Com o nome aventado para uma saída, o ministro declara que Lula não conversou com ele sobre críticas feitas à comunicação do governo em evento do PT
Com o nome aventado para uma possível demissão na reforma ministerial do governo, o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Paulo Pimenta, disse ao Poder360 que não se sente ameaçado em relação ao seu cargo na Esplanada.
Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não conversou com ele sobre as críticas feitas à comunicação de seu governo na 6ª feira (6.dez.2024), porque “não há necessidade”. Disse ainda que a rotina de trabalho está “normal” e que sua relação com o chefe do Executivo é de “lealdade, sem melindres ou meias-palavras”.
“Não me sinto ameaçado com cargo nenhum, até porque não existe ameaça a cargos. Cargos são todos eles do presidente. Fazemos parte de um time, ele é o técnico, o presidente, ele nos escala da maneira que ele achar mais adequada e a gente cumpre as tarefas a partir da determinação dele”, declarou em entrevista ao Poder360.
Em seminário do PT na 6ª feira (6.dez.2024), o chefe do Executivo fez duras críticas à comunicação do seu governo. Afirmou que há um equívoco seu por não organizar entrevistas com jornalistas e cobrou a realização de uma licitação para a mídia digital.
Sobre a fala de Lula, Pimenta disse concordar com as “preocupações” do presidente. Afirmou que são as mesmas que as suas e que dizem respeito à dificuldade da esquerda de “fazer frente” à direita. “Naturalmente que as preocupações que ele tem são legítimas pela posição e função que ele ocupa. Mas eu concordo e tenho muita identidade com tudo o que ele falou”, disse.
Desde então, uma possível saída de Pimenta começou a ser ventilada. Um dos cotados para substituí-lo é o marqueteiro da campanha de Lula em 2022, Sidônio Palmeira. Ele, entretanto, sempre rejeitou a possibilidade por querer continuar tocando sua empresa em Salvador (BA).
Ainda assim, o profissional está constantemente em Brasília e ajuda a definir a linguagem e o conteúdo de campanhas publicitárias e pronunciamentos. Ele colaborou, por exemplo, com a produção do pronunciamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em que anunciou o pacote de revisão de gastos em 27 de novembro.
Ao jornal digital, Pimenta classificou o marqueteiro como um profissional de confiança do presidente. “O Sidônio é um excelente profissional, que o presidente confia, eu confio, que ajuda muito a construir o nosso projeto e acho que quanto mais perto ele puder estar do governo e do presidente, mas ele vai nos ajudar”, afirmou.
É possível que, diante dos apelos do presidente, Sidônio tenha um cargo na Secom ou mesmo assuma a secretaria.
Desde o início do 3º mandato de Lula, em 2023, há críticas internas de que a comunicação não tem sido eficaz. O petista lançou diversos programas sociais nos últimos 2 anos, com a liberação de recursos, mas não viu sua popularidade aumentar. Uma mudança na Secom é cogitada para o ano que vem, quando uma reforma ministerial deve ser promovida pelo presidente.
Alego: Aprovação do plano de cargos na UEG foi destaque da última semana de junho
Lidiane 1 de julho de 2024
Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou, na última semana de junho, três sessões deliberativas em caráter ordinário. Nesses encontros, apoiados por cinco reuniões de comissões temáticas, foram apreciadas matérias parlamentares, da Governadoria e do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).
No total, em Plenário, foram feitas 55 deliberações, resultando no aval definitivo a 16 processos legislativos, sendo oito processos, em votação única, que versam sobre a concessão de títulos de cidadania.
Além dos debates e votações, o Parlamento promoveu doze sessões solenes para reconhecer e celebrar contribuições à sociedade, cinco audiências públicas sobre temas diversos e, ainda, cursos, encontros e eventos culturais, além do “Arraiá da Alego”, festa para servidores e convidados.
Sessões deliberativas
O Parlamento goiano teve uma semana movimentada com a realização de três sessões deliberativas ordinárias, nas quais diversos projetos de lei foram discutidos e aprovados, sinalizando mudanças em várias áreas de atuação governamental e judiciária.
