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19 de maio de 2024
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Feira de estandes oferece atendimento aos micro e pequenos empreendedores no programa Impulso Go Pequenas Empresas em Goiânia, Goiás — Foto: Secretaria da Retomada/Divulgação

O programa Impulso GO Pequenas Empresas vai capacitar e conceder crédito a micro e pequenos empreendedores em Goiás. Segundo o governo, o objetivo do programa é dar condição para que eles apostem no próprio negócio e ampliem as empresas para gerar mais empregos e renda.

Nesta terça-feira, das 9h às 16h, na galeria Cleber Gouveia, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, acontece uma feira de estandes que vai atender desde interessados em abrir uma empresa até empreendedores que querem investir na ampliação e fortalecimento dos negócios.

Segundo o governo, micro e pequenos empreendedores podem participar desde que estejam no parâmetro de pequeno porte, com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões. Além disso, a pequena empresa deve ter de 10 a 49 colaboradores.

A feira de estandes reúne parceiros que vão oferecer recursos, capacitação e oportunidades aos micro e pequenos empreendedores que podem ser atendidos no local.

Após o evento no Centro Cultural Oscar Niemeyer, os interessados podem procurar presencialmente ou on-line as entidades: Sebrae, Secretaria da Retomada, Facieg, Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Codego, GarantiGoiás, Tribunal de Justiça de Goiás, AUVP Capital, e outras para participar do programa.

Programa Impulso GO Pequenas Empresas

O projeto foi desenvolvido por meio da Secretaria de Estado da Retomada e concentra mais de R$ 1,3 bilhão em incentivo através de financiamentos, garantia a crédito, capacitação e oportunidades.

Segundo o governo, as micro e pequenas empresas, são responsáveis por cerca de 90% dos empregos formais e por isso são grandes geradoras de renda para Goiás.

As ações do programa incluem cursos gratuitos em diversas áreas com foco no empreendedorismo através dos Colégios Tecnológicos do Estado de Goiás (Codego), linha de crédito para eventos, capacitação, consultoria e networking para entrada de produtos ou serviços nos mercados internacionais, e outros.

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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

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Conheça Pirenópolis, cidade goiana turística com mais de 80 cachoeiras

Fundada em 1727, Pirenópolis é uma das três primeiras cidades do estado, com Goiás e Cavalcante. São mais de 296 anos de história de um município que se desenvolveu em torno da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, que, segundo a Secretaria de Turismo, é o símbolo da tradicional cultura pirenopolina.

Lia viralizou nas redes sociais com um vídeo dizendo que prefere Pirenópolis — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Para além das casas históricas e das ruas de pedras, muito bonitas de se ver, Pirenópolis ainda se destaca pelos sabores. Arroz com pequi, pamonha, empadão, guariroba, paçoca de pilão, baru, quitandas e doces. Pratos típicos que, segundo a Secretaria, tornam a cidade o berço da culinária goiana.

Se a história e a culinária não conquistarem quem visita à cidade, Pirenópolis desafia os turistas a saírem dos limites do centro urbano para conhecer uma das mais de 80 cachoeiras e trilhas. Para a Lia, que prefere o município goiano a cidade da França, visitar as quedas d’água são as melhores memórias de “Piri”.

“As minhas melhores lembranças foram visitando a cidade, conhecendo ela pela primeira vez e não podem faltar as cachoeiras, que eu adoro”, afirmou.

Cachoeira Bonsucesso em Pirenópolis — Foto: Reprodução/Prefeitura de Pirenópolis

Segundo informações da Prefeitura de Pirenópolis, a cidade tem mais de 80 cachoeiras catalogadas. Elas estão entre os principais atrativos da região, algumas em áreas com trilhas que variam de 1,2 km, na Cachoeira Bonsucesso, até 4,5 km, na Cachoeira dos Dragões.

Nestas atrações, os turistas aproveitam para se reconectar com a natureza tomando banho nas piscinas naturais e se aproximando da vegetação típica do Cerrado. Conheça algumas dessas cachoeiras na lista abaixo:

  • Abade
    Contato: (62) 9 9201-0996
  • Araras
    Contato: (62) 9 9286-1137
  • Bonsucesso
    Contato: (62) 9 9915-6347
  • Dragões
    Contato: (62) 9 8321-0012
  • Meia Lua
    Contato: (62) 9 8520-4700
  • Paraíso
    Contato: (62) 9 9938-5490
  • Rosário
    Contato: (62) 9 8417-6565
  • Usina Velha
    Contato: (62) 9 8520-4700

Pico dos Pirineus em Pirenópolis — Foto: Goiás Turismo/Divulgação

O ponto mais alto da região é o Pico dos Pireneus, a 1,3 mil metros de altura, que fica dentro do Parque Estadual dos Pirineus. O local é procurado pelos turistas para contemplação da natureza, mas também pode permitir o visitante avistar até as cidades de Goiânia, Brasília e Anápolis, segundo a Secretaria de Turismo de Pirenópolis.

