Média foi de R$ 856,9 para cada brasileiro; 938 prefeituras destinaram só 3,2% da receita para os investimentos
Os municípios brasileiros investiram R$ 120,3 bilhões em 2024, segundo levantamento da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). O estudo do Firjan foi divulgado na 5ª feira (18.set.2025). Eis a íntegra (PDF – 1 MB).
De 2019 a 2024, as receitas totais cresceram 56,5% em termos reais. No mesmo período, os investimentos públicos cresceram 350%. Os municípios investiram, em média, 10,2% do total da receita.
O indicador IFGF (Índice Firjan de Gestão Fiscal) varia de 0 a 1. Quanto maior o número, melhor é a condição fiscal da prefeitura. A Firjan fez escalas para classificar a situação como crítica (de 0 a 0,4 ponto), difícil (de 0,4 a 0,6 ponto), boa (de 0,6 a 0,8 ponto) e excelente (acima de 0,8).
O levantamento mostrou que 1.601 prefeituras conquistaram nota máxima no indicador ao destinar mais de 12% do orçamento para esse tipo de despesa.
A nota média foi de 0,7043 ponto no indicador de investimento. Há, porém, 938 prefeituras (ou 18,3% do total) que destinaram somente 3,2% da receita total para os investimentos.
O investimento de R$ 120,2 bilhões corresponde a R$ 856,9 por brasileiro na média. Nos municípios de até 20.000 habitantes, mais recursos foram destinados a investimentos públicos. Nestes casos, a média sobre para R$ 1.000 por habitante. As grandes cidades, com mais de 100 mil habitantes, tiveram uma média de R$ 500.
GASTO COM PESSOAL
A Firjan calculou que, na média, os municípios destinaram 46,0% da receita para os gastos com pessoal em 2024. A LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) delimita um limite de 60%.
O índice mostrou que 63,3% dos municípios têm baixo comprometimento da receita com salários do funcionalismo. Representam 3.248 do total de cidades
Segundo o estudo, há 540 prefeituras que comprometeram mais de 54% do orçamento com gastos de pessoal. Entre essas cidades, 131 destinaram mais de 60% das receitas para o pagamento de funcionários, o que é contra o limite da LRF.
LIQUIDEZ
O indicador de liquidez da Firjan mostra a relação entre os restos a pagar acumulados no ano e os recursos em caixa disponíveis para cobri-los no ano seguinte. Na prática, avalia se as prefeituras estão adiando o pagamento das despesas para o ano seguinte sem a devida cobertura de caixa.
A nota média foi de 0,67 ponto. A maioria (60%) das cidades teve nível de liquidez bom ou excelente. O estudo calculou que 2.025 prefeituras apresentaram nível de liquidez difícil ou crítico em 2024. Neste número, há 413 que terminaram o ano sem recursos em caixa suficientes para cobrir as despesas postergadas para o ano seguinte. Tiraram nota zero.
METODOLOGIA
O IFGF (Índice Firjan de Gestão Fiscal) foi criado para avaliar as contas públicas dos municípios brasileiros pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Nesta edição, o quadro fiscal foi analisado a partir do ano de 2024. Levou em consideração os dados das 5.129 prefeituras que encaminharam os relatórios necessários ao Tesouro Nacional.
O Firjan declarou que as cidades concentram 95,6% da população brasileiro.
O IFGF é composto por 4 indicadores:
- IFGF autonomia;
- IFGF gastos com pessoal;
- IFGF liquidez;
- IFGF investimentos.
O IFGF autonomia considera a capacidade do município de financiar a própria estrutura administrativa, como a Câmara de Vereadores e a Prefeitura.
Neste quesito, a Firjan considerou a receita local menos a estrutura administrativa para avaliar a receita corrente líquida.
No 2º critério, de IFGF gastos com pessoal, a federação avalia o grau de rigidez do orçamento de cada prefeitura e as despesas com pessoal.
O IFGF liquidez analisa o cumprimento das obrigações financeiras, que analista o caixa e os restos a pagar.
Já o IFGF investimentos calcula a capacidade de alocação de recursos para criar o bem-estar e a competitividade.
O índice tem uma pontuação que varia de 0 a 1, segundo que quanto mais próximo de 1 melhor a situação fiscal dos municípios. A Firjan dividiu em 4 grupos:
- De 0 a 0,4 ponto – gestão crítica;
- De 0,4 a 0,6 ponto – gestão em dificuldade;
- De 0,6 a 0,8 – boa gestão;
- De 0,8 a 1 – gesto de excelência.