Na sessão de terça-feira, 25, o Plenário Iris Rezende foi palco da aprovação em definitivo da reestruturação do TJ-GO. Essa reestruturação inclui a criação de uma 1ª e 2ª vice-presidências e uma Corregedoria do Foro Extrajudicial, buscando melhorar a administração dos serviços judiciais e extrajudiciais sem aumento de despesas.
A mesma sessão viu a aprovação de medidas de incentivo ao empreendedorismo feminino, à empregabilidade de idosos e à inclusão de jovens. Entre elas, destaca-se a Política Estadual para Mulheres Empreendedoras, proposta pela deputada Bia de Lima (PT), que visa estimular o desenvolvimento econômico e social e fortalecer a participação das mulheres no cenário empresarial de Goiás.
Na quarta-feira, 26, os deputados aprovaram, em primeira fase, o projeto da Governadoria que revisa o plano de carreira dos docentes da Universidade Estadual de Goiás (UEG), visando à progressão de níveis e adequação das classes. Esse projeto foi celebrado como um marco para a valorização do corpo docente e é parte das comemorações dos 25 anos da UEG. Além disso, ajustes na Lei do Programa Mães de Goiás também foram debatidos, com o objetivo de garantir a continuidade do suporte às famílias em vulnerabilidade.
A sessão de quinta-feira, 27, consolidou várias propostas, incluindo o plano de carreira da UEG, que foi aprovado definitivamente. O projeto passará agora para a sanção do governador Ronaldo Caiado (UB), juntamente com outras medidas, como a ampliação do prazo de assistência do Programa Mães de Goiás de 36 para 72 meses.
Além das legislações, foram aprovados na semana a concessão de oito Títulos de Cidadania Goiana, reconhecendo indivíduos que contribuíram para o Estado, como Francisco Sérvulo Freire Nogueira, secretário de Estado da Economia.
Durante as sessões, houve debates na tribuna, com parlamentares defendendo ou criticando as medidas propostas. A descriminalização do porte de maconha para uso pessoal pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foi um dos temas que gerou divergência entre os deputados.
Audiências públicas
A Alego promoveu, ao longo da semana, quatro audiências públicas que abordaram temas, desde a saúde pública e financiamento educacional até a conservação ambiental e diretrizes orçamentárias.
A primeira audiência, realizada na terça-feira, 25, pela Comissão de Saúde, concentrou-se na conscientização e tratamento da puberdade precoce. Especialistas em saúde e educação discutiram a importância de diagnósticos precoces e intervenções eficazes, destacando o papel crucial da escola na identificação dos primeiros sinais. A audiência, que foi liderada pelo deputado Gustavo Sebba (PSDB), também ressaltou os desafios enfrentados pelas crianças acometidas pela condição, com ênfase na gravidade do impacto emocional e social que isso representa.
Na quarta-feira, 26, a deputada Bia de Lima liderou discussão sobre o acesso ao financiamento de projetos para escolas públicas. Com a presença de representantes do Ministério da Educação e da Secretaria de Estado da Educação, a audiência abordou as estratégias para melhorar a infraestrutura educacional por meio de uma gestão eficaz dos recursos disponíveis, como os do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O deputado Antônio Gomide (PT) comandou, entre quinta, 27, e sexta-feira, 28, debates nas frentes parlamentares em Defesa do Cerrado e da Chapada dos Veadeiros. Realizada na cidade de Cavalcante, as discussões focaram na urgência de implementar políticas públicas para combater o desmatamento alarmante na região e promover o desenvolvimento sustentável, ressaltando a necessidade de engajamento entre a comunidade e o governo.
Finalizando as audiências públicas da semana, a Comissão de Finanças conduziu, na quinta-feira, 27, um debate sobre o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025. O encontro destacou as previsões orçamentárias para saúde e educação, assim como o impacto do Regime de Recuperação Fiscal. Os participantes, incluindo vários setores governamentais e a sociedade civil, discutiram as diretrizes que guiarão as despesas públicas, visando maximizar a eficácia do uso dos recursos estaduais.
Sessões solenes
A semana foi marcada pela realização de 12 sessões solenes, homenageando personalidades e entidades que contribuem para o desenvolvimento do Estado. Entre os destaques, houve reconhecimento de tradições culturais, defesas de direitos, devoções religiosas e contribuições profissionais.
