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7 de junho de 2025
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  • 18:36 Caiado aponta investimento nas polícias como trunfo para reduzir criminalidade
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O ministro da Fazenda e presidente em exercício, Geraldo Alckmin, defendeu nesta segunda-feira (24) uma mudança na metodologia de definição da taxa básica de juros (Selic). Em declaração durante evento promovido pelo jornal Valor Econômico, Alckmin sugeriu que o Banco Central do Brasil adote o mesmo modelo do Federal Reserve (Fed), dos Estados Unidos, desconsiderando variações nos preços de alimentos e energia na hora de decidir sobre os juros.

A fala do ministro ocorre após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a Selic para 14,25% ao ano, no que já é considerado o quinto aumento consecutivo. O objetivo da autoridade monetária é conter a inflação, que acumula alta de 5,06% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA de fevereiro divulgado pelo IBGE.

“Se eu tenho uma seca muito forte, uma alteração climática muito grande, vai subir o preço do alimento. E não adianta aumentar os juros — isso não vai fazer chover. Só vai prejudicar a economia”, declarou Alckmin.

Alckmin pede racionalidade ao Banco Central e alerta para impacto na dívida pública

O presidente em exercício argumenta que os aumentos de preços em alimentos e energia são motivados por fatores externos, como mudanças climáticas e instabilidade geopolítica internacional, e que não devem ser combatidos com elevação de juros, já que isso onera o crédito, freia investimentos e encarece a dívida pública.

“Cada ponto percentual de aumento na Selic gera um impacto de R$ 48 bilhões na dívida pública brasileira”, alertou Alckmin.

Ele também defendeu que a inflação precisa ser controlada, mas sem sacrificar o crescimento econômico, e lembrou que os assalariados são os mais afetados pela perda de poder de compra causada pela alta dos preços.

“A inflação atinge muito mais o assalariado, que tem reajuste uma vez por ano e vê o salário encolher todo mês.”

Como funciona o arcabouço de juros no Brasil

A taxa Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação no Brasil. Quando ela sobe, o crédito encarece, o consumo diminui e, teoricamente, os preços desaceleram. No entanto, a Selic também afeta negativamente a atividade econômica, principalmente em ciclos de alta prolongada.

Hoje, a política monetária brasileira busca manter a inflação dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Em fevereiro, a inflação oficial ficou em 1,31%, puxada pelo aumento da energia elétrica, marcando o maior índice para o mês desde 2003. A elevação da Selic em 1 ponto percentual foi anunciada pelo Copom como uma reação ao cenário global e aos sinais de aquecimento da economia doméstica, apesar das incertezas com a política fiscal do governo.

Banco Central sinaliza novo ajuste em maio

O Copom indicou que um novo aumento da Selic pode ocorrer na próxima reunião, em menor magnitude, mas não deu pistas sobre os passos seguintes. A decisão anterior já havia sido antecipada na reunião de janeiro e, mesmo esperada pelo mercado, gerou críticas de diversos setores, especialmente da indústria.

O comitê justificou a decisão com base na persistência da inflação de serviços e em núcleos inflacionários ainda elevados, mesmo com sinais de desaceleração no crescimento.

Autor # Gil Campos


A Assembleia Legislativa mantém, desde agosto de 2007, um extenso banco de imagens em sua página no portal da Alego, plataforma de compartilhamento de fotos, vídeos e ilustrações. Produzido pela Agência de Notícias Yocihar Maeda, o acervo dispõe de mais de 300 mil fotografias e conta com milhões de visualizações até o momento. Todas as imagens estão disponíveis para download e uso gratuito e oferecem um panorama das atividades do Legislativo. 

As imagens feitas pelos fotojornalistas retratam o cotidiano da Assembleia Legislativa, sessões plenárias, reuniões das comissões, audiências públicas, eventos culturais e até eventos de outras instituições que têm a Alego como sede, incluindo diversos ângulos da fachada do edifício-sede e muitos outros temas. 

