Presidente dos EUA diz que ação não é apropriada neste momento; Kremlin fala em drones e Kiev nega acusação
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta 2ª feira (29.dez.2025) que ouviu do presidente da Rússia, Vladimir Putin, o relato de uma suposta tentativa ucraniana de ataque a uma residência do líder russo no norte do país.
Trump disse que uma ação desse tipo não é apropriada neste momento, quando há negociações para encerrar a guerra, que já dura 3 anos. O governo ucraniano nega a acusação.
“Não gosto disso. Não é bom. Fiquei sabendo disso hoje pelo presidente Putin. Fiquei muito irritado com isso”, disse Trump.
Segundo o presidente norte-americano, o episódio ocorre em um momento sensível das conversas diplomáticas. “Não é o momento certo. Uma coisa é conduzir ações ofensivas no campo de batalha; outra é atacar a residência de um chefe de Estado”, declarou.
Questionado sobre a existência de provas do suposto ataque, Trump disse que ainda não havia confirmação independente. “Vamos descobrir”, afirmou.
SUPOSTO ATAQUE
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou a Ucrânia de tentar atingir, com drones, uma das residências de Putin na região de Novgorod, entre Moscou e São Petersburgo. Segundo ele, a ação teria sido registrada de domingo (28.dez) a 2ª feira (29.dez.2025).
Lavrov afirmou que 91 drones de longo alcance teriam sido utilizados e que não houve danos nem vítimas. O ministro não informou se Putin estava no local no momento do suposto ataque. Disse ainda que o episódio pode influenciar a posição do Kremlin nas negociações de um acordo de paz.
Autoridades russas declararam que alvos para possíveis ações de retaliação já foram definidos. “Esses atos não ficarão sem resposta”, disse o Kremlin em comunicado.
O conselheiro de Política Externa do Kremlin, Yuri Ushakov, informou que Putin telefonou a Trump para relatar as supostas ofensivas ucranianas. Segundo Ushakov, o presidente norte-americano reagiu com indignação à informação.
KIEV NEGA
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Servo do Povo, centro), negou envolvimento no episódio e rejeitou as acusações feitas por Moscou. Em publicação nas redes sociais, afirmou que a Rússia “continua inventando pretextos” e que o foco deveria ser o fim da guerra.
“Putin precisa aceitar que chegou o momento de encerrar o conflito, os ataques e o derramamento de sangue”, escreveu Zelensky. Também agradeceu aos Estados Unidos, à Alemanha e a outros países europeus pelo apoio diplomático.
Trump e Zelensky reuniram-se no domingo (28.dez) na Flórida (EUA) para tratar das negociações de paz. Antes do encontro, o presidente norte-americano afirmou ter tido uma “conversa produtiva” por telefone com Putin. A declaração sobre o suposto ataque foi feita um dia depois da reunião.
Presidente russo chama tentativa de uso de ativos congelados de “assalto” e culpa Ucrânia por impasse em negociações de paz
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que o país está “pronto e disposto” a encerrar, de forma pacífica, a guerra na Ucrânia. Mas, segundo ele, os ucranianos não estão “prontos para negociações”. Putin criticou a tentativa da UE (União Europeia) de usar ativos russos congelados para custear a defesa ucraniana.
As declarações foram dadas nesta 6ª feira (19.dez.2025), na entrevista anual em que Putin responde a perguntas da imprensa e do público.
“Vemos certos sinais, inclusive do regime de Kiev, de que estão dispostos a se engajar em algum tipo de diálogo. A única coisa que quero dizer é que sempre dissemos isso: ‘Estamos prontos e dispostos a encerrar este conflito pacificamente’”, declarou.
Putin declarou que 700 mil soldados russos estão lutando na guerra. Segundo ele, a Rússia controla quase 20% da Ucrânia.
O presidente da Rússia falou sobre o pacote de 90 bilhões de euros para a Ucrânia, aprovado nesta 6ª feira (19.dez) pela UE. O bloco europeu decidiu contrair um empréstimo para financiar a defesa da Ucrânia contra a Rússia pelos próximos 2 anos em vez de usar ativos russos congelados.
Putin classificou a tentativa de usar os ativos congelados como “assalto” e afirmou que a Rússia defenderia seus interesses em tribunais e que tudo o que fosse “roubado” seria “eventualmente” devolvido aos russos.
