Operação Narco Bet investiga uso de criptomoedas e apostas eletrônicas para ocultar recursos do tráfico internacional de drogas
A PF (Polícia Federal) prendeu nesta 3ª feira (14.out.2025) o empresário Rodrigo Morgado e o influenciador digital Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, durante a operação Narco Bet. A ação, realizada em conjunto com a Polícia Criminal Federal da Alemanha, busca desarticular um esquema de lavagem de dinheiro vinculado ao tráfico internacional de drogas.
Os agentes federais cumprem 11 ordens de prisão e 19 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 630 milhões para descapitalizar a organização criminosa. As informações são do g1.
O grupo empregava técnicas de lavagem que incluíam movimentações em criptomoedas e transferências internacionais para dissimular patrimônio. Parte dos valores teria sido direcionada para empresas do setor de apostas eletrônicas, as bets. Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com indícios de atuação transnacional.
A Narco Bet é um desdobramento da Narco Vela, deflagrada em abril de 2025 para combater o tráfico de drogas por via marítima a partir do litoral brasileiro.
A PF identificou que o núcleo principal da organização criminosa funcionava a partir da Baixada Santista. Nessa região, as drogas eram armazenadas e transportadas por lanchas até o alto-mar, onde ocorria a transferência para pesqueiros e veleiros. Essas embarcações navegavam até a costa africana para a carga ser recolhida por barcos menores.
BUZEIRA E MORGADO
Os agentes federais prenderam Buzeira no município de Igaratá (SP). O influenciador tem mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais e costuma divulgar plataformas de apostas on-line.
Rodrigo Morgado foi preso em um edifício na Ponta da Praia, em Santos. O empresário havia sido detido na operação Narco Vela por porte ilegal de arma, quando também teve veículos de luxo apreendidos. Na ocasião, foi liberado depois de 4 dias e fez um acordo para evitar o processo.
O Poder360 tentou entrar em contato com Buzeira e Rodrigo Morgado, mas não teve sucesso em encontrar um telefone ou e-mail válido para informar sobre o conteúdo desta reportagem. Este jornal digital seguirá tentando fazer contato com os influenciadores e este texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.
Operação contra falsificação de bebidas autuou 19 estabelecimentos em GO
Lidiane 8 de outubro de 2025
O Governo de Goiás autuou 19 estabelecimentos entre os dias 2 e 4 de outubro durante uma operação integrada de fiscalização e combate à falsificação de bebidas. A ação foi conduzida pelas secretarias de Estado da Segurança Pública e da Saúde nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e Trindade.
A medida, determinada pelo governador Ronaldo Caiado, teve como objetivo verificar a procedência dos produtos, inspecionar bares e distribuidoras, coibir práticas criminosas e proteger a saúde da população. A iniciativa possui caráter preventivo e foi motivada por episódios registrados em outros estados, onde a contaminação por metanol em bebidas falsificadas resultou em mortes e internações.
A Força-Tarefa Integrada Metanol já fiscalizou 30 estabelecimentos comerciais no total. Desse trabalho, resultou o recolhimento de 1.087 bebidas que apresentavam irregularidades, como vencimento, falta de registro ou ausência do selo do Ministério da Agricultura e Pecuária.
Foram coletadas 34 amostras para análise laboratorial e requisitadas 82 perícias. A operação também registrou 30 procedimentos policiais.
Entre outros itens apreendidos estão 166 maços de cigarros sem registro, seis cigarros eletrônicos de venda proibida, 49 alimentos vencidos e 33 caixas de fogos de artifício. O Procon Goiás emitiu cinco advertências e cinco pessoas foram conduzidas à delegacia para procedimentos legais.
As ações contam com a atuação conjunta de equipes da Polícia Civil, Polícia Militar, Procon Goiás, Vigilância Sanitária Estadual e Superintendência de Vigilância em Saúde, entre outros órgãos.
O secretário de Segurança Pública, Renato Brum dos Santos, afirmou que a força-tarefa continua.
“Houve determinação do governador Ronaldo Caiado de que esta operação fosse contínua. Fizemos uma reunião hoje, aqui na Secretaria de Saúde, vamos continuar com a ação em Goiânia e estender para cidades estratégicas, com as forças locais, em cidades de grande e médio porte populacional”, disse.
O planejamento estratégico prevê a continuidade da força-tarefa para esta quarta-feira (8/10), com atuação em bares, restaurantes e boates.
Estado contabiliza 5 casos suspeitos de intoxicação por metanol
Goiás registra cinco notificações de casos suspeitos de intoxicação por metanol, conforme último balanço divulgado. Desse total, dois já foram descartados, referentes aos municípios de Bom Jesus e Senador Canedo. Os três casos que permanecem em investigação são de Itapaci, Formosa e Padre Bernardo. A paciente de Itapaci encontra-se internada em um hospital de Uruaçu.

O secretário estadual da Saúde, Rasível Santos (foto), afirma que todos os casos suspeitos recebem acompanhamento especializado das equipes da pasta.
“Estamos monitorando de forma contínua a evolução dos pacientes e trabalhando para garantir a recuperação completa de cada um deles. Em alguns casos, ainda aguardamos o resultado dos exames laboratoriais para confirmar ou descartar a contaminação por metanol”, explicou.
