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5 de fevereiro de 2025
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Fatos & Fotos

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Na última sexta-feira (12), o casal Maria Lígia Mendonça, médica dermatologista, e Arthur Rocha, médico nutrólogo, foi honrado com o Prêmio Talentos da Saúde pela segunda vez, durante Sessão Especial na Câmara Municipal de Goiânia. De autoria do vereador William Veloso, a cerimônia destacou a excelência e o compromisso dos profissionais da saúde para a comunidade

 

Em mais uma iniciativa de compromisso social, o hotel Transamerica Collection Goiânia acaba de fazer a doação de mais de 1.100 peças de enxoval de cama e banho do seu acervo. Na foto, a coordenadora de serviços e operação do hotel, Larize Almeida, e a governanta Telma Ferreira, entregaram pessoalmente as doações ao auxiliar da Central de Doações da Vila São Cottolengo, Wesley dos Santos Ferreira, e ao motorista da entidade, Márcio Ribeiro

Notas

Use Fiu-Fiu

Reconhecida pela autenticidade, vibração única e celebração da brasilidade, a marca goiana Use Fiu-Fiu lança a nova coleção “Vital” para o cenário da moda brasileira. A Use Fiu-Fiu é uma expansão da marca de bebidas Fiu-Fiu e Fiu-Fiu Ice, e traz para a moda a essência da brasilidade, com roupas autênticas, vibrantes e empoderadoras para mulheres que buscam estilo, qualidade e originalidade. A nova coleção “Vital”  parte da premissa da moda essencial,  e traz consigo uma nova perspectiva de elegância e sofisticação para o dia a dia de seu público. Para a marca, o drop é mais do que uma simples coleção de roupas básicas; é uma expressão de estilo e confiança.

Estímulo à leitura

Para proporcionar o encontro do público com os livros, o Goiânia Shopping recebe, até o dia 30 de abril, a Feira do Livro Letrinhas. Na Praça de Eventos (Piso 1), os visitantes têm acesso a mais de mil títulos diferentes de diversos gêneros, desde os infantis até os grandes clássicos da literatura mundial, com valores a partir de R$ 6,90. O objetivo da feira é levar cultura e conhecimento ao público, com a oferta de livros a preços acessíveis. A entrada é gratuita.

Heapa conquista Acreditação ONA 3

O Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa), unidade do Governo de Goiás, localizada na Região Metropolitana de Goiânia e gerida pelo Instituto de Gestão e Humanização (IGH) há 10 anos, recebeu, em abril, Acreditação Nível 3 de Excelência, a mais alta certificação de qualidade hospitalar conferida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). A Acreditação ONA 3 confirma que o Heapa cumpre rigorosos padrões de excelência no atendimento aos usuários. Isso significa que os pacientes podem confiar que estão recebendo cuidados de saúde de alta qualidade e segurança. O Heapa é o quinto hospital público do Governo de Goiás a conquistar o Selo Ouro. A Acreditação do Heapa é válida por três anos.

Corrida Food Run

Goiânia sediará a 13ª edição da Corrida Food Run, um evento que combina o desafio da corrida de rua com o prazer da gastronomia. Programado para 9 de junho, com largada às 6h30min na República da Saúde, o evento oferece percursos de 5 e 10 quilômetros pelo setor Marista. Uma vez na linha de chegada, os corredores serão recebidos com um verdadeiro festival gastronômico que inclui ilhas de comida, jogos interativos, estandes de marcas renomadas e até um refrescante chop da Colombina. As inscrições estão disponíveis no site oficial (http://www.corridafoodrun.com.br) e já atingiram metade da capacidade. “Com apenas 900 vagas, a procura é alta. Aconselho a se inscrever logo para não perder essa experiência única”, destaca Mateus Suassuna, organizador do evento.

Gato Galactico

O fenômeno Gato Galactico está pronto para encantar os palcos do Teatro Rio Vermelho com seu novo show “Gato Galactico em Aventura Prismágica”. O espetáculo que acontece no dia 28 de setembro, promete ser uma experiência única, mesclando música, história, imaginação e fantasia, em uma produção que vai fascinar tanto crianças quanto adultos. O show traz os queridos personagens Roni, Luna, Mimi, Astro e o intrigante vilão Gato Lunático. Eles se embrenham em uma aventura envolvendo o Lápis Prismágico, um objeto mágico vindo das estrelas, que encontra em Roni seu novo guardião. Os ingressos já estão em pré-venda e o público pode fazer a reserva por meio do site Cultura Reservas (https://www.culturareservas.com/). Basta informar seu nome completo, contatos e a quantidade de bilhetes que deseja reservar. Dessa forma é possível garantir seu ingresso em primeira mão, sem o risco de que se esgotem.