“Roubo não é o termo apropriado. Roubo é a apropriação clandestina de propriedade, mas, no nosso país, estão tentando fazer isso abertamente. É um assalto à luz do dia. Por que esse assalto não pode ser levado a cabo? Porque as consequências podem ser graves para os assaltantes”, disse.
“Isso não é apenas um golpe na imagem deles [países da UE]. É um abalo na confiança na zona do euro e no fato de que muitos países, não apenas a Rússia, mas principalmente países produtores de petróleo, mantêm suas reservas de ouro e divisas na zona do euro. Uma vez que isso comece [uso de ativos congelados], pode ser replicado sob diversos pretextos”, declarou.
Putin disse que não pretende atacar a Europa e está pronto para trabalhar com o Ocidente em igualdade de condições. No entanto, afirmou ser preciso que o Ocidente passe “a respeitar” a Rússia.
Lula recebeu diretrizes sobre compras públicas sustentáveis, guia para digitalização de duplicatas e anteprojeto de lei
O Conselhão entregou diretrizes sobre compras públicas sustentáveis, guia para digitalização de duplicatas e anteprojeto de lei ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante reunião realizada nesta 5ª feira (5.dez.2025) no Palácio do Itamaraty. A 6ª CDESS (Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável) reuniu governo, sociedade civil e especialistas para apresentar propostas estratégicas sobre economia, meio ambiente e desenvolvimento nacional.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, entregou a Lula a minuta do decreto sobre a Estratégia Nacional de Compras Públicas Sustentáveis. O presidente deve assinar o documento posteriormente. “As compras públicas representam mais de 16% do PIB. Elas têm o potencial de induzir investimentos, fortalecer a produção nacional, promover inovação”, disse Dweck. A proposta tem 4 eixos –econômico, social, ambiental e gestão– e busca superar a lógica do menor preço para priorizar criação de valor público e estímulo à indústria nacional.
O governo lançou um plano de ação para 2026 e abriu consulta pública para o plano quinquenal 2027-2031. “A gente ajuda o Brasil a escapar de uma lógica perversa do menor preço a qualquer custo. E justamente por isso o menor preço é o maior custo pago”, disse a ministra.
Durante o evento, o Conselho também apresentou o Guia das Duplicatas Escriturais, que explica a transição das duplicatas em papel para o registro eletrônico obrigatório. A mudança visa a facilitar o acesso ao crédito para pequenas e médias empresas. Marcos Barbosa Pinto, secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, disse que o Brasil tem um dos maiores spreads bancários do mundo. “Temos hoje 20 pontos percentuais a mais em cima da Selic de crédito bancário. O custo médio do crédito no sistema bancário brasileiro hoje é de 35%”, afirmou.
“Nos países desenvolvidos esse spread é de 2%. Nós não estamos falando só de países como o Japão. O México, nossos vizinhos, tem spread de 6%”, comparou Pinto. Segundo o secretário, as pequenas empresas pagam cerca de 10% de spread bancário, enquanto grandes empresas pagam apenas 1,5%. “A duplicata não será mais emitida fisicamente, ela será emitida apenas eletronicamente, com todas as salvaguardas para que não haja fraude. Isso permitirá que descontem essas duplicatas a um custo muito mais baixo”, disse.
A adoção será facultativa em 2026 e obrigatória a partir de 2027. O sistema foi instituído pela Lei 13.775 de 2018 e regulamentado pelo Banco Central a partir de 2020.
Também durante a reunião, o vice-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Luís Felipe Salomão, apresentou o Anteprojeto da Lei Geral de Direito Internacional Privado. O texto foi elaborado por uma comissão do Conselhão junto com o STJ e acadêmicos. A proposta unifica e moderniza normas atualmente dispersas sobre situações que envolvem mais de um país –como contratos internacionais, divórcios de casais com bens no exterior ou disputas com navios estrangeiros.
“O texto está em linha com as mais modernas legislações do mundo inteiro e pretende trazer segurança jurídica para atrair investimentos estrangeiros”, disse Salomão. Entre as mudanças está o reconhecimento da autonomia da vontade, permitindo que partes escolham o direito aplicável em contratos internacionais. O anteprojeto também traz regras para proteção de consumidores, crianças e pessoas vulneráveis.
