5 de dezembro de 2025
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Grazielly da Silva Barbosa e a receita dada por clínica em que ela atuava, em Goiânia — Foto: Reprodução/Globo

A médica Eny Aires estava cuidando de um paciente em estado grave na sala vermelha de uma UPA, em Goiânia, quando descobriu que seu nome e registro profissional estavam sendo usados indevidamente por Grazielly Barbosa, empresária presa após a influenciadora Aline Maria Ferreira, de 33 anos, morrer ao fazer um procedimento estético.

“Eu estava na sala vermelha com paciente grave, na UPA de plantão. Não conheço a impostora e tampouco a vítima. Sinto muito pela vítima. Minha vida é salvar vidas mesmo colocando a minha em jogo”, lamentou Eny.

Grazielly foi presa pela Polícia Civil na quarta-feira (3) e a clínica estética dela, chamada Ame-se, foi interditada pela Vigilância Sanitária por não ter alvará de funcionamento e nem responsável técnico. A vítima fez um procedimento para aumentar o bumbum com a investigada e morreu quase uma semana depois; entenda morte abaixo.

Grazielly se apresentava como biomédica, mas, para a polícia, explicou que cursou somente três semestres de medicina no Paraguai, além de ter feito cursos livres na área. Segundo a delegada Débora Melo, ela não apresentou nenhum certificado que comprove a conclusão desses cursos. E, portanto, ao que tudo indica, não tem competência para atuar na área.

O advogado Thiago Hauscar afirmou que a defesa de Grazielly Barbosa estuda o processo para decidir os próximos passos em relação aos pedidos de oitivas. Além disso, o advogado expressou solidariedade à família de Aline.

Em entrevista ao g1, a médica verdadeira relatou que não costuma acompanhar as notícias e, por isso, não sabia a fundo sobre o caso. Ela afirma que o marido chegou a comentar com ela sobre a situação, lamentando mais um caso de morte por procedimentos estéticos, mas jamais imaginou que pudesse estar envolvida na situação.

Carimbo foi mostrado pela médica Eny para mostrar os dados corretos. Receita com os dados de Eny Aires foram usados por clínica de Grazielly da Silva Barbosa, presa após a morte da influencer; — Foto: Reprodução/Globo

Veja como nomes de remédios estavam escritos e a grafia correta:

  • Amoxilina (incorreto) – Amoxicilina (correto)
  • Xarelton (incorreto) – Xarelto (correto)
  • Nebacetim (incorreto) – Nebacetin (correto)

“Os remédios estavam prescritos de forma errada. Primeiro que não se escreve com caneta vermelha. Tudo [estava] horrível, toda a prescrição dela estava errada. Era para matar mesmo, porque não tem nenhum princípio da medicina”, disse a médica.

“Toragesic não está com a indicação de miligramas. Amoxicilina seria de 500 mg de 8 em 8 horas e não é um bom antibiótico para esse tipo de procedimento. Nenhum bom médico prescreveria essa medicação para isso, eu imagino”, explicou Eny.

Suspeita investigada por quatro crimes

De acordo com a delegada Débora Melo, Grazielly está sendo investigada por crimes contra as relações de consumo, ao ter mentido sobre sua qualificação, induzir pacientes a erro por não prestar informações adequadas a respeito dos procedimentos que eram realizados e, também, por não explicar quais eram os riscos envolvendo a aplicação de polimetilmetacrilato, substância plástica conhecida pela sigla PMMA.

Fora isso, Grazielly também é investigada por exercício ilegal da medicina e execução de serviço de alta periculosidade. Segundo a delegada, a empresária não confirmou ter usado PMMA na influenciadora, tendo mudado de versão algumas vezes.

“Em alguns momentos ela (Grazielly) falava que era PMMA, em outros momentos ela falava que era bioestimulador. É por isso que os objetos que nós apreendemos serão periciados para comprovar de fato qual foi a substância utilizada. Mas, de acordo com o relato das testemunhas, era, sim, o polimetilmetacrilato”, afirmou a delegada.

Influenciadora Aline Maria Ferreira morreu após fazer cirurgia estética. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Paralelo a isso, foi aberto outra investigação sobre a possível lesão corporal seguida de morte da influenciadora Aline Maria. A delegada aguarda a conclusão de um laudo pericial que vai indicar se o preenchimento no bumbum teve ou não relação com a morte da influenciadora.

R$ 3 mil para aumentar bumbum

A Polícia Civil investiga se a chamada “bioplastia de bumbum” foi feita ou não com a aplicação de polimetilmetacrilato, substância plástica conhecida pela sigla PMMA, considerada de risco máximo.