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Umas & outras

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InauguraçãoO empresário Heribaldo Egídio receberá convidados nesta quarta-feira (17) para a inauguração da Expansão Fabril e do Novo Centro de Distribuição da Equiplex Indústria Farmacêutica. Será apresentada a ampliação das instalações, a aquisição de uma nova máquina com tecnologia européia BSF (Blow-Fill-Seal), dobrando assim a produção da própria marca e permitindo atender as demandas para o mercado internacional. O evento com descerramento de placa acontecerá na Sede da Equiplex, a partir das 9h da manhã e espera-se a presença de várias autoridades locais, representantes do Poder Executivo e Legislativo do Estado, e do Município de Aparecida de Goiânia. Mais informações em @equiplex e @h.egidiogroup

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AutógrafosNesta quinta-feira (18), às 19h, acontece o lançamento do primeiro livro da escritora e poeta Indira Camargo Rassi “Equilíbrio dos Extremos – Diários Poéticos”. O lugar escolhido é a sede da União Brasileira de Escritores (UBE–Goiás), situada no setor Central, em Goiânia. O evento contará com noite de autógrafos, apresentações musicais e coquetel.

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Autor


Resumo
Na Universidade Federal de Goiás, ocorreu a formatura da primeira turma graduada em Inteligência Artificial. Todos os alunos já estão contratados e os projetos da turma geraram R$ 1,5 milhão. A 5ª turma conta com 40 alunos, dos quais 20% são mulheres.

Primeira turma graduada em Inteligência Artificial no Brasil

Foto: Reprodução

Acaba de se formar a primeira turma graduada em Inteligência Artificial no Brasil. Onde? Na Universidade Federal de Goiás. Os resultados não podem ser melhores, desde já. Todos os alunos já estão contratados, por empresas de dentro e fora do Brasil.

E tem mais. Durante a graduação, a turma recebeu R$ 1,5 milhão por projetos contratados por indústrias. Entre os alunos, três deles receberam individualmente mais de R$ 200 mil.

A UFG está recebendo grande apoio de empresas para novos projetos de IA. Vale salientar que esse apoio voltado para o desenvolvimento de projetos é crescente.

Foram R$ 30 milhões arrecadados em 2022, R$ 50 milhões em 2023, e a previsão frente a 2024, é de R$ 60 milhões, segundo matéria no jornal Valor Econômico.


Hora de partilhar

A quinta turma no curso de IA já começou na UFG, esta com 40 alunos. Além do aumento no número de participantes, a presença de mulheres na classe cresceu bastante. Apenas uma mulher fez parte do primeiro grupo de formandos, agora elas já são 20% dos estudantes.

E é uma história tão boa, que será destaque na prestigiosa Brazil Conference at Harvard & MIT. A Brazil Conference at Harvard & MIT é um evento anual realizado desde 2015 pela comunidade brasileira de estudantes na região de Boston.

Parabéns para a UFG e que muitas outras universidades públicas e privadas se inspirem neste exemplo incrível!

(*) Alex Winetzki é CEO da Woopi e diretor de P&D do Grupo Stefanini, de soluções digitais.

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Rio Verde (GO) recebe uma das maiores feiras do agronegócio brasileiro

A cidade de Rio Verde, em Goiás, está recebendo uma das maiores feiras do agronegócio no Brasil.

Nos corredores da feira, elas chamam atenção: máquinas gigantes que chegam a custar R$ 2 milhões. A feira também traz tecnologias para o pequeno agricultor. Uma empresa trouxe uma mini colheitadeira, ideal para produções menores. O produtor rural Orlando tem um sítio e se interessou pela máquina.

“É a novidade. Gostei muito. Vai cair bem isso aí, vai ser muito útil colher grão, colher soja, colher arroz, que está precisando plantar arroz também”, diz.

A 21ª edição da Tecnoshow de Rio Verde, sudoeste de Goiás, é uma vitrine do agronegócio. Durante os cinco dias de evento, os 650 expositores chegam a movimentar mais de R$ 11 bilhões em negócios.

Em um stand, a novidade é um carrinho não tripulado, usado para combater as pragas que atacam as lavouras. Ele é todo comandado pelo celular.

“A grande máquina tem muita tecnologia, a pequena máquina tem a mesma tecnologia. Isso é o fator mais relevante que tem acontecido de 10 anos para cá, o produtor sendo beneficiado com as novas tecnologias em máquinas pequenas”, diz Antônio Chavaglia, presidente da feira.

As safras e o comportamento do clima são assuntos que também chamam muito atenção dos visitantes. Em uma lavoura experimental, alunos de agronomia da Universidade de Rio Verde demonstram os efeitos da seca em uma lavoura de soja e o que pode ser feito para evitar as perdas.

Em um canteiro, as plantas não receberam nenhuma cobertura de solo. Dá para ver que raízes são frágeis e com pouca profundidade. Em um outro, a realidade é bem diferente. Lá, as plantas receberam aplicações de gesso e contam com uma cobertura de palha. Por isso, as raízes se desenvolveram bem.