A reserva ecológica abrange áreas de Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás e Corumbá de Goiás. Apesar de ser conhecido como um ponto turístico de Pirenópolis, a entrada é indicada pelo governo do estado como sendo na área de Cocalzinho.

Outro ponto procurado pelos turistas par aproveitar a vista é o Mirante do Ventilador. O local fica a cerca de 9 km do centro de Pirenópolis e permite ver ao longe uma grande área de belezas naturais.

O mirante fica a 1 mil metros de altura, na Rodovia dos Pirineus.

Trilha no Refúgio Avalon em Pirenópolis — Foto: Reprodução/Galeria Refúgio Avalon

Outra forma de aproveitar as belezas naturais de Pirenópolis é visitando as reservas da região. O Santuário de Vida Silvestre Vagafogo, por exemplo, oferece tirolesa, rapel, entre outras atrações.

Já o Refúgio Avalon tem um jardim sensorial, oferece banho de argila, uma piscina natural e trilhas ecológicas.

Vôo de balão em Pirenópolis Goiás — Foto: Reprodução/Instagram

Também permitindo uma vista privilegiada ao visitante, o voo em balão de ar quente é outra atração procurada por turistas que visitam Pirenópolis.

A experiência dura, em média, 45 minutos. A viagem pode chegar a até 1 mil metros de altura e costuma ser feito no início da manhã.

Igreja Nossa Senhora do Rosário

Igreja Nossa Senhora do Rosário em Pirenópolis — Foto: Reprodução

Conhecida até como um símbolo de Pirenópolis, a Igreja Nossa Senhora do Rosário é um ponto de visita “obrigatório”. A fachada do imóvel é um dos conhecidos cartões-postais de Goiás.

A construção centenária em taipa (barro prensado) tem estética da arquitetura colonial e guarda a imagem de Nossa Senhora do Rosário, a padroeira da cidade.

Mascarado em Cavalhadas de Pirenópolis — Foto: Vitor Santana/G1

Outra tradição da região são as Cavalhadas. A festa revive a batalha entre cristãos e mouros e é celebrada todos os anos com a presença dos cavaleiros e mascarados, que se apresentam com coreografias que simulam a luta.

Apesar de o evento acontecer uma vez ao ano, os visitantes podem conhecer um pouco da história da tradição, as roupas e enfeites usados pelos participantes por meio do Museu das Cavalhadas.

Um dos pontos mais chamativos da noite de Pirenópolis é a Rua do Lazer. Nela se concentram restaurantes e bares com diversas propostas de culinária e entretenimento: de ambientes intimistas a locais com música ao vivo.

A Rua do Lazer é um trecho da Rua do Rosário, que fica fechado para a passagem de carros – permitindo apenas o trânsito de pessoas – entre os cruzamentos com a Avenida Beira Rio e a Rua Aurora.

Rua do Lazer, em Pirenópolis — Foto: Ernesto Petrillo/arquivo pessoal

Para quem gosta de cerveja, Pirenópolis também é um destino procurado. Ao menos duas cervejarias artesanais na cidade atraem esse público: Casarão e Santa Dica.

Segundo a Secretaria de Turismo da cidade, a Cervejaria Casarão tem a primeira plantação de lúpulo de Goiás, permitindo a produção local da bebida, e fica na Estrada dos Pirineus.

Já a Cervejaria Santa Dica fica no centro da cidade e tem como símbolo um mascarado das tradicionais Cavalhadas da cidade. Ela também é original e produzida localmente.

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Pirenópolis é considerada Patrimônio dos goianos reconhecido nacionalmente pelo Iphan — Foto: Wildes Barbosa/O Popular

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

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Há quatro anos, Heloisy Pereira Rodrigues tinha muitos planos para a sua vida — mas se tornar a primeira mulher no Brasil a se formar em Inteligência Artificial definitivamente não era um deles. Ela conta que em Ceres, município de Goiás onde nasceu, a população não enxergava com bons olhos qualquer profissão que escapasse da tradicional medicina. Além disso, durante a infância, a sua afinidade com a tecnologia se resumia a “brincar com joguinhos do Orkut” [rede social desativada em 2014], como diz, e escrever em blogs. 

