Ex-ministro diz que encontro em Belém teve baixa adesão internacional e acusa gestão ambiental de abandonar a região amazônica
O ex-deputado federal Aldo Rebelo (MDB), 69 anos, voltou a criticar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), classificando a COP30 como um “fiasco político”. Em vídeo publicado neste sábado (15.nov.2025), o ex-ministro afirmou que o encontro climático em Belém (PA) teve pouca participação de líderes estrangeiros e acusou o Palácio do Planalto de permitir que a Amazônia permaneça com os piores indicadores sociais do país.
Aldo Rebelo disse que a conferência foi esvaziada e que países centrais das discussões climáticas não compareceram.
“Não veio o presidente dos Estados Unidos, que além de não comparecer retirou-se da conferência de Paris e não mandou nem o porteiro da Casa Branca. Não veio o presidente da Rússia. Não veio o presidente do Uruguai, do Paraguai, da Argentina. Ou seja, os Brics e o Mercosul não apareceram por aqui”, declarou.
A COP 30 é um fiasco político. pic.twitter.com/T4OeMb6GDJ
— Aldo Rebelo (@aldorebelo) November 15, 2025
Segundo ele, até o evento organizado pela primeira-dama, Janja, teve baixa presença. “Não tinha nem gente para o coquetel que a primeira-dama organizou e que chegou atrasada também. Foi um fiasco político.”
O ex-deputado também criticou Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, e Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas. Disse que ambas participam da marcha climática e depois “voltam para São Paulo, onde têm domicílio e mandato”, enquanto a Amazônia “fica entregue ao seu destino”.
Rebelo citou indicadores sociais e afirmou que a região mantém “as maiores taxas de analfabetismo, doenças infecciosas, mortalidade infantil e os piores números de saneamento básico e acesso à energia elétrica”. Para ele, a marcha climática realizada na COP30 seria “uma atividade esvaziada” e contrária ao desenvolvimento regional.
histórico
A crítica se soma à linha que Rebelo vem adotando nas últimas semanas. Em 8 de novembro, ele publicou outro vídeo em que acusou ONGs de “controlarem” o Ministério do Meio Ambiente e afirmou que existe uma “caixa-preta” dentro do Estado brasileiro —tema abordado em reportagem anterior do Poder360.
Ex-ministro da Defesa (2015-2016), ex-ministro da Ciência e Tecnologia (2015), ex-ministro do Esporte (2011-2015), ex-ministro da Secretaria de Coordenação Política da Presidência da República (2004-2005) e ex-presidente da Câmara dos Deputados (2005-2007), Aldo Rebelo foi deputado federal por 6 mandatos consecutivos, a partir de 1991, sempre eleito pelo Estado de São Paulo.
Foi por muitos anos do PC do B, legenda na qual militou desde o movimento estudantil nos anos 1970 e 1980. Afastou-se do partido em 2017, passou por outras siglas e é filiado ao MDB desde 2024.
Deputado disse não ser responsável pela Lei Magnitsky e pelas tarifas impostas ao Brasil
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou nesta 6ª feira (14.nov.2025) a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que o tornou réu por coação nos julgamentos dos acusados por golpe de Estado. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou em “caça às bruxas” e disse que outros políticos também “sofrerão a mesma perseguição”.
“Outros candidatos anti-establishment, como o próprio Jair Bolsonaro, e favoritos ao Senado sofrerão a mesma perseguição. É o sistema se reinventando para sobreviver. Tudo que sei é via imprensa, já que jamais fui citado. Por que Moraes não usa os canais oficiais com os EUA?”, escreveu o deputado em seu perfil no X (ex-Twitter).
Eduardo também afirmou em vídeo que se estiver “cometendo algum crime nos Estados Unidos, Moraes está acusando os Estados Unidos de proteger um criminoso”. Segundo o deputado, ele não tem a capacidade de assinar a Lei Magnitsky, que é um meio legal do governo norte-americano, e não pode impor tarifas contra o Brasil, o que não configuraria coação.