Na segunda-feira, 24, a Alego entregou a Comenda Cavalhadas de Goiás Padre Silvestre Álvares da Silva, uma honraria criada em 2023 pelo deputado Lineu Olimpio (MDB). Foram agraciadas 30 personalidades ligadas às cavalhadas, uma tradicional festa folclórica goiana. A mesa diretiva contou com a presença de autoridades, como a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes Santos, e o secretário de Estado da Retomada, César Moura. Os deputados Bruno Peixoto (UB), Lineu Olimpio e Coronel Adailton (Solidariedade) destacaram a importância cultural e econômica das cavalhadas para o Estado.
Na noite do mesmo dia, foi a vez do deputado Ricardo Quirino (Republicanos) presidir sessão em homenagem a voluntários e defensores dos direitos das pessoas idosas. Foram entregues 150 Certificados do Mérito Legislativo a pessoas e entidades que trabalham em prol dos idosos. O promotor Marcelo Miranda enfatizou a relevância da causa, destacando o aumento de conselhos e fundos dedicados aos direitos da pessoa idosa nos últimos anos.
Na terça-feira, 25, o deputado Dr. George Morais (PDT) conduziu sessão solene itinerante em Trindade, homenageando devotos e romeiros do Divino Pai Eterno. A solenidade contou com a participação de diversas autoridades locais e incluiu a entrega de certificados e medalhas. Morais também lançou seu livro “Escrevendo a história dos municípios goianos”, destacando a importância cultural e histórica da romaria.
Ainda na terça-feira, o deputado Lineu Olimpio comandou, em nome do presidente Bruno Peixoto, sessão em homenagem a arquitetos e urbanistas. O evento reconheceu a contribuição desses profissionais para o desenvolvimento urbano de Goiás. Simone Buiate Brandão, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás, e Hennedy de Castro Dias, representando os homenageados, destacaram a importância da arquitetura para a qualidade de vida da população.
Na quarta-feira, 26, a deputada Bia de Lima promoveu sessão solene para celebrar os 25 anos da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Cerca de 200 pessoas foram homenageadas por suas contribuições à instituição. A deputada federal Adriana Accorsi (PT) e o reitor Antônio Cruvinel Borges Neto destacaram o papel crucial da UEG no desenvolvimento educacional e social do Estado.
No mesmo dia, o deputado Karlos Cabral (PSB) realizou sessão solene itinerante em Rio Verde, concedendo o Título de Cidadania Goiana ao promotor Lúcio Cândido de Oliveira Júnior. A cerimônia destacou as contribuições do promotor para áreas como educação, meio ambiente e saúde pública na região.
Na quinta-feira, 27, o presidente da Alego, Bruno Peixoto, homenageou a Igreja Fonte da Vida pelos seus 30 anos. A sessão contou com a presença de líderes religiosos e políticos, que ressaltaram a importância da igreja para a comunidade goiana e seu impacto social positivo.
Na sexta-feira, 28, os deputados Wagner Camargo Neto (Solidariedade) e Rosângela Rezende (Agir) realizaram sessão para entregar a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira a presidentes de cooperativas. Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema de Organizações das Cooperativas Brasileiras (OCB), recebeu o Título de Cidadania Goiana por suas contribuições ao cooperativismo em Goiás.
Além dessas homenagens, a Alego realizou outras sessões itinerantes e temáticas. Em Anápolis, na sexta-feira, o deputado Antônio Gomide celebrou o 117º aniversário do município. No sábado, 29, foram realizadas sessões em homenagem ao movimento negro, no Plenário Iris Rezende, por iniciativa do deputado Dr. George Morais, e em Luziânia o deputado Ricardo Quirino concedeu título de cidadania ao vereador André Firmino da Silva. No mesmo dia, o deputado Mauro Rubem presidiu sessão no Auditório Carlos Vieira em homenagem à cultura goiana.
Cursos e eventos
A Alego realizou uma semana rica em atividades voltadas para a educação, a cultura e a valorização de profissionais de diversas áreas. Entre os destaques, ocorreram oito eventos e cursos que atraíram servidores, gestores municipais, profissionais da saúde, engenheiros ambientais e a comunidade em geral.