CRÍTICAS AOS JUROS ALTOS
A empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza, fez duras críticas à política de juros do governo. “Os juros são muito altos, não tem cabimento esses juros. Eu sei que muita gente vai falar outra coisa, mas essa é a minha voz. Eu falo aqui como empresária e como cidadã”, afirmou.
“O juro alto atinge profundamente pequena e média empresa. E um país não se desenvolve sem o direito de fato. Quem gera emprego nesse país é a pequena e média empresa”, disse.
A empresária, uma das maiores bilionárias do Brasil, também defendeu o Bolsa Família. “Falar da Bolsa Família é quem não vive lá. É quem não está lá, que não mora há mais de 5 anos. Sair desse processo de fome é dignidade, não só para eles, como para nós”, declarou.
Trajano também defendeu políticas de distribuição de renda. “Podemos crescer distribuindo renda, gerando oportunidade e construindo um país que ninguém fica para trás. Eu nunca entendo essa divisão, se é bom pra todos, por que não se unir?”, questionou.
Segundo informações obtidas pela reportagem, membros do Conselho defenderam durante as discussões propostas sobre imposto de renda e participação nos lucros como mecanismos de distribuição de renda, embora os detalhes dessas propostas não tenham sido divulgados oficialmente.
A empresária também cobrou conscientização sobre apostas online. “Tem que fazer um trabalho de conscientização sobre as bets. As pessoas mais endividadas são daquela população [mais pobre]. É elas que o futuro é jota, pois jota, pressiona”, afirmou.
Leia outros destaques:
ABERTURA COM FOCO NO SETOR PRIVADO
Quem abriu a reunião foi Maria Laura da Rocha, secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores. Ela posicionou o setor privado como central na agenda climática.
“Um dos resultados mais celebrados da COP30 foi a construção de uma robusta agenda de implementação que posiciona o setor privado como agente central na execução das soluções climáticas”, afirmou Maria Laura.
Ela destacou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) como mecanismo inovador. “Trata-se de um mecanismo inovador de financiamento, um misto público-privado, que já mobilizou mais de 6,7 bilhões de dólares e foi endossado por 63 países”, disse.
“Terminamos a COP com sensação de dever cumprido, mas cientes do desafio”, completou a secretária-geral.
SOBERANIA TECNOLÓGICA
A influenciadora digital Nina da Hora apresentou dados sobre dependência tecnológica. Estudo da FGV mostra que o Brasil gastou cerca de R$ 23 bilhões nos últimos anos com softwares estrangeiros, sendo mais de R$ 10 bilhões apenas com multinacionais.
“Isso significa que temos recursos públicos financiando empregos qualificados, pesquisa e propriedade intelectual fora do país”, disse Nina.
Ela disse que a nova lei de licitações já garante espaço de preferência para serviços nacionais de inovação. “Não se trata de um isolacionismo tecnológico. Trata-se de garantir que a nossa soberania digital se fortaleça também a partir de soluções feitas aqui”, afirmou.
VIOLÊNCIA CONTRA MULHER
Luiza Trajano também cobrou ação corporativa contra o feminicídio. “A cada 5 horas uma mulher é morta. E atrapalha todos. Atrapalha a família do homem, atrapalha o homem, o filho é derrapado dentro do resto da vida”, afirmou.
“Eu quero pedir aos empresários: quando vocês metem a colher, vocês criam um movimento nas suas empresas. As pessoas têm muito mais medo [de perder o emprego] do que qualquer outro orgulho”, disse a empresária.
DEFESA DO AGRONEGÓCIO
Representantes do agronegócio destacaram o papel do setor na economia, mas também cobraram infraestrutura. “O Brasil, graças a Deus, no setor agro, está bem. Temos essa produção porque não é sorte também. Teve algo. Teve sorte, claro, mas teve normativa, teve os estudos, teve financiamento”, disse um dos palestrantes.
Ele cobrou avanços em logística. “Saiu o Cuiabá Santarém. Marina Silva liberou a licença. Agora tem o presidente da Ferrogão lá. E daí diminui mais a questão ambiental. Menos queimando o petróleo fóssil”, afirmou.
O Conselho também entregou o documento “Pilares de um Projeto de Nação”, que projeta o Brasil até 2035. “O Brasil de 2035 é soberano, justo, democrático e sustentável, supera desigualdades históricas”, disse o economista Pedro Rossi.