“A universidade tem o compromisso de estar sempre atenta na demanda do campo, a demanda da realidade do produtor. Isso a gente mostrou por meio de uma trincheira, que a gente mostra o desenvolvimento radicular, qual que é a forma mais eficiente ou a combinação de ações que vai fazer o produtor ter o manejo mais assertivo”, explica Paulo Fernandes Boldrin, diretor da Faculdade de Agronomia da UniRV.

O Gabriel vai levar as técnicas que aprendeu na feira para fazenda da família, no Piauí.

“A gente já tem um pouquinho da prática, um pouquinho da noção do que está sendo explicado aqui. A gente leva sempre para casa o que a gente aprende aqui”, diz.

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Investimentos serão realizados para a adequação de sua unidade fabril em Catalão para a produção de novos produtos e desenvolvimento de novas tecnologias durante os próximos oito anos. Foto: Divulgação/HPE

A HPE Automotores, representante oficial da Mitsubishi Motors no Brasil, anunciou um investimento significativo de R$ 4 bilhões até 2032 na sua fábrica em Catalão (GO). Esse plano abrange uma série de melhorias na unidade fabril para incorporar novos produtos da marca e desenvolver tecnologias inovadoras ao longo dos próximos oito anos.

O investimento visa não apenas fortalecer a presença da Mitsubishi Motors no mercado brasileiro com novos e atraentes produtos, mas também impulsionar o desenvolvimento de tecnologias híbridas e flexíveis. Mauro Luis Correia, CEO da HPE Automotores, expressou grande orgulho neste anúncio, destacando a importância da empresa no Brasil, especialmente na região de Catalão, onde estão estabelecidos há mais de 25 anos.

“Ao longo dos anos, a Mitsubishi Motors conquistou uma reputação sólida por sua robustez e qualidade, especialmente no segmento de picapes. Este investimento promete consolidar ainda mais essa posição e abrir novas oportunidades no mercado nacional”, destacou Mauro Correa ao Badiinho.

Além das melhorias na produção, uma parte significativa dos recursos será destinada a pesquisas e estudos visando aprimorar a sustentabilidade das operações fabris. Também serão oferecidos treinamentos regulares para capacitar a equipe da fábrica, fortalecendo assim o compromisso da empresa com o mercado brasileiro.

Atualmente, a Mitsubishi Motors vende cerca de 22 mil veículos por ano no Brasil, gerando mais de dois mil empregos diretos e cerca de dez mil indiretos. O investimento também é visto como uma oportunidade para beneficiar a força de trabalho, proporcionando capacitação e crescimento profissional para os profissionais da indústria automotiva na região de Catalão.

Linha de produção da HPE Automotores em Catalão. Foto: Divulgação/Ascom HPE

Nos últimos 26 anos, mais de 800 mil veículos foram comercializados pela marca no país. A HPE Automotores, atuando desde 1991, representa oficialmente as marcas Mitsubishi Motors e Suzuki no Brasil, e para eles, ser 4×4 é mais do que um slogan, é um estilo de vida. 

Escrito e publicado por: Badiinho Moisés/Informações da Ascom HPE



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Última atualização 02/04/2024 | 16:14

A vacinação contra o papilomavírus humano, o HPV, no Sistema Único de Saúde (SUS) vai deixar de ser feita em duas doses e passará para dose única. A mudança passa a valer a partir da divulgação de uma nota técnica, ainda nesta terça-feira ,2.

“A partir da publicação, as pessoas que receberam uma dose já estão plenamente vacinadas e não precisarão receber a segunda”, reforçou o diretor do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Eder Gatti.

A vacina utilizada no novo esquema da rede pública permanece sendo a dose quadrivalente produzida pelo Instituto Butantan, que protege contra quatro subtipos de HPV associados ao câncer de colo de útero.

Em entrevista à Agência Brasil, a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, considerou a mudança uma estratégia acertada.

“É uma tendência. Vários países do mundo estão migrando para a dose única. Alguns porque não têm vacina e o único jeito de introduzir é com uma dose apenas. Outros, como Austrália, Escócia e Dinamarca, migraram para a dose única porque já conseguiram controlar ou reduzir em mais de 90% a circulação do vírus, das lesões e do câncer propriamente dito. Então, eles estão migrando para uma dose para manter o vírus com circulação baixa ou até ausente”.

“Esse cenário depende de cobertura vacinal e não do número de doses. Se você tem uma baixa cobertura vacinal, ainda que seja com duas doses, você não vai ter mais sucesso do que quando há muita gente vacinada – que seja com uma dose só”, explicou.

Mônica destacou ainda que a mudança se aplica estritamente ao SUS e que o esquema de duas doses para adolescentes de 9 a 14 anos está mantido na rede particular. Isso porque, segundo ela, estudos apontam a eficácia da dose única contra o HPV na prevenção do câncer de colo de útero, mas o vírus está associado a outros tipos de câncer, como de orofaringe, pênis, ânus, vagina e vulva.