Liga do país caiu de 6ª para 12ª que mais gasta com a compra de jogadores, mas quase R$ 4 bilhões em transferências desde o início da guerra com a Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia pouco depois da 5h da manhã de 24 de fevereiro de 2022. Horas depois, às 23h no horário local, o Zenit São Petersburgo entrou em campo na Espanha pelos playoffs da Liga Europa. Essa foi a última partida de um clube russo por uma competição internacional reconhecida pela Fifa.
Quatro dias depois, a Federação Internacional de Futebol e a Uefa (União das Federações de Futebol da Europa) anunciaram a suspensão de todos os times do país dos torneios intercontinentais e da seleção russa das eliminatórias da Copa do Mundo. A sanção ainda perdura, mais de 3 anos e meio depois do início da guerra.
A guerra provocou um impacto financeiro na liga russa, principalmente na capacidade de realizar transferências de jogadores. O campeonato local deixou de ser atrativo para os jogadores estrangeiros e os que já estavam no país foram autorizados pela Fifa a suspenderem seus contratos unilateralmente. Esse direito foi estendido este ano até 2026.
O dinheiro, contudo, segue fluindo nos cofres das equipes russas. Isso se dá em grande parte pela influência de empresas estatais, empresários ligados ao governo e divisões administrativas (cidades, Estados e regiões autônomas). Só 2 clubes do país são diretamente controlados por entidades privadas –apesar de receberem apoio público.
Na janela de transferências do verão europeu, encerrada na 2ª feira (1º.set.2025), os times da Premier Liga da Rússia pagaram 124 milhões de euros na melhoria de seus elencos, sendo 1/5 deste valor empenhado na contratação do meio-campista Gerson, do Flamengo, pelo Zenit São Petersburgo.
Esses 124 milhões de euros colocam a 1ª divisão do país de Vladimir Putin como a 12ª liga que mais tirou dinheiro do cofre com transferências, ainda que bem distante dos estratosféricos 3,59 bilhões de euros pagos por times da Premier League da Inglaterra, o campeonato nacional mais valioso do futebol.
Em comparação com a temporada europeia de futebol de 2021-2022, a última antes da guerra, a liga russa foi o 6º campeonato nacional que mais gastou com o passe de jogadores. Foram 208 milhões de euros desembolsados em atletas naquela janela. Foi menos que o dobro do registrado 4 anos depois –sem considerar a inflação.
O Zenit, já citado duas vezes neste texto, é o time russo mais rico e com maior sucesso local e continental nos últimos anos. É o maior campeão da Rússia desde a dissolução da União Soviética, com 10 títulos –empatado com o Spartak Moscou. E o último a vencer uma competição continental, a Copa da Uefa (atual Liga Europa) da temporada 2007-2008.
O segredo por trás do sucesso esportivo é a Gazprom, maior exportadora de gás natural do mundo. A empresa tem o maior valor de mercado do país e tem controle majoritário do Kremlin. A mesma companhia também é dona do FC Orenburg a partir de suas subsidiárias.
Além da Gazprom, o banco estatal de desenvolvimento Vnesheconombank e a companhia federal de ferrovias, a Russian Railways, também tem controle acionário sobre equipes da 1ª divisão. Como pessoas físicas, os oligarcas Pavel Morozov, Sergey Galitsky e Boris Rotenberg, próximos do presidente Vladimir Putin e com negócios junto ao governo, também sentam na mesa de donos dos clubes.
LIGA UCRANIANA REDUZ DISTÂNCIA
Os times ucranianos foram menos impactados esportivamente pela guerra. As equipes do país seguem participando das competições da Uefa e a seleção está na disputa das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
Mas mesmo com o orçamento oriundo dos torneios internacionais, a redução da distância financeira entre a Premier Liga da Rússia e a Premier Liga da Ucrânia foi mínima. Enquanto o torneio russo caiu de 6º para 12º com gastos em contratações, o ucraniano passou de 15º para 20º. Em 2021, Zenit e companhia desembolsaram o triplo dos times do país vizinho. Quatro anos depois, 2,7 vezes mais.