E concluiu: “Moraes está usando a política dentro do tribunal para eliminar a possibilidade de que a direita tenha uma maioria no Senado ano que vem. Eu nunca trabalhei pela absolvição do meu pai, eu trabalho para a anistia ser votada, por um Congresso livre das ameaças de Alexandre de Moraes. Não vamos parar, não vamos retroceder”.
🚨CAÇA À BRUXAS: Moraes vota para me tornar réu.
Outros candidatos anti-establishment, como o próprio @jairbolsonaro, e favoritos ao Senado sofrerão a mesma perseguição. É o sistema se reinventando para sobreviver.
Tudo que sei é via imprensa, já que jamais fui citado. Por que… pic.twitter.com/75IjqkXn1D
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) November 14, 2025
ENTENDA
A 1ª Turma do STF tem maioria para tornar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) réu por coação no julgamento dos acusados por golpe de Estado. Os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin acompanharam o relator, ministro Alexandre de Moraes, para receber a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) contra o congressista.
Eduardo é acusado de atuar nos Estados Unidos para tentar interferir no julgamento do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Para Moraes, Eduardo articulou nos Estados Unidos ações contra o Brasil, como a imposição de tarifas, suspensão de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky contra ele. “O elemento subjetivo específico evidencia-se, em tese, pelo fato do denunciado pretender criar ambiente de intimidação sobre as autoridades responsáveis pelo julgamento de Jair Messias Bolsonaro”, afirmou.
“A grave ameaça materializou-se pela articulação e obtenção de sanções do governo dos Estados Unidos da América, com a aplicação de tarifas de exportação ao Brasil, suspensão de vistos de entrada de diversas autoridades brasileiras. nos Estados Unidos da América e a aplicação dos efeitos da Lei Magnitsky a este Ministro Relator”, escreveu.
Declaração foi feita durante convenção da Conib, em SP; ministro havia dito que governador faz “demagogia com sangue”
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou neste sábado (8.nov.2025) que o ministro Guilherme Boulos (Secretaria Geral) “é um paspalhão”.
A declaração foi dada a jornalistas durante a 56ª Convenção da Conib (Confederação Israelita do Brasil), em São Paulo. Foi uma resposta a uma pergunta sobre a fala de Boulos, feita na manhã do mesmo dia, em que o ministro disse que o governador “prefere fazer demagogia com sangue”. A declaração de Boulos foi dada no lançamento do programa Governo na Rua, no Morro da Lua, zona sul de São Paulo.
“Esse é um paspalhão. Vamos embora, próximo”, declarou Castro.
Antes da intervenção, o governador falava sobre a operação policial deflagrada no fim de outubro, que deixou 121 mortos.
A ação foi tema de audiência conjunta no STF (Supremo Tribunal Federal) em 5 de novembro, relacionada à ADPF das Favelas (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), que estabelece regras para operações policiais no Rio. O relator, ministro Alexandre de Moraes, também determinou que a Polícia Federal investigue o crime organizado na região.
“O que aconteceu no Rio foi o início de um movimento. Um movimento onde os cidadãos desse Estado e do Brasil todo não aguentam mais essa criminalidade”, disse Castro.
Mais cedo, o chefe do Executivo fluminense havia se reunido com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para discutir segurança pública e combate a organizações criminosas. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Castro afirmou que tiveram uma boa conversa sobre o tema que os “une” e “exige cooperação permanente”.
Assista ao vídeo compartilhado durante o encontro (52s):
Tarcísio, que é carioca, elogiou o colega e disse que Castro tem feito um trabalho “muito bom” na transformação do Rio por meio de operações de segurança pública: “O Cláudio está fazendo um trabalho muito dedicado para transformar o Estado do Rio de Janeiro. Parabéns ao Cláudio, que pode contar sempre comigo”.
“Não é linguisticamente correto”, afirmou o presidente colombiano; governo dos EUA já fez 5 ofensivas contra barcos na região
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro (Colômbia Humana, esquerda), afirmou, na 5ª feira (23.out.2025), que é incorreto chamar os barqueiros que supostamente transportam drogas no mar do Caribe de “traficantes de drogas”. Segundo ele, “não é linguisticamente correto” dizer que essas pessoas são traficantes, mas sim “trabalhadores do tráfico”, já que atuar no crime seria a única solução encontrada por elas diante da pobreza em que vivem.
