Partido divulgou neste sábado (11.out) uma propaganda partidária que destaca as pautas sociais e econômicas do governo Lula
O PT (Partido dos Trabalhadores) divulgou neste sábado (11.out.2025) uma propaganda partidária que reforça a agenda social e econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e faz críticas explícitas a adversários políticos. A peça, que está sendo exibida em TV aberta, aborda temas como redução de impostos para os mais pobres, soberania nacional e fim da escala de trabalho 6 X 1.
De acordo com o calendário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o PT teve direito a 4 minutos e meio de inserções partidárias nesta semana, divididos em blocos de um minuto e meio veiculados na 3ª feira (7.out) e 5ª feira (9.out) e no sábado (11.out), das 19h30 às 22h30, em rádios e emissoras de TV abertas.
O partido questiona no vídeo: “Vem cá, que país você quer? O que retornou ao mapa da fome? Ou que saiu enfrentando a desigualdade com mais comida na mesa? O país que quer blindar políticos corruptos e que cometem crimes contra a democracia?”.
Assista (30s):
O PT acertou em cheio na nova propaganda que está sendo veiculada na TV! pic.twitter.com/YkvhCoVOtu
— Lázaro Rosa 🇧🇷 (@lazarorosa25) October 11, 2025
Além de críticas políticas, a propaganda cita conquistas recentes do governo, como a aprovação na Câmara do projeto que amplia a faixa de isenção do IR (Imposto de Renda), relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL). Também critica a perda de arrecadação causada pela derrota da MP do IOF (1.303 de 2025), estimada em R$ 31,4 bilhões de 2025 a 2026.
Entre os alvos das críticas estão medidas legislativas da oposição, como a PEC da Blindagem, que tornaria quase nulos os mecanismos de punição judicial a congressistas, e ações de congressistas brasileiros junto aos Estados Unidos.
Aniversário da Junta Comercial de Goiás foi comemorado em sessão solene no Legislativo
Lidiane 16 de junho de 2025
Em solenidade realizada na última sexta-feira, 13, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) rendeu homenagem ao aniversário de 125 anos da Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg). A sessão, proposta pelo deputado Virmondes Cruvinel (UB), foi em reconhecimento à contribuição do órgão para o ambiente de negócios no estado.
A solenidade foi presidida, inicialmente, pelo presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), e compartilhada com o propositor da homenagem, Virmondes Cruvinel.
Primeiro orador da noite, Cruvinel iniciou seu discurso lembrando que o presidente do Legislativo, Bruno Peixoto, que já tem uma vivência como empreendedor e agora está na missão de chefiar o Parlamento, tem procurado dar ferramentas que promovam o progresso dos negócios no estado. Segundo o parlamentar, dentro dessa política, Bruno Peixoto deu a ele a missão de presidir a Comissão de Empreendedorismo e coordenar um fórum de desburocratização. “Por meio dessa comissão, possamos avançar Goiás no caminho certo. Chamar o poder público para que tenha diálogo institucional com o empreendedor, para ajudar o negócio avançar. E quando se ajuda o negócio avançar, gera emprego, gera renda, fortalece a economia, aumento o PIB goiano”.
Virmondes Cruvinel citou as legislações aprovadas pela Casa e que caminham nesse sentido, como uma lei de liberdade econômica, outra que estabelece o marco legal sobre a inteligência artificial e o Estatuto Goiano da Micro e Pequena Empresa.
“A nossa mensagem aqui hoje é celebrar o fortalecimento dos negócios, celebrar, cada vez mais, a oportunidade de que dentro do poder público, o cidadão tem que ter a certeza de que será bem atendido e terá resposta, porque nós sabemos que é assim que as coisas podem avançar”, afirmou Virmondes.
Em sua fala, o presidente da Juceg, Euclides Siqueira, destacou que participava da comemoração com extremo orgulho. “Agradeço aos nobres deputados, Virmondes Cruvinel, que é presidente da Comissão de Empreendedorismo e a Bruno Peixoto, amigo dileto e de longa data. Agradeço também aos representantes de entidades presentes, nas pessoas dos nobres vogais e aos nossos servidores, pois sem eles não teríamos chegado até aqui”.
Ele também pontuou que as cidades só se desenvolvem a partir dos comércios e da prestação de serviços e, consequentemente, surge a necessidade de se regular essas atividades, papel que cabe às juntas comerciais.