“O Brasil é signatário de um acordo da Organização Mundial da Saúde para eliminar o câncer de colo de útero e tomar todas as medidas necessárias até 2030. Essas medidas incluem vacinação, rastreamento adequado com dois testes, pelo menos, ao longo da vida das mulheres e acesso ao tratamento. Hoje, o Brasil está focado na eliminação do câncer de colo de útero. Agora, quem se vacina no sistema privado, quer também proteção contra a verruga genital e outros tipos de câncer. E esses dados a gente não tem com dose única porque não foi estudado. Não quer dizer que não vai funcionar, mas a gente não tem esse dado.”

Confira os principais trechos da entrevista:

Brasília (DF) 02/04/2024 - Mônica Levi é eleita presidente da SBIm para o biênio 2023-2024 Foto: Sarah Daltri/SBIm/DivulgaçãoBrasília (DF) 02/04/2024 - Mônica Levi é eleita presidente da SBIm para o biênio 2023-2024 Foto: Sarah Daltri/SBIm/Divulgação

Presidente da SBIm Mônica Levi conversou com a Agência Brasil – Sarah Daltri/SBIm/Divulgação

Agência Brasil: Como a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) avalia a decisão do ministério? A senhora acredita que ela foi tomada no momento correto, considerando o cenário brasileiro atual de baixa cobertura vacinal contra o HPV?

Mônica Levi: Considero um dado positivo para o Brasil. Nós estávamos realmente com baixa cobertura, uma baixa adesão para a segunda dose. Com uma dose só, a gente vai conseguir aumentar a cobertura vacinal. É mais fácil, né? A logística fica mais fácil. E o que a gente tem de dado é que, se você tiver uma grande cobertura com uma dose, talvez você consiga um benefício maior do que com duas doses pra menos gente. É isso que a gente está vendo acontecer no mundo. Por um período de oito a 10 anos, a gente tem dados de estudos mostrando que a proteção é semelhante com uma, duas ou três doses.

A Escócia é um exemplo. A gente viu que lá, quem se vacinou com 12 ou 13 anos – com uma, duas ou três doses – praticamente não teve nenhuma lesão de colo uterino. E isso desde 2007, quando a Escócia começou a vacinação. Então, a análise deles hoje é que, independentemente do número de doses, o benefício foi igual. Esse é um mote pra se ter uma equidade maior da vacinação no mundo. O grande benefício que eu vejo é que quem tem hoje de 15 a 19 anos e perdeu a oportunidade – principalmente por conta da pandemia – e já não está mais na idade do público-alvo da vacinação vai ter a chance também de se vacinar e se proteger.

Agência Brasil: Adolescentes que já tomaram uma dose estariam, até o momento, com o esquema vacinal incompleto. A partir da publicação da nota técnica, eles automaticamente não precisam mais da segunda dose? Como ficam esses casos?

Mônica Levi: Essa é uma mensagem que a gente tem que ter cuidado ao passar porque as sociedades médicas não vão migrar para a dose única. A Sociedade Brasileira de Imunizações e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia vão manter o esquema de duas doses até aos 20 anos e de três doses para acima de 20 anos. Passa a ser uma preocupação individual. Quem se vacina quer uma proteção contra tudo que a vacina pode proteger. O Brasil é signatário de um acordo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para eliminar o câncer de colo de útero e tomar todas as medidas necessárias até 2030. Essas medidas incluem vacinação, rastreamento adequado com dois testes, pelo menos, ao longo da vida das mulheres e acesso ao tratamento. Hoje, o Brasil está focado na eliminação do câncer de colo de útero. Agora, quem se vacina na rede privada, quer também proteção contra a verruga genital e outros tipos de câncer. E esses dados a gente não tem com dose única porque não foi estudado. Não quer dizer que não vai funcionar, mas a gente não tem esse dado.

Agência Brasil: O ministério também pediu que estados e municípios façam uma busca ativa por jovens de até 19 anos, homens e mulheres, que ainda não receberam nenhuma dose contra o HPV. Por que uma busca ativa nesse grupo? Há possibilidade de ampliar o público-alvo atual?

Mônica Levi: Não quer dizer que nós vamos vacinar contra o HPV [o público] de 9 anos a 19 anos como rotina, para sempre. Vai haver um período, talvez de seis meses a um ano, em que vai ser feito um catch-up, que é buscar todos aqueles que deveriam ter recebido a vacinação entre 9 e 14 anos e, por conta da pandemia ou por outro motivo qualquer, não receberam e agora não tem mais idade pra se vacinar pelo SUS. Então, esses meninos e meninas que estão com idade entre 15 e 19 anos vão ser vacinados, mas reforçando: em período de catch-up. Não é uma vacinação rotineira pra sempre.

É uma coisa muito positiva. Se a gente tiver uma adesão grande, vamos ter um benefício maior no sentido de caminhar para a eliminação do câncer de colo de útero. A vacina é importante para meninos e meninas, já que também há doenças associadas ao HPV no sexo masculino. O foco dessa decisão do ministério pela dose única é a eliminação do câncer de colo de útero e muitos países estão fazendo a mesma coisa. A OMS recomenda isso e a gente espera proteger mais pessoas. Os desfechos provavelmente vão ser melhores do que mantendo duas doses só de 9 a 14 anos e não conseguindo cobertura vacinal para a segunda, que é o que está acontecendo.