Outros empecilhos atrapalharam o desenvolvimento do futebol ucraniano. Jogadores que atuam no país também estão contemplados com as diretrizes da Fifa que autorizaram a suspensão de contratos e os clubes que jogam os torneios europeus precisam mandar suas partidas fora do país.
O Shakhtar Donetsk, um dos 2 grandes times da Ucrânia, foi o mais afetado. A equipe já não joga em seu estádio, a Donbass Arena, desde 2014, quando eclodiu a guerra na região. Com a invasão russa em 2022 e a intenção russa de anexar Donetsk, o retorno à moderna arena parece cada vez mais distante. O local está abandonado desde então.
O Shakhtar virou um time itinerante. A sede administrativa do time foi realocada para a capital ucraniana, Kiev. Já as partidas em casa foram movidas primeiramente para Lviv, depois Carcóvia, Kiev e voltaram para Lviv em 2023.
Os jogos internacionais precisam ser disputados em outros países europeus. O estádio escolhido muda a cada temporada. Na temporada 2022-2023, o Shakhtar jogou em Varsóvia (Polônia). Em 2023-2024, em Hamburgo (Alemanha). E em 2024-25, em Gelsenkirchen (também na Alemanha). Na temporada atual, as partidas em casa da Liga Conferência da Uefa serão disputadas em Liubliana (Eslovênia) e Cracóvia (Polônia).
Disputando a hegemonia local com o time de Donetsk, o tradicional Dynamo Kiev ainda mantém sua base e seus jogos na capital, mas também precisa deixar o país para mandar seus jogos contra estrangeiros. As cidades escolhidas foram Cracóvia (Polônia), Bucareste (Romênia), Lublin (Polônia) e Hamburgo (Alemanha).
A Shein registrou 2,05 bilhões de libras (aproximadamente US$ 2,77 bilhões) em vendas no Reino Unido, segundo informações divulgadas pela agência de notícias Reuters nesta 6ª feira (15.ago.2025), representando um crescimento de 32,3% em relação ao ano anterior.
O Reino Unido é o 3º maior mercado da varejista global de fast-fashion, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. A empresa não divulga seus resultados globais publicamente, mas o documento detalha seu desempenho no Reino Unido enquanto a companhia busca realizar uma IPO (oferta pública inicial) em Hong Kong.
Fundada na China e hoje com sede em Cingapura, a Shein tentou abrir seu capital por anos, 1º em Nova York e depois em Londres. A empresa enfrentou obstáculos, incluindo críticas de políticos dos EUA e do Reino Unido. Também não conseguiu aprovação do regulador de valores mobiliários da China para realizar o IPO fora do país em um cenário de tensões entre China e Estados Unidos.
Durante 2024, a Shein Distribution UK Ltd implementou várias iniciativas no mercado britânico. O documento menciona a abertura de uma loja temporária em Liverpool, uma excursão de ônibus natalina por 12 cidades do Reino Unido e a inauguração de 2 novos escritórios em Kings Cross e Manchester.
A varejista ampliou sua participação de mercado em um cenário de perda do poder de compra causada pela inflação, que levou consumidores a buscar alternativas mais baratas. A Shein é conhecida por seus preços baixos, promoções constantes e programas de cupons e recompensas que incentivam compras frequentes.
O modelo de negócios da empresa se expandiu para além do vestuário. O site da Shein no Reino Unido vende vestidos a partir de 7,99 libras e jeans por 15 libras. A plataforma também oferece produtos como brinquedos, materiais de artesanato e unidades de armazenamento.
As operações da varejista têm se beneficiado de isenções fiscais para pacotes de comércio eletrônico de baixo valor. Esse mecanismo permite que a empresa envie produtos diretamente das fábricas na China para os consumidores finais, na maioria dos casos livres de tarifas alfandegárias.
Essa vantagem competitiva está sendo reduzida, o que deve aumentar os custos operacionais e os preços praticados pela Shein, principalmente nos EUA, onde as importações chinesas agora enfrentam tarifas mais elevadas.
O Reino Unido também realiza uma revisão de sua política para importações de baixo valor, após varejistas locais argumentarem que a regulação atual dá vantagem competitiva injusta a empresas online como Shein e Temu.
Melhor eficiência dos campos de exploração aumentou o volume de óleo e gás produzidos, segundo estatal
O lucro líquido da Petrobras ficou em R$ 26,7 bilhões no 2º trimestre de 2025. A estatal conseguiu reverter o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado no mesmo período de 2024, segundo o relatório divulgado nesta 5ª feira (7.ago.2025) pela estatal (PDF – 2Mb).
