O governador do Rio criticou o governo federal, dizendo não ter recebido nenhuma ligação; a ministra negou qualquer omissão
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), disse neste domingo (6.abr.2025) que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), faz “exploração política” das chuvas no Estado. Ele criticou no sábado (5.abr) a falta de contato do governo federal com a administração estadual para lidar com a situação emergencial em diferentes áreas do Rio.
“Lamento que o governador Cláudio Castro queira fazer exploração política de um desastre que afeta a vida de centenas de pessoas. Ao contrário do que ele disse, o governo federal não se omitiu diante das fortes chuvas no Rio neste fim de semana”, escreveu em sua conta no X.
Segundo a ministra, não houve omissão do governo federal e seu ministério está em contato com os prefeitos para reconhecer a situação de emergência nas cidades atingidas pela chuva.
Castro criticou a União em entrevista com jornalistas no sábado: “Eles geralmente não se interessam muito no que o povo passa ou não. Não teve nenhuma ligação para o governo do Estado, nada. As preocupações deles são outras, não são geralmente da vida das pessoas, não”.
Chuvas no Rio de Janeiro
Fortes chuvas atingiram Angra dos Reis, região da Costa Verde do Rio de Janeiro, na madrugada de sábado (5.abr). O temporal causou alagamentos e inundações em toda a cidade e deixou mais de 200 pessoas desalojadas.
A Defesa Civil recebeu solicitações para 9 cortes de árvores que caíram sobre residências e interditaram ruas em vários locais da cidade. Nos bairros Belém, Morro da Velha, Carioca, Praia do Machado e Frade foram registrados deslizamentos de encostas sem vítimas ou feridos. Também foram registrados pontos de inundação e alagamentos em locais como os rios Japuíba e Caputera, Pontal, Parque Belém, Village, Parque Mambucaba e Camorim.
A concessionária CCR interditou parcialmente a rodovia Rio-Santos nos km 542 ao 528 (Paraty), 503 ao 500 (Angra dos Reis), 473 ao 455 (Angra dos Reis) e 433 ao 428 (Mangaratiba), por conta do risco de deslizamentos de terra.
O governador afirmou que o Estado está em “atenção total” com as chuvas que atingem a região desde 6ª feira (4.abr). “Dos 470 pontos de monitoramento, não chove apenas em 100, podemos dizer que está chovendo no Estado inteiro”, disse o político em entrevista a jornalistas.
Castro afirmou que a chuva está “estacionada” em Angra dos Reis, um dos municípios mais atingidos, mas que outras cidades foram afetadas, como Petrópolis (onde o governador deu a entrevista). Ele declarou também que há uma preocupação com o norte e noroeste do Estado, uma vez que o temporal pode subir para Minas Gerais.
Assista ao vídeo de Castro (5min54s):
Presidente diz que o ex-governador de SP “deixa um legado de compromisso com a democracia”; a causa da morte não foi divulgada
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros políticos lamentaram a morte do ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo nesta 4ª feira (19.mar.2025). A causa da morte não foi divulgada.
Lula afirmou nas redes sociais que Lembo foi “símbolo de Política escrita com P maiúsculo”. Disse que, apesar das diferenças, sempre conseguiram dialogar de forma franca, aberta e generosa. “Deixa um legado de compromisso com a democracia, com os valores constitucionais e com o amor pelo Brasil”.
Parceiro político de Lembo, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, publicou uma homenagem ao ex-governador. “Se tem alguém que cumpriu sua missão, esse alguém foi Cláudio Lembo. Cidadão exemplar, com excelente formação e um homem público que não deixa uma única observação negativa”, escreveu.
João Doria, ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, disse que Lembo foi “um homem de grande inteligência, espírito público e trajetória marcante na política brasileira”.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que o ex-governador era uma pessoa bem humorada e que deixará uma marca positiva na política brasileira.
O ministro do Empreendedorismo, Márcio França, disse que Lembo foi um “retrato da amizade e da lealdade” e que deixará sua marca de humanidade “no coração de cada um que conviveu com ele”.
“Lembo era um homem cordato e inteligente, que sabia como poucos construir boas relações na vida pública”, escreveu o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP).
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli disse que Lembo era “um homem à frente de seu tempo, mas paciente com a história”.
“O Brasil perde hoje um líder político liberal clássico. Advogado de sólida formação jurídica e cultural. Um homem à frente de seu tempo, mas paciente com a história. Dos últimos a formar gerações de políticos. Fará falta. Meus sentimentos aos familiares e amigos e seguidores que formou”, declarou o magistrado em nota.
CLÁUDIO LEMBO
Lembo nasceu em São Paulo, capital, em 12 de outubro de 1934. Governou o Estado de 2006 a 2007, após o atual vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deixar o cargo para concorrer à Presidência da República. Foi vice-governador de 2003 a 2006.
Ele foi um dos fundadores do PFL (Partido da Frente Liberal), criado em 1985. Em 2011, filiou-se ao PSD (Partido Social Democrático), cujo líder é Gilberto Kassab.
O ex-governador era formado em ciências jurídicas e sociais pela USP (Universidade de São Paulo) e doutor em direito pela Universidade Mackenzie, da qual também foi reitor.
O governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), decretou luto oficial de 3 dias por conta da morte de Lembo. O velório será realizado no Hall Monumental da Assembleia Legislativa da capital paulista, entre as 10h e as 15h30. Lembo será sepultado no Cemitério de Araçá às 16h.





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