Para tentar corresponder às expectativas sociais, prestou vestibular para se tornar médica. Os planos, no entanto, não saíram como esperado: “Minha nota não foi o suficiente para ingressar no curso. Então procurei um meio termo, que foi cursar odontologia. Por um momento, pensei que poderia gostar”, afirma. Contudo, já no primeiro semestre, Heloisy percebeu que aquilo estava longe do que queria e voltou para o cursinho.

Foi nesse período que a goiana ficou sabendo do curso de Inteligência Artificial: “Eu estava na colação de grau da minha irmã. Lá, me contaram que essa seria a primeira turma da Universidade Federal de Goiás (UFG)”. O tempo, no entanto, era curto: faltavam apenas dois dias para as inscrições do SISU se encerrarem. Ainda assim, as 48 horas foram suficientes para que Heloisy pesquisasse sobre o curso e analisasse o mercado de trabalho.

“Vi que a graduação envolvia exatas, área que possuo grande identificação. Então, parei e pensei: ‘Quer saber? Acho que essa descoberta não veio por acaso’.” Impulsionada pelo apoio de sua família, a jovem conseguiu a vaga e entrou para a nova graduação. 

Heloisy Rodrigues sempre foi uma aluna exemplar

De início, Heloisy conta que ficou um pouco receosa, duvidando da sua capacidade. Contrariando as próprias expectativas, acabou fechando o primeiro semestre com nota máxima em todas as matérias. Foi nesse momento que soube, sem dúvidas, que havia se encontrado.

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“A base do curso é uma tríade: matemática, computação e empreendedorismo. Não aprendemos apenas cálculo, mas também as ferramentas que solucionam as dores de pessoas e de empresas”, diz. 

Notada pela instituição devido a seu alto desempenho, Heloisy logo passou a ganhar bolsas remuneradas para participar de projetos e pesquisas.

“A possibilidade de atuar enquanto estudava foi extremamente útil, pois eu não queria largar a faculdade para fazer um estágio. Muitos alunos precisam abandonar os estudos para se dedicar a áreas que, às vezes, nem correspondem àquilo que estão cursando”, explica. 

Entre os projetos de Heloisy, IA para análise de sentimentos e detecção de quedas de idosos se destacam

O primeiro grande projeto de IA abraçado por Heloisy envolvia a evasão de estudantes em universidades federais: “Precisávamos prever qual aluno tinha maiores chances de abandonar o curso”. Uma vez mapeado o perfil, por meio de ferramentas de última geração, a universidade era capaz de desenvolver abordagens e monitorias mais assertivas para manter aquelas pessoas matriculadas.

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Logo em seguida, o foco da jovem foi para a área da saúde: “Desenvolvemos uma câmera capaz de detectar quando um idoso ou pessoa com mobilidade reduzida sofria uma queda em casa. Assim que o acidente era identificado, o familiar ou responsável recebia uma notificação”. 

Após a empreitada, Heloisy desenvolveu para o mercado de marketing um software capaz de analisar os sentimentos presentes em nossa voz. “Assim que a IA captava as emoções presentes na nossa fala,  ela gerava imagens condizentes com aquele sentimento, com foco em criar propagandas que conversassem com o emocional do grande público”, diz. Como se pode ver, projetos tão diversos como esses são apenas a ponta do iceberg da capacidade da IA de resolver problemas.

Heloisy criou uma empresa para soluções criativas e de alta tecnologia

Assim que se formou na graduação, no final de 2023, Heloisy fundou uma startup chamada MaCALL, que desenvolve soluções criativas e de alta tecnologia para empresas de call center. “Estou muito honrada por chegar nessa posição. Eu jamais esperaria isso. Há quatro anos eu nem sabia direito o que era Inteligência Artificial”, conta. 

Para além das próprias conquistas, a desenvolvedora enxerga um propósito maior por trás de suas ações: provar para as mulheres que é possível alcançar o que quiserem. “Não podemos esquecer que a Inteligência Artificial é feita por humanos. Para que ela não reflita apenas valores masculinos, precisamos estar lá para representar e trazer novos pontos de vista. A tecnologia precisa beneficiar todos os públicos”, lembra. 

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Conheça queijo fabricado por família goiana premiado em campeonato mundial

Casca levemente firme e massa extremamente cremosa. Essa é a descrição do “Bem Dito”, queijo goiano premiado em um campeonato mundial. Feito em Piracanjuba, o queijo foi criado após o aprimoramento de uma receita que a avó do criador aprendeu com a mãe e avó dela. O Bem Dito é produzido com técnicas francesas, usando leite “cru” e maturado em uma câmara fria a cerca de 12 °C por até 45 dias.

“É um queijo que traz as características da região onde é feito, do gado, da pastagem do gado e do clima. Tudo isso vai proporcionar um ‘terroir’ e trazer o sabor do queijo. Além disso, tem o leite de qualidade, porque para se fazer um queijo de leite cru o leite tem que ter extrema qualidade”, explicou ao g1 Fabiano Dias Martins, criador do queijo.