“A performance operacional foi impulsionada pela implementação de novos sistemas de produção e por uma melhoria na eficiência dos campos em operação. Esses fatores permitiram aumentar o volume de óleo e gás, refletindo positivamente nos resultados financeiros e mitigando os impactos da queda no preço do Brent”, afirmou em nota o diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Fernando Melgarejo.
No 1º semestre de 2025, o lucro líquido da estatal foi de R$ 61,8 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2024, quando o lucro foi de R$ 21 bilhões, a alta registrada foi de 193,2%.
DESTAQUES FINANCEIROS
- Ebitda Ajustado –lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização– de R$ 52,2 bilhões, 5% a mais que no 2º trimestre de 2024;
- Fluxo de Caixa Operacional de R$ 42,4 bilhões, 10% a mais que no 2º trimestre de 2024;
- Fluxo de caixa livre de R$ 19,2 bilhões, 39% a mais que no 2º trimestre de 2024.
DÍVIDA BRUTA
A dívida bruta da estatal ficou em US$ 68,1 bilhões ao final de junho de 2025, representando um crescimento de 5,5% em relação ao final do 1º trimestre de 2025. O motivo são as captações realizadas durante o 2º semestre e do início da operação da Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência afretada Alexandre de Gusmão (Mero 4), que resultaram no reconhecimento de US$ 1,1 bilhão –parcela Petrobras– no endividamento da companhia.
PRODUÇÃO
Em 29 de julho, a estatal informou que a sua produção de petróleo e gás natural alcançou 2,91 milhões de boe/d (barris de óleo equivalente por dia) no 2º trimestre de 2025. O volume representa alta de 5% frente aos 2,77 milhões do 1º trimestre do ano. Em relação ao mesmo período de 2024, o aumento foi de 7,8%. Leia a íntegra do relatório (PDF – 2 MB).
O aumento se deu por causa da entrada gradual em operação das plataformas Almirante Tamandaré, Maria Quitéria, Anita Garibaldi e Anna Nery. Também contou o início da produção do FPSO Alexandre de Gusmão, no campo de Mero, e o pico de produção do FPSO Marechal Duque de Caxias. A estatal ainda conectou 14 novos poços, 7 na Bacia de Santos e 7 na Bacia de Campos.
Trump prometeu impor tarifa de 100% a países que importam produtos russos; valor comprado por Washington caiu 10 vezes após guerra
Apesar da promessa do presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), de impor tarifas de 100% a produtos russos e taxas secundárias a países que importam de Moscou, os Estados Unidos ainda importaram US$ 3,3 bilhões da Rússia em 2024. O valor é 10 vezes menor do que em 2021, quando os norte-americanos compraram US$ 30,8 bilhões em produtos russos.
A diminuição brusca de importações em poucos anos se dá pelas sanções econômicas dos EUA e da UE (União Europeia) à Rússia por causa da guerra na Ucrânia, que começou em 2022. Os dados são da Comtrade –agência que compila dados do comércio internacional.
Em 1 ano, o Kremlin deixou de vender metade do que vendia ao mercado norte-americano. O país deixou de comprar diesel e outros combustíveis russos, como parte das sanções. Atualmente, a maioria das importações dos EUA são de fertilizantes –mercado mundialmente liderado pelos russos.
As sanções econômicas buscam isolar a economia russa e pressionar o país a interromper os ataques à Ucrânia. O Kremlin, no entanto, encontrou no Brics –composto originalmente de Brasil, China, Índia e África do Sul– um importante aliado para sustentar sua economia e os próprios investimentos militares para a ofensiva. Em menos de 1 ano, a economia russa se recuperou e voltou a projetar crescimento.
Em 2024, a Rússia exportou 20 vezes mais aos integrantes originais do Brics do que aos países do G7 –grupo das 7 economias mais industrializadas do mundo. O grupo é composto por EUA, Canadá, França, Itália, Alemanha, Reino Unido e Japão.
Taxas de 100%
O presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), ameaçou na 2ª feira (14.jul.2025) aplicar tarifas de 100% a produtos russos caso o Kremlin não encerre a guerra com a Ucrânia em 50 dias.