Agência Brasil: Como estava a cobertura vacinal contra o HPV no Brasil até o momento, com o esquema de duas doses?

Mônica Levi: Entre os meninos, só 27% têm a segunda dose. Isso desde 2017 – uma cobertura acumulada até 2023. Entre as meninas, 56% têm a segunda dose, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Se agora a gente concentrar aos esforços para aumentar a cobertura vacinal em dose única, fizermos um trabalho coordenado de campanha, acho que a gente pode ter um resultado melhor a longo prazo. Melhor que manter duas doses com baixa cobertura e ficar patinando nisso, além de deixar tanto adulto ou adolescente mais velho sem a proteção contra o HPV.

Agência Brasil: Com base na experiência de outros países, é possível pensar em uma janela de tempo pra que a gente possa falar em eliminar o câncer de colo de útero no Brasil?

Mônica Levi: A eliminação do câncer de colo de útero acontece quando você chega a um percentual de quatro ou menos casos para cada 100 mil mulheres. Alguns países já caminham rumo a esse cenário desde 2022, como Suécia, Austrália e Dinamarca. A Austrália está com seis casos para cada 100 mil mulheres, muito próximo da eliminação.

Eliminar o câncer de colo de útero não é chegar a zero, mas transformar a doença em uma patologia rara. Vai haver escape de casos, claro que vai. Mas muito pouco. Ele deixa de ser um dos cânceres que mais mata mulheres no mundo pra se tornar um câncer raro. Essa é a ideia. Eliminação é isso. E, no Brasil, a gente ainda tem entre 13 e 16 casos de câncer de colo de útero por 100 mil mulheres. São 17 mil casos novos e 6,6 mil óbitos todos os anos.

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Última atualização 01/04/2024 | 15:34

O crescimento econômico de Goiás superou a média nacional no ano passado. De acordo com o Instituto Mauro Borges (IMB), em 2023 o PIB do estado registrou um montante de R$ 336,7 bilhões, 4,4%% a mais de crescimento em relação ao ano de 2022 (R$ 321,8 bilhões) e torna-se o maior valor da história, enquanto a média do país ficou em 2,4%. Esse desempenho é reflexo de uma série de políticas públicas eficazes e de um ambiente favorável aos negócios que têm atraído investimentos e fomentado o desenvolvimento local.

Goiás também se destaca no cenário nacional como o estado com o maior potencial de mercado do Brasil, segundo a pesquisa realizada pelo Centro de Liderança Pública (CLP). A análise, que considerou variáveis como o Produto Interno Bruto (PIB) e o crescimento potencial da força de trabalho, colocou o estado no topo do ranking em 2023, evidenciando o dinamismo e a robustez da economia goiana. Neste quesito, Goiás está à frente de estados como São Paulo e Minas Gerais. O estado subiu sete pontos no quesito Potencial de Mercado e ocupa a 7ª posição, entre as 27 unidades da federação, no ranking geral de competitividade elaborado pelo CLP.

O Sebrae Goiás tem desempenhado papel fundamental nesse quadro, com seu apoio aos pequenos negócios, contribuindo assim para o desenvolvimento de um ambiente de mercado favorável. Por meio de um portfólio variado, que engloba programas e iniciativas, a instituição oferece suporte em áreas cruciais como gestão financeira, planejamento empresarial, e estratégias de mercado. “Temos programas de incentivo à inovação, ao empreendedorismo digital, à eficiência energética e à produtividade, entre muitos outros que apoiam o empreendedor com conhecimento para caminhar no ritmo do mercado, sem perder a competitividade e tornando os pequenos negócios mais produtivos”, analisa o diretor superintendente da instituição, Antônio Carlos de Souza Lima Neto.

Para o superintendente, o esforço coletivo ajuda a reduzir as disparidades regionais. Trabalhando em sinergia com o governo do estado, com instituições financeiras, com diversas federações e associações, é possível criar um ecossistema dinâmico e que contribui com a sustentabilidade dos negócios, levando à criação de novos empreendimentos, que, por sua vez, geram oportunidades de emprego e contribuem para o desenvolvimento da economia. “Nossa estratégia até 2026 foca em fortalecer a atuação dos pequenos e na interiorização de ações que levam soluções adequadas para os desafios dos empreendedores dos 246 municípios e distritos em todo estado”, explica Antônio Carlos.

Além do vigor econômico, Goiás tem se destacado pela baixa taxa de desocupação, a menor do país, o que indica um mercado de trabalho aquecido e em expansão. Esses fatores, combinados com a liderança no ranking de potencial de mercado, posicionam o estado como um modelo de competitividade e desenvolvimento econômico no Brasil.