A ministra Gleisi Hoffmann destacou que “o Brasil atingiu, em 2024, o menor nível de pobreza já registrado na série histórica”. O ministro Fernando Haddad afirmou que a inflação será “a menor da história” no quadriênio.
Além de Gleisi e Haddad, estiveram presentes os ministros Camilo Santana (Educação), Guilherme Boulos (Secretaria Geral da República), e Geraldo Alckmin (Indústria); e Aloysio Mercadante (BNDES). Eis a íntegra de quem compõe o Conselhão (PDF – 29 MB).
“A Amazônia sustenta o ar do mundo; é hora de reconhecer a realidade de seu povo e apoiar seu desenvolvimento sustentável”, disse o prefeito; o governador do Pará também se posiciona
O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), criticou na 2ª feira (17.nov.2025), nas redes sociais, o posicionamento do chanceler alemão, Friedrich Merz (CDU, centro-direita), que disse que ele e sua equipe estavam “contentes” depois de participação na COP30.
A declaração do líder alemão foi “infeliz, arrogante e preconceituosa”, segundo Normando. “A fala dele não representa o que a maioria da população do mundo inteiro tem achado da nossa cidade. Por onde a gente anda, muita gente encantada por Belém, com suas belezas naturais, com sua gastronomia”, disse o prefeito.
Assista (1min13s) ao vídeo:
Normando ainda defende que o líder alemão tenha “empatia” com a população da região. “A Amazônia ajudou o mundo inteiro a respirar, e agora é hora de vocês reconhecerem a realidade do povo da floresta e ter empatia de ajudar o povo a se desenvolver com equilíbrio e sustentabilidade”, disse.
HELDER BARBALHO
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), endossou a crítica a Merz. Considerou o discurso do político alemão “preconceituoso”.
Eis a mensagem:
MEMES
Internautas brasileiros publicaram memes do ensaio nu do ex-jogador Vampeta. A mobilização, conhecida como “vampetaço”, se deu como um protesto às declarações de Merz.


Houve também quem defendesse a fala de Merz, como este internauta que comparou uma cidade alemã a Belém. Eis abaixo:

Ex-ministro diz que encontro em Belém teve baixa adesão internacional e acusa gestão ambiental de abandonar a região amazônica
O ex-deputado federal Aldo Rebelo (MDB), 69 anos, voltou a criticar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), classificando a COP30 como um “fiasco político”. Em vídeo publicado neste sábado (15.nov.2025), o ex-ministro afirmou que o encontro climático em Belém (PA) teve pouca participação de líderes estrangeiros e acusou o Palácio do Planalto de permitir que a Amazônia permaneça com os piores indicadores sociais do país.
Aldo Rebelo disse que a conferência foi esvaziada e que países centrais das discussões climáticas não compareceram.
“Não veio o presidente dos Estados Unidos, que além de não comparecer retirou-se da conferência de Paris e não mandou nem o porteiro da Casa Branca. Não veio o presidente da Rússia. Não veio o presidente do Uruguai, do Paraguai, da Argentina. Ou seja, os Brics e o Mercosul não apareceram por aqui”, declarou.
A COP 30 é um fiasco político. pic.twitter.com/T4OeMb6GDJ
— Aldo Rebelo (@aldorebelo) November 15, 2025
Segundo ele, até o evento organizado pela primeira-dama, Janja, teve baixa presença. “Não tinha nem gente para o coquetel que a primeira-dama organizou e que chegou atrasada também. Foi um fiasco político.”
O ex-deputado também criticou Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, e Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas. Disse que ambas participam da marcha climática e depois “voltam para São Paulo, onde têm domicílio e mandato”, enquanto a Amazônia “fica entregue ao seu destino”.
Rebelo citou indicadores sociais e afirmou que a região mantém “as maiores taxas de analfabetismo, doenças infecciosas, mortalidade infantil e os piores números de saneamento básico e acesso à energia elétrica”. Para ele, a marcha climática realizada na COP30 seria “uma atividade esvaziada” e contrária ao desenvolvimento regional.
histórico
A crítica se soma à linha que Rebelo vem adotando nas últimas semanas. Em 8 de novembro, ele publicou outro vídeo em que acusou ONGs de “controlarem” o Ministério do Meio Ambiente e afirmou que existe uma “caixa-preta” dentro do Estado brasileiro —tema abordado em reportagem anterior do Poder360.