O conteúdo está dividido em álbuns específicos, eventos, por comissão, por sessões plenárias e também por deputado, caso seja do interesse do leitor. Todos os álbuns estão dispostos em ordem cronológica. 

Usuários, jornalistas, assessorias de imprensa e eleitores podem utilizar as fotografias para ilustrar reportagens e publicações ou apenas acompanhar o trabalho desenvolvido pela Alego por meio de registros fotográficos oficiais. 

Para ter acesso às imagens oficiais, o usuário deve entrar no perfil https://portal.al.go.leg.br/galerias e fazer a busca do que deseja procurar. Para fazer o download, a pessoa deve clicar na fotografia pretendida e, em seguida, na seta que permite baixar a foto.

As fotos são de domínio público. No entanto, é obrigatório citar o crédito do fotógrafo, de acordo com a Lei nº 9.610/1998, que trata dos direitos autorais. 

A página de fotos do site da Assembleia Legislativa é uma fonte permanente de consulta da imprensa e do público em geral para publicações e pesquisas.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento é acusada por funcionários e ex-funcionários de gritar e exigir cargas horárias mais longas, diz reportagem

Dilma Rousseff, atual presidente do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, na sigla em inglês), tem sido alvo de críticas internas, acusações de assédio moral e atrasos nas metas da instituição. As informações são de reportagem da Folha de S.Paulo.

Documentos obtidos pelo jornal mostram que o NDB –ou banco dos Brics, como é popularmente chamado– está atrasado nas metas para o período de 5 anos (2022-2026). 

Um dos que apontaram os atrasos seria Prasanna Salian, diretor da Índia, que afirmou em um de seus votos que o banco cumpriu só 20% da meta de concessão de crédito do banco. Também disse que o banco não teria atingido os objetivos de operações não soberanas (10,7%, diante da meta de 30%). Apenas um projeto (4%) foi cofinanciado (a meta era 20%).

Os relatórios anuais do banco de 2023 e 2024 não foram publicados –diferente dos anos anteriores, que estão disponíveis.

ROTATIVIDADE E RELATOS DE ASSÉDIO MORAL

Os documentos também indicam que a taxa de rotatividade de funcionários é de 15,5%, o que seria 3 vezes maior do que a média em bancos multilaterais de desenvolvimento. 

Além disso, 14 funcionários brasileiros deixaram seus empregos no banco depois de 2023, quando Dilma assumiu a presidência do NDB, o que representa 46% dos brasileiros que trabalhavam lá. Os dados são de um relatório de avaliação independente do banco.

A reportagem também ouviu funcionários e ex-funcionários da instituição, que, sob anonimato, relataram que Dilma grita com eles e desrespeita a carga horária de trabalho.

“Segundo vários relatos, Dilma frequentemente grita com os funcionários, em broncas que podem ser ouvidas em outros andares da instituição. Ela chamaria os funcionários de ‘burro’ e ‘burra’, ‘ignorante’, além de dizer diz ‘você não presta para nada’, ‘você não serve para porra nenhuma’ e ‘você nunca mais vai arrumar outro emprego’ , ‘você escreve com os pés’. Ela teria dito a um funcionário chinês que ele precisava ‘lavar atrás das orelhas’”, diz a reportagem.

Além disso, Dilma negaria folgas aos funcionários, e eles seriam forçados a trabalhar das 6h às 21h todos os dias da semana.

A alta rotatividade e a presença da Rússia (em guerra com a Ucrânia) no NDB estariam prejudicando o funcionamento e a competitividade do banco.

“O volume de empréstimos do banco ficou aquém do que foi previsto na estratégia geral para 2017-2021 e desacelerou ainda mais em 2022 e 2023”, diz um relatório do Escritório de Avaliação Independente do NDB, assinado pelo diretor-geral Ashwani K. Muthoo, em 20 de maio de 2024. 

