5 de dezembro de 2025
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Governador de São Paulo sugeriu “mudanças radicais” contra o crime e citou as medidas severas de El Salvador como exemplo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu na 5ª feira (27.nov.2025) a adoção da prisão perpétua no Brasil. “Não é um absurdo a gente ter prisão perpétua”, afirmou durante o Annual Meeting da corretora XP Investimentos, realizado no hotel Grand Hyatt, em São Paulo. Na ocasião, Tarcísio também elogiou o presidente Bukele, de El Salvador, conhecido por medidas severas contra o crime.

Tarcísio defendeu maior repressão a criminosos ao citar o caso de um ladrão de celular que teria sido preso mais de 30 vezes pela ação.

Defendo algumas mudanças que sejam até radicais. Que a gente comece a realmente enfrentar o crime com a dureza que o crime merece enfrentar“, afirmou o governador de SP.

Segundo o governador de São Paulo, as pessoas “não estão se sentindo seguras” e, por esse motivo, “a segurança pública vai ser um grande tema” nas eleições de 2026.

Tarcísio sugeriu olhar para o modelo do governo de Nayib Bukele, que adotou uma política de segurança baseada em ações de força. A estratégia reduziu significativamente os índices de homicídio ao mesmo tempo em que ampliou prisões em massa.

“Eu acho que a gente tem que aproveitar para dar repassar aquilo que a gente está fazendo. Mal comparando, vamos ver o que o Bukele fez em El Salvador. O que era e o que é”.

Embora o modelo tenha reforçado a imagem de um país mais seguro, organizações de direitos humanos, como a Amnesty International (Anistia Internacional), apontam que as medidas ampliaram o poder do Executivo e reduziram garantias civis.

Sobre o evento

O Annual Meeting da XP Asset Management discutiu cenários macroeconômicos, oportunidades de investimento e desafios de regulação e infraestrutura ao longo de 12 mesas de debates. A última delas, com a presença do governador de São Paulo, encerrou o encontro realizado no Grand Hyatt, na capital paulista. O evento também contou com a participação de Eduardo Riedel (PP), governador do Mato Grosso do Sul.


Esta reportagem foi escrita pelo estagiário de jornalismo Diogo Campiteli sob a supervisão do editor Guilherme Pavarin



Autor Poder360 ·


Busca por parceiro comercial para explorar o Couto Pereira é uma das iniciativas do clube, afirma CEO

O CEO do Coritiba, Lucas de Paula, afirmou na 4ª feira (26.nov.2025) que o clube está em busca por um parceiro para explorar os naming rights do estádio Couto Pereira. Ele deu a declaração durante sua participação no Summit CBF Academy, realizado em São Paulo. 

“O Coritiba hoje busca um naming rights do Couto Pereira. Na minha opinião, é o estádio mais charmoso do Brasil, quem nunca foi tem que ir”, afirmou o dirigente.

A comercialização do naming rights é parte de um conjunto de ações do clube para ampliar ruas receitas. Em 2025, o Coritiba foi campeão da Série B. Jogará a elite do futebol brasileiro em 2026.

Para aumentar a atratividade comercial do Couto Pereira, o clube planeja instalar painéis de LED em todo o perímetro do estádio. Isso modernização permitirá ampliar as possibilidades de comercialização de mídia durante partidas e eventos.

O dirigente também apresentou a meta de expandir a base de sócios-torcedores do Coritiba: “A expectativa é chegar a 50.000 sócios adimplentes. A gente tem mais de 100 mil na plataforma. Apesar de ser um clube regional, estadual, é altamente engajado”.

Para Lucas de Paula, a subida da equipe da Série B para a Série A é um desafio comercial. “Em patrocínios, a gente está renovando todos os contratos, a gente sabe que não é fácil, até porque o preço do patrocínio na Série B é um, na Série A é outro. Então a calibragem de expectativa com o patrocinador não é fácil de se fazer. Teremos um dezembro super divertido. Se a gente tiver algumas negativas, temos que ir em busca de preencher o nosso inventário”, afirmou.