Euclides também ressaltou os avanços implementados nos últimos anos na Junta, que resultaram na desburocratização do órgão, a exemplo da digitalização, o que possibilitou a realização dos processos de abertura, alteração e baixa das empresas, em modo integralmente eletrônico, a análise dos contratos em modelo padrão sem a necessidade de avaliação humana, o que permitiu a abertura de empresas em 14 segundos, em média. “E por fim, coroando toda essa revolução tecnológica que a Junta vem promovendo, implantamos a inteligência artificial nas análises processuais, o que irá reduzir ainda mais o tempo de andamento de processos empresariais, bem como auxiliará o usuário na elaboração de seus documentos”.
Ao fim do seu discurso, Siqueira entregou a Bruno Peixoto e a Virmondes Cruvinel uma comenda concedida pela Junta Comercial do Estado de Goiás.
Bruno Peixoto agradeceu a homenagem recebida e garantiu que o Legislativo está de portas abertas para contribuir com a instituição. “Essa comenda aumenta ainda mais a nossa responsabilidade com os servidores, servidoras e com a legislação no que tange à Junta Comercial do Estado de Goiás. Contem com essa Casa para avanços na legislação e para continuarmos juntos servindo à população de Goiás”.
A mesa diretiva da solenidade foi comandada por Bruno Peixoto, que teve ao seu lado Virmondes Cruvinel; o presidente da Juceg, Euclides Siqueira; o secretário de Estado da Economia, Francisco Sérvulo, na oportunidade representando o governador Ronaldo Caiado; o presidente da Associação Comercial e Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), Rubens Filetti; o presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiochi; o presidente em exercício da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Goiás (OAB-GO), Thales Jayme; a presidente do Conselho Regional de Contabilidade, Sucena Hummel; o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB-GO), Luís Alberto Pereira; o diretor da Juceg, Sérgio Floriano Lemos; o superintendente do Sebrae Goiás, Antônio Carlos de Souza; e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), André Luís Rocha.
A Juceg
A Junta Comercial do Estado de Goiás, cujos 125 anos serão completados em 12 de julho deste ano, é responsável por administrar e executar os serviços de registro público de empresas mercantis e atividades afins no Estado de Goiás. Efetua o registro de atos referentes à criação, alteração, dissolução e à extinção de empresas de naturezas jurídicas individuais, cooperativas, grupo de sociedade, de declarações de microempresas, empresa de pequeno porte e afins, fornecendo ao empreendimento personalidade jurídica após o seu registro.
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 8,153 bilhões em abril de 2025, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (7) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Apesar de expressivo, o saldo representa queda de 3,3% em relação a abril do ano passado, em razão da baixa nos preços de commodities como soja e minério de ferro — principais produtos da pauta exportadora brasileira.
Mesmo com o início de algumas safras, o valor acumulado no ano recuou 34,2% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando US$ 17,728 bilhões de superávit entre janeiro e abril. Esse resultado reflete também o déficit de US$ 471,6 milhões registrado em fevereiro, provocado pela importação de uma plataforma de petróleo.
Exportações e importações bateram recordes históricos
Abril apresentou o maior volume de exportações da série histórica iniciada em 1989, somando US$ 30,409 bilhões, com leve alta de 0,3% na comparação anual. As importações também cresceram, totalizando US$ 22,256 bilhões, um avanço de 1,6%, também recorde histórico.
O quarto melhor superávit da história para o mês só ficou atrás de abril de 2021 (US$ 9,963 bilhões), 2022 e 2024.
Commodities pressionam exportações
Apesar do desempenho histórico no volume financeiro, as exportações de alguns dos principais produtos agropecuários recuaram. A soja, carro-chefe da pauta agrícola, caiu 6,1% em valor, puxada por uma redução média de 9,7% nos preços internacionais. O minério de ferro teve retração de 14,3%, influenciada pela queda de 16,4% nos preços.
Por outro lado, produtos como café, carne bovina, veículos e ferro-gusa compensaram parte das perdas, com aumento no valor exportado, graças à valorização dos preços e à retomada de compradores estratégicos como a Argentina.
Importações crescem com destaque para fertilizantes
Do lado das importações, o destaque ficou para os fertilizantes químicos, que cresceram 36,2% em valor — um acréscimo de US$ 327,4 milhões em abril. Também aumentaram as compras de máquinas, motores, medicamentos, peças automotivas e adubos, refletindo o dinamismo da indústria e a preparação para o plantio.
Em volume, o Brasil importou 4,4% a mais que em abril de 2024, enquanto os preços médios das importações recuaram 2,9%.
Desempenho por setor exportador
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Agropecuária: queda de 0,8% nas exportações. Volume caiu 4,9%, enquanto o preço médio subiu 4,5%.