A Escola do Legislativo deu sequência ao curso “Excel Intermediário” para os servidores da Casa de Leis, com o objetivo de aprimorar suas habilidades no uso do Microsoft Excel. O curso, ministrado por Cairo Rezende dos Santos, servidor efetivo da Diretoria de Tecnologia da Informação na Alego, foi realizado em turmas matutinas e vespertinas. Com duração de 12 horas-aula, as instruções incluíram o uso de funções avançadas do Excel, criação de planilhas e gráficos e operações aritméticas. O curso é uma continuidade da capacitação iniciada com o curso “Excel Básico”.
Na segunda-feira, 24, o deputado Virmondes Cruvinel (UB) realizou um evento para homenagear pneumologistas pelo Dia do Pneumologista. Profissionais da área receberam o Certificado do Mérito Legislativo em reconhecimento ao seu trabalho crucial, especialmente durante a pandemia de covid-19. A presidente da Sociedade Goiana de Pneumologia e Tisiologia, Fernanda Miranda de Oliveira, destacou a importância da especialidade para a saúde pública, enquanto o vice-governador Daniel Vilela ressaltou a dedicação desses profissionais.
Na terça-feira, 25, a artista plástica Renata Matos inaugurou a exposição “Jardim da Alma: Florescendo Espiritualidade e Amor” no saguão do Palácio Maguito Vilela. Com 16 obras, a mostra busca transmitir mensagens de positividade e espiritualidade através da pintura a óleo. A exposição fica aberta ao público até o dia 30 de junho.
Ainda na terça-feira, 25, a Alego sediou o 7º módulo da capacitação do projeto Virada Ambiental, focado na produção de mudas nativas. Professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) abordaram aspectos legais e técnicos da produção de mudas florestais. A deputada Rosângela Rezende (Agir) destacou a importância do tema para a preservação ambiental e a formação de gestores municipais.
Na noite do mesmo dia, o deputado Virmondes Cruvinel homenageou 90 engenheiros ambientais em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Os profissionais receberam o Certificado do Mérito Legislativo pela relevância de sua atuação na mitigação de problemas ambientais e desenvolvimento de novas tecnologias.
Na quarta-feira, 26, a Alego recebeu o 14º Encontro Regional do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO). O evento, que visou orientar agentes políticos e gestores públicos sobre responsabilidades e proibições no último ano de mandato, contou com a participação de diversas autoridades, incluindo o governador em exercício Daniel Vilela (MDB). Foram discutidos temas como finalização de mandato e prevenção à corrupção.
Também na quarta-feira, 26, a Comissão de Minas e Energia da Alego realizou o 37º encontro do Fórum Permanente do Setor Energético. O evento abordou novas diretrizes de segurança dos bombeiros, exigências de licenciamento ambiental e questões sobre o mercado livre de energia. Gestores públicos e representantes do setor de produção de energia solar participaram do encontro.
Na quinta-feira, 27, a Alego sediou o 15º Encontro dos Conselhos Municipais de Educação de Goiás, promovido pela União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME). O evento teve uma série de palestras voltadas para a qualificação de profissionais e fortalecimento dos conselhos municipais de educação. A deputada Bia de Lima destacou a importância do encontro para o desenvolvimento educacional no Estado.
Arraiá da Alego 2024
Todas as expectativas foram superadas com a realização do Arraiá da Alego 2024. O evento, que cresceu significativamente nos últimos anos, foi realizado pela primeira vez na Arena Multiplace, um espaço com capacidade para 5 mil pessoas, localizado na Vila Alto da Glória. A festa, que antes era uma celebração interna para servidores e familiares, agora se transformou em um grande evento que marcou a história do Parlamento goiano.
Na noite de quarta-feira, 26, a Alego deu início às festividades com uma programação diversificada e ambientes temáticos, como o “Espaço Trem Bão” para shows principais, o “Espaço Mió que Tem” , com uma praça de alimentação, e a “Arena Exclusive” para shows eletrônicos. O cardápio da festa estava repleto de comidas típicas juninas, como canjica, chica doida e milho verde, que agradaram todos os presentes.
O presidente da Alego, Bruno Peixoto, recebeu inúmeros elogios de servidores e convidados pela organização e qualidade do evento. Ele expressou sua satisfação em proporcionar uma festa tão caprichada para os servidores que se dedicam ao Parlamento.