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Setores como o do café e da carne recuperaram a condição de competir no mercado estadunidense; fim da tarifa de 40% se soma ao de outra, de 10%, extinta na semana passada

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), de reduzir tarifas de importação sobre produtos agrícolas, trouxe um alívio imediato e significativo para alguns setores do agronegócio brasileiro.

Ao contrário das expectativas iniciais de apenas uma redução parcial da tarifa recíproca de 10%, a medida desta 5ª feira (20.nov.2025) isentou produtos-chave do Brasil da pesada sobretaxa de 40%, restaurando a competitividade do país no mercado norte-americano.

Na prática, a tarifa total brasileira para esses itens caiu de proibitivos 50% (os 40% específicos + os 10% globais) para as taxas base (em alguns casos, zero).

Com isso, o “desequilíbrio competitivo” que ameaçava as exportações nacionais foi desfeito. Os concorrentes do Brasil, que também tiveram zerada a tarifa de 10%, não terão mais a vantagem desleal de operar isentos enquanto o produto brasileiro permanecia taxado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou. “Agora eu estou feliz”, disse, durante evento em São Paulo, horas depois do anúncio do fim das tarifas de Trump.

O ex-secretário de Comércio Exterior do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Welber Barral, que antes traçava um cenário de perda de mercado, vê uma oportunidade de retomada com o fim das tarifas de Trump. Segundo ele, a ameaça de que concorrentes como Indonésia, Malásia e Vietnã tomassem o espaço brasileiro foi neutralizada.

O resultado, diz Barral, é que o Brasil evita queda nas exportações. “A assimetria com a taxa de 40% resultou numa acentuada queda nas exportações, visto que o país não estava conseguindo colocar em outros mercados o volume excedente rejeitado pelo gigante mercado americano”.

Fim da Desvantagem

Uma análise detalhada por setor mostra que principais cadeias exportadoras retomaram competitividade:

  • Café: o grande vencedor. O Brasil, principal fornecedor, escapou da tarifa de 40%. Agora, compete novamente com Colômbia e Vietnã sob as mesmas condições tarifárias, preservando sua liderança;
  • Carne Bovina: o Brasil, segundo maior fornecedor, livrou-se da taxa de 40%. Isso permite enfrentar a concorrência da Austrália e dos parceiros do USMCA (México e Canadá) sem a barreira de preço que inviabilizaria o produto nacional.

Inflação Americana

A decisão do presidente Trump deve ter levado em conta a pressão inflacionária nos EUA, dizem especialistas. “O café estava pressionando a inflação nos EUA. A cada 1 dólar importado de café, agregam-se US$ 43 dólares na economia americana”, declarou Marcos Matos, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé).

Segundo Matos, o café foi o produto com maior índice de inflação nos EUA, chegando a ficar “9 vezes acima da inflação média”. Ele temia que, sem competitividade, os concorrentes tomassem o lugar do blend brasileiro, porque o consumidor estadunidense poderia se adaptar a outros padrões sensoriais.



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Em agosto de 2025, Trump aumentou a 50% a tarifa a produtos brasileiros, como resposta aos julgamentos enfrentados por Jair Bolsonaro no STF

O decreto assinado pelo presidente americano Donald Trump nesta 6ª feira (14.nov.2025) derruba apenas as tarifas recíprocas de 10% impostas ao Brasil em abril de 2025. Não muda, porém, a taxa extra de 40%, que passou a vigorar em agosto deste ano. A redução vale para diversos países e passa a valer de forma retroativa desde às 2h01 (horário de Brasília) da 5ª feira (13.nov). Eis a íntegra (PDF – 91 kB).

Em agosto, Trump aumentou a 50% a tarifa a produtos brasileiros, como resposta aos julgamentos enfrentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal).

O texto assinado por Trump em 9 de julho cita “perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivado” contra Bolsonaro. O republicano justificou o aumento pelo tratamento que o governo brasileiro deu ao ex-presidente, a quem disse respeitar “profundamente”. Com a medida desta 6ª feira, as tarifas caem a 40%. 