“Na minha opinião, chamar esses barqueiros de ‘traficantes de drogas’ não é linguisticamente correto. Eles são ‘trabalhadores do tráfico de drogas’. Assim como há agricultores que acabam sendo abastecidos com insumos por meio de folhas de coca em troca de dinheiro e por causa da pobreza”, afirmou o presidente da Colômbia.
Petro criticou as operações feitas pelo governo de Donald Trump (Partido Republicano) no mar do Caribe contra o tráfico de drogas. No domingo (19.out), os Estados Unidos atacaram mais uma embarcação, em ação que resultou na morte de 3 tripulantes ligados ao ELN (Exército de Libertação Nacional), grupo guerrilheiro da Colômbia. Foi a 5ª ofensiva dos americanos contra barcos na região.
TENSÃO COM TRUMP
A declaração ocorre em meio a um momento de tensão entre Petro e o líder dos Estados Unidos, Donald Trump. Petro respondeu no domingo (19.out.2025) a uma acusação feita pelo americano na plataforma Truth Social de que ele incentivaria o tráfico de drogas e a produção em massa de entorpecentes em seu país.
Trump disse que Petro é um “traficante de drogas”, que “incentiva fortemente a produção em massa” de entorpecentes no país. O republicano ameaçou cortar subsídios à Colômbia caso o governo não combata o tráfico. Petro respondeu, em seu perfil no X, que “a Colômbia nunca foi rude com os EUA, pelo contrário, amou profundamente sua cultura”, mas que Trump “é rude e ignorante com a Colômbia”.
Ministra do PT critica governador de SP por dizer que perdoaria o ex-presidente se eleito
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), disse que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é “candidato fantoche” por afirmar que, se eleito presidente, pretende conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Para Gleisi, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um “presidente que pensa no povo e no país”, e Tarcísio, “um candidato fantoche que só pensa em servir aos interesses de seu chefe”. A mensagem foi postada em seu perfil nas redes sociais neste domingo (31.ago.2025).
Em entrevista ao Diário do Grande ABC, o governador de São Paulo declarou que o perdão seria um de seus primeiros atos: “Na hora. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”.
O indulto presidencial é um perdão que pode extinguir total ou parcialmente a pena de quem foi condenado. Bolsonaro, quando presidente, já concedeu indulto ao ex-deputado Daniel Silveira (PL-RJ), mas o STF (Supremo Tribunal Federal) anulou o ato.
No caso de Bolsonaro, a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu sua condenação por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado contra o patrimônio da União.
O STF começa a julgar Bolsonaro na 3ª feira (2.set).
A crítica de Gleisi pode já ser uma sinalização de como governistas podem tratar uma eventual candidatura de Tarcísio ao Planalto em 2026. Algo semelhante se deu em 2018. À época, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, era chamado de “poste” de Lula.
Governador paulista dividiu palco com Zema e Caiado, saudou o agronegócio e foi aplaudido ao defender seu maior aliado
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), usou a Festa do Peão de Barretos neste sábado (23.ago.2025) para discursar em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante sua participação no evento, Tarcísio lembrou que a 1ª vez em que esteve na tradicional festa no interior de São Paulo foi ao lado de Bolsonaro. “A emoção que eu senti quando entrei aqui pela 1ª vez, entrei aqui com o presidente Bolsonaro“, afirmou.
Em seguida, o governador pegou um boneco do ex-presidente e o agradeceu. “Fez tudo por mim e está passando por uma grande injustiça“, disse.
O governador paulista dividiu o palco com outros 2 já pré-candidatos na corrida presidencial de 2026: Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais.
“Daqui 14 meses um de nós vai estar ocupando o Palácio do Planalto e vamos devolver o Brasil aos brasileiros”, disse Caiado.
