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21 de setembro de 2024
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PMs do COD acusados de simular confronto com dois mortos sabiam quando iam ser presos

Os policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD), acusados de simular um confronto e matar dois homens, em Goiânia, sabiam quando seriam presos, trocaram de celulares e tinham um grupo de conversas para combinar versões do crime (ouça áudios trocados por eles acima). É o que diz um relatório feito pela Polícia Civil a partir da quebra do sigilo telefônico dos PMs.

O g1 entrou em contato com o advogado dos policiais militares, mas ele disse que não vai se manifestar por enquanto. O portal também solicitou nota à Polícia Militar de Goiás, que não respondeu até a última atualização da reportagem.

Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), Marines Pereira Gonçalves e Junio José de Aquino eram informantes dos PMs e tiravam proveito de crimes junto com eles. Os dois foram mortos no Setor Jaó, a 1,5 km do batalhão do COD, na tarde de 1º de abril. Um vídeo que vazou nas redes sociais no dia seguinte ao crime revela que nenhum dos dois reagiu à abordagem, mas ambos foram baleados com um fuzil.

A filmagem ainda mostra a possível simulação de confronto, em que um dos policiais aparece sacando uma pistola e atirando duas vezes. Outro militar tira outra arma da sacola e também dispara.

O relatório em questão, com o laudo da quebra do sigilo telefônico, foi encaminhado à Justiça na terça-feira (16) para ser anexado ao processo. Segundo o documento, desde que o crime aconteceu, até o dia 5 de abril, os policiais trocaram mensagens em um grupo de WhatsApp e combinaram as versões que dariam em depoimento sobre o suposto confronto, trocarem documentos do caso e outros detalhes. Em um áudio, obtido pela TV Anhanguera, um dos PMs diz:

“Eu queria saber o que se resolveu com o encarregado do inquérito lá. Vai assinar a novidade ou não vai? Na verdade, nós precisávamos saber disso, porque se for assinar não convém pedir férias não. Agora, se não for, e aí? Como é que vai ficar?”, diz o policial.

Trecho de relatório da Polícia Civil sobre simulação de confronto do COD — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O documento também afirma que “todos (os PMs) sabiam que suas prisões seriam decretadas, inclusive, estavam esperando isso acontecer”. Um dos policiais enviou um áudio em que dava a entender que sabia que a polícia estava indo até a casa dele para prendê-lo. No dia 6 de abril, de fato, houve uma operação policial que cumpriu mandados de prisão e apreensão contra ele e outros colegas.

“Senhores, já estão vindo aqui para casa, viu? Já entra em contato com o advogado”, diz o PM no áudio.

O caso agora segue para a Justiça, que marcou para 12 de setembro a instrução processual, que representa o começo do processo judicial, para que os PMs possam ser interrogados e também julgados. Os policiais aguardam em liberdade, mas ficaram cerca de um mês e meio presos.

  • 1º Tenente Alan Kardec Emanuel Franco
  • 2º Tenente Wandson Reis Dos Santos
  • 2º Sargento Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira
  • 3º Sargento Wellington Soares Monteiro
  • Soldado Pablo Henrique Siqueira e Silva
  • Soldado Diogo Eleuterio Ferreira

PM é filmado atirando contra carro e colocando arma dentro de veículo

Para os promotores, os policiais Marcos, Wandson, Wellington e Pablo Henrique participaram ativamente das mortes. Já Allan Kardec e Diogo, agiram descaracterizados para ajudarem na execução.

Segundo a denúncia do MPGO, os policiais armaram um encontro com as vítimas para que “algo” fosse entregue. Um vídeo, divulgado pelo g1, reforça a afirmação ao mostrar Júnio dizendo que tinha um compromisso para buscar um “trem” na sede do batalhão do COD, ao meio-dia de uma segunda-feira.

O local em que os dois homens foram executados fica a aproximadamente 2,2 quilômetros do batalhão. O crime também aconteceu, exatamente, em uma segunda-feira.