Marcelo Sampaio, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explicou ao g1 que bioplastia de bumbum é o nome comercial para preenchimento glúteo com material não absorvível. Na área estética é conhecido como “cirurgia plástica sem bisturi”, por estimular a produção de colágeno apenas com a injeção do preenchedor. Assim, o bumbum fica bem contornado, volumoso e empinado.

Durante buscas feitas na clínica, os policiais não encontraram contratos de prestação de serviços, prontuários ou qualquer documento que registrasse a entrevista com pacientes. Isso, segundo a polícia, indica que não houve checagem se Aline tinha alguma condição de risco. Essa etapa deveria ser a primeira a ser feita antes da realização de qualquer procedimento.

No dia do procedimento, segundo a delegada, a região do bumbum da influenciadora foi higienizada e, em seguida, Grazielly fez marcações de onde o produto seria aplicado. O marido da influenciadora, que acompanhou a realização do procedimento, diz que foi feita a aplicação de 30ml de PMMA em cada glúteo.

“Limpa o local, faz as marcações onde vai ser aplicado e faz as aplicações do produto. Parece que é muito simples, o problema são os efeitos adversos”, afirmou a delegada.

Clínica Ame-se, localizada em Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Segundo uma testemunha, deveriam ter sido feitas três sessões de aplicação do produto, mas a influenciadora morreu depois da primeira sessão. Ela pagou R$ 3 mil.

Aline veio de Brasília para Goiânia e passou pelo procedimento no dia 23 de junho. O marido da influenciadora disse à polícia que a cirurgia foi rápida e eles retornaram para Brasília no mesmo dia, com Aline aparentando estar bem, apesar de já sentir muitas dores.

Com o passar dos dias, segundo a delegada, as dores não diminuíram e a influencer passou a apresentar fraqueza e febre. À polícia, o marido afirma ter entrado em contato com a clínica, que justificou que a reação “era normal” e que Aline “deveria tomar um remédio para febre”.

Mesmo medicada, a influenciadora continuou com febre, e na quarta-feira (26), começou a sentir dores na barriga. Na quinta-feira (27), Aline piorou e desmaiou. O marido a levou ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde ficou por um dia, pois a unidade não tinha Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Depois, Aline foi transferida para um hospital particular da Asa Sul. Lá, precisou ser entubada na UTI e teve duas paradas cardíacas. Ela morreu na terça-feira (2). .

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(Foto: Reprodução)

Investigação aponta que golpe foi descoberto após idosa tentar realizar saque com documentos falsos. Gerente de banco acionou os policiais. Idosas são presas suspeitas de usar documentos falsos para aplicar golpes em benefícios do INSS, em Orizona
Divulgação/Polícia Civil
Quatro pessoas foram presas suspeitas integrar um grupo criminoso que aplicava golpes em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) durante uma operação policial, entre elas, duas idosas, de 66 e 78 anos, em Orizona, no sul do estado. Segundo a Polícia Civil, o grupo utilizava documentos falsos para se apresentar em agências bancárias e assim, conseguir sacar os benefícios.
O g1 não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos até a última atualização desta reportagem.
A prisão dos suspeitos ocorreu na última quinta-feira (4). A investigação aponta que a farsa foi descoberta após a idosa de 66 anos tentar realizar um saque do benefício com uma guia do INSS, carteira de trabalho e identidade falsas.
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Presos suspeitos de associação criminosa em Orizona
Divulgação/Polícia Civil
Durante os procedimentos de segurança do banco, os funcionários do local desconfiaram da veracidade dos documentos apresentados e acionaram os policiais, segundo a Polícia Civil. A idosa foi abordada pelos policiais enquanto tentava entrar em um carro, que estava ocupado pelos outros investigados presos.
Ao serem abordados, os policiais encontraram vários documentos falsos e R$ 4,4 mil em dinheiro. Além das idosas, uma mulher de 40 anos e um jovem de 25 também foram presos. Todos os integrantes do grupo são do município de Trindade, aponta a investigação.
A Polícia Civil informou que, pouco tempo antes do grupo ser abordado pelos policiais, a idosa de 78 anos fez um saque de R$ 2,8 mil em uma agência bancária de Urutaí, utilizando também documentos falsos para conseguir o valor.
A investigação aponta ainda que o grupo estava em Orizona há uma semana tentando aplicar os golpes. Os suspeitos foram presos em flagrante pelos crimes de estelionato e associação criminosa.
A imagem dos suspeitos foi divulgada pela Polícia Civil para que possam identificar novas possíveis vítimas do grupo e para impedir novos delitos por parte dos presos.
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FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2024/07/06/vovos-do-crime-idosas-sao-presas-suspeitas-de-integrar-grupo-que-aplicava-golpes-em-beneficios-do-inss.ghtml

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Idosas são presas suspeitas de usar documentos falsos para aplicar golpes em benefícios do INSS, em Orizona, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

O g1 não localizou a defesa dos suspeitos até a última atualização da reportagem. Embora as fotos tenham sido divulgadas pela Polícia Civil para que possíveis vítimas se manifestem, nenhum deles teve o nome divulgado.