“Há espaço para melhorar a cultura organizacional, os processos de gestão e de pessoas para aumentar a eficiência do banco para poder cumprir seu mandato”.

Sob a gestão de Marcos Troyjo, juntaram-se à instituição Egito, Emirados Árabes Unidos e Bangladesh. Na gestão Dilma, não houve novas adesões.

OUTRO LADO

Ao jornal, a assessoria de imprensa do NDB negou a existência de casos de assédio moral por Dilma e disse que a concessão de folgas continua normal. “O NDB não vai comentar as alegações em relação a assédio moral, pois não há casos de assédio moral no departamento de conformidade e investigações do banco relacionados à presidente”.

Afirmou que as metas são para cinco anos, não para um ano. “Não é apropriado concluir que o NDB não atingiu as metas, pois o ciclo estratégico ainda está em andamento”, disse a assessoria. 

Também afirmou que a 1ª parte do ciclo de 2022-2026 foi dividida entre Dilma e Troyjo: “Quando a presidente Dilma chegou, em março de 2023, o banco enfrentava uma grave crise de liquidez. Ele havia passado 15 meses sem realizar uma emissão em dólares”.

Declarou que 2023 foi o único ano em que a rotatividade foi alta, de 15%. Sobre os funcionários brasileiros, a assessoria afirmou que, em 2022/2023, a taxa de rotatividade foi de 43% e que, em 2024, o número caiu para 16%.

Falou ainda que, na gestão da brasileira, o banco teve “crescimento significativo” e que o balanço no final de 2024 mostra “forte recuperação e expansão”.

O Poder360 entrou em contato com assessores do NDB para obter a íntegra da nota, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto.

SAÍDA DO CFO

O CFO (Chief Financial Officer) do NDB, Leslie Maasdorp, anunciou em 5 de abril de 2024 que deixaria o cargo em julho. Ele estava no banco desde 2015. Foi indicado pela África do Sul.

Maasdorp foi parte da equipe que fundou o banco. Começou como vice-presidente. Em 2021, foi indicado para CFO.

Como CFO, ele liderou as ações da tesouraria e do mercado de capitais do banco, criando os programas globais e nacionais para a instituição, e levantou mais de US$ 15 bilhões. Ele também conquistou a primeira classificação de crédito do banco em 2018, que estabeleceu a instituição como um banco multilateral de desenvolvimento líder em novos mercados emergentes“, disse o ministro sul-africano Enoch Godongwana, na época.

BANCO DOS BRICS

O NDB foi criado em 2015, com sede em Xangai (China). Em certa medida, a instituição de fomento multilateral compete com o Banco Mundial e com o Banco Interamericano de Desenvolvimento. É uma fonte para empréstimos, financiamentos e assistências técnicas para projetos de integrantes do bloco econômico e demais países em desenvolvimento.

Rousseff assumiu a presidência da instituição financeira, também conhecida como Banco dos Brics, em março de 2023 para terminar o mandato de Marcos Troyjo, indicado por Jair Bolsonaro (PL) em 2020. Foi indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em fevereiro de 2023 e tomou posse em abril. 

A presidência do banco é rotativa e periódica. A cada 5 anos, cada um dos sócios-fundadores indica um presidente para o banco. O posto é ocupado por um representante dos países do Brics, enquanto membros dos demais países ficam responsáveis por indicar 4 vice-presidentes. A composição abrange um presidente, 4 vices, um conselho de diretores e um conselho de governadores.

Em 2024, a Rússia demonstrou apoio à recondução de Dilma Rousseff (PT) para um novo comando à frente do NDB (sigla em inglês para Novo Banco de Desenvolvimento) durante a reunião da Cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O 1º mandato de Dilma vai até 6 de julho de 2025.

Na reunião, Putin e Rousseff defenderam a criação de uma moeda comum e a consolidação de um sistema de trocas comerciais em moedas nacionais para reduzir a dependência do dólar. Segundo Putin, a prática ajuda a diminuir os custos de serviço da dívida, a fortalecer a independência financeira dos países do bloco e a minimizar os riscos geopolíticos.