A taxa em si não teria impacto significativo direto no comércio da Rússia, visto que o país não mantém o mesmo nível de importação com os EUA. Contudo, o líder norte-americano também ameaçou impor “tarifas secundárias” a países que importam da Rússia. Apesar de não ter detalhado as taxas, elas afetariam nações como Índia, China e Brasil, além de outros aliados como Belarus e Turquia.
O senador Lindsey Graham (Partido Republicano), da Carolina do Sul, afirmou, horas antes de Trump que esses países seriam punidos por comprar diesel da Rússia.
A estratégia dos EUA é sancionar os países que sustentam a economia russa para forçá-los a pressionar Putin por um cessar-fogo na Ucrânia ou aumentar o isolacionismo econômico de Moscou.
A ameaça foi reforçada pelo secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Mark Rutte. A aliança militar pediu que as diplomacias de Índia, Brasil e China pressionem a Rússia a encerrar o conflito.
Inimigos, but not too much
Apesar das ameaças recentes, Trump tem um histórico relativamente amigável com Vladimir Putin, ao menos em comparação com outros presidentes norte-americanos, como o antecessor Joe Biden (Partido Democrata).
Na 1ª eleição do republicano, em 2016, houve acusações de interferência russa no pleito, a fim de beneficiá-lo. O Kremlin via em Trump um negociador mais “fácil” em relação aos interesses externos da Rússia do que sua rival à época, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton (Partido Democrata).
Depois de reassumir a Casa Branca, em janeiro de 2025, Trump fez diversos movimentos de aproximação com Putin e de distanciamento do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (Servo do Povo, centro).
O republicano recebeu o ucraniano na Casa Branca em 28 de fevereiro. A conversa terminou em discussão e em acusações de Trump de que Zelensky estaria “flertando” com a 3ª Guerra Mundial. Dias antes, havia chamado o ucraniano de “ditador” e dito que ele faz um “péssimo trabalho”.
Além disso, desde que assumiu o 2º mandato, Trump teve o mesmo número de conversas com Zelensky e com Putin. Foram 5 com cada um, sendo 4 encontros presenciais e uma ligação com o ucraniano e 5 ligações com o russo –que evita sair da Rússia por causa de um mandado de prisão emitido em 2023 pelo TPI (Tribunal Penal Internacional).
Proposta do Orçamento de 2026 prevê superávit primário de R$ 38,2 bilhões, segundo governo
Lidiane 17 de abril de 2025
📅 Atualizado em 16/04/2025 às 14:38
O governo federal projeta um superávit primário de R$ 38,2 bilhões nas contas públicas para o ano de 2026. O valor está R$ 3,9 bilhões acima da meta oficial, estabelecida em R$ 34,3 bilhões (o equivalente a 0,25% do PIB), conforme consta no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) enviado ao Congresso Nacional nesta terça-feira (15).
A informação foi confirmada pela equipe do Jornal Folha de Goiás, com base nos dados divulgados pela Agência Brasil e pelo Ministério da Fazenda.
O PLDO mantém as diretrizes do novo arcabouço fiscal, que permite uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB para mais ou para menos. Com isso, mesmo que o governo registre resultado zero, a meta pode ser considerada cumprida.
Projeções futuras
De acordo com o texto da proposta orçamentária, o governo prevê os seguintes superávits primários:
-
2026: R$ 38,2 bilhões (meta: R$ 34,3 bilhões)
-
2027: R$ 73,4 bilhões (0,5% do PIB)
-
2028: R$ 157,3 bilhões (1% do PIB)
-
2029: R$ 210,7 bilhões (1,25% do PIB)
Essas estimativas são revisadas anualmente, podendo sofrer alterações conforme o cenário econômico.
Faixas de variação previstas
Com a margem permitida pelo arcabouço, os resultados primários podem variar dentro das seguintes faixas:
-
2026: entre R$ 0 e R$ 73,2 bilhões
-
2027: entre R$ 34,3 bilhões e R$ 91,75 bilhões
-
2028: entre R$ 117,97 bilhões e R$ 196,63 bilhões
-
2029: entre R$ 158,02 bilhões e R$ 263,38 bilhões
Revisão de gastos e economia prevista
A proposta orçamentária também detalha as medidas de revisão de despesas previstas para os próximos anos, com foco em:
-
INSS: economia de R$ 3,1 bilhões (2026), R$ 3,4 bi (2027), R$ 3,6 bi (2028) e R$ 3,8 bi (2029)
-
BPC: economia de R$ 2 bi (2026), R$ 4,2 bi (2027), R$ 4,5 bi (2028) e R$ 2 bi (2029)
-
Proagro: economia estimada de R$ 3,8 bilhões por ano, entre 2025 e 2029
O total economizado pode chegar a R$ 50,8 bilhões no período, segundo o Ministério do Planejamento.