Segundo a polícia, o grupo todo mora em Trindade, mas estavam em Orizona, há cerca de uma semana tentando realizar o golpe na cidade e em municípios vizinhos. Por isso, já eram conhecidos na agência bancária em que acabaram presos.

Na quinta-feira, 4 de julho, a idosa de 66 anos foi até a agência bancária de Orizona e informou que queria sacar o INSS. Ela apresentou uma guia do benefício, carteira de trabalho e identidade. Todos documentos falsos. Mas, no momento da análise, os funcionários suspeitaram da identidade dela e chamaram a polícia.

Os policiais civis abordaram a idosa no momento em que ela entrava em um carro, onde estavam os outros três suspeitos. Todos foram abordados e, com eles, foram apreendidos diversos documentos falsos e R$ 4 mil em espécie.

Cerca de 2 mil daquele total apreendido, segundo a polícia, foram sacados pouco tempo antes, pela idosa de 78 anos, em uma agência bancária da cidade de Urutaí, localizada a 56,4 km de Orizona. Lá, os investigados usaram o mesmo método para receberem o valor.

Diante da situação, as vovós e os outros dois suspeitos foram levados para a delegacia e autuados em flagrante por estelionato e associação criminosa.

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Presos suspeitos de associação criminosa em Orizona, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

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Allan Carlos Porto Carrijo, de 36 anos, morto pela PM, em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Dois policiais militares foram presos suspeitos de matar um técnico de instalação de internet e alterar a cena do crime, em Goiânia. Segundo a investigação da Polícia Civil (PC), os policiais foram chamados para atender uma ocorrência de tentativa de estupro.

O g1 não localizou as defesas de Tiago Nogueira Chaves e Igor Moreira Carvalho para pedir um posicionamento até a última atualização desta reportagem. Em nota, a Polícia Militar (PM) informou que eles foram conduzidos ao presídio militar e que colabora com a investigação.

Denúncia de tentativa de estupro

Conforme investigação, no último dia 12 de junho, uma jovem de 27 anos estava com problemas na internet de casa e pediu um serviço de manutenção presencial. Ela contou que durante o trabalho o técnico teria se aproximado dela e a beijado na boca sem que ela permitisse.

Após afastá-lo, segundo a investigação, a jovem chamou duas amigas, que foram até a casa dela e bateram no técnico. Um vídeo mostra o momento em que Allan Carlos Porto Carrijo, de 36 anos, é agredido e, em seguida, foge. Neste momento, a jovem chamou a polícia.

Policiais são presos suspeitos de matar técnico de instalação de internet

Buscas pelo técnico e suposto confronto

De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), os policiais Tiago e Igor foram até a casa da jovem e, após testemunhas mostrarem para onde o técnico fugiu, começaram as buscas por ele. Os PMs relatam que encontraram Allan em um lote baldio e que tentaram abordá-lo e prendê-lo.

Segundo o relato de Tiago e Igor, durante a abordagem, o técnico resistiu a prisão, bateu nos policiais, “sacou uma faca” e foi na direção de Tiago. Neste momento, de acordo com os PMs, “para conter a injusta agressão”, atiraram três vezes contra Allan, que morreu no local.

Local onde o corpo de Allan Carlos Porto Carrijo foi encontrado – Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Conforme relato da PC no boletim, quando os policiais civis chegaram no local do suposto confronto entre os PMs e o técnico, os peritos informaram que não encontraram estojos de bala, o celular de Allan e a faca, que teria sido usada por ele, foi levada para delegacia pelos policiais.

Após o suposto confronto, o PM Tiago realizou o exame de corpo de delito e a Polícia Científica realizou o exame cadavérico no corpo de Allan. No laudo do policial consta escoriações no braço e, no do técnico, consta que ele morreu após levar quatro tiros, sendo um no peito.

Faca, segundo a Polícia Civil (PC), “plantada” onde Allan foi morto – Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Depoimentos e o celular de Allan

A PC ouviu a jovem que denunciou a tentativa de estupro, as amigas dela, a esposa do técnico e o chefe dele. Nos depoimentos, a polícia destaca que a jovem e as amigas disseram que não viram Allan com uma faca e a esposa dele afirmou que conversou com ele por videochamada durante a fuga.