A primeira noite contou com apresentações de artistas renomados, como Gabriel Gava, Zé Ricardo e Thiago, Diego e Arnaldo, Cíntia Souza, banda Rock 62 e DJ Vinicius Cavalcante, garantindo um repertório variado que agradou a todos os gostos.
Na quinta-feira, 27, a festa continuou com mais atrações musicais, como Di Paulo e Paulino, banda Casa de Leis, Victor Borges e Vinicius, Paulo Vitor, VH e Alexandre, Íciar Diaz, Lucas Rocha e os DJs Jiraya Uai e Wam Baster. O presidente Bruno Peixoto aproveitou a ocasião para agradecer aos colegas parlamentares e ao público pela participação, prometendo uma edição ainda melhor no próximo ano.
O deputado Gugu Nader (Avante) se destacou ao preparar e distribuir milho cozido direto do Panelão do Gugu, reforçando o lema da atual gestão de servir à população.
Uma das atrações mais aguardadas, o DJ Jiraya Uai, com sua trupe de dançarinos, e DJ Wam Baster agitaram o público com seus sets de eletrofunk. A dupla Di Paulo e Paulino também emocionou o público com seus clássicos do sertanejo raiz.
A festa se estendeu até as 4 horas da manhã, com ambientes dedicados à música eletrônica, onde DJs, como Ray, Vitor Bueno, André Cruzz e outros, mantiveram a animação até tarde.
O Arraiá da Alego 2024 proporcionou momentos de alegria, lazer e confraternização para servidores, parlamentares e a comunidade. Com uma programação variada e uma estrutura de alta qualidade, o evento fomenta a promoção da cultura e da tradição junina.
Fonte: Com Informações da Agencia de Noticias da Assembleia Legislativa de Goiás
Como Pacto Global busca colocar mais mulheres em cargos de lideranças de empresas até 2030
Lidiane 6 de maio de 2024
Mesmo representando a maioria da população brasileira (51,5%), as mulheres ocupavam menos de 40% dos cargos executivos no mercado de trabalho brasileiro, segundo Censo 2022. O levantamento aponta, ainda, que o rendimento delas foi, em média, equivalente a 78,9% do recebido por homens. Além disso, um dado de 2021 do Fórum Mundial Econômico aponta que o Brasil ocupa o 93º lugar em desigualdade de gênero entre 156 nações.
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Para mudar este cenário, o Movimento Elas Lideram, uma iniciativa do Pacto Global da ONU, que visa alcançar a equidade de gênero, pretende mobilizar 1.500 empresas do país para levar mais de 11 mil mulheres para cargos de alta liderança até 2030.
Rachel Maia, presidente do Conselho do Pacto Global da ONU no Brasil e primeira negra a ser CEO de uma empresa no país, reforça que apenas 14% do público feminino ocupa cargos de diretoras executivas em empresas.
— Se tirarmos as herdeiras, vai para um dígito. Eu não posso ser considerada como uma pessoa de sorte. Passei pela arrebentação e passei pelo crivo dessa sociedade, mas não pode ser apenas eu. Por isso que estou aqui dizendo que não podemos ter apenas uma Rachel para a história de referência de mulheres pretas sentadas na cadeira de presidente de empresas globais — diz.
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Empresa de SC no Pacto Global
A Rede Cooper, cooperativa de varejo alimentar de Blumenau, é a única empresa catarinense que se alinha com o Pacto Global. De acordo com Fabiana Medeiros, diretora de Gente e Cultura, dos mais de 200 cargos de liderança da instituição, cerca de 30% das cadeiras são ocupadas por mulheres.
A empresa também faz parte do Todas Group, um programa que oferece cursos, mentorias e eventos a fim de acelerar as carreiras femininas no Brasil. Mesmo já estando perto do patamar estimado pelo Elas Lideram da ONU, a Cooper pretende aumentar este número nos próximos anos.
— Hoje, nós estamos com 189 mulheres engajadas no Todas. Temos um engajamento de 89%. Elas estão embarcadas, literalmente, na plataforma, estudando, ampliando o seu conhecimento e habilidades. A gente já devorou mais de 3.400 conteúdos juntas, já temos mais de 200 certificados emitidos para as nossas mulheres aqui — enfatiza.