Limite de crescimento das despesas públicas
Pelo arcabouço fiscal, o crescimento real das despesas é limitado a 70% da variação real da receita, com teto de 2,5% ao ano até 2028, e 1,55% em 2029. Com isso, os gastos federais autorizados serão:
-
2026: R$ 2,431 trilhões
-
2027: R$ 2,586 trilhões
-
2028: R$ 2,736 trilhões
-
2029: R$ 2,863 trilhões
Do total, o Poder Executivo poderá gastar cerca de 96%, com os demais valores distribuídos entre os demais Poderes (Legislativo, Judiciário, MPF e Defensoria Pública da União).
O Jornal Folha de Goiás acompanha os principais dados da economia nacional e os impactos diretos do orçamento público sobre os estados e municípios, mantendo o leitor atualizado com informação precisa e confiável.
Estatal também pagou R$ 270,3 bilhões em tributos no Brasil, com destaque para ICMS e royalties
A Petrobras anunciou ter distribuído R$ 100,3 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio em 2024. A informação consta no Relatório Fiscal da estatal divulgado nesta 4ª feira (12.mar.2025). Eis a íntegra (PDF – 4 MB).
No período, a estatal pagou R$ 270,3 bilhões em PGOV (tributos e participações governamentais) no Brasil, um aumento de 13% em relação ao ano anterior.
Na esfera federativa, o montante foi distribuído da seguinte forma:
- R$ 101,9 bilhões destinados ao governo federal;
- R$ 104,9 bilhões aos Estados; e
- R$ 1,4 bilhão aos municípios.
As participações governamentais somaram R$ 62 bilhões, compostos majoritariamente por royalties (R$ 38,1 bilhões) e participação especial (R$ 23,6 bilhões).
Entre os Estados, São Paulo recebeu o maior volume de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) recolhido pela Petrobras (R$ 23,4 bilhões), seguido por Minas Gerais (R$ 14,3 bilhões) e pelo Rio Grande do Sul (R$ 8,1 bilhões).
Já os 10 municípios mais beneficiados concentraram 68% do total arrecadado, com destaque para Macaé (RJ), que recebeu R$ 317,5 milhões.
No exterior, a empresa recolheu US$ 206 milhões em tributos.
PESO NOS COMBUSTÍVEIS
O levantamento indicou que os tributos seguem representando uma parte significativa do preço dos combustíveis.
No caso da gasolina, a parcela da Petrobras no preço final ao consumidor foi de R$ 2,21 por litro, enquanto os impostos corresponderam a R$ 2,06 (ICMS, PIS/Cofins, o e CIDE).
Para o diesel, os tributos somaram R$ 1,38 por litro.
No GLP (gás liquefeito de petróleo), conhecido como gás de cozinha, os tributos representaram R$ 42,04 no preço médio do botijão de 13 kg.
IMPACTOS DA REFORMA TRIBUTÁRIA
O levantamento também abordou os efeitos da reforma tributária, aprovada em 2023. A nova norma substitui 5 tributos (IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS) pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e pela CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).
O setor de combustíveis terá um regime específico, e a Petrobras seguirá beneficiada pelo Repetro, que suspende tributação sobre investimentos na exploração de petróleo e gás.
A Petrobras mencionou que a transição do atual sistema tributário para o novo modelo será feita de forma gradual de 2026 a 2033. O novo regime determina a implementação do IBS e CBS a partir de 2026 em caráter experimental, com alíquotas efetivas a partir de 2027.
Em 2029, a redução progressiva do ICMS e ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) começa, sendo completamente substituídos em 2033. Além disso, um IS (Imposto Seletivo) será aplicado sobre combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural, mas sua alíquota ainda será definida.
A estatal destaca que a mudança trará maior previsibilidade e simplificação na arrecadação, mas poderá impactar a estrutura de preços dos combustíveis e insumos petroquímicos, exigindo adaptações nos contratos de fornecimento e nas operações logísticas.