Ex-ministro da Defesa (2015-2016), ex-ministro da Ciência e Tecnologia (2015), ex-ministro do Esporte (2011-2015), ex-ministro da Secretaria de Coordenação Política da Presidência da República (2004-2005) e ex-presidente da Câmara dos Deputados (2005-2007), Aldo Rebelo foi deputado federal por 6 mandatos consecutivos, a partir de 1991, sempre eleito pelo Estado de São Paulo.
Foi por muitos anos do PC do B, legenda na qual militou desde o movimento estudantil nos anos 1970 e 1980. Afastou-se do partido em 2017, passou por outras siglas e é filiado ao MDB desde 2024.
Declaração foi feita durante convenção da Conib, em SP; ministro havia dito que governador faz “demagogia com sangue”
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou neste sábado (8.nov.2025) que o ministro Guilherme Boulos (Secretaria Geral) “é um paspalhão”.
A declaração foi dada a jornalistas durante a 56ª Convenção da Conib (Confederação Israelita do Brasil), em São Paulo. Foi uma resposta a uma pergunta sobre a fala de Boulos, feita na manhã do mesmo dia, em que o ministro disse que o governador “prefere fazer demagogia com sangue”. A declaração de Boulos foi dada no lançamento do programa Governo na Rua, no Morro da Lua, zona sul de São Paulo.
“Esse é um paspalhão. Vamos embora, próximo”, declarou Castro.
Antes da intervenção, o governador falava sobre a operação policial deflagrada no fim de outubro, que deixou 121 mortos.
A ação foi tema de audiência conjunta no STF (Supremo Tribunal Federal) em 5 de novembro, relacionada à ADPF das Favelas (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), que estabelece regras para operações policiais no Rio. O relator, ministro Alexandre de Moraes, também determinou que a Polícia Federal investigue o crime organizado na região.
“O que aconteceu no Rio foi o início de um movimento. Um movimento onde os cidadãos desse Estado e do Brasil todo não aguentam mais essa criminalidade”, disse Castro.
Mais cedo, o chefe do Executivo fluminense havia se reunido com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para discutir segurança pública e combate a organizações criminosas. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Castro afirmou que tiveram uma boa conversa sobre o tema que os “une” e “exige cooperação permanente”.
Assista ao vídeo compartilhado durante o encontro (52s):
Tarcísio, que é carioca, elogiou o colega e disse que Castro tem feito um trabalho “muito bom” na transformação do Rio por meio de operações de segurança pública: “O Cláudio está fazendo um trabalho muito dedicado para transformar o Estado do Rio de Janeiro. Parabéns ao Cláudio, que pode contar sempre comigo”.
Presidente russo disse que o prêmio perde credibilidade ao homenagear alguém que “não fez nada pelo mundo”; vencedora foi líder da oposição na Venezuela
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta 6ª feira (10.out.2025) que o Prêmio Nobel da Paz perdeu credibilidade nos últimos anos por homenagear pessoas que “não merecem” e “nada fizeram” pela paz no mundo. Mais cedo, a líder da oposição na Venezuela, Maria Corina Machado, foi anunciada a vencedora deste ano.
Em declaração a jornalistas, Putin disse que não cabe a ele decidir quem merece vencer o Nobel da Paz, mas elogiou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), por seus esforços para a paz. Segundo o líder russo, Trump tem “trabalhado duro para resolver crises”, incluindo a guerra na Ucrânia.
🚨 JUST IN: Vladimir Putin declares the Nobel Peace Prize has “LOST its credibility,” says President Trump has worked to solve complex problems and decades-long conflicts pic.twitter.com/WxoExeaCyl
“There were cases when this committee discussed the Nobel Peace Prize for people who…
— Eric Daugherty (@EricLDaugh) October 10, 2025
Trump agradeceu o comentário de Putin em suas redes sociais. O republicano vem fazendo campanha para receber o Nobel da Paz por encerrar –em suas contas– 7 guerras desde que voltou ao poder. O cessar-fogo na Faixa de Gaza, alcançado na 5ª feira (9.out), é o trunfo de sua campanha.
O presidente dos EUA já recebeu ao menos 3 indicações ao Nobel da Paz de 2026: do Paquistão, de Israel e do Camboja, países envolvidos nas guerras que o republicano diz ter solucionado.