Rasível também destaca que o Estado já possui o antídoto necessário para o tratamento de possíveis intoxicações, recebido do Hospital das Clínicas. As notificações foram formalmente encaminhadas ao Ministério da Saúde com o objetivo de assegurar uma reserva técnica de ampolas para uso em situações emergenciais.
Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram contra o senador por vídeo em que atribuiu ao ministro a prática de corrupção
A 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) tem maioria para manter o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) como réu por calúnia contra o ministro da Corte Gilmar Mendes.
Os ministros Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes já haviam votado na 6ª feira (3.out.2025) para rejeitar um recurso do congressista contra a decisão do colegiado que o tornou réu. Flávio Dino acompanhou os 2 neste sábado (4.out.2025).
Ainda faltam votar os ministros Luiz Fux e Cristiano Zanin, que têm até 10 de outubro para registrarem seus posicionamentos.
A ação que corre no plenário virtual sob relatoria de Cármen Lúcia analisa uma denúncia oferecida pela PGR (Procuradoria Geral da República) e aceita por unanimidade pela 1ª Turma em junho de 2024.
O órgão afirma que Moro cometeu crime de calúnia ao atribuir a Gilmar Mendes a prática de corrupção passiva. O episódio citado na denúncia se deu em uma festa junina, em 2022, quando o juiz da Lava Jato foi gravado dizendo que um habbeas corpus poderia ser “comprado” do magistrado.
A declaração foi filmada por terceiros e acabou viralizando nas redes sociais.
Assista (18s):
Segundo a PGR, Moro teria agido para “macular a imagem e a honra objetiva” de Gilmar, com o objetivo de descredibilizar sua atuação na Corte.
No recurso que a 1ª Turma já tem maioria para rejeitar, a defesa do senador diz que ele não teve intenção de ofender o ministro e que a declaração foi uma “piada infeliz” tirada de contexto. Afirma ainda que a gravação foi editada de forma “maldosa”.
Com o recurso rejeitado, a ação penal contra Moro segue. Caso seja condenado a mais de 4 anos, o senador pode perder seu mandato.
A última sessão ordinária de setembro do Parlamento goiano teve como destaque o primeiro aval a mudanças na lei estadual que trata da prevenção de incêndios. Também foram votadas, nesta terça-feira, 30, a licença de uma das deputadas da Casa e a alteração no nome de um colégio estadual. Além disso, os membros da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) também aproveitaram o encontro para debater ações da Prefeitura de Goiânia, o combate à violência doméstica, a gestão de unidades de saúde e uma situação ocorrida no comércio da capital.
Com o objetivo de aperfeiçoar e adequar a norma às transformações da norma, Veter Martins (UB) deseja alterar a lei estadual que trata da prevenção de incêndios, o Código Estadual de Segurança contra Incêndio e Pânico. A iniciativa tramita sob o nº 5643/25 e conquistou o primeiro sinal verde do Plenário.
O deputado sugere que o prazo de validade do Certificado de Conformidade (Cercon), emitido pelo Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO), comece a valer a partir do dia de sua aprovação, e não mais a contar da data da primeira fiscalização no local. Outra novidade pleiteada é a emissão do Cercon de forma digital, assim que aprovada sua concessão em sistema informatizado utilizado pelo CBMGO.
Além disso, quando forem constatadas irregularidades que causem riscos à segurança das pessoas, danos ao patrimônio ou ao meio ambiente, propõe-se que o certificado seja suspenso antes de ser cassado. Com isso, o estabelecimento terá a oportunidade de se adequar aos requisitos da lei e às normas técnicas necessárias e, caso não o faça, o Cercon poderá ser cassado.
Durante a discussão da matéria, Veter Martins afirmou que as medidas propostas surgiram a partir de audiências públicas e conversas com a Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag). “Irão beneficiar diretamente todo o segmento produtivo, porque aumenta ma segurança jurídica”, explicou. Na oportunidade, o parlamentar também agradeceu ao presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), por ter auxiliado na elaboração do texto em pauta.
Outro ponto-chave da propositura diz respeito à renovação do Cercon para fins de funcionamento. Com a adição de um parágrafo ao artigo 15, o legislador tem como objetivo estabelecer novos critérios de vistoria. Para edificações de alto risco, o processo deve ser anual, para as de médio risco (intercalando vistoria e análise documental), bienal, e trienal para baixo risco (vistoria no primeiro ano e análise documental nos demais, com nova vistoria no quarto ano). Por fim, requer-se maior prazo para o pagamento de multas aplicadas por eventuais descumprimentos, 30 dias ao invés dos atuais dez.
Incentivo ao esporte
O ajuste no nome do Colégio Estadual Regina Pimenta Peixoto Moura, assim batizado por lei neste ano, foi autorizado definitivamente pelo Parlamento. Para consolidar uma nova categoria de instituição da educação básica em tempo integral com foco no esporte, a Governadoria propôs que a unidade passe a se chamar Centro de Ensino em Período Integral do Esporte Regina Pimenta Peixoto Moura (processo nº 23626/25).