A suspensão das tarifas deve favorecer países exportadores de commodities, como o Brasil –maior produtor mundial de café e 2º maior de carne bovina, atrás apenas dos EUA, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). O detalhamento dos produtos está em anexo. Leia a íntegra (PDF – 2MB).

Entre os produtos que terão as tarifas reduzidas estão: 

  • carnes bovinas e derivados – tanto frescas quanto congeladas, incluindo carcaças, metades, cortes e carne preparada em salmoura, seca ou defumada;  
  • frutas, vegetais e tubérculos  – tomates, bananas, abacaxis, abacates, goiabas, mandioca, entre outros; 
  • café – podendo ser torrado, descafeinado ou não; 
  • chá – verde, preto e mate; 
  • cacau – podendo ser torrado, descafeinado, 
  • produtos diversos e processados – óleo de coco, cevada, farinha, polpa de banana, suco de laranja, entre outros; 
  • fertilizantes – fertilizantes animais ou vegetais, nitro

Mesmo com a diminuição de 10%, muitos dos produtos brasileiros agora removidos das tarifas adicionais continuarão sendo vendidos mais caros, pois tiveram algumas das maiores altas de preço recentes, impulsionadas tanto pelo tarifaço quanto pela baixa oferta interna dos EUA.

No texto, Trump disse que tomou a decisão após “considerar as informações e recomendações apresentadas por essas autoridades, o andamento das negociações com diversos parceiros comerciais, a demanda interna atual por determinados produtos e a capacidade doméstica de produzi-los, entre outros fatores”



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Agência afirma que processo de expansão do Comando Vermelho teve início em 2013 e se consolidou em 2024

O coordenador-geral de análise de conjuntura da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Pedro de Souza Mesquita, afirmou que o CV (Comando Vermelho) está envolvido em todos os confrontos entre facções criminosas no país. A declaração foi feita na 4ª feira (5.nov.2025) durante a Comissão de Controle das atividades de Inteligência, no Senado Federal.

A gente tem confronto de grupos organizados no Brasil e todos eles envolvem o Comando Vermelho. Não há confronto de organizações criminosas hoje que não envolva o CV”, disse Mesquita.

A Abin afirma que o processo de expansão do Comando Vermelho teve início em 2013 e se consolidou em 2024, tornando-se um dos principais desafios à segurança nacional. O diretor de inteligência interna da agência, Esaú Feitosa, disse que a ameaça vai além do campo policial.

O crime organizado deixou há muito tempo de ser um problema somente policial. A compreensão de como essa ameaça intervém na estabilidade do Estado perpassa quaisquer tipos de abordagens policiais”, afirmou.

Expansão do TCP

De acordo com os relatórios apresentados, o CV ofereceu a facções locais redes de logística para compra de drogas e armas, expandindo sua influência em estados que resistiam à presença do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Mesquita disse, no entanto, que o PCC tem deslocado parte de sua atuação para o exterior, o que abriu espaço para a ascensão do TCP (Terceiro Comando Puro) —outra facção de origem carioca.

“O TCP vem replicando muito o método do próprio CV e ocupando os lugares em que o PCC era predominante e hoje já não é mais, porque o PCC hoje olha para fora”, declarou o coordenador.

O Terceiro Comando Puro atua em 10 Estados:

  • Acre;
  • Amapá;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Espírito Santo;
  • Goiás;
  • Mato Grosso do Sul;
  • Minas Gerais;
  • Rio de Janeiro;
  • Rio Grande do Sul.

Comando Vermelho

O Comando Vermelho, facção criminosa com mais de 40 anos de atuação, surgiu na década de 1970 dentro do presídio de Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Na época, presos comuns e políticos dividiam as mesmas celas, e o grupo, inicialmente chamado Falange Vermelha, afirmava combater a tortura nas cadeias antes de adotar o nome atual.

