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20 de maio de 2024
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Em um julgamento recente em Alto Paraíso de Goiás (GO), o promotor de Justiça Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury insultou a advogada Marília Gabriela Gil Brambilla, referindo-se a ela como “feia”. O Caso ocorreu nesta última sexta-feira, dia 22.

“Não quero beijo da senhora. Se eu quisesse beijar alguém aqui, eu gostaria de beijar essas moças bonitas, e não a senhora, que é feia”, disse o promotor de justiça.

Apesar dos protestos, o promotor continuou a ofender a advogada, levando-a a pedir a prisão dele. “Mas é óbvio. Só porque eu reconheci aqui que esteticamente… Eu menti? Tecnicamente ela não é uma mulher bonita.”, continuou o promotor. A sessão foi anulada após uma das juradas se retirar do plenário.

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Em entrevista ao Portal Metrópoles, Chegury afirmou que a advogada estava tentando “tumultuar o processo” e que ela foi quem iniciou a “confusão”. Ele defendeu suas ações, afirmando que estava apenas se defendendo da provocação da advogada.

“O objetivo da advogada era criar alguma situação que levasse à nulidade do julgamento caso o cliente dela fosse condenado”, disse o promotor, já que afirma que se tratava de um júri complexo sobre uma “queima de arquivo”. 

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Distrito Federal e Goiás divulgou notas de repúdio às declarações do promotor. A OAB-DF afirmou que não tolerará violência contra a advocacia, especialmente contra mulheres advogadas. A OAB-GO reafirmou seu compromisso com a defesa da dignidade e dos direitos de toda a advocacia, especialmente das mulheres advogadas, e prometeu uma investigação adequada sobre o ocorrido.

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(Foto: Reprodução)

Promotor argumentou que a advogada tinha a intenção de anular o júri e, por isso, o interrompeu por diversas vezes e ‘mandou um beijo’. Júri foi anulado após jurada se levantar e sair. Promotor chama advogada de ‘feia’ e diz que não a beijaria durante audiência
Um promotor de Justiça chamou uma advogada de “feia” durante uma sessão de Tribunal do Júri na Comarca de Alto Paraíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Em um áudio, é possível ouvir que, durante uma discussão, Douglas Chegury falou para a advogada Marília Gabriela Gil Brambilla que não a beijaria (ouça trechos acima).
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A sessão aconteceu na última sexta-feira (22). Ao g1, o promotor argumentou que a advogada tinha a intenção de anular o júri e, por isso, o interrompeu por diversas vezes e, nos momentos de fala dela, agia com ironia e “mandou um beijo” para ele, momento em que ele disse que não a beijaria.
“Na parte final do julgamento, ela sentou próximo de onde eu estava falando e me ofendeu mais uma vez. Provocou de forma sarcástica e fez o gesto com a boca, como quem está mandando um beijo. Aquilo me deixou revoltado. Eu tenho um casamento de 25 anos. Tenho uma esposa, eu tenho filhos. Eu falei para ela: ‘Olha, eu aceitaria um beijo de qualquer pessoa aqui, menos da senhora, até porque a senhora é feia’”, contou o promotor.
O g1 não conseguiu contato com a advogada até a última atualização desta reportagem.
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Confusão
Douglas Chegury e advogada Marília Gabriela Gil Brambilla
Reprodução/Redes Sociais
No áudio é possível perceber que os ânimos se exaltaram após a fala do promotor. A advogada pediu a anulação imediata do júri e chegou a pedir a prisão dele. Chegury argumentou que também foi ofendido durante a sessão e alguém retrucou alegando que foram argumentos técnicos.
Neste momento, Chegury disse que também ofenderia tecnicamente e disse que a advogada não era esteticamente bonita. Antes disso, ele também retrucou a advogada que gritou que havia sido chamada de feia. O promotor perguntou: “Eu menti?”.
O Ministério Público de Goiás disse que “os fatos serão apurados pelos órgãos disciplinares competentes”.
Anulação
Após a discussão, uma das juradas se levantou e, por isso, a sessão foi anulada. Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) repudiou as declarações do promotor, considerando-as como misóginas.
A OAB-GO narrou que a conduta do promotor violou a ética profissional e irá “agir de modo a assegurar uma investigação criminal e administrativa adequada em relação ao ocorrido e a fomentar um ambiente jurídico de respeito e igualdade” (leia nota completa no fim da reportagem).
Comarca de Alto Paraíso, no Entorno do Distrito Federal, Goiás
Reprodução/Google Street View
Nota OAB-GO
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), por meio de suas Comissões de Direitos e Prerrogativas e da Mulher Advogada, repudia as declarações misóginas do Promotor de Justiça, Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury, contra a advogada Marília Gabriela Gil Brambilla, ocorridas na Comarca de Alto Paraíso, no Edifício do Fórum, na sala do Tribunal do Júri, nesta sexta-feira, 22 de março.
Esta conduta viola a ética profissional e é inaceitável. Demonstramos solidariedade à advogada afetada e reafirmamos nosso compromisso com a defesa da dignidade e dos direitos de toda a advocacia, neste caso, especialmente da mulher advogada.
A OAB-GO irá agir de modo a assegurar uma investigação criminal e administrativa adequada em relação ao ocorrido e a fomentar um ambiente jurídico de respeito e igualdade.
Reiteramos o empenho da Seccional Goiana em erradicar a discriminação e promover a igualdade de gênero na seara jurídica e na sociedade.
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FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2024/03/23/promotor-chama-advogada-de-feia-e-diz-que-nao-a-beijaria-durante-audiencia-ouca-audio.ghtml