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o objetivo é ampliar a inclusão social, especialmente de jovens em situação de vulnerabilidade que apresentem potencial esportivo. Com o novo tipo de centro de ensino, afirma a secretaria, vislumbra-se desenvolver simultaneamente as aptidões acadêmicas, socioemocionais e físicas.
Mudanças no Solidariedade
Durante a sessão, foram aprovadas mudanças dos políticos que ocupam as vagas do Solidariedade no Parlamento goiano. No final do mês passado, o deputado Cristiano Galindo solicitou uma licença médica de dez dias, seguida por uma de 111 dias para tratar de interesse particular. Com a autorização do Plenário, a então primeira suplente, Delegada Fernanda, tomou posse no início de setembro.
Na plenária de hoje, a deputada apresentou o processo nº 24450/25 para solicitar duas licenças de seu mandato parlamentar. A primeira é por motivos de saúde e pelo período de dois dias, contados a partir de 30 de setembro. Depois, outra de 119 dias, por causas pessoais. O Regimento Interno da Casa de Leis prevê, a critério de Fernanda, o direito de retornar a qualquer tempo.
Como o segundo suplente comunicou que não possui interesse em assumir a vaga, o terceiro, Luiz Sampaio, foi empossado. Assim, logo após a plenária, foi realizada uma sessão solene para a posse do novo deputado. Confira os detalhes da posse aqui.
Pequeno Expediente
Primeiro a ocupar a tribuna, Clécio Alves (Republicanos) comentou a retirada de quiosques de comerciantes dos parques de Goiânia. A medida está sendo tomada pela Prefeitura da capital, sob a justificativa de que a legislação define o uso desses espaços como de responsabilidade do Executivo municipal. De acordo com o Paço Municipal, tais regras para o funcionamento das referidas atividades econômicas estariam sendo descumpridas. “Além de perseguir quem trabalha e ganha seu pão no dia a dia, o prefeito cria dificuldades para os cidadãos usarem os parques”, opinou.
Logo em seguida, Bia de Lima (PT) celebrou a realização da 7ª Caravana Nacional da Mulher, na Alego. O evento que acontece nesta terça visa a debater temas como o enfrentamento à violência contra a mulher. Na ocasião, a parlamentar também observou o trabalho desenvolvido pela Casa de Leis, por meio da Procuradoria Especial da Mulher, na criação de procuradorias especiais da mulher nas câmaras municipais goianas.
Antônio Gomide (PT) falou sobre manifestações que tem recebido da população, em seu gabinete, sobre o Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana). A unidade é gerida pela organização social de saúde (OS) Fundação Universitária Evangélica (Funev) desde 2019. O deputado criticou o modelo de gestão de hospitais por OS e afirmou que, embora o secretário da Saúde do Estado de Goiás, Rasivel dos Reis, tenha ido ao Heana, ele “minimizou a situação”.
Os parlamentares Mauro Rubem (PT) e Amauri Ribeiro (UB) repercutiram o mesmo tema, o caso de um açougue goianiense que afixou, em sua porta, um cartaz com o texto “petista aqui não é bem-vindo”. Enquanto Ribeiro afirmou que o proprietário tem a liberdade de decidir quem quer ou não como cliente, Rubem considerou “uma placa discriminatória” e exaltou a ação civil pública que o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) ajuizou contra o estabelecimento.
A Justiça acolheu pedido do Ministério Público de Goiás e determinou, nesta segunda-feira (29/9), que a Casa de Carnes Frigorífico Goiás Ltda. retire, em até 48 horas, qualquer cartaz, publicação ou mensagem com teor discriminatório contra consumidores por convicção político-partidária. A decisão liminar atendeu a pedido feito em ação civil pública proposta pelo promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva, da 12ª Promotoria de Justiça de Goiânia.
De acordo com a ação, o estabelecimento teria exposto em setembro um cartaz com a frase “Petista aqui não é bem-vindo”, além de publicações em redes sociais reforçando a mensagem. No dia 7 de setembro, o representante legal da empresa, Leandro Batista Nóbrega, escreveu no Instagram: “Não atendemos petista”.
Para o Ministério Público, as manifestações configuram prática abusiva e discriminatória, em violação ao Código de Defesa do Consumidor, à Constituição Federal e a valores democráticos.
Ao analisar o pedido, o juiz Cristian Battaglia de Medeiros, da 23ª Vara Cível de Goiânia, reconheceu a probabilidade do direito e o risco de dano decorrente da manutenção das mensagens.
“A manutenção dos cartazes e das publicações discriminatórias, aparentemente, viola os direitos fundamentais de parcela indeterminável da população”, destacou na decisão.
A Justiça ordenou que a empresa retire imediatamente qualquer conteúdo discriminatório de seu estabelecimento físico e de suas redes sociais. Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 1 mil, limitada a R$ 100 mil, além da possibilidade de responsabilização criminal por desobediência.
O juiz também determinou a citação da empresa para apresentar defesa em até 15 dias, sob pena de revelia, e abriu a possibilidade de audiência conciliatória.
