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21 de setembro de 2024
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No último dia da 17ª edição do Festival Latinidades na capital federal, as escritoras negras de Brasília se encontraram no Museu Nacional da República, na região central da capital federal, para fazer um sarau onde leram poemas e textos em prosa.

A reunião ocorre periodicamente há quatro anos, e é organizada pelo coletivo Julho das Pretas que Escrevem no DF. O nome do grupo faz referência direta ao Mês da Mulher Preta Latino-Americana. O propósito do coletivo é estimular a escrita das mulheres e a publicação dos seus livros.

“A gente não quer ficar com os livros na gaveta”, afirma a escritora e jornalista Waleska Barbosa, idealizadora do coletivo.

As mulheres negras são o maior grupo populacional do Brasil: 60,6 milhões de pessoas, sendo 11,30 milhões de mulheres pretas e 49,3 milhões de mulheres pardas – 28,3% da população, de acordo com o Censo de 2022 (IBGE).

Apesar disso, e da contribuição da mulher negra para vários elementos da cultura brasileira, a participação e reconhecimento na literatura é diminuta, lembra Waleska. Apenas três autoras tendem a ser mais lembradas: a pioneira Maria Firmina dos Reis, com o romance Úrsula (1859); Carolina Maria de Jesus, autora de Quarto de Despejo : diário de uma favelada (1960); e Maria da Conceição Evaristo de Brito, que começou a publicar somente em 2003, com o romance Ponciá Vicêncio .

“Conceição Evaristo publicou um livro com mais de 20 anos na gaveta. Então, eu sempre digo que esse encontro de pretas que escrevem no DF é para a gente não passar tanto tempo sem publicar e sem falar”, enfatiza Waleska Barbosa.

Segundo a autora, o vazio da escrita feminina e negra na literatura brasileira foi ocupado por homens brancos, o que em alguns casos acarretou na construção de personagens caricatos: “a empregada, a gostosa, a pessoa hiper sexualizada, personagens subalternas e ridicularizadas.” Esses tipos se alimentam de preconceitos e alimentam preconceitos. A caricatura dos livros escritos por homens brancos “vai estar nos filmes e na TV”.

Para espantar preconceitos literários e promover mais autoras negras, o coletivo Julho das Pretas que Escrevem no DF faz homenagens a autoras locais de diferentes gerações. Este ano foram celebradas as escritoras Adelaide Paula, Ailin Talibah, Conceição Freitas, Elisa Matos, Norma Hamilton e as irmãs Giovana Teodoro e Lourdes Teodoro.

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Em comemoração ao Dia Mundial do Orgulho LGBTQIAPN+, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) realizará um casamento coletivo para 69 casais nesta sexta-feira, 28 de junho. A cerimônia, que acontecerá no jardim do Fórum Cível, em Goiânia, às 17 horas, visa promover a igualdade de direitos e combater o preconceito.

O evento é uma iniciativa da presidência do TJGO e da Corregedoria Geral da Justiça (CGJ), com o objetivo de oferecer acesso gratuito ao registro de casamento civil para casais LGBTQIAPN+ em situação de vulnerabilidade social. A maioria dos casais inscritos é de Goiânia, mas há também participantes de outras cidades da região metropolitana.

A juíza Patrícia Bretas, diretora do Foro da comarca de Goiânia, destacou a importância da iniciativa do Poder Judiciário em garantir direitos e combater o preconceito. “O evento celebrará o amor e a diversidade, contribuindo para a promoção dos direitos humanos e garantia dos direitos civis da população LGBTQIAPN+ no estado de Goiás”, afirmou a juíza.

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Casamentos LGBTQIAPN+ em Goiânia

Nos últimos cinco anos, os cartórios da capital goiana celebraram a união de 802 pessoas do mesmo sexo. O Cartório Silva lidera o número de casamentos LGBTQIAPN+, seguido pelo Cartório do Prado e o 3º de Registros Civil das Pessoas Naturais.

A realização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo nos cartórios brasileiros tornou-se possível em 2013, após a edição da Resolução 175/2013 pelo Conselho Nacional de Justiça. Essa resolução foi fundamentada na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que em 2011 reconheceu a união homoafetiva como equivalente à união estável entre homens e mulheres.

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