O empresário explicou que até o bem-estar do gado é pensado para aprimorar a qualidade do leite. Ele detalhou que trabalha com a “cultura do gado feliz”. Neste conceito, os bezerros não são separados das vacas, os animais são acompanhados por médicos veterinários, com exames anuais, entre outros detalhes (confira no decorrer da reportagem).

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A receita atual nasceu em 2017. Desde então, coleciona premiações. Desta vez, o Bem Dito conquistou medalhas de prata e bronze no 3º Mundial do Queijo do Brasil. O evento aconteceu em São Paulo, em abril deste ano, e premiou o Bem Dito maturado em 30 dias com a medalha de prata, e o Bem Dito maturado em 45 com a de bronze.

“As premiações vêm coroar um trabalho, por trás desse queijo vem uma dedicação com o plantio do capim para o gado, da sanidade do gado, dos cuidados da ordenha, da produção e da cura. É um trabalho extenso que, quando você recebe a medalha, vê que valeu a pena , que todo o esforço está sendo recompensado”, comemorou Fabiano.

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Fabiano contou que pegou a receita da família e decidiu aprimorar. Desde então, fez cursos no Brasil e no exterior para chegar à receita premiada.

“Fiz curso em Minas Gerais, fiz curso na França. Esse curso da França me deu uma nova visão sobre o mundo do queijo. Foi um divisor de águas. Lá eu percebi o potencial que o queijo de leite cru pode atingir”, detalhou Fabiano.

Fabiano Dias Martins e Brenda Martins, produtores do queijo Bem Dito, em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Com a receita quase no ponto certo, o queijo começou a agradar o paladar do público e motivou Fabiano Dias a melhorar ainda mais a textura, cor e sabor do produto. Além dos cursos, o queijeiro detalhou que também troca informações com outros produtores para aprimorar as técnicas.

O Bem Dito é fruto de uma produção familiar, segundo Fabiano Dias. O queijeiro trabalha com a filha e outros dois colaboradores, que auxiliam na produção do queijo, na ordenha, manutenção da pastagem, que é intercalada com árvores para garantir o bem-estar animal, e a água do gado.

Fabiano Dias Martins e Brenda Martins, produtores do queijo Bem Dito, em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Para o futuro, os planos são de conquistar ainda mais prêmios.

“Em 2025 a gente vai para o Mundial da França, onde também participam vários países, tem mais de 4 mil queijos participando, produtos lácteos. Em 2025, a nossa intenção é de participar desse concurso em busca de uma medalha de ouro”, disse Fabiano, inspirado.

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Fabiano explicou que a maturação é feita com técnicas francesas, onde a temperatura é controlada para atingir o ponto certo. A câmara fria fica em torno de 12 °C por até 45 dias para garantir a qualidade final do produto. No entanto, a partir de 30 dias, o Bem Dito já pode ser consumido.

A ordenha é feita diariamente e, logo após finalizada, a produção do Bem Dito começa com o leite recém-ordenhado, o que é um dos diferenciais, segundo Fabiano Dias. Em outras técnicas, os queijeiros podem pasteurizar ou resfriar o leite antes da produção.

“Terminada a produção, ele passa por um período de secagem, e aí entra para a refrigeração, onde ele vai ficar por até 45 dias, dependendo do período que a gente deseja. Nesse período tem um cuidado com o queijo, onde você tem que virá-lo todo dia e sofre um tratamento que trará essa textura para ele, esse aroma, esse sabor”, explicou Fabiano.

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Como mencionado por Fabiano Dias ao decorrer da reportagem, um dos focos para a qualidade do queijo, é o bem-estar do gado. Ao g1, o queijeiro explicou que começam no curral as técnicas para garantir o melhor produto final aos clientes.

“Não é só fazer o queijo, começa lá no curral, lá no pasto, o gado tem que se alimentar bem, a gente tem a cultura do gado feliz, os bezerros não são separados das vacas quando nascem, igual à maioria das propriedades leiteiras faz. O bezerro é criado com a vaca, mama, então você tem um animal feliz. A ordenha é feita com o bezerro perto, e a gente cuida muito da sanidade do gado”, explicou.

Fabiano pontuou também que há um médico veterinário que acompanha os animais. São feitos exames anuais de brucelose e tuberculose, para garantir que todos os animais estejam sadios.

Vaca que produz leite para produção de queijo em Piracanjuba, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Com o queijo pronto, é hora de servir. Para ajudar os clientes, Fabiano Dias recomenda a melhor forma de comer o Bem Dito.