Caso repercute em sessão da Assembleia Legislativa
Durante a sessão ordinária desta terça-feira (30/9) da Assembleia Legislativa de Goiás, o deputado Mauro Rubem (PT) utilizou a tribuna para comentar o caso. O parlamentar denunciou a discriminação no Ministério Público e no Procon Goiás.
Ele condenou a conduta do dono do estabelecimento por discriminar “pessoas filiadas ou simpatizantes do Partido dos Trabalhadores”.
Para Rubem, as propagandas “afrontam a dignidade das pessoas”, além de ser um ato claro de violência política. Ele pontuou que “se a lei não puder servir para todos, isso não é um país. E não é a primeira vez [que o empresário transgride a lei], ele é reincidente”.
Já o deputado Amauri Ribeiro (UB) parabenizou o empresário Leandro Batista, dono do frigorífico. Segundo Ribeiro, é um direito dele, como cidadão, considerar quem não é bem-vindo, mesmo não tendo a entrada proibida.
“Na minha casa, petista não entra. Processe-me, deputado. O senhor só gosta de invasor de terra e de propriedade”, declarou.
Ele defendeu, ainda, o direito de qualquer cidadão de não aceitar pessoas filiadas ao PT e políticos do partido em lojas.
Com o mote “Congresso inimigo do povo”, manifestações deste domingo (21.set.2025) contam com apoio de artistas e partidos de esquerda
Partidos e movimentos de esquerda realizam neste domingo (21.set.2025) protestos contra o PL da Anistia e à PEC da Blindagem. As manifestações estão confirmadas nos 26 estados e no Distrito Federal. Um dos lemas é: “Congresso inimigo do povo”.
A mobilização ganhou força após a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 3 de 2021, conhecida como “PEC da Blindagem”, na Câmara dos Deputados. A campanha contra o texto conta com o apoio de congressistas como Erika Hilton (Psol-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ).
Leia os horários dos atos nas capitais:
- São Paulo (SP) – Av. Paulista (MASP), às 14h;
- Rio de Janeiro (RJ) – Copacabana (Posto 5), às 14h;
- Belo Horizonte (MG)– Praça Raul Soares, às 9h;
- Porto Alegre (RS) – Arcos da Redenção, às 14h;
- Salvador (BA) – Morro do Cristo, às 9h;
- Recife (PE) – Rua da Aurora (em frente ao GP), às 14h;
- Fortaleza (CE) – Estátua de Iracema Guardiã, às 15h30;
- Cuiabá (MT) – Praça Alencastro, às 14h;
- Brasília (DF) – Museu da República, às 9h;
- Goiânia (GO) – Praça Cívica, às 9h30;
- Curitiba (PR) – Boca Maldita, às 14h;
- Belém (PA) – Praça da República, às 9h;
- Rio Branco (AC) – Lago do Amor, às 16h30;
- São Luís (MA) – Praça da Igreja do Carmo, às 9h;
- Teresina (PI) – Praça Pedro II, às 9h;
- Boa Vista (RR) – Praça das Águas, 18h;
- Porto Velho (RO) – Complexo Madeira Mamoré, às 16h;
- Aracaju (SE) – Praia da Cinelândia, às 16h;
- Campo Grande (MS) – 14 de Julho com Afonso Pena, às 8h;
- Palmas (TO) – Feira do Bosque, às 16h;
- Vitória (ES) – Assembleia Legislativa, às 15h;
- Maceió (AL) – Sete Coqueiros, às 9h;
- João Pessoa (PB) – Busto do Tamandaré, às 8h;
- Florianópolis (SC) – Ponte Hercílio Luz, às 13h;
- Macapá (AP) – Teatro das Bacabeiras, às 14h;
- Manaus (AM) – Avenida Getúlio Vargas, às 8h;
- Natal (RN) – Ferreira Costa, às 9h.
Leia os horários dos atos em outras cidades:
- Ribeirão Preto (SP) – Praça Spadoni, às 15h30;
- Bauru (SP) – Vitória Régia, às 16h;
- Santos (SP) – Praça da Cidadania, às 16h;
- Uberlândia (MG) – Feira Livre do Bairro Luizote, às 9h;
- Alfenas (MG) – Praça do Coliseu, às 10h;
- Juiz de Fora (MG) – Praça da Estação, às 10h;
- Serra do Cipó (MG) – Praça Santana do Riacho, às 10h;
- Uberaba (MG) – Feira da Abadia, às 10h30;
- Itajaí (SC) – Praça do Centro de Eventos, às 14h;
- Jaraguá do Sul (SC) – Praça da Meia Luz, às 14h;
- Joinville (SC) – Praça da Bandeira, às 14h.
CONTEXTO
Na 3ª feira (16.set.2025), a Câmara dos Deputados aprovou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 3 de 2021, chamada “PEC da Blindagem”. A medida permite que deputados e senadores só sejam presos em flagrante por crimes inafiançáveis previstos na Constituição, como racismo e terrorismo.
Mesmo em flagrante, a manutenção da prisão ou da investigação depende de decisão da Casa em até 24h. O texto também amplia o foro privilegiado no STF (Supremo Tribunal Federal) para presidentes nacionais de partidos com representação no Congresso. O projeto ainda precisa de aprovação no Senado para entrar em vigor.