Já Zema evitou o assunto das eleições de 2026 e destacou o desempenho do agronegócio mineiro. O governador disse que no ano passado, pela 1ª vez, as exportações do agro superaram a mineração em Minas Gerais.
O governador de SP também defendeu o agronegócio e afirmou que “não dá para entender quem não gosta do agronegócio. Quem não gosta do agronegócio não respeita o Brasil”.
Ausência de Michelle
Diferentemente do esperado, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) não compareceu ao palco do evento. Havia expectativa por sua presença, já que o ex-presidente esteve nos anos anteriores à Festa do Peão de Barretos acompanhado por Tarcísio.
Bolsonaro não pôde marcar presença no evento, já que cumpre prisão domiciliar em Brasília desde 4 de agosto, por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Ele é réu por tentativa de golpe de Estado e descumpriu medidas cautelares.
Tarcísio antecipou sua agenda para participar do evento neste sábado. Inicialmente, ele compareceria apenas no fim de semana de 30 de agosto.
O Poder360 procurou a assessoria da ex-primeira-dama para confirmar a presença dela no evento, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
Influenciador suspeito de maus-tratos contra filha com paralisia cerebral chama doadores de ‘trouxas’ e reclama da menina: ‘Vontade de largar no orfanato’ | Goiás
Lidiane 25 de junho de 2024
ÁUDIO: Influencer suspeito de maus-tratos ironiza filha com paralisia cerebraL
Ao g1, o influenciador Igor Viana, de 24 anos, suspeito de uma série de crimes relacionados à sua filha de 2 anos, que tem paralisia cerebral, chamou de “trouxas” os seguidores que fizeram doações para a menina (ouça acima). A delegada Aline Lopes explicou que o homem compartilha a rotina da filha nas redes sociais e até debocha da criança (entenda a investigação no decorrer da reportagem).
“Minha filha não tem PIX, então se eles foram trouxas, a culpa não é minha. Eu não sou obrigado a usar o dinheiro que eles mandam especificamente com a minha filha. Eu também tenho necessidade de serem supridas. Também sou um ser humano”, falou Igor.
Neste sentido, o influenciador argumentou que o dinheiro era enviado para a conta dele, portanto, ele não seria obrigado a gastar apenas com a menina. Ainda nas gravações enviadas à reportagem, ao comentar sobre os vídeos ironizando a filha, Igor alegou que a criança “é chata” e que já deu muito trabalho para ele. Ainda ao g1, o influenciador disse que sua vontade às vezes “é de largar na porta do orfanato”, referindo-se à filha.
“Eu não imaginava que uma criança que tem 10% do cérebro funcionando fosse tão chata e pudesse me dar tanto problema. A vontade, às vezes, é de largar na porta do orfanato e deixar alguém se virar, alguém tomar conta”, finalizou.
Em um dos vídeos investigados, Igor chama a filha de inútil após pedir que ela vá ao mercado (assista acima). Aline Lopes informou que a investigação começou neste mês, e Igor é suspeito de maus-tratos, estelionato, desvio de proventos de pessoa com deficiência e por causar constrangimento à criança em Anápolis, a 55 km de Goiânia.
“Você não está fazendo uma brincadeira, você está expondo e causando constrangimento, não só a ela, mas a todas as crianças com deficiência, além da fala problemática no final. Tem outras postagens em que ele inferioriza a menina, causando constrangimento a ela pela condição de pessoa com deficiência”, explicou a delegada.
A delegada também pontuou que a mãe da criança está sendo investigada por desviar o dinheiro recebido para a menina.
“Ambos trabalham com a internet, mas a principal fonte de renda deles vem das doações que a menina recebe. Estamos apurando se houve desvio de dinheiro e se ele foi utilizado para algo que não seja o sustento e os tratamentos da menina”, descreveu a delegada.
Em um julgamento recente em Alto Paraíso de Goiás (GO), o promotor de Justiça Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury insultou a advogada Marília Gabriela Gil Brambilla, referindo-se a ela como “feia”. O Caso ocorreu nesta última sexta-feira, dia 22.