A pesquisa analisa ao todo 10 pilares que apontam os pontos fortes e fracos que influenciaram a classificação final do estado em cada um dos indicadores contemplados: capital humano, educação, eficiência da máquina pública, infraestrutura, inovação segurança pública, solidez fiscal, sustentabilidade ambiental, sustentabilidade social e potencial de mercado.

Para saber mais sobre a pesquisa: rankingdecompetitividade.org.br

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Durante uma sessão no Plenário do Tribunal do Júri da Comarca de Alto Paraíso, em Goiás, o promotor Douglas Chegury chamou uma advogada de “feia” nesta sexta-feira (22), dizendo ainda que “não beijaria” a profissional. Uma das juradas se levantou após a discussão e a sessão foi anulada.

O promotor, na ocasião, disse: “Não quero beijo da senhora. Se eu quisesse beijar alguém aqui, eu gostaria de beijar essas moças bonitas, e não a senhora, que é feia“. Após o pedido de anulação do júri, ele ainda continuou: “Eu menti? Tecnicamente ela não é uma mulher bonita“, acrescentou Douglas. Escute:

 

 

Repúdio de entidades

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccionais Goiás e Distrito Federal, repudiou a fala. Esta conduta, segundo a entidade de classe em Goiás, viola a ética profissional e é “inaceitável”. “Demonstramos solidariedade à advogada afetada e reafirmamos nosso compromisso com a defesa da dignidade e dos direitos de toda a advocacia, neste caso, especialmente da mulher advogada”.

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Já a seccional do Distrito Federal da Ordem (OAB-DF) classificou as falas do promotor como misóginas. “Não há como tolerar esse comportamento. É clara a ofensa à advogada e a violação de prerrogativas. Não aceitaremos qualquer tipo de violência contra a advocacia e, especialmente, contra a mulher advogada, como neste caso”, disse o órgão.

Enquanto a OAB-GO afirmou que vai agir de modo a “assegurar uma investigação criminal e administrativa adequada em relação ao ocorrido e a fomentar um ambiente jurídico de respeito e igualdade”, a OAB-DF pontuou que sua diretoria e equipes de Prerrogativas já estão à disposição da advogada para apoiá-la nas medidas cabíveis em âmbito administrativo e criminal.

Outra entidade que repudiou as declarações do promotor foi a Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim). “Tal atitude é inaceitável e fere não apenas a dignidade da profissional agredida, mas também a ética e o respeito que devem permear o exercício da advocacia e da Justiça. Fere toda a advocacia, todas as mulheres advogadas e, de forma ampla, todas as mulheres. É inadmissível”, destacou.

O que disse o promotor?

Durante a discussão, o promotor alegou que a advogada estava “criando confusão com os jurados” para “procurar anular o júri”. “Ela veio de Brasília com esse objetivo”, diz o advogado na sessão. Douglas também disse que foi chamado de mentiroso pela advogada.



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Jovem de 17 anos decretou o placar de 1 a 0, em Wembley, na reta final do segundo tempo

Endrick comemorando seu primeiro gol com a camisa da Seleção Brasileira – (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

Não poderia começar melhor o trabalho de Dorival Júnior à frente da seleção brasileira. Em um jogo eletrizante no estádio de Wembley, na cidade de Londres, a equipe venceu a Inglaterra por 1 a 0, com o gol de Endrick, que marcou pela primeira vez com a amarelinha ou melhor, com a camisa azul. Um amistoso de atuação segura na defesa e de uma profusão de chances na frente terminou com uma vitória mais do que justa, decretada na reta final do segundo tempo, e que representou um marco para um novo reinício.

O resultado do jogo diria pouco, por ser, literalmente, a estreia de um ciclo no meio do caminho e em um teste de fogo. Porém, a vitória enche de confiança uma equipe que veio de um dos piores anos da história do futebol brasileiro. O tão pedido amistoso contra uma seleção europeia de ponta parecia chegar no momento errado, mas foi bom ver os sinais do que o Brasil de Dorival poderá apresentar, liderado pela atuação de Lucas Paquetá.

(Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

Em uma partida aberta na qual os dois meios de campo ofereciam espaços de sobra, a seleção criou seus principais lances em jogadas de toques verticais muito rápidos e eficientes. Se o meia do West Ham parecia pilhado e distribuía faltas a rodo – punido com cartão amarelo ainda no primeiro tempo -, também levou muito perigo.

Principalmente, quando concluiu jogada confusa na área da Inglaterra e carimbou a trave direita de Pickford. Antes, havia conectado ótimo passe para Vini Jr., que tentou tirar do goleiro, mas chutou fraco, e permitiu que Walker afastasse.

(Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

O trio de ataque – composto também por Rodrygo e Raphinha – desperdiçou chances imperdoáveis na primeira etapa, que poderiam ter dado a vantagem ainda no intervalo. O jogador do Barcelona aproveitou uma desatenção de Maguire e mandou uma bola que passou raspando.