Nos anos 1980, os recursos obtidos em assaltos a banco passaram a ser direcionados ao tráfico de drogas. Com a Colômbia consolidando-se como grande produtora de cocaína, o Rio de Janeiro tornou-se um ponto estratégico nas novas rotas do narcotráfico.

Esse contexto permitiu que o Comando Vermelho se fortalecesse e ampliasse seu controle sobre territórios, muitas vezes com a conivência de agentes públicos.



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Segundo o presidente, o mundo “não pode aceitar o fim do multilateralismo” ou “a ideia do protecionismo”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que “enquanto outros apostam na rivalidade e na competição”, o Brasil escolhe “a parceria e a cooperação”. Segundo ele, o mundo “não pode aceitar o fim do multilateralismo” ou “a ideia do protecionismo”.

“Quanto mais liberdade para fazer negócio e quanto mais multilateralismo, mais a gente vai ter, enquanto países, a chance de crescer”, declarou na Cúpula Empresarial da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), realizada neste domingo (26.out.2025) em Kuala Lumpur (Malásia).

“Sofreremos com o protecionismo dos países ricos ao mesmo tempo em que somos pressionados a abrir mercados”, afirmou.

Está previsto que Lula se encontre neste domingo (26.out) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), para tratar do tarifaço. Durante sua passagem pela Malásia, o petista tem feito diversas declarações que podem ser entendidas como recados para o norte-americano e seu governo.

No sábado (25.out), por exemplo, Lula disse que “tarifas não são mecanismos de coerção”. Segundo o chefe do Executivo, “nações que não se dobraram ao colonialismo e à dicotomia da Guerra Fria não se intimidarão diante de ameaças irresponsáveis”.

Em sua fala neste domingo (26.out), Lula disse que o mundo vai enfrentar “uma nova corrida predatória” por recursos naturais, incluindo minerais críticos. A negociação entre o Brasil e Estados Unidos busca um acordo comercial que pode envolver um tema caro para os norte-americanos: as terras raras.

Segundo o presidente, “não é possível alcançar a neutralidade política”. Lula afirmou que “as pessoas não sabem para quem elas têm que governar quando ganham uma eleição”. Voltou a dizer que o Estado deve servir aos mais pobres.

Assista (23min30s):


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Agricultores brasileiros querem reverter restrições ao desmatamento para vender mais soja ao mercado chinês, segundo “NYT”

A demanda da China por soja, milhões de toneladas por ano, principalmente para óleo de cozinha e ração animal, tem cobrado um preço alto das florestas e pastagens do Brasil, diz reportagem publicada pelo jornal The New York Times nesta 4ª feira (15.out.2025). De acordo com o jornal, a situação deve piorar nos próximos meses, já que a China praticamente parou de comprar soja dos Estados Unidos, incentivando os agricultores brasileiros a expandir para novas áreas de cultivo de soja.

O impasse começou quando o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), impôs tarifas sobre produtos chineses, afirmando que as práticas econômicas do país asiático ameaçavam a economia norte-americana. Em resposta, Pequim estabeleceu, no início de 2025, suas próprias tarifas sobre produtos dos EUA, incluindo a soja.

As taxas impostas pela China sobre a soja norte-americana atingiram 34%. O percentual torna o produto mais caro que o brasileiro, principal concorrente no mercado chinês. Até então, os EUA eram o 2º maior fornecedor da China. Segundo o New York Times, os agricultores norte-americanos não venderam um único bushel –unidade de medida de volume para grãos (1 bushel de soja = 27,2 kg)– para a China da colheita deste outono no hemisfério norte. As esperanças de um pacote de ajuda da Casa Branca foram adiadas pela paralisação do governo desde 1º de outubro.

De acordo com o NYT, agricultores brasileiros estão fazendo lobby para desmantelar uma das medidas mais importantes do setor, conhecida como “Moratória da Soja” –projetada para limitar o desmatamento no bioma mais famoso do Brasil, a Amazônia–, a fim de aumentar as vendas ao mercado chinês.