A esposa de Allan contou à polícia que o técnico tinha dois celulares, sendo um deles da empresa onde ele trabalhava. O chefe de Allan afirmou à polícia que também conversou com o funcionário minutos antes dele ser morto e que ele disse que estava com medo de ser morto.

Allan foi agredido por amigas de jovem antes de ser morto pela PM – Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Segundo a investigação, o técnico ainda enviou a localização dele para o chefe e pediu para ele buscá-lo. Quando o chefe chegou no local, ele foi ameaçado pelos policiais e obrigado a entregar o celular, que, segundo ele, foi levado pelos PMs e depois descartado em uma mata.

Conclusões da polícia e prisão

Diante da investigação, a Polícia Civil (PC) acredita que os policiais militares Tiago e Igor forjaram a situação de confronto, mataram o técnico sem que houvesse reação dele e “plantaram” a faca no local. Ou seja, alteraram a cena do crime e, por isso, pediram a prisão deles.

Tiago Nogueira Chaves e Igor Moreira Carvalho, suspeito de matar Allan – Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Em resposta à solicitação sobre o caso ocorrido no Residencial Buena Vista II, a Polícia Militar informa que:

A Corregedoria da Polícia Militar está adotando todas as providências necessárias em relação ao caso. Em cumprimento à decisão judicial, os militares foram conduzidos ao presídio militar.

A Polícia Militar segue colaborando com a justiça e reitera o compromisso de cumprir as decisões emanadas do Poder Judiciário.

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Filhos de Andressa Suita e Gustavo Lima dirigindo carro em Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Depois de analisar o vídeo da modelo Andressa Suita, em que o filho de 7 anos aparece dirigindo um carro dentro de uma propriedade privada em Goiás, a Polícia Civil concluiu que não houve violação ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e ao Código Penal. O menino e o irmão mais novo, que aparece na filmagem no banco do passageiro, são filhos da modelo com o cantor Gusttavo Lima.

“Após análise das imagens e circunstâncias do local em que mostram duas crianças supostamente dirigindo um veículo em uma propriedade privada, não aberta à circulação, concluiu-se que não houve violação ao Código de Trânsito Brasileiro e ao Código Penal”, disse a instituição.

O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) publicou uma nota de repúdio ao vídeo. O presidente do órgão, Delegado Waldir, foi quem encaminhou à Polícia Civil um pedido para que a conduta de Gusttavo e Andressa fosse apurada. Isso porque, para ele, a ação pode incentivar conduta similar em vias públicas e causar acidentes.

“(Waldir) repudia quaisquer ações realizadas por figuras públicas que podem incentivar conduta similar por parte da população, podendo gerar grave risco de acidentes nas vias públicas e particulares”, afirmou.

No vídeo publicado pela modelo na internet, Gabriel aparece dirigindo o carro. Durante o “passeio”, o irmão mais novo Samuel, de 5 anos, chega a ficar em pé no assento e colocar a cabeça para fora do teto solar. Andressa escreveu na legenda: “7 ou 18 anos?”, de forma descontraída. Veja vídeo abaixo.

Andressa Suita mostra filho de 7 anos dirigindo carro com irmão ao lado; vídeo

Código de Trânsito Brasileiro

Especialistas em trânsito consultados pelo g1 explicaram que, por se tratar de uma ação praticada dentro de propriedade privada, os órgãos de trânsito não têm poder de atuação e fiscalização. Se tivesse acontecido em via pública, Andressa estaria infringindo pelo menos três artigos; veja abaixo:

  • Uso obrigatório de cadeirinhas para crianças com até 10 anos de idade: infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira de motorista;
  • Entregar a direção do veículo a pessoa sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou permissão para dirigir: infração gravíssima, multa pode chegar a até três vezes o valor previsto e a possibilidade da retenção da carteira.
  • Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada [ou que] não esteja em condições de conduzi-lo com segurança: Multa e detenção de seis meses a um ano.

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LEVANTAMENTO

O número de detidos pelo referido crime cresce há cinco anos consecutivos

Até o final de 2023, o Brasil tinha 633 pessoas presas em razão do crime de aborto. Deste número, mais de 98% eram homens, que, pela lei, podem ser condenados se forçarem o aborto contra a vontade das mulheres.

Os dados são da Secretaria Nacional de Políticas Penais, ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. O número de detidos pelo referido crime cresce há cinco anos consecutivos. Em 2023, atingiu o maior índice pelo menos desde o ano de 2017.

A pessoa denunciada por aborto, seja qual foi a modalidade, vai a júri popular.

Entenda

Para entender o motivo de homens estarem sendo detidos é necessário saber que o aborto ilegal tem pena de 1 a 3 anos para grávidas. Neste caso, as condenações não gerem prisão por conta da necessidade de transação penal.