Segundo o MPGO, o carro das vítimas estava estacionado próximo ao meio-fio do Centro de Treinamento do Vila Nova Futebol Clube. Marines estava dentro do carro, sentado no banco do motorista, enquanto Junio estava em pé do lado de fora, próximo à porta dianteira direita, quando os policiais se aproximaram e dispararam contra as vítimas.

Uma investigação feita pela Corregedoria da Polícia Militar também concluiu que os PMs mentiram para justificar as ações e dificultar as investigações. No inquérito, é revelado que os policiais apresentaram diferentes versões sobre motivações, disparos e até horários da ocorrência.

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Marienes Pereira Gonçalves e Júnior José de Aquino Leite, mortos em ação da Polícia Militar — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

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Operação denominada Campo Minado é realizada em Campo Alegre de Goiás

(Foto: Divulgação/PM)

As Polícias Civil e Militar do Estado de Goiás, através das equipes da Subdelegacia de Polícia de Campo Alegre de Goiás/9a DRP e da 8a. Cia./CPE/9° CRPM, com apoio da 1a e 2a DDP’s e DEAM de Catalão e Delegacias de Polícia de Ipameri e de Goiandira/9a DRP, e do BPM/Cães/CME, deflagraram na manhã desta terça-feira, 02/07, a ‘Operação Campo Minado’, com o cumprimento simultâneo de 12 Mandados de Busca e Apreensão situados basicamente nos Bairros Santa Catarina I, Santa Catarina II e Céu Azul*, para investigação de pelo menos quatorze suspeitos, com objetivo primordial de reprimir o tráfico de drogas na cidade de Campo Alegre de Goiás.

Conforme consta, após a execução das diligências, foi possível realizar a autuação em flagrante delito de 09 (nove) investigados, em 06 (seis) Autos de Prisão em Flagrante, salvo um investigado que foi autuado em TCO.

Sendo 02 investigados nos bairros Santa Catarina I e II, de 29 e 28 anos de idade, sendo no primeiro apreendidos 02 comprimidos de Ecstasy e cerca de R$1.400,00 em dinheiro; já no segundo local foram apreendidas uma porção de maior e duas menores de maconha e aparelhos celulares;

01 investigado no bairro Santa Catarina I, de 32 anos, onde foram apreendidas porções de drogas semelhantes a maconha, vários aparelhos celulares e um revólver calibre .38;

02 investigados no bairro Santa Catarina I, de 24 e 26 anos, sendo apreendidas porções de drogas semelhantes a maconha em sacos plásticos e prensadas em papel filme, celulares, balança de precisão, rolos de papel filme e cerca de R$790,00 em dinheiro;

01 investigado no bairro Santa Catarina II, de 28 anos, com o qual foram apreendidas 06 munições calibre 9mm, porções de maconha, dois celulares, um dichavador e cerca de R$50,00 em dinheiro;

02 investigados no bairro Céu Azul, ambos com 25 anos, com os quais foram aprendidas porções de maconha, celulares, papel filme e cerca de R$370,00 em dinheiro;

01 investigada no bairro Santa Catarina II, de 30 anos, sendo apreendidas porções de substância semelhante a crack, embaladas em papel plástico, celular e R$990,00 em dinheiro.

Todos os investigados presos na Operação vão responder, cada qual conforme sua conduta, pelos crimes de Tráfico de Drogas, Associação Para o Tráfico de Drogas, Posse Ilegal de Arma de Fogo e Posse Ilegal de Munição de Uso Restrito.

Conforme os policiais, após a lavratura individual dos Autos de Prisão em Flagrante Delito na Polícia Civil e finalizados os procedimentos legais, foram os investigados encaminhados ao sistema prisional, conforme previsto na legislação, onde passam à disposição do Poder Judiciário.

(Foto: Divulgação/PM)



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