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Indústria de transformação: volume cresceu 1,3% e preço médio, 1,5%, impulsionado pela recuperação econômica da Argentina.
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Indústria extrativa: aumento de 1,6% no volume exportado, mas queda de 5% nos preços, influenciada pela desaceleração da China e tensões comerciais com os EUA.
Projeções indicam queda no superávit em 2025
A estimativa atual do MDIC prevê que o Brasil feche o ano com superávit de US$ 70,2 bilhões, queda de 5,4% em relação a 2024. As exportações devem crescer 4,8%, totalizando US$ 353,1 bilhões, enquanto as importações devem aumentar 7,6%, somando US$ 282,9 bilhões.
Entretanto, essas projeções devem ser revisadas em julho, pois não consideram os impactos da nova rodada de tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, sob a gestão de Donald Trump, nem as possíveis retaliações da China.
O mercado financeiro é mais otimista: o Boletim Focus, do Banco Central, projeta superávit de US$ 75 bilhões em 2025.
A informação foi confirmada pelo Jornal Folha de Goiás, que acompanha com responsabilidade e independência os movimentos do comércio exterior e seus reflexos para a economia de Goiás, do Brasil e do agronegócio nacional.
Análise editorial
A retração no superávit da balança comercial revela um alerta: o Brasil continua excessivamente dependente da exportação de commodities, cuja volatilidade de preços afeta diretamente o desempenho externo. A recuperação de mercados estratégicos como Argentina é um sinal positivo, mas o cenário global incerto — com desaceleração chinesa e guerra comercial com os EUA — pode afetar o fôlego das exportações brasileiras. É preciso diversificar a pauta exportadora e fortalecer a presença de produtos industrializados e de alto valor agregado nos mercados internacionais.
Cientistas norte-americanos poderão estudar materiais, mas Nasa não apoiará financeiramente as pesquisas
Mesmo em guerra comercial, a CNSA (sigla para Administração Espacial Nacional da China) decidiu enviar a pesquisadores dos EUA amostras de rochas lunares consideradas raras e que foram trazidas à Terra em 2020 por uma missão espacial chinesa.
O pesquisador Timothy Glotch, da Universidade Stony Brook, em Nova York, foi escolhido pelo governo chinês para receber as rochas. Segundo o jornal chinês South China Morning Post, a ideia de Glotch é comparar as amostras com rochas coletadas pelas missões Apollo –realizadas nas décadas de 60 e 70.
Apesar de autorizado a receber as rochas, Glotch não contará com o apoio financeiro da agência espacial dos EUA. A legislação norte-americana impede que a Nasa faça cooperações diretas com entidades do governo chinês.
As rochas lunares foram coletadas pela sonda espacial chinesa Chang’e-5. É o 1º material lunar coletado desde 1976. Ao todo, foram coletadas 1.731 gramas de rocha e solo vulcânico da Lua.
Os cientistas chineses descobriram que a lava endurecida presente nas amostras é significativamente mais jovem do que qualquer material trazido pelas missões realizadas pelos EUA e pela União Soviética. Isso sugere que os vulcões da lua permaneceram ativos por muito mais tempo do que se pensava anteriormente.
CHINESES CRITICAM OS EUA
A partir da negativa da Nasa em apoiar as pesquisas, o jornal estatal chinês Global Times publicou um artigo afirmando que, diferente da China, os EUA não estão preocupados com o avanço científico do planeta, mas só de si.
Segundo o texto, os EUA apostam em uma visão competitiva sobre o avanço tecnológico da humanidade, enquanto a China tem uma filosofia de compartilhar suas descobertas científicas com outros países.
“A essência aqui é clara: os EUA apostam no incentivo à inovação de diversas fontes, ao mesmo tempo em que mantêm certos concorrentes cuidadosamente afastados. Em contraste, a China investe na mobilização estratégica sistêmica, aliada a uma postura cada vez mais voltada para o exterior”, afirmou o jornal.
Presidente busca abrir mercado japonês para carne bovina brasileira, avançar em acordo Mercosul-Japão, promover a Embraer e reforçar relações com a Ásia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou na noite deste domingo (23.mar.2025) em Tóquio, no Japão, onde cumprirá agenda até 5ª feira (27.mar). Em seguida, ele viaja a Hanói, no Vietnã, com volta ao Brasil programada para o sábado (29.mar).
A incursão à Ásia terá forte caráter comercial, com o possível avanço nas negociações para abrir os mercados japonês e vietnamita à carne bovina brasileira, a intensificação das discussões por um acordo entre o Mercosul e o Japão e a venda de aeronaves da Embraer para os 2 países.