Autor Poder360 ·


Maurício Quadrado, que deixou o Banco Master em 2024, comprará instituição controlada por Edir Macedo; negócio depende de aval do BC

O empresário Maurício Quadrado assinou nesta terça-feira (28.jan.2025) a compra do Banco Digimais, controlado pela BA Empreendimentos e Participações, de Edir Macedo. O negócio, que depende de aprovação do Banco Central (BC), prevê aporte de R$ 800 milhões. As informações são da Folha de S. Paulo.

Com a capitalização, o patrimônio líquido do Digimais alcançará R$ 2 bilhões. A instituição tem cerca de 100 mil clientes e R$ 9,1 bilhões em ativos, com operações concentradas em crédito consignado e financiamento de veículos.

A aquisição amplia o portfólio do grupo BlueBank, que já possui uma corretora, uma gestora de recursos e o Letsbank, banco em processo de aprovação pelo BC.

O Digimais terá sede no edifício Birmann 32, conhecido como “prédio da Baleia”, na avenida Faria Lima, em São Paulo, onde funcionam as demais empresas do grupo.

Quadrado iniciou sua carreira no mercado financeiro no Bradesco, onde dirigiu a área de mercado de capitais. Coordenou a primeira listagem de uma empresa brasileira na Bolsa de Nova York, a Aracruz Papel e Celulose, por meio de recibos de depósito de ações.

O executivo participou do processo de privatizações durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), com destaque para a desestatização da Vale. Entre 2007 e 2020, foi acionista e diretor da corretora Planner.

Em 2021, tornou-se sócio do Banco Master, onde permaneceu até setembro de 2024. Após vender sua participação, estimada entre 20% e 30%, dedicou-se à expansão do BlueBank.



Autor Poder360 ·


Por Gil Campos: Goiânia, 10 de dezembro de 2024 – A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou nesta terça-feira (10) os nomes de três novos diretores para o Banco Central (BC). As indicações, anunciadas no final de novembro, seguem agora para votação no plenário, ainda prevista para hoje. Caso aprovados, os indicados assumirão seus cargos em 1º de janeiro de 2025.

Entre os novos diretores, Nilton José Schneider foi indicado para a Diretoria de Política Monetária e aprovado por 22 votos a 5. Ele substituirá Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência do Banco Central no próximo ano. Já Izabela Moreira Correa, indicada para a Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, foi aprovada por 24 votos a 3. Para a Diretoria de Regulação, o nome de Gilneu Astolfi Vivan foi aprovado por 23 votos a 4.

Compromisso com o controle da inflação

Os três indicados foram sabatinados pela CAE antes da votação e destacaram o compromisso com a estabilidade econômica. Nilton Schneider classificou o cenário global como “desafiador”, exigindo atenção às políticas econômicas nacionais.

Sobre uma possível intervenção cambial, Schneider afirmou que as reservas internacionais são a “primeira linha de defesa” do Brasil, mas destacou que intervenções do BC no câmbio têm efeito temporário. “Intervenções alteram momentaneamente o preço do câmbio, mas minha experiência mostra que seus efeitos são efêmeros”, explicou.

Perfis dos indicados

Nilton José Schneider é chefe de Operações de Tesouraria do Bradesco e possui ampla experiência no mercado financeiro, com passagens por instituições nacionais e internacionais. Graduado em engenharia de produção pela Escola Politécnica da USP, ele substituirá Gabriel Galípolo.

Izabela Moreira Correa, servidora do Banco Central desde 2006, é atual secretária de Integridade Pública da Controladoria-Geral da União (CGU). Doutora em governo pela London School of Economics, foi pesquisadora na Universidade de Oxford. Ela substituirá Carolina de Assis Barros, cujo mandato termina neste ano.