“O Bem Dito é um queijo suave, isso é diferencial dele, porque agrada todos os paladares. É um queijo que você pode comer todo dia, que você não vai enjoar. É um queijo que pode ser para um café da manhã, para uma sobremesa, para tomar com vinho, com a cerveja artesanal, com a cachaça, tem várias composições que ele vai casar bem”, recomendou.

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba — Foto: Reprodução/Redes Sociais

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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

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Atendimento personalizado promovido pelo Grupo Villa, em Pirenópolis — Foto: Arquivo pessoal/Geovani Ribeiro

Com rios e cachoeiras de águas cristalinas, acomodações aconchegantes e atividades para todos os gostos, Goiás conta com cenários perfeitos para casais que buscam romantismo para passar a lua de mel. Tornando esta ocasião ainda mais especial, hotéis e pousadas oferecem serviço personalizado para esse tipo de público, como decoração com balões, pétalas de rosas e buquês de flores ou pacotes que incluem espumante e chocolates (confira ao fim da reportagem sugestões de locais para lua de mel).

“A lua de mel é um momento aguardado pelos recém-casados para celebrar o início de uma vida a dois em um ambiente romântico e inesquecível”, destaca o coordenador de estruturação de destinos turísticos da Goiás Turismo, Luciano Guimarães.

Ao g1, o Luciano explicou que o ramo do turismo que engloba a lua de mel e outros serviços relacionados a casamento é chamado de “destination wedding” (em português, destino de casamento/ casamento de destino). Isso porque, para esse tipo de programação, há locais que se preparam especificamente para o recebimento desse público.

“Para ser perfeito para um casal em lua de mel, precisa todo um conjunto de estrutura de organização: dormir bem, comer bem, ter a possibilidade de contratar um guia com segurança, ter a possibilidade de ter um quarto todo preparado para o casal com espumante, por exemplo”, completou o coordenador.

Com suas belezas naturais e paisagens paradisíacas, Goiás tem cidades que podem abrigar este tipo de ocasião, como Pirenópolis, que que fica no Entorno do Distrito Federal e já foi até cenário de novela. A cidade conta com piscinas naturais, vegetação típica do Cerrado e construções com arquitetura colonial. Casais podem aproveitar a lua de mel para sair do comum e ter uma vista privilegiada da cidade em um voo de balão de ar quente.

“Em Pirenópolis, você pode até fazer uma ‘casadinha’ com Corumbá de Goiás, que também tem um equipamento de hospedagem muito bom. Esse destino está na rota de queijos e vinhos de Goiás e aí é o casamento perfeito. Poder dormir bem à noite e de dia ir degustar queijos e vinhos nessas vinícolas que têm no roteiro”, comentou Luciano.

Vinho produzido na Rota dos Pirineus em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A Chapada dos Veadeiros, principalmente quando se fala de Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante, não fica atrás. O local oferece belas paisagens naturais para quem busca passeios calmos e em contato com a natureza durante a lua de mel, com diversas cachoeiras, trilhas ecológicas, rica biodiversidade e paisagens deslumbrantes.

Também conta com uma alta gama de pousadas, campings, restaurantes e agências de turismo local que fornecem passeios guiados pela região.

“A Chapada dos Veadeiros é um grande destino [para lua de mel]. Principalmente Alto Paraíso, porque há destinos com o chamado glamping, que é uma mistura de camping com glamour. É puro romantismo, é ideal para casais em lua de mel que buscam uma conexão com a natureza”, disse o coordenador.

“Essa atmosfera serena e paisagem de tirar o fôlego [da Chapada dos Veadeiros] é um casamento perfeito”, completou.

Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso de Goiás — Foto: Reprodução/André Dib

Para o coordenador de estruturação de destinos turísticos da Goiás Turismo, Luciano Guimarães, as águas quentes da cidade de Rio Quente e Caldas Novas também podem ser um destino perfeito e relaxante para a lua de mel.

“Quando chega nos meses de abril até agosto, com dias e noites mais frias, é um destino de lua de mel puro, porque é um lugar que tem muita natureza em volta das piscinas de águas quentes, onde você pode ficar com ‘seu bem’ dando uma relaxada, uma namorada e pode ir qualquer hora, porque as piscinas são abertas 24 horas. Isso para mim é super romântico”, disse o coordenador.

Decoração e degustação

Decoração personalizada no Sítio da Barriguda, em Alexânia — Foto: Arquivo pessoal/Sítio da Barriguda

Assim como o próprio casamento, a lua de mel é um dos momentos mais marcantes na vida de um casal, marcando o início de uma jornada a dois. Por isso, alguns locais fazem o possível para tornar esta uma ocasião marcante nos mínimos detalhes, utilizando flores, pétalas e balões de coração.