Na 4ª feira (17.set.2025), a Câmara aprovou a urgência do PL (Projeto de Lei) da Anistia, que busca perdoar crimes de condenados por tentativa de golpe e pela invasão dos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro. Com a urgência, o projeto pode ir direto ao plenário, sem passar por comissões.
ARTISTAS MARCAM PRESENÇA
Além do engajamento político, os atos têm o apoio de artistas como Anitta, Caetano Veloso e Débora Bloch, intérprete da vilã Odete Roitman na novela Vale Tudo, da TV Globo. Pelas redes sociais, eles vêm convocando a população a participar.
Os artistas afirmam que a iniciativa busca alertar a sociedade sobre os riscos da PEC para a responsabilização de parlamentares e a transparência no Congresso Nacional.
Grandes nomes da música brasileira anunciaram shows por meio de cartazes em suas redes sociais
Entre os artistas que vão se apresentar no ato, estão:
- Chico Buarque – Rio de Janeiro
- Djavan – Rio de Janeiro;
- Caetano Veloso – Rio de Janeiro;
- Marina Sena – Rio de Janeiro;
- Marina Lima – São Paulo;
- Chico César – Brasília;
- Lenine – Rio de Janeiro;
- Daniela Mercury – Salvador;
- Rafa Ventura – Belo Horizonte;
- Renegado – Belo Horizonte;
- Júlia Rocha – Belo Horizonte;
- Silva – Vitória;
- Maria Gadú – Rio de Janeiro;
- Os Garotin – Rio de Janeiro;
- Dj Pítty Latuffe – Belo Horizonte;
- Mc Mika – Belo Horizonte;
- Bel Bertinelli – Belo Horizonte;
- Fernanda Takai – Belo Horizonte;
- Paulinho da Viola – Rio de Janeiro;
- Simone – Maceió;
- João Suplicy – São Paulo;
- Luiz Thunderbird – São Paulo;
- Leoni – São Paulo;
- Sophia Chablau – São Paulo;
- Jota Pê – São Paulo;
- Camarada Janderson – São Paulo;
- Curumim – São Paulo;
- Thalma de Freitas – São Paulo;
- Salgadinho – São Paulo;
- Otto – São Paulo;
- Rap Plus Size – São Paulo.
Artistas que se posicionaram a favor dos atos:
- Sandra de Sá;
- Anitta;
- Denise Fraga
- Ana Carolina;
- Tony Belotto;
- Marcos Palmeira;
- Matheus Nachtergaele;
- Enrique Díaz
- Mateus Solano;
- Sophie Charlotte;
- Alinne Moraes;
- Claudia Abreu;
- Jonas Bloch;
- Daniel Dantas;
- Patrícia Pillar;
- Ingrid Guimarães;
- Wagner Moura;
- Maeve Jinkings;
- Alessandra Negrini;
- Alceu Valença;
- Leona Cavalli;
- Débora Bloch;
- Malu Mader;
- Luis Miranda;
- Christiane Torloni;
- Zeze Polessa;
- Enrique Diaz;
- Lucas Leto;
- Djonga;
- Carol Castro;
- Simone Mazzer.
PRINCIPAIS SHOWMÍCIOS
RIO DE JANEIRO
Em Copacabana, no Rio de Janeiro, será realizado um “showmício” com Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil, às 14h, na altura do Posto 5. Em vídeo divulgado na 5ª feira (18.set.2025), Caetano Veloso declarou que a PEC “tem que receber da sociedade brasileira uma resposta socialmente saudável, de que grande parte da população não admite um negócio desses”. O ato também contará com apresentações de Paulinho da Viola, Lenine, Marina Sena, Ivan Lins e Maria Gadú.
SÃO PAULO
Na capital paulista, a manifestação está marcada para as 14h, em frente ao MASP, na Avenida Paulista. Entre os confirmados estão Jota Pê, Dexter, Agnes Nunes, Leoni, Otto, Marina Lima, Curumim, Rap Plus Size, Thalma de Freitas, Sophia Chablau, Camarada Janderson, João Suplicy, Luiz Thunderbird e Salgadinho.
BRASÍLIA
Na capital federal, o ato terá início pela manhã, às 9h, no Museu da República. O cantor Chico César já confirmou sua apresentação musical.
ATOS DA ESQUERDA
A mais recente manifestação da esquerda nas ruas foi realizada em 7 de setembro, em várias partes do Brasil. Na Praça da República, em São Paulo, os organizadores reuniram 4.300 pessoas, segundo cálculo do Poder360 a partir de imagens aéreas.
O protesto teve como mote pedidos de condenação de Jair Bolsonaro (PL) por golpe – o ex-presidente acabou de fato condenado em 11 de setembro – e defesa da soberania, por causa das tarifas e sanções do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), contra o Brasil.
No mesmo dia dos atos da esquerda, a direita também foi para as ruas pela anistia de Bolsonaro, em protestos realizados em várias cidades. A manifestação realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu 48.800 pessoas, segundo cálculo deste jornal digital a partir de imagens aéreas.
NOVO RELATOR PROMETE REJEITAR A PEC
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado definiu na 6ª feira (19.set.2025) o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) como relator da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem. O congressista já se posicionou contra a proposta e afirmou que recomendará sua rejeição.