Assista ao vídeo compartilhado pelo presidente após o desembarque (1min19s):
Lula também aproveitará o palco internacional para defender o multilateralismo diante de uma reorganização da geopolítica desde o início do 2º mandato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (partido Republicano). O petista pretende mostrar que o Brasil dialoga e mantém negócios robustos com países importantes da Ásia e não está apenas sob a zona de influência da China na região.
O petista convidou os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e os seus antecessores nos comandos das duas Casas, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
EXPORTAÇÃO DE CARNE
No Japão, Lula tentará obter o compromisso de que uma missão sanitária japonesa visite o Brasil em breve. A inspeção local é fundamental para o início da liberação do mercado nipônico para a carne brasileira.
Cerca de 500 empresários participarão de um fórum empresarial na capital japonesa. Do total, 100 devem ser brasileiros. Dentre eles estarão os donos da JBS, Wesley Batista e Joesley Batista, a maior empresa de proteína animal do mundo.
“Existe um empenho político de fazer avançar esse assunto. Porque o Brasil é um grande produtor do agronegócio, muito competitivo, muito seguro e muito responsável. Nós achamos que isso é algo que é importante e que deve ser reconhecido. Isso depende do entendimento que está em curso. Acho que a visita do presidente certamente ajuda nesse sentido”, disse secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, Eduardo Saboia, em entrevista a jornalistas.
O Brasil se autodeclarou como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Por isso, o governo defende que o país atende a todas as condições impostas pelo Japão para tornar-se exportador para aquele país.
“O Brasil vem melhorando sua condição sanitária há muitos anos. Hoje já tem a condição sanitária de zona livre de febre aftosa sem vacinação, uma condição da Organização Mundial de Saúde Animal, o que já deveria nos habilitar a ter acesso ao mercado japonês. Mas isso depende de uma série de possibilidades, incluindo uma missão sanitária de avaliação de risco”, afirmou Saboia.
De acordo com dados do governo brasileiro, o Brasil tem 20% da produção mundial de carne bovina e detém 25% do mercado mundial deste produto. O mercado japonês importa US$ 4 bilhões por ano e o Brasil não tem participação nele.
Na viagem, Lula pretende também ampliar o mercado de carne suína. Atualmente, apenas Santa Catarina tem autorização sanitária para exportar para o Japão. Mas, de acordo com Saboia, outros Estados brasileiros estão preparados para a exportar também. A missão sanitária atuaria também para analisar esse setor.
ACORDO COM O MERCOSUL
O bloco econômico formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia negocia um acordo comercial com os japoneses. As conversas estão em andamento há alguns anos, mas o anúncio de conclusão das negociações do grupo com a União Europeia, no fim do ano passado, podem ajudar a pressionar por um avanço com o Japão. Ainda que haja algum avanço nas conversas, elas ainda são iniciais.
BRICS
Lula pretende convidar o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, para a cúpula do Brics que será realizada no Rio em 6 e 7 de julho. O país foi convidado em 2024 para se tornar parceiro do grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e, mais recentemente, passou a incluir como parceiros Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia. Mas o governo vietnamita ainda não divulgou uma posição oficial.
COMITIVA DE LULA
Lula fará uma viagem de Estado ao Japão, o mais alto grau da diplomacia nipônica. Será recebido em Tóquio pelo imperador Naruhito e pela imperatriz Masako no Palácio Imperial. Terá ainda uma reunião bilateral com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba.
Esta é a 1ª recepção de Estado que o Japão faz desde 2019, quando recebeu Donald Trump, ainda no seu 1º mandato.
De acordo com o Itamaraty, o Japão é o parceiro comercial mais tradicional do Brasil na Ásia e é a 9ª origem de investimentos estrangeiros no país, com US$ 35 bilhões em investimentos em 2023. O fluxo comercial em 2024 foi de US$ 11 bilhões.
O Japão é o 2º parceiro comercial do Brasil na região, atrás da China, e o 11º no mundo.
O Brasil e o Irã avançaram em negociações para expandir o comércio agropecuário bilateral, com foco na importação de caviar e frutas iranianas e no fortalecimento das exportações brasileiras para o país persa. O tema foi debatido em reunião realizada entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o embaixador do Irã no Brasil, Abdollah Nekounam Ghadiri.
O encontro reforçou a importância do Irã como um dos principais parceiros comerciais do Brasil no Oriente Médio e discutiu novas oportunidades para ampliação do intercâmbio comercial no setor agrícola.