Em Cavalcante, Luciana Rodovalho é proprietária, junto com o marido Ricarno Senra, da pousada Terra Ronca. Ao g1, la explicou que o local ajuda, inclusive, a preparar surpresas especiais para os hóspedes e seus amores.

“Colocamos baldinho de espumante e taças para um brinde, montamos piquenique no jardim, preparamos o ofurô aquecido com lavanda e flores do jardim”, explicou Luciana.

“A hospedagem é ambientada e personalizada para os noivos com cenografia para o apartamento, como flores, rosas, espumante, frutas, decoração de cama e mimos que remetem ao momento de união do casal”, explicou diretor de Marketing e Vendas do Rio Quente Resorts, Edson Candido.

Atendimento personalizado oferecido pelo Grupo Villa a casais — Foto: Geovani Ribeiro/Arquivo pessoal

Espaço para jantar no Casarão Villa do Império, em Pirenpópolis, Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Geovani Ribeiro

Além da decoração, outros locais, como o Grupo Villa, em Pirenópolis, oferecem diversos tipos de pacotes românticos com a intenção de promover experiências diversas aos casais. Estão entre o que é oferecido, estão pacotes de lua de mel, de celebração que inclui até foto impressa do casal e outros mimos, café da manhã ou jantar romântico e outros.

Para quem deseja personalizar o serviço para um pedido de namoro ou de casamento, também há opções.

“Temos corriqueiramente um ambiente mais intimista, mais romântico. Constantemente durante um período do mês tem várias programações românticas, pacotes com decorações, cartas, músicas são montados por uma equipe de profissionais onde a gente sintetiza todo o carinho e a história do casal para construir um momento”, explicou Geovani Ribeiro, CEO do Grupo Villa.

Com o objetivo de fornecer experiências ainda mais românticas, locais como o Resort Tauá oferecem spa para casais, para que os recém-casados tenham ainda mais conforto e prazer durante a lua de mel. Outros ainda contam com hidromassagem com vista, como o Sítio Barriguda e a Casa Céu, em Alexânia e Alto Paraíso de Goiás, respectivamente.

Decorações personalizadas para casais em pousadas do Grupo Villa, em Goiás — Foto: Geovani Ribeiro/Arquivo pessoal

Além de um ambiente propício para uma experiência romântica que inclui a possibilidade de realizar pedidos de namoro, casamentos e o momento da lua de mel, há locais que oferecem, inclusive, espaço para eventos para que o casal também possa realizar a cerimônia do casamento no local.

No Rio Quente Resorts, o local conta com espaço ao ar livre e com uma capela para a celebração deste momento tão importante, com a possibilidade da realização de cerimônias intimistas (a dois), mini weddings (de 15 a 30 convidados) e para mais de 30 convidados. O local oferece cerimonial personalizado e outros serviços.

Ao g1, o Rio Quente Resorts ainda explicou que os eventos são preparados nos moldes e espaços definidos pelo casal. Por se tratar de um resort, há a possibilidade da contratação de apartamentos para receber o casal e os convidados.

Veja opções de locais românticos em Goiás

Localizada na região leste de Goiás, a cidade é banhada pelo Lago Corumbá. Além da possibilidade da prática do ecoturismo e de esportes radicais, Alexânia ainda oferece paisagens naturais para quem quer relaxar.

Sítio Barriguda: um projeto familiar que busca proporcionar tranquilidade aos hóspedes. Local oferece atendimento personalizado aos casais com chocolates, flores, espumantes ou vinhos, além de frutas e frios servidos na suíte, que conta com uma hidromassagem.
Valor: 1 diária: R$ 980; 2 diárias: R$ 1,8 mil; 3 diárias: R$ 2,5 mil
Endereço: Sítio Barriguda, GO – 139, zona rural de Alexânia Goiás
Telefone: (62) 9379-4585

Tauá: resort com mais de 500 quartos, piscinas aquecidas, jacuzzis, piscina de borda infinita, piscina coberta, spa para casais e atendimento personalizado. Também há restaurante italiano e programação noturna.
Valor: Reservas de hospedagem a partir de R$ 1.434
Endereço: BR-060, 561, 72920-000
Telefone: (11) 4416-5000

Alto Paraíso de Goiás: Chapada dos Veadeiros

A Chapada dos Veadeiros, que abrange o município de Alto Paraíso de Goiás, oferece belas paisagens naturais para quem busca passeios calmos e em contato com a natureza durante a lua de mel. Famosa por seu turismo exotérico, a cidade se constitui em um destino tranquilo e relaxante, que conta com diversas cachoeiras, parques, festivais gastronômicos e outras atrações culturais.