Os donos da casa tentavam exercer pressões pontuais, mas engrossavam na hora das finalizações ou mesmo de cruzamentos. Pareceu que a seleção soube administrar o momento de ceder ao ataque adversário – tinha problemas na marcação pela direita e na sobra da segunda bola e de sair com seu quarteto ofensivo. Em sua estreia pela seleção principal, Bento fez boas intervenções quando foi preciso.

A segunda etapa veio com a Inglaterra fazendo pressão novamente nos primeiros minutos, mas esbarrando numa atuação bem segura da defesa brasileira. Paquetá seguia no destaque e mandou uma finalização cheia de efeito que passou ao lado. A seleção tinha chances muito mais claras e foi premiada a partir do momento que começaram as substituições.

(Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

Com chances de ser expulso, Paquetá saiu junto de Rodrygo, com ambos dando lugar a Andreas Pereira e Endrick. E estrela do jovem craque de 17 anos do Palmeiras brilhou. Em uma jogada onde o meia do Fulham lançou Vini Jr, Endrick foi paciente para ver o chute do camisa 7 ser defendido e parar em seus pés. Bem posicionado, só teve o trabalho de escorar para o gol.

O futuro atleta do Real Madrid estava abusado e ainda poderia ter sacramentado a vitória com um segundo gol, após contra-ataque fulminante já nos acréscimos. Porém, parou nos pés de Pickford. Nada que tire o brilho de um dos gols mais especiais de sua carreira. Na próxima terça-feira, às 17h30 (horário de Brasília), a equipe de Dorival volta à campo contra a Espanha, em amistoso no Santiago Bernabéu, em Madri.

Com informações Jornal O Globo.



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#Segurança | A colaboração entre as forças policiais se revelou um dos pilares fundamentais no combate à criminalidade em Goiás. Segundo o governador em exercício Daniel Vilela, a integração entre as diferentes instituições de segurança pública tem permitido uma resposta mais eficaz aos desafios impostos pelo crime organizado, tráfico de drogas e a violência urbana, razão pela qual o estado é reconhecido como o mais seguro do país.

De acordo com Daniel, a redução sistêmica da criminalidade em Goiás passa diretamente pelas diretrizes implementadas pelo governador Ronaldo Caiado e pela capacidade das forças policiais de atuarem em conjunto, compartilhando informações, recursos e estratégias para enfrentar o crime de maneira coordenada e eficaz. “A integração das forças policiais faz de Goiás o estado mais seguro”, disse. “Temos a Polícia Federal como uma grande parceira. Trata-se de uma corporação de grande prestígio e respeito, que coloca sua experiência e habilidades a favor do combate ao crime em nosso Estado”, completou.

As declarações de Daniel Vilela foram durante a cerimônia que marca os 80 anos da Polícia Federal (PF), realizada no Centro Cultural Oscar Niemeyer, na tarde desta quinta-feira (21/03). A comemoração coloca em pauta a transformação institucional da corporação, cujo foco é ampliar a confiança da população, expandindo os mecanismos de transparência e participação social.

Reconhecimento
Ao destacar que a PF tem atuado e ampliado a cooperação com as forças de segurança do Estado, a superintendente da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues, apontou que o momento é de reconhecimento pelo êxito alcançado pelas ações integradas. “Os resultados da Polícia Federal nunca foram isolados. Além de celebrar o aniversário, estamos compartilhando gratidão a todas as forças policiais e instituições parceiras”, apontou.

Em um vídeo exibido durante a cerimônia, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos, declarou que a corporação tem “ampliado a estratégia de cooperação, com foco nas ações prioritárias para o Brasil”. Ainda segundo ele, a PF é uma das instituições mais presentes no imaginário dos brasileiros, dada a competência e habilidades das equipes de policiais. “Nosso DNA é formado por homens e mulheres qualificados e comprometidos com a missão de proteger a sociedade.”

Foto: Jota Eurípedes

Em cerimônia comemorativa aos 80 anos da Polícia Federal, Daniel Vilela reforçou importância das ações integradas das forças policiais

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País busca adotar modelo de desenvolvimento mais sustentável

Da Agência Brasil –
Ao todo são mais de 100 políticas públicas anunciadas, com diferentes naturezas e prazos de execução (Foto: Lalo de Almeida/Folhapress)

Com o objetivo de adotar modelo de desenvolvimento mais sustentável no país, o Plano de Transformação Ecológica foi anunciado em setembro de 2023, no Brasil, e lançado oficialmente pelo governo federal no mês de dezembro, durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), em Dubai. A estratégia reúne políticas públicas em quase toda a estrutura do Executivo brasileiro, com ações organizadas em seis eixos e coordenadas pelo Ministério da Fazenda.

Ao todo são mais de 100 políticas públicas anunciadas, com diferentes naturezas e prazos de execução, classificadas nos eixos finanças sustentáveis, transformações tecnológicas, bioeconomia, transição energética, economia circular, infraestrutura verde e de adaptação.

Segundo a subsecretária de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Cristina Fróes Reis, juntas, essas ações deverão conduzir o país a abandonar um paradigma limitado e com prazo de validade e adotar um que seja sustentável nas dimensões econômica, ambiental e principalmente social.