Irã busca ampliar exportações para o Brasil com caviar e frutas
O embaixador Abdollah Nekounam Ghadiri destacou o interesse do Irã em ampliar as exportações de caviar, romã, maçã e kiwi para o mercado brasileiro. A reunião ocorreu no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), onde foram discutidas formas de facilitar a entrada desses produtos no Brasil e estreitar os laços comerciais entre os dois países.
“Nosso objetivo é fortalecer o comércio com o Brasil, especialmente no setor agropecuário. Um diálogo mais próximo permitirá que essa relação comercial se torne ainda mais sólida e vantajosa para ambos os lados”, afirmou Ghadiri.
Por sua vez, Fávaro destacou os esforços do governo brasileiro em reforçar as relações com os principais mercados internacionais, citando a expansão da rede de adidos agrícolas de 29 para 40 representantes, incluindo um diplomata exclusivamente dedicado a Teerã.
Exportações do Brasil para o Irã superam US$ 3 bilhões
O Irã ocupa a 12ª posição no ranking de exportações agropecuárias brasileiras, consolidando-se como um mercado estratégico para produtos agrícolas nacionais. Somente em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 3 bilhões em produtos agropecuários para o país do Oriente Médio.
Os principais produtos exportados ao Irã foram:
- Complexo da soja – US$ 1,65 bilhão
- Cereais, farinhas e preparações – US$ 921 milhões
- Complexo sucroalcooleiro – US$ 418 milhões
Enquanto isso, as importações brasileiras de produtos iranianos somaram valores menores, com destaque para frutas como nozes e castanhas (US$ 5,88 milhões), fumo e seus derivados (US$ 850 mil) e fibras têxteis (US$ 74,9 mil).
Brasil fortalece relações comerciais no Oriente Médio
A ampliação do comércio entre Brasil e Irã faz parte da estratégia do governo brasileiro para diversificar mercados e garantir o crescimento sustentável das exportações agropecuárias. O Oriente Médio tem se consolidado como um dos destinos mais importantes para os produtos brasileiros, especialmente no setor de grãos, carnes e açúcar.
Além do ministro Carlos Fávaro e do embaixador Abdollah Nekounam Ghadiri, participaram da reunião empresários e representantes do setor agropecuário, incluindo o empresário Paulo Octávio, o empresário iraniano Ali Akbari, a advogada Paula Coreau, o segundo secretário da Embaixada do Irã no Brasil, Mehdi Dehghan, e os secretários adjuntos do Mapa Allan Alvarenga e Marcel Moreira.
Perspectivas para a ampliação do comércio Brasil-Irã
As negociações entre os dois países seguem avançando, com expectativas de que novos acordos sejam firmados para diversificar a pauta exportadora e aumentar as trocas comerciais no setor agrícola.
A crescente demanda por alimentos no Irã e a reconhecida qualidade dos produtos brasileiros podem impulsionar novos investimentos e parcerias estratégicas, fortalecendo ainda mais as relações bilaterais no setor agropecuário.
Fala foi em resposta a questionamento da posição do Brasil em relação a tarifas impostas pelos EUA sobre importações de aço
O ministro da SRI (Secretaria das Relações Institucionais), Alexandre Padilha, disse nesta 3ª feira (11.fev.2025) que o Brasil não entrará em nenhuma guerra comercial e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforça o livre comércio.
“O Brasil não estimula e não entrará em nenhuma guerra comercial. Sempre favorável a que se fortaleça, cada vez mais, o livre comércio”, disse a jornalistas.
A declaração foi em resposta a um questionamento da posição do país em relação à imposição de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio feita pelo presidente dos EUA (Estados Unidos), Donald Trump (Partido Republicano).
A medida, anunciada na 2ª feira (10.fev), deve afetar a economia brasileira, já que os norte-americanos são os principais compradores de ferro, aço e alumínio do Brasil. Trump disse ainda aumentar “automaticamente as tarifas” caso os países afetados pela imposição queiram retaliar.
“O que o presidente Lula tem dito sobre isso com muita clareza, e outros países também, guerra comercial não faz bem para ninguém. Um dos avanços importantes dos últimos anos foi exatamente constituir um instrumento de diálogo entre os países e o reforço do livre comércio”, disse o ministro.
O Brasil exportou US$ 6,37 bilhões em produtos de ferro, aço e alumínio em 2024, sendo que US$ 6,10 bilhões foram de ferro e aço e US$ 267 milhões foram de alumínio. O levantamento foi feito pelo Poder360 com base no Comex Stat, que tem dados oficiais da balança comercial divulgada pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).





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