Central de Atendimento ao Turista (CAT) da Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás: (62) 3446-1159

Casa céu: Airbnb projetado exclusivamente para casais, com hidromassagem em um deck para ver as estrelas. Há serviço de massagem a ser contratado para o casal na casa, além de decoração com fotos e flores.
Valor: Diárias a partir de R$ 650 o casal; reservas exclusivamente pelo Airbnb;
Endereço: Bairro Eldorado, Alto Paraíso de Goiás
Contato:
Instagram @casaceuchapada

Airbnb Casa Céu, localizado em Alto Paraíso de Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Casa Céu

Cavalcante: Chapada dos Veadeiros

De acordo com a Goiás Turismo, Cavalcante abriga cerca de 60% da área total do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. É uma cidade recheada de cachoeiras, trilhas ecológicas, com rica biodiversidade e paisagens deslumbrantes. Também conta com uma alta gama de pousadas, campings, restaurantes e agências de turismo local que fornecem passeios guiados pela região.

Central de Atendimento ao Turista (CAT) da Prefeitura de Cavalcante: (62) 3495-1507

Terra Gaia
Endereço: GO-241, 73790; local fica a 6km de Cavalcante;
Valor: A partir de R$ 490 a diária (valor consultado no dia 31/01);
Telefone: (61) 99818-1220

Rio Quente Resorts: além da possibilidade de passar a lua de mel em uma experiência personalizada, o resort oferece serviços de casamento.
Valor: Diárias que variam entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil; valores do espaço para casamento são personalizados e com a organização do resort;
Endereço: R Pa Complexo Turistico Rio Quente Resorts, Nº Sn Esplanada Cep 75667-000
Telefone: (11) 4200-0173

A histórica Pirenópolis, que fica no Entorno do Distrito Federal, já foi até cenário de novela e conta com mais de 80 cachoeiras catalogadas. Elas estão entre os principais atrativos da região, algumas em áreas com trilhas que variam de 1,2 km. Nestas atrações, os turistas aproveitam para se reconectar com a natureza tomando banho nas piscinas naturais e se aproximando da vegetação típica do Cerrado.

Central de Atendimento ao Turista (CAT) da Prefeitura de Pirenópolis: (62) 3331 2633

Pousada dos Pireneus: conta com pacotes românticos com direito a decorações, cartinha, buquê de flores, frutas e frios, além de piqueniques para casais aproveitarem ao ar livre, vendo o pôr-do-sol.
Telefone: (62)3214-1341 e (61) 2101-7818
Valores: Diárias da hospedagem de segunda a sexta-feira a partir de R$680 e aos finais de semana, R$986;
Pacotes românticos e piqueniques.

Grupo Villa: Grupo com hotéis premiados entre os mais românticos do país pelo Prêmio Traveller Choice. Os três hotéis do grupo em Pirenópolis contam com pacotes e experiências românticas a serem adquiridos pelos casais.
Telefone: (62) 3142-7100/(62) 3142-5866
Valor: Pacotes românticos que vão de R$ 450 a R$ 1250

Villa do Comendador
Endereço:
GO-431, km 25;

Casarão Villa do Império
Endereço:
Rua direita número 73;

Dádiva Hotel Boutique
Endereço:
Rua direita número 36;

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Conheça fazenda em Pirenópolis que investiu cerca de R$ 2 milhões na produção de camarão

Uma fazenda investiu cerca de R$ 2 milhões na produção de camarão cinza em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal. Em pleno Cerrado, Gabriel Massieux montou uma estrutura completa para a criação dos crustáceos em cativeiro na fazenda da família.

“A ideia é fornecer um camarão fresco e com padrão para o mercado goiano. A gente tem ideia de começar primeiro em Pirenópolis e depois expandir pelo estado”, disse Gabriel.

O engenheiro contou que o investimento incluiu a construção de tanques e berçários, além da montagem de um laboratório para análises diárias da água. Atualmente, a estrutura tem capacidade para gerar até uma tonelada e meia de camarão por mês.

Gabriel Massieux explicou que o processo de liberação ambiental e construção teve início no final de 2020. Ao todo, foram quase 4 anos de preparo.

Os crustáceos vêm de um laboratório especializado no Rio Grande do Norte. A meta do produtor é abastecer o mercado local e regional, começando por cidades como Pirenópolis, Anápolis e Goiânia.

Com o espaço para o abate, processamento e congelamento em fase final de construção, a expectativa é que a iniciativa impulsione a indústria de produção de camarão no centro do país em até quatro meses.