“O Plano de Transformação Ecológica não visa somente a justiça ambiental climática, mas também uma transformação da estrutura produtiva que gere empregos de qualidade, renda e oportunidades de negócios e dessa forma vai reduzir desigualdades, sejam elas regionais, territoriais, entre o meio rural e o meio urbano, entre mulheres e homens, e gêneros, entre etnias, raças e também com um olhar para as faixas etárias”, explica.

Partindo dessa visão de readequação, o governo federal traçou uma estratégia comum para o conjunto de políticas públicas que estão sendo criadas, ou readequadas: tornar o caminho sustentável mais atraente em termos econômicos. “As vantagens, dependendo do instrumento, serão principalmente financeiras e regulatórias, de forma que na análise de custo-benefício seja favorável à sustentabilidade, seja a partir de taxas de juros mais interessantes, de condições de garantia, de novas remunerações, como o pagamento de serviços ambientais por exemplo; ou seja, de políticas afirmativas econômicas que tornem essas atividades preferidas pelo agente econômico”, diz Cristina.

A ideia é que o Estado atue como facilitador para que o Sistema Financeiro Nacional conceda incentivos às atividades econômicas sustentáveis. Com isso, haja um estímulo para novos investimentos, inclusive com recursos internacionais, ou para a migração espontânea da forma produtiva, a partir da avaliação de custo-benefício para reinvestimentos.

Políticas públicas

Duas das políticas desenhadas pelo Ministério da Fazenda são fundamentais para que a estratégia seja efetiva: a regulamentação do mercado de carbono, em fase avançada de tramitação no Congresso Nacional, e a taxonomia sustentável brasileira.

A primeira, vai precificar as emissões de gases do efeito estufa e estabelecer regras para o comércio, dentro e fora do país, do saldo positivo das metas brasileiras estabelecidas em acordos internacionais de enfrentamento à mudança climática. Esse mecanismo permitirá que outros países, com saldo negativo, possam reduzir suas emissões por meio de investimentos e transferência de tecnologia para a execução de projetos no Brasil.

A taxonomia sustentável brasileira, ainda em construção, vai classificar as atividades econômicas e os ativos financeiros de acordo com a contribuição para os objetivos climáticos, ambientais e sociais, por meio de critérios específicos estabelecidos pela Associação Internacional de Mercado de Capitais (em inglês International Capital Market Association – ICMA).

Com essas ferramentas, o governo federal poderá, inclusive desenhar de forma mais efetiva os incentivos que integrarão as iniciativas de todo o plano. Para Cristina, o papel de estruturar incentivos nas políticas públicas, desenvolvidas por diferentes órgãos, traz um novo paradigma para a própria organização do Ministério da Fazenda. “Esses instrumentos, esses incentivos, sejam eles financeiros, regulatórios tributários, fiscais, ou até mesmo de fiscalização ou monitoramento passam a ser orientados a partir dessa visão de desenvolvimento inclusivo e sustentável,” explica.

Antes mesmo de efetivar essas políticas, outras iniciativas do governo federal já passaram por reformulação alinhada à transformação ecológica, como o Plano Safra, do Ministério da Agricultura e Pecuária, por exemplo, que na atual edição ofertou melhores condições de financiamento às produções sustentáveis.

Prazos

De acordo com Cristina, a expectativa é que até 2026 todas as políticas públicas que integram o plano já estejam implementadas e que seus efeitos em termos de investimentos no país, de geração de emprego e no Produto Interno Bruno sejam efetivos. “Ainda estamos trabalhando com diferentes cálculos para quantificar esses impactos. A sociedade civil fez uma contribuição e o Ministério da Fazenda estabeleceu parcerias com algumas instituições multilaterais e bancos mundiais para chegarmos a números mais concretos sobre o impacto até o fim do governo.”

Os números apresentados pela sociedade civil foram contribuições do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, que reuniu pesquisas do setor, em um documento apresentado ao governo federal. Entre eles, um potencial de faturamento industrial adicional de US$ 284 bilhões por ano, até 2050, por meio da bioeconomia, e um acréscimo de R$ 2,8 trilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, pela oferta de serviços gerados pela biodiversidade.

Por outro lado, o documento também destaca a necessidade de investimentos necessários ao avanço na universalização do saneamento de até R$ 700 bilhões, para que a meta seja atingida em 2033.

“O Brasil está em um momento decisivo de sua história. Temos a oportunidade de nos tornarmos líderes globais e, ao mesmo tempo, aproveitar nossos ativos ambientais para reduzir nosso passivo social. Essa, porém, é uma janela de oportunidade única e curta”, alerta o documento.

Para Cristina, os efeitos da transformação ecológica poderão ser percebidos antes mesmo dessas projeções. “O ideal é que até 2030, tudo isso contribua tanto para a agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [agenda da Organização das Nações Unidas], quanto para as nossas metas de 2026”.

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