A vencedora deste ano, Maria Corina Machado, foi escolhida por “seu trabalho incansável promovendo os direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
A crítica de Putin ao prêmio entregue a Corina também se deve ao apoio russo ao governo autocrata de Nicolás Maduro na Venezuela. Moscou é o principal aliado do regime chavista e nesta semana assinou um acordo bilateral com Caracas para fortalecer a parceria política econômica com a nação sul-americana para driblas as sanções do Ocidente.
Após ministro do STF defender que o Congresso discuta uma “lei anti-embargo”, o deputado diz que empresas brasileiras terão de se adequar às sanções dos EUA para manter acesso ao mercado
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou nesta 6ª feira (3.out.2025), em suas redes sociais, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes por defender que o Congresso discuta uma “lei anti-embargo” para proteger autoridades e instituições brasileiras contra sanções de governos estrangeiros.
Em seu perfil no X (ex-Twitter), Eduardo disse que Gilmar “não aprendeu nem com a Lei Magnitsky”, em referência às sanções aos ministros do Supremo impostas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano). Segundo o deputado, “essa legislação, ainda que de alcance norte-americano, estabelece parâmetros que nenhuma jurisdição conseguiu ignorar com sucesso”.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “empresas e instituições financeiras brasileiras terão de se adequar às sanções presentes e futuras dos Estados Unidos se quiserem manter acesso ao maior mercado do planeta”. E declarou: “A realidade é clara: não há escapatória para a Lei Magnitsky”.
Eduardo está nos EUA desde fevereiro fazendo lobby por sanções contra autoridades brasileiras, com o objetivo de anistiar o pai, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.
ENTENDA
Gilmar Mendes disse na 3ª feira (30.set) que uma “lei anti-embargo” serviria como resposta a punições recentes, como a suspensão de vistos de ministros do STF pelos EUA e a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, que estabelece sanções financeiras a pessoas acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos.
“Na Europa já há várias discussões e decisões sobre esse tema, diante de embargos aplicados a países como Cuba. No Brasil, tivemos recentemente cassações de vistos de autoridades e a aplicação da Lei Magnitsky a um colega. Estamos nos debruçando sobre um debate de lei anti-embargos para proteger as autoridades e aquelas entidades que sofrem sanções secundárias, como bancos e prestadores de serviços. E acho que o Congresso é o locus adequado para esse tipo de proteção”, afirmou o decano da Corte.
Santiago Peña relembrou os casos de Miguel Uribe e Charlie Kirk para criticar a “violência política” durante discurso na ONU
O presidente do Paraguai, Santiago Peña (Partido Colorado, direita), em sua fala na Assembleia Geral da ONU, nesta 4ª feira (24.set.2025), criticou os recentes casos de violência política pelo mundo e falou contra a “polarização e o extremismo”.
Ele defendeu o “debate livre, aberto e franco”, que não “foge de posições controversas” e as confronta com “respeito”. Também disse entender que “nosso próprio modo de vida molda a democracia”.
Para Peña, a fragilidade democrática pode ser um “terreno fértil para o autoritarismo”.
Ele citou a situação da Venezuela, dizendo que o país tem “violações sistemáticas de direitos humanos e das liberdades individuais”, além de promover a “perseguição a líderes políticos”.
Também disse que, na Nicarágua, a perseguição a opositores políticos está se “expandindo rapidamente” e ressaltou que “até a Igreja Católica está sendo perseguida”.
Peña deu exemplos do que considera ser “ataques políticos covardes e incompreensíveis”, citando Miguel Uribe –pré-candidato à presidência assassinado durante comício em Bogotá, na Colômbia– e Charlie Kirk –ativista de direita morto nos EUA.
Segundo o chefe do Executivo paraguaio, essas figuras foram mortas porque “defendiam suas convicções e valores com eloquência e coragem”.
Em carta, entidade diz que mudanças contidas na proposta podem “fragilizar a própria missão institucional” do banco
O Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) divulgou nesta 6ª feira (22.ago.2025) uma carta à diretoria colegiada do BC (Banco Central) em que critica a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 65 de 2023. Para o sindicato, as mudanças da proposta “extrapolam o necessário” e podem “fragilizar a própria missão institucional” do banco.