Conheça chácara em Pirenópolis que investiu R$ 2 milhões na produção de camarão — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

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Espécie mede cerca de dois centímetros e tem hábitos diurnos. — Foto: Divulgação / Instituto Boitatá

Rápido e arisco. Assim é definido o sapo-foguetinho, espécie de anfíbio que foi registrada em Goiás em 1970, e desde então, não foi localizada em nenhuma outra parte do mundo. Pesquisadores goianos realizam estudo para garantir a preservação do animal e torná-lo símbolo da luta pela conservação do Cerrado.

O projeto Sapo-foguetinho do Cerrado teve início em 2021, quando a espécie estava ameaçada de extinção. Para Gabryella Mesquita, pesquisadora envolvida no projeto, identificar e proteger o sapo-foguetinho é também preservar o bioma. “Conhecemos pouquíssimas populações que estão em locais muito propícios ao desmatamento. Temos muitas espécies em risco em um ambiente extremamente ameaçado, que é o Cerrado”, considerou a pesquisadora do Instituto Boitatá.

Mesquita considerou ainda a execução de ações de preservação do sapo-foguetinho também podem proteger outras espécies. “Quando traçamos ações de proteção para um anfíbio, estamos protegendo todo o ambiente onde ele vive e protegendo também outras espécies”, avaliou.

Veio daí a ideia de tornar a espécie símbolo de preservação do bioma Cerrado. “Muitas vezes, os anfíbios são vistos como bichos asquerosos, nojentos, feios. Queremos mudar esse pensamento e mostrar que não temos só o lobo-guará, a onça pintada, o tamanduá bandeira, que são maravilhosos. Temos também um sapinho que representa a riqueza da nossa biodiversidade”, argumentou.

Sapo-foguetinho pode virar símbolo da luta pela conservação do cerrado

Em 2014, o sapo-foguetinho entrou para a lista nacional oficial de espécies da fauna brasileira ameaçadas, e foi classificado como espécie “em perigo” de extinção. Em 2022, a lista foi atualizada e a espécie mudou para o status “quase ameaçado”, graças a estudos que permitiram identificar e registrar localizações onde o sapo está presente.

No entanto, a pesquisadora Gabryella Mesquita alerta que, apesar do menor risco de desaparecimento, os esforços para proteger a espécie não podem parar. “Se comparado a ecossistemas como a Amazônia e a Mata Atlântica, o Cerrado é um bioma que recebe pouca atenção em relação a políticas públicas de conservação”, pontuou.

Espécie desapareceu de área da zona rural de Goiânia, onde já havia sido registrada. — Foto: Divulgação / Instituto Boitatá

Dentro do projeto “Sapo-Foguetinho do Cerrado”, cerca de 15 pesquisadores e voluntários trabalham para conhecer os hábitos e mapear onde estão populações da espécie. Além dos locais onde já há registros do animal, o grupo do Instituto Boitatá busca áreas úmidas e de mata fechada para verificar a presença de exemplares da espécie. Ao todo, foram visitadas mais de 60 localidades em Goiás.

“Encontramos algumas populações que já eram conhecidas, como a da Reserva Natural Serra do Tombador, no nordeste de Goiás. Mas também registramos populações até então desconhecidas, como a que encontramos em Pirenópolis em 2023”, relatou.

Gravador automático monitora coaxar do sapo-foguetinho, que não permite aproximação — Foto: Divulgação / Instituto Boitatá

Conhecido internacionalmente como Goiás Rocket Frog, o sapo-foguetinho mede cerca de dois centímetros e tem hábitos diurnos, diferente da maioria dos sapos anuros, que tem hábitos noturnos. “Essa espécie é diferente do comum porque canta durante o dia, no início da manhã e no fim da tarde”, explicou a pesquisadora Gabryella Mesquita.

A bióloga também explicou que a espécie é muito rápida e arisca. “Escutamos ele à distância e quando entramos na mata, mesmo sem ainda chegarmos perto dele, ele para de cantar e sai pulando”, relatou.

Assim, é preciso instalar gravadores automatizados que são acionados de hora em hora e que registram o coaxar do sapo-foguetinho. “Ainda não sabemos, por exemplo, se ele canta o dia inteiro, ou o ano inteiro, ou mais no início ou no meio ou no final da estação chuvosa. Fazemos esse monitoramento acústico justamente para entender como a atividade de vocalização afeta a vida e a reprodução da espécie.

De acordo com informações do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN), o Brasil é o país com maior concentração de espécies de anfíbios registrada em todo o mundo. De um total de mais de 8,4 mil espécies, mais de 1,2 mil foram registradas em território brasileiro. “Cerca de 190 dessas mais de 1,2 mil espécies, estão ameaçadas de extinção””, pontuou Mesquita.

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