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Promotor chama advogada de ‘feia’ e diz que não a beijaria durante audiência

Um promotor de Justiça chamou uma advogada de “feia” durante uma sessão de Tribunal do Júri na Comarca de Alto Paraíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Em um áudio, é possível ouvir que, durante uma discussão, Douglas Chegury falou para a advogada Marília Gabriela Gil Brambilla que não a beijaria (ouça trechos acima).

A sessão aconteceu na última sexta-feira (22). Ao g1, o promotor argumentou que a advogada tinha a intenção de anular o júri e, por isso, o interrompeu por diversas vezes e, nos momentos de fala dela, agia com ironia e “mandou um beijo” para ele, momento em que ele disse que não a beijaria.

“Na parte final do julgamento, ela sentou próximo de onde eu estava falando e me ofendeu mais uma vez. Provocou de forma sarcástica e fez o gesto com a boca, como quem está mandando um beijo. Aquilo me deixou revoltado. Eu tenho um casamento de 25 anos. Tenho uma esposa, eu tenho filhos. Eu falei para ela: ‘Olha, eu aceitaria um beijo de qualquer pessoa aqui, menos da senhora, até porque a senhora é feia’”, contou o promotor.

O g1 não conseguiu contato com a advogada até a última atualização desta reportagem.

Douglas Chegury e advogada Marília Gabriela Gil Brambilla — Foto: Reprodução/Redes Sociais

No áudio é possível perceber que os ânimos se exaltaram após a fala do promotor, a advogada pediu a anulação imediata do júri e chegou a pedir a prisão dele. Chegury argumentou que também foi ofendido durante a sessão e alguém retrucou alegndo que foram argumentos técnicos.

Neste momento, Chegury disse que também ofenderia tecnicamente e disse que a advogada não era esteticamente bonita. Antes disso, ele também retrucou a advogada que gritou que havia sido chamada de feia. O promotor perguntou: “Eu menti?”.

O g1 pediu informações ao Ministério Público de Goiás, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Após a discussão, uma das juradas se levantou e, por isso, a sessão foi anulada. Em nota publicada no site, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) repudiou as declarações do promotor, considerando-as como misóginas.

A OAB-GO narrou que a conduta do promotor violou a ética profissional e irá “agir de modo a assegurar uma investigação criminal e administrativa adequada em relação ao ocorrido e a fomentar um ambiente jurídico de respeito e igualdade” (leia nota completa no fim da reportagem).

Comarca de Alto Paraíso, no Entorno do Distrito Federal, Goiás — Foto: Reprodução/Google Street View

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), por meio de suas Comissões de Direitos e Prerrogativas e da Mulher Advogada, repudia as declarações misóginas do Promotor de Justiça, Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury, contra a advogada Marília Gabriela Gil Brambilla, ocorridas na Comarca de Alto Paraíso, no Edifício do Fórum, na sala do Tribunal do Júri, nesta sexta-feira, 22 de março.

Esta conduta viola a ética profissional e é inaceitável. Demonstramos solidariedade à advogada afetada e reafirmamos nosso compromisso com a defesa da dignidade e dos direitos de toda a advocacia, neste caso, especialmente da mulher advogada.

A OAB-GO irá agir de modo a assegurar uma investigação criminal e administrativa adequada em relação ao ocorrido e a fomentar um ambiente jurídico de respeito e igualdade.

Reiteramos o empenho da Seccional Goiana em erradicar a discriminação e promover a igualdade de gênero na seara jurídica e na sociedade.

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