TKO Group revela crescimento de 67% em relação ao ano anterior; projeções para 2025 são ainda maiores
A TKO Group Holdings, controlada pela Endeavor, anunciou na 4ª feira (26.fev.2025) que obteve receita de US$ 2,8 bilhões no ano fiscal de 2024. A empresa é dona do UFC (Ultimate Fighting Championship) e da WWE (World Wrestling Entertainment).
A empresa também revelou planos para um evento conjunto com UFC, WWE e PBR (Professional Bull Riders) em Kansas City. Além disso, a TKO está em negociações avançadas para criar uma nova liga de boxe com a Arábia Saudita.
No ano fiscal de 2024, a TKO Group Holdings registrou um lucro líquido de US$ 6,4 milhões. A receita aumentou 67% em comparação ao ano anterior. A UFC e a WWE contribuíram com US$ 1,406 bilhão e US$ 1,398 bilhão, respectivamente.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da empresa cresceu 55%, alcançando US$ 1,251 bilhão. Apesar de um lucro líquido menor em relação a 2023, a empresa atribuiu a diferença ao crescimento das despesas operacionais.
Para 2025, a TKO projeta uma receita entre US$ 2,930 bilhões e US$ 3 bilhões, com um Ebitda ajustado entre US$ 1,350 bilhão e US$ 1,390 bilhão.
A empresa também adquiriu 3 grandes empresas da Endeavor: IMG, On Location e PBR, por US$ 3,25 bilhões. Essas aquisições expandem a presença da TKO em diversas áreas do ecossistema esportivo.
Ariel Emanuel, presidente-executivo e CEO da TKO, demonstrou otimismo com o desempenho financeiro recorde em 2024 e destacou os planos futuros da empresa, incluindo a integração das novas aquisições e a negociação de novos acordos de direitos de mídia nos EUA.
O evento ‘TKO Takeover” acontecerá no T-Mobile Center de Kansas City, de 24.abr.2025 a 28.abr.2025. Iniciará com o PBR em 24.abr.2025, seguido pelo UFC Fight Night em 26 de abril e concluindo com o WWE’s Raw em 28 de abril.
Mark Shapiro, presidente e COO da TKO, confirmou que a empresa está finalizando um acordo para formar uma nova liga de boxe com a Arábia Saudita. A TKO será responsável pelas operações diárias da liga, com foco em revitalizar o boxe no cenário esportivo americano.
Governo libera R$ 4,1 bilhões para garantir continuidade do Plano Safra 2024/2025
Lidiane 26 de fevereiro de 2025
O Governo Federal editou uma Medida Provisória que autoriza a liberação de R$ 4,1 bilhões em crédito extraordinário para garantir a continuidade do Plano Safra 2024/2025. O recurso será destinado a manter o acesso ao crédito rural, apoiar investimentos agroindustriais e fortalecer o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).
A MP foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e tem o objetivo de evitar impactos negativos na produção agropecuária e na segurança alimentar do país.
Crédito emergencial para evitar retração na produção
Segundo o governo, a urgência da medida se deve ao risco de interrupção no acesso ao crédito rural, o que poderia comprometer investimentos no agronegócio, a produção de alimentos e a economia do setor agrícola.
O Ministério do Planejamento explicou que a elevação das taxas de juros nos últimos meses impactou diretamente o planejamento orçamentário. Como o Orçamento de 2025 ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional, o crédito extraordinário se tornou essencial para manter a execução do Plano Safra sem interrupções.
“Após monitoramento dessas despesas, constatou-se a carência de recursos orçamentários para fazer frente às operações de crédito rural. Essa medida busca evitar a desaceleração de investimentos no setor agropecuário, que é fundamental para a economia do país”, justificou a Presidência da República.
Medida respeita o Novo Arcabouço Fiscal
O Governo Federal destacou que o crédito adicional será executado dentro dos limites fiscais estabelecidos pela Lei Complementar 200/2023, conhecida como Novo Arcabouço Fiscal. A medida visa equilibrar os gastos públicos sem comprometer o crescimento do agronegócio, setor responsável por uma parcela significativa do PIB brasileiro.
A liberação desses recursos representa uma garantia de continuidade do financiamento rural, possibilitando maior estabilidade para produtores e cooperativas agroindustriais. Além disso, o fortalecimento do PRONAF deve beneficiar milhares de pequenos produtores rurais, assegurando incentivos à agricultura familiar e ao desenvolvimento regional.