Fabiana salienta que o objetivo dos projetos não é o de competir com os homens ou tirá-los de cargos de liderança, mas de construir um mundo em que as mulheres também sejam reconhecidas e tenham as mesmas chances.
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A discussão, para ela, não é sobre quem é melhor, mas como o trabalho feito de forma conjunta pode se complementar.
— Quando tanto o homem quanto a mulher entendem esse complemento, as coisas começam a fluir e essa liderança vai muito além, porque existe o apoio, a compreensão e, sobretudo, o respeito. Porque é isso que a gente está pedindo para o mundo. Nos respeitem, nós somos seres humanos, independente de gênero — finaliza.
Realidade das mulheres negras é ainda pior
Se a desigualdade entre gêneros já é escancarada no país, quando se faz um recorte por raça a situação é ainda mais alarmante. No Brasil, os números mostram que as mulheres pretas ou pardas são mais afetadas pelas desigualdades na educação, mercado de trabalho e sofrem mais violência em comparação com as brancas.
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Conforme o estudo de estatísticas de gênero do IBGE de 2022, as mulheres brancas que tinham completado o nível superior (29,0%) era o dobro do observado para as pretas ou pardas (14,7%). O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estados Socioeconômicos (Deese) de 2021 ainda mostra que a taxa de desocupação das mulheres negras em idade de trabalhar era de 11,7%.
Com relação à violência, enquanto 5,7% das mulheres brancas relataram na pesquisa do IBGE terem sido violentadas, essa proporção era de 6,3% para as pretas e pardas. Os dados também mostram que foram registrados 681 homicídios dolosos de mulheres brancas e 1.835 de pretas ou pardas.
Os dados ainda evidenciam que as mulheres negras dedicam mais tempo aos afazeres domésticos e cuidados de pessoas. Enquanto as mulheres pretas ou pardas destinavam 22 horas semanais, as brancas dedicavam 20,4. Outro recorte que chama a atenção é de mulheres em situação de pobreza ou extrema pobreza. As negras e pardas (41,3%) que estavam abaixo dessas linhas é quase o dobro que as brancas (21,3%).
Rachel Maia, primeira negra a ser CEO de uma empresa no país, diz que a sociedade é naturalmente excludente para a mulher preta, principalmente as de pele mais retinta. Ela contextualiza que isso acontece porque, por muitos anos, a mulher negra foi tratada apenas como empregada, reprodutora ou mãe solo, além de ser inviabilizada pela sociedade, às vezes de forma proposital, a calar-se diante da situação a qual foi imposta.
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— Essa é a nossa cultura, é a realidade imposta à mulher negra. Não é mimimi, são dados estatísticos. Temos países vizinhos que fizeram o processo de embranquecimento e de forma bem sucedida. Tivemos guerras em que mulheres negras foram colocadas no front, não apenas homens negros. Então existiu um massacre quase que propositivo. A mulher negra está na última pirâmide e, quanto mais retinta, mais abaixo ela vai — ressalta.
Rosane Silva, secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados do Ministério das Mulheres, cita, ainda, que 30% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres, sendo que maioria delas é negra. Mesmo assim, destaca que há poucas políticas públicas voltadas para elas.
— Por isso, tem que ter uma política de Estado séria, que mude a realidade das mulheres negras no nosso país. Não queremos continuar reproduzindo mulheres negras pobres periféricas — finaliza.
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A indústria da construção civil, historicamente dominada por homens, vem testemunhando uma transformação inspiradora: a ascensão da força feminina. As mulheres, com sua perspicácia, talento e determinação, estão abrindo caminho para um futuro mais igualitário e promissor no setor.
Em 2023, a construção civil figurou como o setor que mais gerou empregos no país. E as mulheres surpreenderam ao liderar as contratações deste ano, representando cerca de 60% das admissões, de acordo com publicação da Ademi Bahia, baseada em dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Esse percentual superou o índice geral de contratações femininas nos demais setores da economia.
As mulheres assumem cada vez mais cargos de liderança, desde gerentes de projeto até CEOs de grandes empresas. A diversidade de gênero traz novas visões e soluções inovadoras para os desafios da indústria, impulsionando a criatividade e a eficiência. A presença feminina contribui para o combate ao machismo e à desigualdade salarial, promovendo um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo para todos.