“O governo está enfrentando uma situação muito difícil. Há um ataque a um dos mecanismos mais importantes para o desmatamento zero”, disse Cristiane Mazzetti, ativista florestal do Greenpeace Brasil, ao jornal norte-americano.

A soja é a maior exportação agrícola do Brasil. No entanto, a produção de soja acelerou nos últimos 10 anos, quando a China passou a buscar soja fora dos EUA. Em 2017, no início do 1º mandato de Trump, o Brasil havia ultrapassado os EUA como o maior produtor mundial de soja.

“Tivemos um forte crescimento nos últimos anos, começando com a 1ª guerra comercial entre EUA e China. E agora, com a 2ª. No longo prazo, se essa situação persistir, as oportunidades para o Brasil aumentarão”, disse Lucas Luis Costa Beber, vice-presidente da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), ao jornal.

Hoje, as plantações de soja cobrem 40 milhões de hectares, cerca de 14% das terras agrícolas do Brasil, de acordo com o MapBiomas. A maior parte dessa área está no Cerrado, uma região vital para a regulação dos padrões de chuva e das temperaturas. O desmatamento diminuiu no último ano, à medida que o governo Lula reforçou a fiscalização. Mas quase metade da vegetação nativa do Cerrado desapareceu, dando lugar à pastagem de gado e às plantações de soja.

Em agosto deste ano, a Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) suspendeu a “Moratória da Soja” e instaurou processo administrativo contra empresas e associações signatárias do acordo. Segundo o Cade, o acordo é considerado anticompetitivo e prejudicial às exportações do grão.

Segundo Lucas Beber, a moratória é uma “barreira comercial disfarçada de proteção ambiental”. Ele disse ao NYT que a moratória favorece outros países ao regulamentar qual soja brasileira pode ser comercializada no mercado mundial. Beber também afirmou que os agricultores brasileiros poderiam expandir significativamente a produção de soja em áreas do Cerrado que atualmente são pastagens. “Todas essas regiões têm pastagens degradadas com potencial para serem convertidas em terras agrícolas. (…) Depende apenas da viabilidade econômica e de mercado, disse.

A soja também é o principal produto de exportação agrícola dos EUA. A Associação Americana de Soja afirmou ao jornal que os agricultores norte-americanos correm o risco de perder seu principal cliente, a China, que gerou mais de US$ 12,6 bilhões em 2024, se a disputa tarifária continuar.

No final de outubro, Trump deve se reunir na Coreia do Sul com o presidente da China, Xi Jinping (Partido Comunista da China, esquerda), às margens do fórum da Apec. A reunião bilateral foi colocada em xeque pelo norte-americano depois que Pequim anunciou controles de exportação sobre terras raras, mas o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse na 2ª feira (13.out) que o encontro segue de pé.

O encontro entre os líderes das duas maiores economias globais pode evitar a nova escalada da guerra comercial. É esperado que a conversa seja dias antes da entrada em vigor das restrições chinesas e da tarifa norte-americana de 100% contra os chineses. Ambas passar a valer em 1º de novembro.


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Presidente da confederação do esporte no país, Alexandre Farias diz que ações vão além de questões financeiras

O presidente da CBT (Confederação Brasileira de Tênis), Alexandre Farias, afirma que a organização pretende adotar premiações iguais entre homens e mulheres em todos os torneios sob sua gestão.

“Entendemos que a igualdade de gênero é um valor fundamental para o desenvolvimento do esporte, e por isso buscamos implementar essa prática em todos os torneios sob nossa gestão”, disse o dirigente em entrevista ao Poder360.

A CBT organiza mais de 100 eventos anuais em todas as 27 unidades federativas, abrangendo circuitos profissionais, infantojuvenis, Tennis Kids e Tênis em Cadeira de Rodas. 

“O tênis brasileiro já está presente em todas as 27 unidades federativas, cada uma com sua federação constituída e representatividade. Um exemplo recente foi o Campeonato Brasileiro Infantojuvenil, realizado em julho em Uberlândia, que reuniu mais de 1.500 atletas de todas as regiões do país”, disse Farias.