Impactos do crédito extraordinário no agronegócio
A decisão de injetar mais R$ 4,1 bilhões no Plano Safra reforça o compromisso do governo com o desenvolvimento do setor agropecuário e a sustentabilidade da produção agrícola. A expectativa é que os novos recursos ajudem a manter a expansão do crédito rural, reduzindo riscos financeiros e garantindo que agricultores possam continuar investindo na produção de alimentos.
Com essa medida, o agronegócio brasileiro segue consolidando sua posição de destaque global, ao mesmo tempo em que mantém a segurança alimentar e o crescimento sustentável da economia nacional.
Combustíveis, bebidas e cigarros ilegais geraram outros R$ 146,8 bilhões para facções criminosas, superando dez vezes o lucro com cocaína, revela estudo
O crime organizado no Brasil faturou R$ 347,8 bilhões em 2022, sendo R$ 186 bilhões provenientes de crimes cibernéticos e roubos de celulares, indicou estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgado nesta 5ª feira (13.fev.2025). Eis a íntegra (PDF – 2,2 MB).
A pesquisa revela uma mudança significativa no perfil das atividades criminosas: o comércio ilegal de produtos como combustíveis, ouro, cigarros e bebidas gerou R$ 146,8 bilhões, quase 10 vezes mais que o tráfico de cocaína, que rendeu R$ 15 bilhões.
O setor de combustíveis lidera as atividades ilegais, com faturamento de R$ 61,5 bilhões. São comercializados 13 bilhões de litros por ano sem tributação, causando prejuízo de R$ 23 bilhões aos cofres públicos.
No mercado de bebidas, o faturamento com produtos contrabandeados e falsificados alcançou R$ 56,9 bilhões. A extração ilegal de ouro gerou R$ 18,2 bilhões, enquanto o comércio de cigarros ilegais movimentou R$ 10,3 bilhões, representando 40% do mercado nacional.
Segundo o FBSP, as organizações criminosas optam por esses mercados devido à alta demanda e às penas mais brandas em comparação ao tráfico de drogas.
Os pesquisadores apontam que essa diversificação dificulta o trabalho das autoridades e fortalece o poder das organizações em territórios com menor presença estatal, alimentando ciclos de violência e corrupção.
O estudo sugere medidas como implementação de tecnologias blockchain para rastreamento de mercadorias, integração de dados tributários e financeiros, e fortalecimento da inteligência financeira para combater essas atividades ilegais.



Posts recentes
- GCM de Senador Canedo prende homem que esfaqueou o filho durante briga
- Lula acerta com Alcolumbre indicação de Messias para o STF
- Goiás poderá ter cadastro de pedófilos e agressores sexuais, por proposta de Karlos Cabral
- Sebrae leva empreendedores goianos à China em missão empresarial
- Parlamento do Japão vota escolha de nova premiê nesta 3ª feira
Comentários
Arquivos
- outubro 2025
- setembro 2025
- agosto 2025
- julho 2025
- junho 2025
- maio 2025
- abril 2025
- março 2025
- fevereiro 2025
- janeiro 2025
- dezembro 2024
- novembro 2024
- setembro 2024
- agosto 2024
- julho 2024
- junho 2024
- maio 2024
- abril 2024
- março 2024
- fevereiro 2024
- dezembro 2023
- novembro 2023
- outubro 2023
- setembro 2023
- agosto 2023
- julho 2023
- junho 2023
- maio 2023
- abril 2023
- janeiro 2023
- outubro 2022
- setembro 2022
- julho 2022
- junho 2022
- maio 2022
- março 2022
- janeiro 2022
- dezembro 2021
- novembro 2021
- outubro 2021
- setembro 2021
- agosto 2021
- julho 2021
- junho 2021
- maio 2021
- agosto 2020
- julho 2020
- junho 2020
- maio 2020
- abril 2020
- fevereiro 2020
- janeiro 2020
- dezembro 2019
- novembro 2019
- outubro 2019
- setembro 2019
- agosto 2019
- julho 2019
- junho 2019
- maio 2019
- abril 2019
- março 2019
- fevereiro 2019
- janeiro 2019
- dezembro 2018
- novembro 2018
- outubro 2018
- setembro 2018
- agosto 2018
- julho 2018
- junho 2018