Segundo Marcelo Balzer Correia, promotor do tribunal do júri de Curitiba, desde 2019, com a Lei 13.964/2019 (conhecido como pacote anticrime), o Código de Processo Penal passou a prever a possibilidade de um acordo de não persecução penal —que se trata de uma negociação pré-processual entre o MP (Ministério Público) e o investigado.

A possibilidade foi dada nos casos em que a infração penal ocorre sem violência ou grave ameaça e quando o crime tem uma pena mínima inferior a quatro anos.

Ao confessar o aborto, a mulher tem a possibilidade de não ser processada, caso opte pelo acordo persecução penal.

Prisão

A prisão em regime fechado acontece quando o aborto é praticado por terceiros, isto é, quando alguém força uma mulher grávida a fazer o procedimento sem consentimento.

Nesses casos, se condenada, a pessoa pega uma pena que varia de três a dez anos. A pena ainda pode ser ampliada em um terço se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofrer lesão grave; e são duplicadas se causar morte.

*Com informações do UOL

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Após 6 anos de serviço, Fiona, cão da Polícia Rodoviária Federal, se aposenta

Após seis anos de serviços prestados ao lado dos agentes da Polícia Rodoviária Federal, chegou ao fim o trabalho de Fiona, cadela da raça Pastor Holândes. A cachorra, que participou de diversas operações e apreensões da PRF em Goiás, chegou a dar um prejuízo de cerca de R$ 60 milhões no crime organizado ao encontrar drogas e armas de fogo.

Em seu último dia de trabalho quando a Polícia Rodoviária Federal, na quinta-feira (6), ela acabou realizando a inspeção de um ônibus que estava saindo de Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul, para Brasília. A cadela encontrour maconha dentro da mochila de uma criança.

Segundo o órgão, a cachorra causou um prejuízo de aproximadamente R$ 60 milhões para o crime organizado. Fiona foi a pioneira do Grupo de Operações com cães da PRF do estado. Entre as conquistas estão as apreensões de mais de cinco toneladas de maconha, 500 kg de cocaína e 30 armas de fogo. Na unidade operacional de Uruaçu, norte de Goiás, ela liderou a prisão de 15 traficantes e, em Curitiba, apreendeu 2 kg de MDMA, substância também conhecida como ecstasy.

“Operamos em vários estados do Brasil desempenhando essa mesma atividade, a busca de entorpecentes, armas, munições e entre outros”, disse a policial Virgínia Cruvinel.

Fiona foi adotada pelo policial federal Tobias Mesquita da Silva, que afirma estar muito animado em dar todo amor e carinho para a cachorra. Além dela, outro cão policial também foi adotado, o Turco, que trabalhou ao lado de Fiona.

“Vou montar uma escala lá em casa, né?! Com a esposa e os filhos, todo mundo vai ajudar a tratar. Todo mundo lá de casa ama cachorro. O que não vai faltar é amor para ela. Ela vai ser muito amada”, ressalta o agente.

Segundo as pesquisas realizadas pela PRF, no Brasil existem 85 cães policiais. Em 2023, cerca de 1.423 operações foram realizadas com o auxilio desses animais. Somente neste ano, até maio de 2024, foram mais de 599.

Aos oito anos, Fiona participou de cinco cursos para aprimorar suas habilidades na utilização do faro durante as operações de alto risco. Os cães farejadores são treinados para identificar cheiros específicos como o de drogas e, ao concluírem a tarefa, eles ganham uma recompensa com os seus brinquedos favoritos.

Aos oito anos, Fiona se aposenta da Polícia Rodoviária Federal — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

*Victoria Vieira é integrante do programa de estágio entre TV Anhanguera e Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), sob orientação de Millena Barbosa.

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Veja o que se sabe sobre o personal suspeito de crime sexual durante avaliações físicas

A Polícia Civil (PC) afirma que teve o pedido de prisão do personal Bruno Fidelis, suspeito de crime sexual contra alunas, negado pela Justiça, em Caldas Novas, no sul do estado. Em nota à imprensa, a corporação ainda informou que o Ministério Público (MP) foi favorável ao pedido.

“A Polícia Civil, por meio da Autoridade Policial presidente das investigações, encaminhou representação ao Poder Judiciário pela decretação da prisão preventiva do investigado, em virtude de risco à ordem pública, tendo o Ministério Público do Estado de Goiás se manifestado favoravelmente, porém o Poder Judiciário indeferiu o pedido”, diz a nota.

A nota divulgada na terça-feira (29) informa que, mesmo com o pedido de prisão preventiva negado, as medidas cautelares em favor das vítimas dos crimes sexuais e a quebra do sigilo de dados do celular do suspeito foram autorizadas pelo Poder Judiciário. O inquérito policial deve ser concluído dentro do prazo de 30 dias.