“Não quero beijo da senhora. Se eu quisesse beijar alguém aqui, eu gostaria de beijar essas moças bonitas, e não a senhora, que é feia”, disse o promotor de justiça.
Apesar dos protestos, o promotor continuou a ofender a advogada, levando-a a pedir a prisão dele. “Mas é óbvio. Só porque eu reconheci aqui que esteticamente… Eu menti? Tecnicamente ela não é uma mulher bonita.”, continuou o promotor. A sessão foi anulada após uma das juradas se retirar do plenário.
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Em entrevista ao Portal Metrópoles, Chegury afirmou que a advogada estava tentando “tumultuar o processo” e que ela foi quem iniciou a “confusão”. Ele defendeu suas ações, afirmando que estava apenas se defendendo da provocação da advogada.
“O objetivo da advogada era criar alguma situação que levasse à nulidade do julgamento caso o cliente dela fosse condenado”, disse o promotor, já que afirma que se tratava de um júri complexo sobre uma “queima de arquivo”.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Distrito Federal e Goiás divulgou notas de repúdio às declarações do promotor. A OAB-DF afirmou que não tolerará violência contra a advocacia, especialmente contra mulheres advogadas. A OAB-GO reafirmou seu compromisso com a defesa da dignidade e dos direitos de toda a advocacia, especialmente das mulheres advogadas, e prometeu uma investigação adequada sobre o ocorrido.
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Promotor chama advogada de ‘feia’ e diz que não a beijaria durante júri; ouça áudio
Lidiane 24 de março de 2024
Promotor argumentou que a advogada tinha a intenção de anular o júri e, por isso, o interrompeu por diversas vezes e ‘mandou um beijo’. Júri foi anulado após jurada se levantar e sair. Promotor chama advogada de ‘feia’ e diz que não a beijaria durante audiência
Um promotor de Justiça chamou uma advogada de “feia” durante uma sessão de Tribunal do Júri na Comarca de Alto Paraíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Em um áudio, é possível ouvir que, durante uma discussão, Douglas Chegury falou para a advogada Marília Gabriela Gil Brambilla que não a beijaria (ouça trechos acima).
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A sessão aconteceu na última sexta-feira (22). Ao g1, o promotor argumentou que a advogada tinha a intenção de anular o júri e, por isso, o interrompeu por diversas vezes e, nos momentos de fala dela, agia com ironia e “mandou um beijo” para ele, momento em que ele disse que não a beijaria.
“Na parte final do julgamento, ela sentou próximo de onde eu estava falando e me ofendeu mais uma vez. Provocou de forma sarcástica e fez o gesto com a boca, como quem está mandando um beijo. Aquilo me deixou revoltado. Eu tenho um casamento de 25 anos. Tenho uma esposa, eu tenho filhos. Eu falei para ela: ‘Olha, eu aceitaria um beijo de qualquer pessoa aqui, menos da senhora, até porque a senhora é feia’”, contou o promotor.
O g1 não conseguiu contato com a advogada até a última atualização desta reportagem.
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Confusão
Douglas Chegury e advogada Marília Gabriela Gil Brambilla
Reprodução/Redes Sociais
No áudio é possível perceber que os ânimos se exaltaram após a fala do promotor. A advogada pediu a anulação imediata do júri e chegou a pedir a prisão dele. Chegury argumentou que também foi ofendido durante a sessão e alguém retrucou alegando que foram argumentos técnicos.
Neste momento, Chegury disse que também ofenderia tecnicamente e disse que a advogada não era esteticamente bonita. Antes disso, ele também retrucou a advogada que gritou que havia sido chamada de feia. O promotor perguntou: “Eu menti?”.
O Ministério Público de Goiás disse que “os fatos serão apurados pelos órgãos disciplinares competentes”.
Anulação
Após a discussão, uma das juradas se levantou e, por isso, a sessão foi anulada. Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) repudiou as declarações do promotor, considerando-as como misóginas.
A OAB-GO narrou que a conduta do promotor violou a ética profissional e irá “agir de modo a assegurar uma investigação criminal e administrativa adequada em relação ao ocorrido e a fomentar um ambiente jurídico de respeito e igualdade” (leia nota completa no fim da reportagem).