Premiações atuais

Os torneios W (Women’s) e M (Men’s), por exemplo, são organizados pela Federação Internacional de Tênis em parceria com a CBT. São a base de entrada para o circuito profissional. Farias quer equiparar a premiação deles.

Na lista abaixo, por exemplo, os torneios W15 e M15 já têm prêmios iguais. Mas em outros a diferença aparece. O número que vem ao lado das letras representa a pontuação no ranking que a conquista oferece. Quanto maior o número, mais importante o torneio.

  • Feminino
    • W15: US$ 15.000 (R$ 84.000)
    • W35: US$ 30.000 (R$ 168 mil)
    • W50: US$ 40.000 (R$ 224 mil)
    • W75: US$ 60.000 (R$ 336 mil)
    • WTA125: US$ 115 mil (R$ 645 mil)
  • Masculino
    • M15: US$ 15.000 (R$ 84.000)
    • M25: US$ 30.000 (R$ 168 mil)
    • Challenger 75: US$ 75.000 (R$ 420 mil)
    • Challenger 125: US$ 125 mil (R$ 701 mil)

Se em um W75 a premiação feminina é de US$ 60.000 (R$ 336 mil), por exemplo, em um Challenger 75 a premiação masculina é de US$ 75.000 (R$ 420 mil). 

No caso feminino, após os torneios de menor porte, as jogadoras dão um salto para os eventos WTA (Women’s Tennis Association).

Já no masculino, depois dos torneios M, os atletas passam para os Challengers, que funcionam como intermediários entre os eventos de base e o circuito da ATP (Association of Tennis Professionals).

Estrutura e visibilidade

Além do plano de equiparar premiações, o presidente da CBT diz que ampliou iniciativas específicas para o tênis feminino. Em 2024, organizou programas de apoio logístico, técnico e financeiro, além de encontros com treinadoras, ex-atletas e mães de jogadoras da Billie Jean King Cup.

Segundo Farias, a tenista Beatriz Haddad Maia, 29 anos, impulsionou novas gerações. Bia figurou entre as 10 melhores jogadoras do mundo em períodos de 2023 e 2024. Atualmente, passa por problemas na carreira –em setembro, anunciou que não jogaria mais na temporada de 2025 para lidar com eles. Ela está atualmente na 44ª posição na WTA.

A visibilidade do tênis nacional também ganhou força no masculino, com João Fonseca, 43º do ranking da ATP. O jovem prodígio de 19 anos já conquistou títulos e é visto como uma grande promessa do esporte. Seus fãs brincam já ter criado um movimento em torno do atleta, o “fonsequismo”.



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Após ministro do STF defender que o Congresso discuta uma “lei anti-embargo”, o deputado diz que empresas brasileiras terão de se adequar às sanções dos EUA para manter acesso ao mercado

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou nesta 6ª feira (3.out.2025), em suas redes sociais, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes por defender que o Congresso discuta uma “lei anti-embargo” para proteger autoridades e instituições brasileiras contra sanções de governos estrangeiros.

Em seu perfil no X (ex-Twitter), Eduardo disse que Gilmar “não aprendeu nem com a Lei Magnitsky, em referência às sanções aos ministros do Supremo impostas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano). Segundo o deputado, “essa legislação, ainda que de alcance norte-americano, estabelece parâmetros que nenhuma jurisdição conseguiu ignorar com sucesso”.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “empresas e instituições financeiras brasileiras terão de se adequar às sanções presentes e futuras dos Estados Unidos se quiserem manter acesso ao maior mercado do planeta. E declarou: “A realidade é clara: não há escapatória para a Lei Magnitsky”.

Eduardo está nos EUA desde fevereiro fazendo lobby por sanções contra autoridades brasileiras, com o objetivo de anistiar o pai, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

ENTENDA

Gilmar Mendes disse na 3ª feira (30.set) que uma “lei anti-embargo” serviria como resposta a punições recentes, como a suspensão de vistos de ministros do STF pelos EUA e a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, que estabelece sanções financeiras a pessoas acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos.

