A vice-prefeita de Goiânia, coronel Cláudia Lira (Avante), desembarcou na noite desta quarta-feira (18/6) de uma viagem de missão oficial a Israel, onde participou da Muniexpo 2025. O evento internacional é voltado à inovação e gestão pública municipal. A viagem ocorreu em meio ao agravamento dos conflitos entre Israel e Irã, o que forçou a comitiva a se abrigar em bunkers e deixar o país por uma rota alternativa, passando pela Jordânia, Arábia Saudita, Espanha, África e Natal até chegar ao Brasil.
Durante entrevista coletiva no aeroporto de Goiânia, Cláudia relatou os momentos de tensão vividos no exterior. “O maior susto foi quando começaram os ataques com mísseis. Recebíamos os alertas por um aplicativo no celular… o segundo sinal indicava que devíamos ir imediatamente para o abrigo mais próximo. Como militar, procurei manter o equilíbrio”, relatou. “Graças a Deus, estamos de volta”, afirmou a vice-prefeita, destacando a serenidade com que a comitiva enfrentou a situação.
Mesmo com parte da programação cancelada, a vice-prefeita da capital afirmou que a missão foi considerada produtiva. A comitiva, convidada pela Agência de Cooperação Internacional Mashav, conheceu tecnologias em segurança pública, planejamento urbano e defesa civil. “Conseguimos ver sistemas de alerta e câmeras inteligentes que poderão ser adaptados para Goiânia. O aplicativo de alarme que usamos lá é um exemplo prático que queremos implementar aqui”, explicou Cláudia.
A vice-prefeita reforçou que todos os custos da viagem foram arcados pelo governo de Israel, sem despesas para a Prefeitura de Goiânia. “Passagens, hospedagem, alimentação, visitas técnicas e inscrições foram custeadas pelos anfitriões. Essa experiência foi enriquecedora e nos traz esperança para transformar Goiânia num lugar ainda mais seguro e moderno”, disse. Ela também destacou a importância de converter os aprendizados em ações concretas para a capital.
A missão oficial teve início em 9 de junho e reuniu autoridades municipais brasileiras em um curso de capacitação oferecido pela Mashav. O foco era o desenvolvimento urbano e a segurança pública, mas a agenda foi parcialmente afetada pela escalada do conflito no Oriente Médio. Cláudia Lira agora pretende aplicar os conhecimentos adquiridos para aprimorar políticas públicas em Goiânia, especialmente na área de segurança e gestão emergencial.
Diplomacia brasileira condenou ataque israelense por “violar a soberania” iraniana, que revidou o bombardeou Tel Aviv
A nota do governo Lula condenando o ataque de Israel ao Irã na 6ª feira (13.jun.2025) foi criticada por congressistas de oposição. O comunicado publicado pelo Ministério das Relações Exteriores disse que ação israelense “viola a soberania” iraniana e ameaça “mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão”.
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que Israel ataca a infraestrutura militar iraniana enquanto o Irã mira em civis israelenses. Segundo ele, “o Itamaraty não enxerga diferença nestas condutas”. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completa que Lula “não tem moral para opinião sobre nada neste conflito”.
O Grupo Parlamentar Brasil-Israel, presidido pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), também se manifestou contra o posicionamento da diplomacia brasileira. Em nota assinada pelo congressista, o grupo afirma que o governo Lula “mais uma vez, escolhe se alinhar aos que disseminam o terror”, referindo-se a Teerã.
Outros deputados foram às redes sociais para criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela nota do Itamaraty. Eis as declarações:
A nota do Ministério das Relações Exteriores na 6ª feira (13.jun) foi a 64ª do governo Lula condenando ações de Israel na guerra contra Irã, Hamas e Hezbollah. Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, foram 10 notas repreendendo ações militares contra Israel.
DIREITOS CIVIS NO IRÃ
A teocracia do Irã adota leis rígidas sobre o uso de vestimentas femininas que cobrem parcialmente o resto e sobre a população LGBTQIA+.
Em dezembro de 2024, o país persa suspendeu a implementação da “lei do hijab e da castidade”, que determinava penas mais rígidas para mulheres que não utilizassem o véu ou o colocassem de maneira incorreta. As punições variavam de multas a prisão e até pena de morte.
Apesar disso, em 2022 a jovem Mahsa Amini foi morta pela polícia moral iraniana por não utilizar corretamente o hijab. O hijab é um tipo de véu islâmico usado para esconder o cabelo, o pescoço e o busto das mulheres. É diferente do niqab, que deixa apenas os olhos a mostra, e da burka, que cobre todo o rosto.
A morte de Amini provou protestos da população contra o governo, que culminaram no fim da polícia moral.
A pessoas detidas por práticas homossexuais, contudo, ainda há pena de morte. A pena capital também é aplicada contra cidadãos condenados por consumo e venda de drogas e a dissidentes do governo. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o Irã executou 901 pessoas em 2025, sendo 31 mulheres. Foi o maior número em 15 anos.
Grupo rebelde jihadista avança em direção ao sul do país; objetivo é a cidade de Homs, a cerca de 160 km da capital Damasco
A coalizão rebelde liderada pelo grupo jihadista HTS (Hayet Tahrir al-Sham) continua seu avanço em direção ao sul da Síria. Objetivo é chegar à cidade de Homs, a cerca de 160 km da capital Damasco, de onde milhares de pessoas fugiram pela aproximação rebelde. O HTS já tomou o controle das cidades de Aleppo e Hama para conseguir chegar até Homs.
O Instituto para o Estudo da Guerra possui dados que mostram o controle estimado do território sírio. Em amarelo estão as forças do governo de al-Assad. Em azul, os rebeldes do grupo islâmico fundamentalista HTS (Hayat Thrir al-Sham), que avança rumo a Homs. Em verde escuro, as Forças Democráticas Sírias, uma aliança de sírios de origem curda, árabes e de outras etnias que luta por um governo democrático e secular no país. Em verde claro, controle conjunto com o governo sírio. Em cinza oposição e militares dos EUA. Em roxo, oposição e militares da Turquia.
A campanha militar iniciada na semana passada reacendeu um conflito que estava parado há anos e mexeu com a organização do território. Os jihadistas vão em direção a Homs, controlada pelo governo. Já as tropas do exército sírio, apoiadas pelo Irã, foram vistas se retirando da cidade de Deir Ezzor, no leste, em direção à região central, sob ataque rebelde.
As Forças Democráticas da Síria enviaram suas tropas estacionadas no nordeste do país para áreas de onde os homens de Assad se retiraram, em Deir Ezzor e a oeste do Rio Eufrates.
O Irã retirou na 6ª feira (6.dez.2024) chefes militares e outras autoridades da Síria depois dos avanços territoriais dos rebeldes contrários ao presidente Bashar al-Assad em direção a Homs. O controle da cidade, a 3ª maior da Síria, é considerado crucial para ambos os lados da guerra civil por conta de sua importância estratégica e logística em conflitos.
Depois das ofensivas, o Líbano e a Jordânia anunciaram o fechamento das fronteiras com a Síria. Damasco, ainda sob controle das forças de Bashar al-Assad, foi a única cidade que manteve sua fronteira aberta com os países vizinhos.
A Rússia e os EUA falaram para seus cidadãos deixarem a Síria. Os governos de Egito e Jordânia pediram a saída do presidente Bashar al-Assad da Síria.




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