Vieira declarou que a PEC traz “enormes prejuízos para os brasileiros” e disse que o parecer será técnico e contrário ao texto. A proposta foi recebida oficialmente pelo Senado noite de 4ª feira (17.set.2025).
“Minha posição sobre o tema é pública e o relatório será pela rejeição, demostrando tecnicamente os enormes prejuízos que essa proposta pode causar aos brasileiros”, afirmou o relator.
O presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), também se manifestou contra a medida. Ele classificou a PEC como um retrocesso para a democracia e para a transparência. “Manifestei meu posicionamento contrário e acredito que não encontrará aprovação na CCJ”, declarou.
A liderança do MDB, uma das maiores bancadas do Senado, divulgou nota oficial afirmando que a proposta representa “impunidade absoluta” e “mina a igualdade perante a lei”.
Saiba quem são as celebridades que vão ao ato contra PEC da Blindagem
Lidiane 20 de setembro de 2025
Movimento acontece em 19 capitais, com shows de nomes como Caetano, Chico César e Daniela Mercury
Artistas de diferentes regiões do país estão se posicionando publicamente contra a contra anistia e a PEC da blindagem. A manifestação integra a agenda da Frente Povo Sem Medo, que convoca atos em 19 estados neste domingo (20.set). As mobilizações são contrárias ao PL da Anistia e à PEC da Blindagem. Um dos lemas está sendo “congresso inimigo do povo“.
O movimento ganhou força nas redes sociai. Deputados do Psol, como Guilherme Boulos (SP), Erika Hilton (SP) e Tarcísio Motta (RJ) lideram a convocação desde 4ª feira (17.set.2025). O ato será realizado em capitais como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Um dos “showmícios” mais aguardados é o que será realizado em Copacabana e terá a presença dos músicos Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil.
Os artistas afirmam que a iniciativa busca alertar a sociedade sobre os riscos da PEC para a responsabilização de parlamentares e a transparência no Congresso Nacional.
Entre os artistas que vão se apresentar no ato, estão:
- Chico Buarque – Rio de Janeiro
- Djavan – Rio de Janeiro;
- Caetano Veloso – Rio de Janeiro;
- Marina Sena – Rio de Janeiro;
- Marina Lima – São Paulo;
- Chico César – Brasília;
- Lenine – Rio de Janeiro;
- Daniela Mercury – Salvador;
- Rafa Ventura – Belo Horizonte;
- Renegado – Belo Horizonte;
- Júlia Rocha – Belo Horizonte;
- Silva – Vitória;
- Maria Gadú – Rio de Janeiro;
- Os Garotin – Rio de Janeiro;
- Dj Pítty Latuffe – Belo Horizonte;
- Mc Mika – Belo Horizonte;
- Bel Bertinelli – Belo Horizonte;
- Fernanda Takai – Belo Horizonte;
- Paulinho da Viola – Rio de Janeiro;
- Simone – Maceió;
- João Suplicy – São Paulo;
- Luiz Thunderbird – São Paulo;
- Leoni – São Paulo;
- Sophia Chablau – São Paulo;
- Jota.pê – São Paulo;
- Camarada Janderson – São Paulo;
- Otto – São Paulo;
- Rap Plus Size – São Paulo.
Artistas que se posicionaram contra a PEC e a favor dos atos:
- Sandra de Sá;
- Anitta;
- Denise Fraga
- Ana Carolina;
- Tony Belotto;
- Marcos Palmeira;
- Matheus Nachtergaele;
- Enrique Díaz
- Mateus Solano;
- Sophie Charlotte;
- Alinne Moraes;
- Claudia Abreu;
- Jonas Bloch;
- Daniel Dantas;
- Patrícia Pillar;
- Ingrid Guimarães;
- Maeve Jinkings;
- Alessandra Negrini;
- Alceu Valença;
- Leona Cavalli;
- Débora Bloch;
- Malu Mader;
- Luis Miranda;
- Christiane Torloni;
- Zeze Polessa;
- Enrique Diaz;
- Lucas Leto;
- Djonga;
- Carol Castro;
- Simone Mazzer.
PEC da Blindagem pode barrar ações contra corrupção no uso de emendas
Lidiane 20 de setembro de 2025
A proposta de emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que proíbe a abertura de ações criminais contra deputados e senadores sem autorização do Parlamento, pode favorecer a corrupção no uso das emendas parlamentares. O alerta vem sendo feito por especialistas e organizações que trabalham com o combate à corrupção.
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que reúne diversas entidades da sociedade civil, denunciou, em nota, que a PEC fortalece a impunidade e fragiliza a transparência, sobretudo “ao admitir o voto secreto em decisões que tratam da responsabilização de parlamentares”.
Diretor do MCCE, Luciano Santos afirmou à Agência Brasil que o crescimento dos volumes de dinheiro das emendas parlamentares favoreceu o aumento da corrupção no país. Em 2025, o orçamento federal destinou cerca de R$ 50 bilhões para emendas, valor semelhante ao previsto para 2026.