Gilneu Astolfi Vivan é servidor de carreira do Banco Central desde 1994. Atualmente, lidera o Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor) e representou o Brasil em fóruns internacionais, como o Conselho de Estabilidade Financeira, vinculado ao G20. Vivan substituirá Otávio Damaso, que encerra seu mandato no final de 2024.

Impacto da decisão

A aprovação dos novos diretores reforça o compromisso do Senado em manter a estabilidade das operações do Banco Central, especialmente em um período de desafios econômicos globais. Com trajetórias sólidas, os indicados trazem experiência e representatividade em áreas estratégicas, como política monetária, regulamentação e supervisão de conduta.

Autor # Gil Campos


Veículos apreendidos em operação que cumpriu mandados contra suspeitos de dar golpe de R$ 40 milhões com fraudes em financiamentos agropecuários, em Goiás — Foto: Divulgação/PF-GO

‘”No ano de 2023 foram adquiridos mais de 40 veículos em nome de integrantes desse grupo. Veículos de luxo, caminhonetes, importados, moto aquática e joias com dinheiro produto do financiamento que deveria ser aplicado em atividade rural. Um dos investigados estava ostentando viagem pela Europa”, detalhou o delegado.

O caso passou a ser investigado depois que um cartório recusou o registro de uma cédula de crédito rural por indício de falsificação e comunicou a Caixa Econômica Federal. O delegado explicou que, na ocasião, a instituição financeira apurou internamente a situação, encontrando os indícios de fraude e entregou a documentação para a Polícia Federal.

Segundo a PF, duas pessoas foram presas na terça-feira (16): um empresário e um ‘despachante’, que não tiveram os nomes divulgados, da organização criminosa. O g1 não conseguiu localizar a defesa dos presos e investigados para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

Em nota, a Caixa informou que atua com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na identificação e investigação de casos suspeitos e na prevenção e combate a fraudes e golpes. Além disso, a instituição detalhou que informações sobre crimes são repassadas exclusivamente às autoridades policiais (leia nota completa no fim da reportagem).

Veículo apreendido em operação que cumpriu mandados contra suspeitos de dar golpe de R$ 40 milhões com fraudes em financiamentos agropecuários — Foto: Divulgação/PF

Como ocorriam as fraudes?

Segundo a PF, o prejuízo milionário da instituição aconteceu no período de 2022 e 2023. De acordo com o delegado, a organização criminosa era dividida em três núcleos:

  • Núcleo de gestão: empresários e advogados;
  • Núcleo operacional: pessoas que contrataram com a Caixa com interesse da administração, operadores financeiros dos valores e funcionarios públicos;
  • Alguns laranjas.

Segundo o delegado, até então não foi constatada a participação de pessoas vinculadas aos cartórios nas fraudes.

De acordo com a investigação, a gerente do banco envolvida com a organização criminosa facilitava o comentimento das fraudes que ocorriam com a falsificação de documentos relativos a imóveis rurais. O delegado ainda explicou que também foi constatada a participação de um profissional credenciado à Caixa, que avaliava esses imóveis rurais.

“[Ele] avaliou imóveis que sequer existem de fato ou superavaliou imóveis em até 700%. Davam aparência lícita àquela documentação que permitia a liberação dos valores dos financiamentos dentro dessa agência da Caixa com a participação de pessoas vinculadas à Caixa”, detalhou o delegado.

As falsificações realizadas eram de todos os tipos: desde as mais grosseiras, como alterações de selo de reconhecimento de assinatura, até as mais sofisticadas, que envolvem certidões de matrículas de cartório do registro desses imóveis.

Operação cumpre mandados contra empresários e advogados suspeitos de dar golpe de R$ 40 milhões com fraudes em financiamentos agropecuários em Goiás — Foto: Divulgação/PF-GO

A operação “Paper Land”, como foi chamada, cumpriu 18 mandados em 13 endereços nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Acreúna e Rio Verde. A investigação indicou que o grupo cometia os crimes por meio de documentos falsos e corrupção de profissionais credenciados à Caixa Econômica Federal.

Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de contas bancárias usadas pelos investigados e o sequestro de pelo menos 48 imóveis e 44 veículos de propriedade do grupo criminoso, além da constrição de criptoativos.

O grupo é suspeito de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção. A soma das penas dos crimes pode ultrapassar 42 anos de prisão, em caso de condenação.

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Ex-bancário preso por suspeita de furto a conta de cliente ostentava vida de luxo — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Uma operação das polícias Civil e Federal prendeu um ex-gerente de um banco suspeito de participar de um golpe estimado em R$ 190 mil contra um goiano que morava na Venezuela há 10 anos nesta sexta-feira (21) no Aeroporto de Brasília, no Distrito Federal (DF). De acordo com a investigação, o suspeito usava o dinheiro para bancar uma vida de luxo e até viagens para a Disney, nos Estados Unidos.

O g1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem. O delegado responsável pela prisão, Thiago Carvalho, informou que o homem permaneceu em silêncio durante o cumprimento do mandado.

De acordo com as investigações, o ex-gerente preso, era chefe do bancário também preso e participava do esquema criminoso. No momento da prisão, o suspeito voltava de uma viagem internacional paga com o dinheiro desviado da conta da vítima, segundo a Polícia Civil.

Ainda de acordo com as investigações, o ex-gerente foi desligado do banco em que trabalhava em maio deste ano. O suspeito foi preso de forma preventiva após a Justiça acatar o pedido da Polícia Civil.

Bancário é preso suspeito de desviar quase R$ 200 mil de homem que morava no exterior

Na primeira fase da operação, feita na última segunda-feira em Goianira, um bancário foi preso suspeito dos desvios. Segundo a Polícia Civil, ele usou o dinheiro da vítima para fazer compras e para pagar contas em restaurantes luxuosos.

Thiago Carvalho disse que a maior parte do dinheiro era de saques que ele realizava em bancos de Aruanã, Goiânia e Goianira.

“A vítima é uma pessoa bem humilde, trabalhador rural de uma lavoura na Venezuela. Ele só percebeu que havia um déficit alto nos valores da conta no extrato bancário quando voltou para Aruanã. Ele chegou na delegacia para fazer o registro e tivemos dificuldade até para colher as digitais por conta do trabalho dele”, conta Thiago.

A investigação aponta que os crimes começaram em março de 2023. A prisão aconteceu em uma agência bancária em que o suspeito trabalhava, em Goianira. Ele deve responder por furto qualificado por abuso de confiança. Se condenado, a pena pode chegar 8 anos de prisão.

Câmeras de segurança de lojas mostram quando o suspeito compra óculos e relógio usando o dinheiro da vítima, em cartão e também com dinheiro em espécie (veja o vídeo acima).

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#Política | A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei (PL) de autoria da deputada Silvye Alves (União Brasil-GO) que prevê a criação do Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Violência contra a Mulher. O texto agora segue para análise do Senado Federal. A autora do projeto de lei ressaltou que a inclusão dos condenados em uma lista pode facilitar a troca de informações entre polícias de diferentes estados e municípios e contribuir para investigações em casos de reincidência.

“O detalhe que vai tornar esse cadastro muito eficiente é que, durante todo o cumprimento de pena, o condenado fica com o nome fichado nesse cadastro”, disse a parlamentar de Goiás.

“Três anos após o cumprimento de pena, ele também terá o nome no cadastro, para que a Justiça e para que nós brasileiras tenhamos a possibilidade de ver se haverá uma reincidência ou não”, acrescentou Alves.

O PL determina que o banco de dados reúna informações de condenados em última instância pelos crimes de feminicídio, estupro, estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude, importunação sexual, assédio sexual, registro não autorizado de intimidade sexual, lesão corporal, perseguição e violência psicológica.

O cadastro deve reunir dados pessoais, endereço, foto e informações sobre o crime cometido.