Comarca de Alto Paraíso, no Entorno do Distrito Federal, Goiás
Reprodução/Google Street View
Nota OAB-GO
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), por meio de suas Comissões de Direitos e Prerrogativas e da Mulher Advogada, repudia as declarações misóginas do Promotor de Justiça, Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury, contra a advogada Marília Gabriela Gil Brambilla, ocorridas na Comarca de Alto Paraíso, no Edifício do Fórum, na sala do Tribunal do Júri, nesta sexta-feira, 22 de março.
Esta conduta viola a ética profissional e é inaceitável. Demonstramos solidariedade à advogada afetada e reafirmamos nosso compromisso com a defesa da dignidade e dos direitos de toda a advocacia, neste caso, especialmente da mulher advogada.
A OAB-GO irá agir de modo a assegurar uma investigação criminal e administrativa adequada em relação ao ocorrido e a fomentar um ambiente jurídico de respeito e igualdade.
Reiteramos o empenho da Seccional Goiana em erradicar a discriminação e promover a igualdade de gênero na seara jurídica e na sociedade.
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Promotor chama advogada de ‘feia’ e diz que não a beijaria durante audiência; ouça áudio | Goiás
Lidiane 23 de março de 2024
Promotor chama advogada de ‘feia’ e diz que não a beijaria durante audiência
Um promotor de Justiça chamou uma advogada de “feia” durante uma sessão de Tribunal do Júri na Comarca de Alto Paraíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Em um áudio, é possível ouvir que, durante uma discussão, Douglas Chegury falou para a advogada Marília Gabriela Gil Brambilla que não a beijaria (ouça trechos acima).
A sessão aconteceu na última sexta-feira (22). Ao g1, o promotor argumentou que a advogada tinha a intenção de anular o júri e, por isso, o interrompeu por diversas vezes e, nos momentos de fala dela, agia com ironia e “mandou um beijo” para ele, momento em que ele disse que não a beijaria.
“Na parte final do julgamento, ela sentou próximo de onde eu estava falando e me ofendeu mais uma vez. Provocou de forma sarcástica e fez o gesto com a boca, como quem está mandando um beijo. Aquilo me deixou revoltado. Eu tenho um casamento de 25 anos. Tenho uma esposa, eu tenho filhos. Eu falei para ela: ‘Olha, eu aceitaria um beijo de qualquer pessoa aqui, menos da senhora, até porque a senhora é feia’”, contou o promotor.
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No áudio é possível perceber que os ânimos se exaltaram após a fala do promotor, a advogada pediu a anulação imediata do júri e chegou a pedir a prisão dele. Chegury argumentou que também foi ofendido durante a sessão e alguém retrucou alegndo que foram argumentos técnicos.
Neste momento, Chegury disse que também ofenderia tecnicamente e disse que a advogada não era esteticamente bonita. Antes disso, ele também retrucou a advogada que gritou que havia sido chamada de feia. O promotor perguntou: “Eu menti?”.
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Após a discussão, uma das juradas se levantou e, por isso, a sessão foi anulada. Em nota publicada no site, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) repudiou as declarações do promotor, considerando-as como misóginas.
A OAB-GO narrou que a conduta do promotor violou a ética profissional e irá “agir de modo a assegurar uma investigação criminal e administrativa adequada em relação ao ocorrido e a fomentar um ambiente jurídico de respeito e igualdade” (leia nota completa no fim da reportagem).
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), por meio de suas Comissões de Direitos e Prerrogativas e da Mulher Advogada, repudia as declarações misóginas do Promotor de Justiça, Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury, contra a advogada Marília Gabriela Gil Brambilla, ocorridas na Comarca de Alto Paraíso, no Edifício do Fórum, na sala do Tribunal do Júri, nesta sexta-feira, 22 de março.
Esta conduta viola a ética profissional e é inaceitável. Demonstramos solidariedade à advogada afetada e reafirmamos nosso compromisso com a defesa da dignidade e dos direitos de toda a advocacia, neste caso, especialmente da mulher advogada.
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