“Temos clareza de que se está buscando exatamente uma blindagem por conta dessas investigações sobre as emendas. Não faz o menor sentido fazer essa blindagem dos políticos, especialmente sabendo que existem diversas investigações em curso”, destacou o especialista.
Luciano argumenta que falta mais controle, transparência e rastreabilidade na execução desses recursos públicos.
“É de fora que tá vindo o controle. É o Supremo quem está exigindo que o Congresso e o Executivo possam ter práticas e medidas para evitar que aconteçam os desvios nas emendas. Não dá para fazer uma lei onde a autorização precisa vir do Congresso. A história demonstra que isso não dá certo”, disse.
Nos últimos anos, as emendas parlamentares têm sido alvos de diversas operações da Polícia Federal (PF) e de inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF) por falta de transparência no uso desses recursos.
Para o advogado e jurista Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, a grande motivação para a aprovação da PEC está nas investigações sobre pagamentos dessas emendas.
“Eles já estão blindados, de alguma forma, pela falta de transparência. A PEC, na verdade, vai trazer uma tranquilidade a mais. É quase uma ação entre amigos. Quase todos, ou boa parte, está envolvida em ações suspeitas no pagamento de emendas. Eles vão ter interesse de se proteger mutuamente”, avalia o advogado.
Recursos sem transparência e rastreabilidade
O coordenador da Central das Emendas, plataforma que reúne dados sobre a execução das emendas parlamentares, Bruno Bondarovsky, afirmou à Agência Brasil que essa PEC facilita que o dinheiro público liberado por emendas seja mal aplicado.
“A transparência já é limitada devido ao modelo atual, que pulveriza os recursos sem o devido controle. A eficiência alocativa é baixa por haver poucas restrições técnicas. Se as investigações de corrupção ficarem limitadas, essas emendas serão um ralo que pode inviabilizar o país”, alertou.
No final de agosto, o ministro do STF Flávio Dino mandou a PF investigar 964 emendas individuais de parlamentares de transferência especial, chamadas “emenda Pix”, que somam R$ 694 milhões.
Emendas parlamentares vêm sendo alvo de bloqueios bilionários. Em dezembro de 2024, Dino suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas por suspeitas de irregularidades.

Nesta semana, Dino suspendeu o repasse de “emendas Pix” para nove municípios. Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) em dez cidades só não encontrou irregularidade em um município.
A execução das emendas parlamentares é um dos principais motivos de disputa entre o Supremo e o Congresso. Em março deste ano, o Parlamento aprovou novas regras para emendas a partir das orientações do STF, mas críticos apontam que as mudanças não foram suficientes para dar transparência e rastreabilidade aos recursos.
Querem criar uma casta para um ‘nobre grupo de intocáveis’
Em nota, a Transparência Internacional, outra organização que trabalha com o tema da corrupção, lembrou que, entre 1998 e 2001, o Congresso barrou 253 investigações, autorizando apenas uma. Nessa época, vigorou a regra da autorização do Parlamento para abertura de ações penais contra parlamentares.
“[Deputados e senadores] se mostram avessos a qualquer tipo de medida de transparência ou controle [sob emendas parlamentares] e se preocupam mais com a possibilidade de responsabilização pelos desvios do que com a necessidade de interrompê-los. A urgência da blindagem se origina justamente no avanço das investigações sobre esses desvios, que já alcançam quase uma centena”, afirmou a entidade.?
Por sua vez, o Instituto Não Aceito Corrupção afirmou que a PEC tem a pretensão “óbvia” de se obter impunidade assegurada pela legislação.
“O que se propõe, a partir desta ignominiosa iniciativa, é a criação de uma verdadeira casta com alcunha jocosa de prerrogativa parlamentar para um nobre grupo de intocáveis, de pessoas acima do bem e do mal, afrontando-se também o princípio da isonomia constitucional”, disse a organização.
Os defensores da PEC 3 de 2021 afirmam que a proposta visa proteger o exercício do mandato parlamentar contra interferências indevidas do Judiciário e contra supostas “perseguições políticas”, conforme argumentam parlamentares da oposição.
Congressistas entram com ação contra Nikolas por campanha de demissões
Lidiane 17 de setembro de 2025
9 deputados federais assinaram denúncia contra deputado de MG por pressionar empresas a demitir funcionários que comentaram a morte de Charlie Kirk
Nove deputados federais do Psol protocolaram nesta 4ª feira (17.set.2025) uma representação no MPT (Ministério Público do Trabalho) contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o empresário Tallis Gomes. A acusação questiona a campanha identificada pela hashtag “DemitaExtremistas“, que incentiva empregadores a demitirem funcionários que celebraram a morte do norte-americano Charlie Kirk.
A campanha de Nikolas busca pressionar as empresas pela demissão de trabalhadores que se manifestaram sobre Kirk, assassinado em 10 de setembro nos Estados Unidos. Os congressistas sustentam que essa prática viola direitos constitucionais fundamentais.
