uma pessoa dependa de uma bolsa”

A Justiça da Venezuela condenou a 10 anos de prisão uma jovem que fez críticas nas redes sociais a uma militante chavista. Segundo informações da AFP (Agence France-Presse), Merlys Oropeza, de 25 anos, recebeu sua sentença em 23 de junho.

A condenação pelo crime de incitação ao ódio se deu no Estado de Monagas, região nordeste da Venezuela. A jovem publicou no Facebook a mensagem “Que ruim que uma pessoa dependa de uma bolsa”, referindo-se ao programa de alimentos subsidiados do governo do presidente Nicolás Maduro (PSUV).

Conforme a AFP, o caso tem provocado preocupação entre organizações de direitos humanos.

Oropeza foi presa em 9 de agosto de 2024, logo depois da publicação na rede social. A denúncia que resultou em sua detenção partiu da própria funcionária responsável pela distribuição de alimentos na comunidade, conhecida como “jefa de calle” (chefe de rua, em tradução literal), que foi alvo da crítica.

O processo judicial baseou-se na lei de incitação ao ódio (GO 41.274/2017), legislação que críticos consideram um instrumento para intimidar opositores ao governo venezuelano. A pena para o crime de promoção ou incitação ao ódio varia de 10 a 20 anos de prisão.

A fonte que forneceu detalhes da sentença à AFP divulgou a informação na 5ª feira (26.jun). O sistema judiciário venezuelano não emitiu, até o momento, um comunicado oficial sobre o caso.

Durante as manifestações depois da contestada reeleição de Maduro, em julho de 2024, cerca de 2.400 pessoas foram detidas. Os protestos resultaram na 28 mortes e quase 200 feridos em território venezuelano.

Uma carta atribuída a Oropeza, dirigida aos seus pais, circulou nas redes sociais. Na mensagem, lê-se: “Estou acabada, mamãe, estou vazia, papai” e “Não encontro razões para seguir vivendo”.

A família de Oropeza optou por não fazer declarações públicas sobre o caso. Também não há informações sobre a estratégia de defesa da jovem após a condenação nem se haverá recurso contra a sentença.


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