O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça de Goiás para que pudesse se posicionar sobre o assunto, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

O g1 pediu à defesa do personal, nesta quarta-feira (29), um posicionamento sobre as denúncias, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem. Após a primeira denúncia, a defesa do personal afirmou, em nota, que demonstrará “improcedência das denúncias” (leia o posicionamento na íntegra ao fim da reportagem).

Personal trainer Bruno Fidelis é preso suspeito de crime sexual, em Caldas Novas, Goiás — Foto: Reprodução/Redes sociais e Divulgação/PM

Bruno Fidelis foi preso na última na última terça-feira (21), depois de ser denunciado por uma aluna, que alegou ter tido o biquíni afastado e os seios acariciados durante uma avaliação física do personal. O suspeito foi solto no mesmo dia. Após a primeira denúncia, outras duas mulheres foram encorajadas pela repercussão do caso e denunciaram Bruno também pelo mesmo crime.

As investigações apontam que os assédios denunciados até o momento ocorreram entre 2021 e 2024. Todas as vítimas são jovens entre 21 e 25 anos.

O que dizem as denúncias?

O primeiro caso denunciado ocorreu na tarde do dia 21 de maio deste ano, o homem foi preso e solto no mesmo dia, em Caldas Novas. Segundo o delegado Alex Miller, a mulher informou que estava de biquíni para serem feitas medições e fotografias. Além disso, ela afirmou que, quando o personal foi fazer uma medição, teria passado a acariciar os seios dela por debaixo do biquíni.

O delegado contou que a vítima fazia acompanhamento com o personal havia 40 dias. A polícia ainda acrescentou que o suspeito disse à polícia que “revisou as medições do corpo da aluna, mas que não teve intuito de tirar proveito sexual e que foi um mal-entendido por parte dela”.

Uma terceira mulher também denunciou o personal. Segundo o delegado, este caso aconteceu em 2021 e a vítima relatou os crimes à polícia após a primeira denúncia. Disse ainda que o assédio também ocorreu durante a avaliação física e que Bruno agiu da mesma forma.

Prints divulgados pela polícia

Foto mostra print de aluna alegando que foi vítima de crime sexual do personal trainer Bruno Fidelis em Caldas Novas, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera e Redes Sociais

Em prints divulgados pela polícia, é possível ver quando a primeira vítima confronta o personal, dizendo que ele passou a mão nela, e ele pede desculpas dizendo achar que “estava sendo correspondido” (veja abaixo). Quanto aos prints, a defesa do suspeito diz que “em momento algum houve conotação de ameaça, coação ou constrangimento, mas simplesmente um ato de buscar esclarecer os fatos”.

O delegado Alex Miller contou que a mulher fazia acompanhamento com o personal há 40 dias. A polícia ainda acrescentou que o suspeito disse à polícia que “revisou as medições do corpo da aluna, mas que não teve intuito de tirar proveito sexual e que foi um mal-entendido por parte dela”.

Prints mostram conversa de personal trainer suspeito de importunar sexualmente aluna, em Caldas Novas — Foto: Divulgação/PM

O personal disse para a vítima que teve os seios acariciados, que não conseguia se controlar porque tomava hormônio, segundo ela.

“Eu coloquei as minhas mãos sobre o seios e tampei e perguntei se ele estava ficando louco. Aí ele riu, pediu desculpa, falou que não conseguiu se controlar porque estava tomando hormônio”, contou a jovem de 23 anos.

Nota da defesa na íntegra

“Os advogados Lucas Morais Souza e Arlen S. Oliveira esclarecem que ainda estão tomando ciência das acusações arroladas nos autos de inquérito policial. Informam ainda que o personal exerce a profissão há mais de cinco anos, atendendo mais de 100 alunos neste período, pautando sempre pela ética, transparência e a busca do melhor resultado para os alunos.

Neste período, nunca obteve nenhuma reclamação de seus alunos, e, no curso das investigações demonstrará a improcedência das acusações. Nesse compasso, a defesa buscará no curso do processo demonstrar que o investigado agiu sempre pela boa-fé e ética, cumprindo com o exercício da função que lhe foi confiado por seus alunos.

Sobre as conversas trocadas no dia do suposto fato, percebe-se pelo próprio teor que em momento algum houve conotação de ameaça, coação ou constrangimento, mas simplesmente um ato de buscar esclarecer os fatos mal entendidos.

A relação entre aluna e personal era amistosa o que pode também ser percebido pelas mensagens enviadas e compartilhadas via redes sociais durante os treinos pela própria aluna.