“Na Europa já há várias discussões e decisões sobre esse tema, diante de embargos aplicados a países como Cuba. No Brasil, tivemos recentemente cassações de vistos de autoridades e a aplicação da Lei Magnitsky a um colega. Estamos nos debruçando sobre um debate de lei anti-embargos para proteger as autoridades e aquelas entidades que sofrem sanções secundárias, como bancos e prestadores de serviços. E acho que o Congresso é o locus adequado para esse tipo de proteção”, afirmou o decano da Corte.



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Projeto-piloto em Pernambuco da Suape Energia com a finlandesa Wärtsilä pode atender 2 milhões de famílias e reduzir emissões de CO₂

A Savana Holding iniciou a implantação do projeto da 1ª usina termelétrica de larga escala movida a etanol do mundo. O investimento inicial é de R$ 60 milhões e a operação piloto será conduzida pela Suape Energia em parceria com a multinacional finlandesa Wärtsilä.

O motogerador de 4 MW (megawatts) será instalado na Usina Térmica Suape 2, em Pernambuco. O empreendimento tem potencial de expansão para 600 MW, capacidade suficiente para atender mais de 2 milhões de famílias.

Segundo a Savana, a iniciativa aproveita a cadeia de suprimento de etanol já consolidada no Brasil, reduz a dependência de importações, fortalece a economia local e cria oportunidades de emprego.

O projeto tem participação de 80% da Savana Holding e 20% da Petrobras, que também é uma das financiadoras. A Wärtsilä forneceu metade dos equipamentos, enquanto a Suape 2 assumiu custos de montagem e de infraestrutura.

Os testes vão consumir cerca de 6 milhões de litros de etanol e devem durar 4.000 horas. O cronograma estima que o motor esteja montado até o fim de 2025, com testes programados para janeiro e fevereiro de 2026.

EFICIÊNCIA E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

O CTO da Suape Energia, José Faustino, afirmou que o projeto coloca o Brasil na vanguarda global da transição energética e tem eficiência próxima à de usinas a diesel ou óleo combustível.

“Esse motor, especificamente, tem uma eficiência hoje em torno de 39% a 40%. No motor a diesel eu chego a 46% a 48%. Mas, quando comparamos as emissões, o motor a etanol teria só 10% do CO₂ de um motor a diesel”, declarou em entrevista ao Poder360.

A eficiência citada por Faustino se refere à proporção da energia contida no combustível que é de fato convertida em eletricidade.

Além da redução nas emissões de gases de efeito estufa, a termelétrica pode entregar potência para o SIN (Sistema Interligado Nacional) com mais rapidez do que as usinas movidas a óleo combustível.

“Com a planta a etanol, a gente vai fazer isso em meia hora. O óleo combustível precisa de aquecimento, precisa de vapor, precisa de filtragem. O etanol não, vai direto para o motor. Nós teremos uma resposta muito mais rápida para o sistema”, afirmou.

FORNECIMENTO DE COMBUSTÍVEL

O biocombustível será fornecido pela Vibra Energia. A Savana declarou que não há risco de competição com o setor automotivo.

“A demanda de uma térmica é infinitamente menor que a de carros. O projeto só tem a fortalecer o mercado da cana-de-açúcar e de etanol. Seria uma saída até para o pessoal do etanol que até muito sofre, um pouco financeiramente ainda”, disse Faustino.

O vice-presidente da Savana Holding, Carlos Mansur, destacou que o etanol não pode ser vendido diretamente pelo produtor e precisa passar por uma distribuidora. Ele avaliou que, com um leilão de reserva de capacidade, a legislação poderá ser ajustada para permitir outros tipos de fornecimento e ampliar o acesso ao mercado.

“Imagino que mais para frente, se porventura acontecer um leilão, isso possa ter algum apêndice na lei e liberar algum outro tipo de fornecimento para abrir o mercado”, disse a este jornal digital.



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