“Sob a desculpa de que estariam ‘perseguindo extremistas que apoiam a morte’, em referência as pessoas que se manifestaram nas redes sociais de forma crítica às opiniões do norte-americano Charlie Kirk, militante de extrema direita assassinado em 10/09 nos Estados Unidos, os denunciados têm levado a cabo uma verdadeira campanha de incentivo à perseguição de trabalhadores por suas convicções políticas, violando a liberdade de manifestação do pensamento (artigo 5º, IV, CF), liberdade de consciência (artigo 5º, VI, CF) e de convicção filosófica ou política (art. 5º, VIII)”, dizem os congressistas. Eis a íntegra da representação (PDF – 882 kB).
Os deputados classificam a iniciativa como uma campanha organizada contra trabalhadores por suas opiniões políticas. Na representação, afirmam que as ações configuram “ilícitos trabalhistas de abuso de direito e assédio laboral por motivos de convicção filosófica ou política”.
A representação foi assinada pelos deputados Guilherme Boulos (Psol-SP), Erika Hilton (Psol-SP), Célia Xakriabá (Psol-MG), Henrique dos Santos Vieira Lima (Psol-RJ), Ivan Valente (Psol-SP), Luciene Cavalcante da Silva, Talíria Petrone Soares (Psol-RJ), Tarcísio Motta de Carvalho (Psol-RJ) e Paulo Lemos (Psol-AP).
Entre os casos mencionados na representação está a pressão exercida por Nikolas contra funcionários do Theatro Municipal de São Paulo e da revista Vogue Brasil. Em um dos episódios, Nikolas afirmou que entraria em contato com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) para solicitar o desligamento de um funcionário do espaço cultural.
Em outro caso citado, Nikolas Ferreira pressionou a Vogue Brasil a demitir Zazá Pecego, stylist sênior da publicação, por uma postagem interpretada como comemoração ao assassinato de Kirk – interpretação contestada pela profissional. A stylist foi desligada da empresa na 6ª feira (12.set.2025).
Os deputados do Psol incluíram na representação exemplos de postagens feitas por Nikolas Ferreira. Depois da demissão de Zazá, o deputado publicou uma imagem com a frase “Caçar e Demitir. Gostoso demais”. Em outra ocasião, comemorou a demissão de um médico de uma clínica em Recife com a mensagem “Espetacular posicionamento”. O congressista também escreveu: “Muitas denúncias interessantes hoje. Nós vamos atrás de você”.
Na denúncia, os deputados argumentam que “o constrangimento, a coação, a intimidação e a ameaça de demissão por motivos de convicção filosófica ou política, sejam os empregados de esquerda ou que simplesmente não compactuem com opiniões de direita ou de extrema-direita, configuram situações de evidente abuso de direito e assédio laboral, que não podem ser toleradas nem incentivadas, como ilicitamente vem fazendo”.
A representação destaca ainda que “o poder diretivo do empregador não contempla a imposição de convicções políticas e ideológicas. Assim, ao firmarem contrato de trabalho, os trabalhadores têm a expectativa de que suas convicções filosóficas e políticas sejam respeitadas no âmbito de suas individualidades. Vale dizer que o empregador compra as horas de trabalho do empregado, mas não suas convicções filosóficas e políticas”.
O MPT ainda não se manifestou sobre quando analisará a representação ou quais serão os próximos passos do processo.
Gecex também incluiu fibras de poliéster de 4 países, limitou importações de resíduos e reduziu tarifas de insumos
O Gecex-Camex (Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior) aprovou nesta 4ª feira (27.ago.2025) a aplicação de direito antidumping definitivo sobre as importações de folhas metálicas de aço carbono da China e de fibras de poliéster provenientes do mesmo país, além de Índia, Tailândia e Vietnã.
No âmbito do comércio internacional, a prática do “dumping” refere-se à venda de produtos em um país importador a preços muito inferiores aos praticados no mercado de origem, muitas vezes até abaixo do custo de produção ou do valor corrente no mercado doméstico.
Essa estratégia, que pode contar com subsídios estatais ou com a disposição da empresa em suportar prejuízos temporários, visa a eliminar concorrentes locais e conquistar participação de mercado. Posteriormente, o exportador pode elevar os preços para assegurar lucros e consolidar o controle no mercado estrangeiro.
O comunicado divulgado pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) informa que também foi aprovada a aplicação de direito antidumping provisório, por até 6 meses, sobre as importações de resinas de polietileno dos Estados Unidos e do Canadá.
“Todos os casos promovem a proteção da indústria nacional contra o comércio desleal“, diz a nota.
Também foi definida a imposição de limites à importação de itens de papel e vidro, a partir de valores propostos pelo Fórum Nacional de Economia Circular e pelo Comitê Interministerial para Inclusão Socioeconômica de Catadoras e Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis.
Na mesma reunião, o órgão aprovou reduções tarifárias para 7 produtos, entre eles insumos da indústria de saúde. As alíquotas do imposto de importação, nesses casos, foram reduzidas a 0.
Foram igualmente zeradas as alíquotas de importação para diversos bens de capital e produtos de telecomunicações e informática, na modalidade de Ex-tarifário, medida que busca estimular investimentos no país e a modernização do parque fabril.
Entre as demais deliberações desta 4ª feira está a alteração da Resolução Gecex nº 633/2024, medida vinculada ao Plano Brasil Soberano, lançado na semana passada para proteger empresas e trabalhadores afetados pelas tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos em 30 de julho.



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