Os advogados Lucas Morais Souza e Arlen S. Oliveira esclarecem que a Delegacia de Polícia Civil encaminhou ao judiciário as documentações e levantamentos apurados até o presente momento. Na ocasião, o juízo responsável pelo caso, ao analisar os documentos, deliberou da seguinte maneira: ‘O autuado constituiu defensor, apresentou comprovante de endereço, possui ocupação lícita, não possui condenações transitadas em julgado.

Desse modo, não há motivos que justifiquem o decreto preventivo, com base nos pressupostos autorizadores (art. 312 do CPP). In casu, qualquer afirmação no sentido de que existem motivos para manter a prisão do autuado não passará de presunção de periculosidade, o que viola o ordenamento constitucional, mormente o princípio da inocência, vez que o autuado ainda não foi submetido a julgamento.’

Por fim, informamos que as informações levantadas são embrionárias e que qualquer julgamento neste momento ofende o princípio da presunção de inocência. Os fatos devem ser apurados sob o crivo do contraditório e ampla defesa em juízo.”

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Após a exposição do caso na mídia, outras duas mulheres procuraram a polícia para registrar queixa. Os casos de importunação sexual teriam ocorrido em 2021 e em 2023.

Os três casos serão investigados no mesmo inquérito. Por se tratar de crime de natureza sexual, a polícia não forneceu maiores detalhes para preservar as identidades das vítimas.

O UOL procurou a defesa de Bruno Fidelis para pedir posicionamento sobre a terceira denúncia, mas não obteve retorno. Na semana passada, o advogado do personal, Arlen Oliveira, informou que a defesa não havia sido notificada em relação à segunda denúncia. Sobre o primeiro boletim de ocorrência que resultou na prisão de Fidelis, Oliveira destacou que seu cliente foi solto por “não haver motivos que justifiquem o decreto [de prisão] preventiva.

Leia a nota divulgada pela defesa:

Os advogados Lucas Morais Souza e Arlen S. Oliveira, esclarecem que a Delegacia de Polícia Civil encaminhou ao judiciário as documentações e levantamentos apurados até o presente momento.
Na ocasião, o juízo responsável pelo caso, ao analisar os documentos, deliberou da seguinte maneira: ‘O autuado constituiu defensor, apresentou comprovante de endereço, possui ocupação lícita, não possui condenações transitadas em julgado. Desse modo, não há motivos que justifiquem o decreto preventivo, com base nos pressupostos autorizadores (art. 312 do CPP). In casu, qualquer afirmação no sentido de que existem motivos para manter a prisão do autuado não passará de presunção de periculosidade, o que viola o ordenamento constitucional, mormente o princípio da inocência, vez que o autuado ainda não foi submetido a julgamento.’ Por fim, informamos que as informações levantadas são embrionárias e que qualquer julgamento neste momento ofende o princípio da presunção de inocência. Os fatos devem ser apurados sob o crivo do contraditório e ampla defesa em juízo.



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Mãe de crianças mortas a facadas e queimadas pelo pai pede justiça

No mês em que completa um ano da morte de Mirielly Gomes Souza, de 8 anos, e Cecília Gomes Souza, de 4 anos, a mãe das crianças, Dayane Faria, conta sobre a saudade das filhas e pede justiça para o crime. Segundo a Polícia Civil, Ramon de Souza Pereira, pai das crianças, confessou à polícia ter matado as filhas para se vingar da ex-companheira.

“A gente tem o sentimento de impotência por ter passado um ano que você perdeu suas filhas e nunca mais você vai ver elas e que tá tudo parado, que a justiça não é feita”, desabafou.

Neste domingo (26), Dayane, de 29 anos, participou de uma manifestação, reunindo-se com a família e amigos pedindo justiça e penas mais severas para os crimes, em Goiânia. “Se eu me calar, vai ser mais um caso entre outros. E eu não quero ficar no esquecimento”, afirmou.

O g1 entrou em contato com o Ministério Público de Goiás para saber se o suspeito foi denunciado, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem. O Tribunal de Justiça informou que o caso segue em segredo de Justiça e, por isso, não pode fornecer informações sobre o andamento do processo.

A reportagem também entrou em contato com a defesa de Ramon de Souza Pereira por meio de mensagem e ligação, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Ramon de Souza Pereira é suspeito de matar filhas de 4 e 8 anos, em Santo Antônio de Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Segundo a Polícia Civil, o homem que confessou ter matado as duas filhas está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, no Núcleo de Custódia, isolado de outros detentos. Dayane contou que Ramon ainda não foi julgado e a data do julgamento pelo júri popular não foi definida. “Pela tamanha crueldade que foi esse crime, ele já deveria ter sido julgado, já deveria ter pegado uma pena máxima. E nada acontece”, disse Dayane.