Existem desafios a serem superados: o machismo estrutural ainda persiste, com estereótipos e preconceitos que impedem o avanço das mulheres em algumas áreas da construção civil. Além disso, canteiros de obras e espaços de trabalho nem sempre são adaptados às necessidades femininas, dificultando sua integração e permanência no setor. Apesar do progresso, as mulheres ainda ganham menos que os homens para funções equivalentes, uma disparidade que precisa ser eliminada.
Futuro da construção civil
As mulheres estão construindo um novo panorama para o setor de construção civil, moldando um futuro mais justo e sustentável para todos.
“Na SH acreditamos nas políticas de inclusão e diversidade, além de oferecer oportunidades de crescimento para as mulheres. Ao mesmo tempo que incentivamos que as mulheres quebrem as barreiras, busquem qualificação profissional e assumam seu lugar de destaque na construção civil”, afirmou Luis Claudio Monteiro, COO da SH, empresa brasileira desenvolvedora de soluções para o setor de construção civil.
Mulheres na construção civil
Seguindo a lógica de mercado e a crescente participação das mulheres na indústria da construção civil, a empresa SH tem mulheres em posições de liderança e também na área operacional.
Carolina Amparo, 34 anos, é gerente da unidade da SH em Brasília. A baiana, de Salvador, ingressou na SH aos 19 anos ainda como técnica em desenho e de lá para cá se profissionalizou no curso de engenharia. Hoje ela lidera mais de 50 pessoas, em variados cargos, desde administrativo à área de manutenção dos equipamentos e logística de entrega.
“Eu como mulher, jovem e negra, sei que represento uma parcela ainda pequena da população que consegue galgar cargos de liderança. Acredito que o que permitiu alcançar esse posição na SH foi minha postura enquanto profissional, sempre buscando qualificação, e ao mesmo tempo, aberta para aprender com colaboradores com mais tempo de casa, que me permitiram implementar uma gestão de sucesso. Tanto é que para 2024, o percentual estimado de aumento de faturamento da unidade em relação a 2023 é de 16,5%”, afirmou Carolina.
Na área de operações, as mulheres também não ficam de fora. Lucilene Paulino, 43 anos, é operadora de máquinas. Ela ingressou na unidade da SH de Pernambuco em 2013, atuou na área administrativa e em serviços gerais, mas ao observar a oportunidade de migrar para a área operacional, fez o curso de motorista de empilhadeira, durante suas férias, e ao retornar, pleiteou uma vaga.
“Atuo como motorista de empilhadeira há seis anos. Sou a única mulher que exerce essa função e trabalho com cerca de 35 homens. No início, enfrentei certo preconceito por parte dos meus colegas, que até então não estavam acostumados a ver uma mulher atuando na mesma função que eles. Com o passar do tempo fui ganhando respeito e mostrando que o lugar da mulher é onde ela quer. Inclusive, acredito que somos muito mais cautelosas e conseguimos exercer várias atividades ao mesmo tempo, o que nos dá um grande diferencial”, declarou Lucilene.
Já a Erika Cristina Santos de Souza, 34 anos, iniciou na unidade da SH no Pará como estagiária em desenho técnico, enquanto cursava Técnico em Edificações. Ela foi selecionada após assistir uma palestra da SH na instituição que estudava e se candidatou a vaga. Erika, que está há 11 anos na empresa, já passou por diversos cargos na SH e após finalizar o curso de graduação em Engenharia Civil, passou a atuar como assistente técnica, cargo que ocupa hoje.
“Quando fui para a área da assistência técnica passei a estar mais presente nas obras e comecei a sentir as dificuldades. Isso porque eu era nova e mulher, num ambiente majoritariamente masculino. Eu tinha apenas cinco anos de mercado e era testada pelos profissionais mais velhos, que queriam o tempo todo validar o meu conhecimento e capacidade. Hoje, sinto que o preconceito é mais velado, mas também acredito que reduziu bastante. Vejo que ainda temos muito para conquistar. Há 11 anos, quando comecei a estrutura não estava preparada para receber mulheres, nem banheiros femininos tinham nas obras. Hoje esse cenário evoluiu e as mulheres estão mostrando seu valor e competência”, concluiu Erika.
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