A proposta de emenda à Constituição amplia a autonomia financeira, fiscal e orçamentária do BC. O relator, senador Plínio Valério (PSDB-AM), defende que a medida é essencial para modernizar a instituição e permitir a segurança do sistema de pagamento instantâneo Pix.
O sindicato afirma apoiar avanços na autonomia, mas considera que eles podem ser obtidos por mudanças pontuais em leis complementares, sem alterar a natureza jurídica do BC ou comprometer o regime jurídico de seus servidores.
Entre as propostas apresentadas, o Sinal sugere:
- maior protagonismo do BC na definição de seu orçamento, a partir de diretrizes do CMN (Conselho Monetário Nacional);
- reposição do quadro de pessoal por meio de concursos públicos no RJU (Regime Jurídico Único), incluindo a nomeação do cadastro de reserva do concurso atual;
- manutenção do caráter público do BC, como autarquia de direito público vinculada ao Executivo e sujeita a controle democrático.
“O diálogo aberto, leal e respeitoso sempre foi tradição na nossa Casa, e deve ser agora a principal ferramenta para a construção de soluções que garantam melhores condições de trabalho aos servidores e maior capacidade de entrega da Autarquia à sociedade brasileira”, afirma o sindicato.
Leia a íntegra da carta:
“Prezado Presidente Gabriel Galípolo,
“Senhores Diretores e Senhora Diretora,
“Estamos atravessando um momento de suma importância na história do Banco Central do Brasil (BC), com grandes desafios institucionais a serem superados. Lamentavelmente, vivemos também um período de divergências internas que fragilizam nossa capacidade de enfrentar, da melhor maneira possível, tais desafios.
“Como entidade representativa de todos os servidores do BC, o SINAL entende que, mais do que nunca, este é o momento de construir pontes, superar divisões e fortalecer a unidade em torno do que nos é comum: o compromisso de servir ao País por meio de uma instituição sólida, eficiente e democrática.
“O diálogo aberto, leal e respeitoso sempre foi tradição na nossa Casa, e deve ser agora a principal ferramenta para a construção de soluções que garantam melhores condições de trabalho aos servidores e maior capacidade de entrega da Autarquia à sociedade brasileira. Nesse espírito, o SINAL coloca à disposição da Diretoria Colegiada sua experiência de décadas na defesa da instituição e do seu corpo funcional para contribuir na formulação de propostas concretas e viáveis para a solução dos problemas que enfrentamos.
“Consideramos que a atual conjuntura é propícia para avançarmos em medidas que fortaleçam a autonomia orçamentária e administrativa do Banco Central, sem que seja necessário alterar sua natureza jurídica ou fragilizar o regime jurídico que protege os seus servidores. As mudanças contidas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2023 extrapolam o necessário, introduzindo riscos desnecessários, que podem resultar em insegurança jurídica e fragilizar a própria missão institucional do BC.
“O SINAL realizou estudos e identificou caminhos de aprimoramento legislativo, por meio de alterações pontuais em Leis Complementares e normas correlatas, de modo a:
“a) dotar o Banco Central de maior protagonismo na definição de seu orçamento, com base em diretrizes do Conselho Monetário Nacional (CMN);
“b) garantir a reposição adequada do quadro de pessoal, preservando concursos públicos sob o Regime Jurídico Único (RJU) – solução essa que permitiria ao BC a nomeação imediata do necessário cadastro de reserva do concurso em andamento;
“c) assegurar a manutenção do caráter público do BC, como autarquia de direito público vinculada ao Executivo, dotada de prerrogativas próprias e sujeita ao controle democrático.
“Senhores membros da Diretoria Colegiada, esta é uma oportunidade histórica de dar ao Banco Central do Brasil as condições necessárias para enfrentar seus desafios, sem renunciar aos princípios que fundamentam sua atuação como órgão executor de atividades típicas de Estado.
“O SINAL reafirma sua disposição para o diálogo, sua capacidade de formulação e sua firmeza na defesa dos servidores e da Instituição. Temos convicção de que, unidos, poderemos construir soluções duradouras, que fortaleçam o BC e o coloquem a serviço, de forma ainda mais efetiva, da sociedade brasileira.
“A hora é agora, presidente Galípolo. É tempo de união em prol de um Banco Central mais forte, justo e comprometido com o interesse público”.









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