Dayane afirmou que a luta diária para seguir em frente é difícil e que se dedica ao trabalho como motorista de aplicativo para tentar manter a mente ocupada. “É uma luta todos os dias. Você se levantar, olhar para um lado e para o outro e ver que suas filhas não estão ali, mas você tem que tentar prosseguir,” desabafou.

A mãe das crianças disse que encontra forças na fé e na determinação de buscar justiça por suas filhas. “Eu vou lutar pela justiça até o último dia da minha vida”, afirmou.

Irmãs Mirielly Gomes Souza, de 8 anos, e Cecília Gomes Souza, de 4 anos — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A motorista de aplicativo também contou que tem medo de que Ramon saia da cadeia. “Ele teve a capacidade de cometer um crime contra as próprias filhas, que olharam para ele e pediram para que não fizesse isso. O que ele não faria comigo ou com a minha família para me atingir. Tenho medo do que ele possa fazer se for solto”, finalizou.

Na época, à Polícia Civil (PC), Ramon confessou que matou as filhas. Segundo o delegado Marcus Cardoso, durante a prisão, o homem disse que matou as meninas para se vingar da ex-companheira após colocar um rastreador no carro dela e encontrá-la com outro homem, em Goianira, na Região Metropolitana da capital.

Segundo as investigações, após o motorista de aplicativo encontrar a mulher com outro homem, a agrediu, pegou o carro, buscou as filhas nas escolas e as matou no dia 22 de maio de 2023, em Santo Antônio de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. De acordo com o delegado Marcus Cardoso, Ramon foi preso no dia seguinte, em um lago, após ter tentado se matar.

Na época, o delegado Marcus Cardoso disse que uma testemunha próxima à família relatou que, um mês antes do crime, Ramon teria dito que mataria as filhas caso confirmasse a traição da esposa. “Ela confirmou à polícia que ele disse que estava desconfiando da traição, que iria matar as meninas e depois se matar”, afirmou.

Cardoso ainda detalhou que, no dia 21 de maio de 2023, Ramon conversou com o homem com quem ele desconfiava que a ex-companheira estaria tendo um caso e perguntou se ele andava armado. “O suspeito, realmente, já tinha esse pensamento de executar as crianças e planejou o crime”, contou.

O delegado também afirmou que a polícia descartou a possibilidade de Ramon ter problemas psicológicos. “Ele não faz tratamento médico ou uso contínuo de medicação”, relatou. Ramon não tinha antecedentes criminais ou histórico de violência e, segundo a polícia, era um pai e marido presente.

Após dez dias de investigações, o delegado concluiu o inquérito e no dia 1° de junho, indiciou Ramon por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e meio cruel que dificultou a defesa das vítimas, que são menores de 14 anos, além da lesão corporal contra a esposa. Segundo a Polícia Civil, ele pode pegar até 60 anos de prisão.

“Concluímos sem dúvida alguma a autoria e motivação do crime. O exame cadavérico ainda precisa ser finalizado, porém já apontou que as vítimas foram esfaqueadas e, posteriormente, ele colocou fogo no carro. Agora, só falta completar a perícia para saber se as meninas já estavam mortas antes do incêndio”, disse o delegado.

Carro que foi queimado com as duas crianças na zona rural de Santo Antônio de Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Confira as informações divulgadas pelos delegados Marcus Cardoso e Humberto Teófilo:

  • Por volta de 16h, Ramon encontrou a esposa com outro homem em Goianira e a agrediu com socos e chutes. O homem que estava com a mulher fugiu de moto. A chave do carro dela estava na ignição, por isso, Ramon fugiu usando o veículo.
  • Primeiro, Ramon buscou a filha de 4 anos em um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei).
  • Cerca de 300 metros do Cmei, Ramon pegou a filha mais velha na escola.
  • Ramon comprou galão com gasolina e faca.
  • Ramon levou as meninas até Santo Antônio de Goiás.
  • Por volta de 17h45 ligou para sogro, que gravou toda a ligação. Segundo o delegado, era possível ouvir as meninas no fundo chorando e dizendo que o pai estava colocando álcool no carro.
  • Ramon matou as meninas a facadas e colocou fogo no carro.
  • Por volta de 20h, o fazendeiro Edmir Batista encontrou o carro ainda em chamas e acionou a polícia.
  • Cerca de 70 policiais trabalharam nas buscas, fizeram uma varredura e a polícia conversou com parentes do casal.
  • Por volta de 15h30, Ramon foi encontrado pela Guarda Civil Metropolitana em um lago na região do crime e foi encaminhado à delegacia.
  • Ramon conversou com o delegado, mas precisou ser levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). De lá, foi encaminhado ao Hospital Estadual de Urgências de Goiás (Hugo).

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