Fonte: CNN | Foto : Divulgação

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RIO DE JANEIRO (AGÊNCIA BRASIL) – A mulher que levou um idoso morto a uma agência bancária em busca de um empréstimo vai ser investigada também por homicídio culposo – quando alguém contribui para a morte, porém, sem a intenção de matar – além de vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude. O caso aconteceu no último dia 16, em Bangu, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro.

Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, levou o tio dela, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, a um ponto de atendimento em uma cadeira de rodas, e tentou fazer com que um documento autorizando o financiamento fosse assinado. Funcionários desconfiaram do estado de saúde do idoso, e equipes de socorro de emergência confirmaram a morte. A mulher foi presa em flagrante.

O caso estava sendo apurado inicialmente como vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude, mas a 34ª Delegacia Policial (DP) desmembrou a investigação. O delegado Fabio Souza entendeu que, como cuidadora do idoso, a sobrinha, ao ver que ele não estava bem, deveria ter levado o tio ao hospital, e não a uma agência bancária.

As informações foram confirmadas com a Polícia Civil pela Agência Brasil. Agentes fazem ainda diligências para a apurar a responsabilidade da sobrinha.

O caso ganhou notoriedade depois que imagens de Erika e o idoso dentro do banco circularam nas redes sociais. É possível ver que ele está pálido, sem reações e firmeza. Em determinado momento, a sobrinha pega na mão do tio e sugere que ele assine um documento. Ela também insiste em tentar diálogo com Paulo.

A polícia já obteve acesso também a imagens que mostram o trajeto até a chegada ao banco, além de ter ouvido o motorista do carro de aplicativo que transportou sobrinha e tio.

Defesa

A advogada Ana Carla de Souza Corrêa, representante de Érika Souza, disse à Agência Brasil que recebeu a notícia de forma “surpresa, entristecida e indignada”. Ela acrescentou que a capitulação de homicídio culposo foi aceita pelo Ministério Público e faz parte da denúncia contra Érika.

A advogada afirmou que, em momento oportuno, após parecer da juíza do caso, se manifestará e refutará a capitulação de homicídio culposo.

A defesa de Érika espera ainda por uma apreciação da Justiça em relação a um pedido de conversão da prisão convertida em domiciliar. Um dos motivos é que Érika tem uma filha de 14 anos com deficiência e precisa de cuidados da mãe. Há também um pedido de habeas corpus para que a cliente responda ao processo em liberdade.

“Não somente porque é [ré] primária, tem bons antecedentes e residência fixa, assim como, em nenhum momento, ela se tornaria risco para futura aplicação penal se respondesse ao processo em liberdade. Ou seja, ela tem todos os requisitos legais para responder ao processo liberdade”, argumenta. 

“Acreditamos na expectativa de que a senhora Érika tenha o seu direito constitucional garantido”, completa.

A defesa tem argumentado também que Érika sofre de depressão e não teria percebido que o tio teria morrido no trajeto para o banco.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que a 1ª Promotoria de Justiça junto à 1ª e à 2ª Varas Criminais de Bangu analisa o caso para a “correta formação da opinio delicti (opinião a respeito de delito), oferecimento de denúncia e manifestação quanto ao pedido de liberdade, o que será feito em perfeita obediência ao prazo estabelecido em lei”.

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Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) em Goiânia — Foto: Reprodução/Polícia Civil

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos investiga um golpe de R$ 1 milhão contra um banco, em Goiânia. Entre os alvos da operação estão um ex-funcionário e a ex-gerente da instituição. Ambos não tiveram os nomes divulgados.

O g1 não localizou a defesa do ex-funcionário e nem da ex-gerente do banco para se manifestarem sobre o caso até a última atualização da reportagem. O nome do banco também não foi divulgado.

Na manhã desta terça-feira (30), policiais civis cumpriram mandados de prisão temporária e de busca e apreensão na casa de um ex-funcionário do banco suspeito de participar do golpe. Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa da ex-gerente do banco.

O golpe foi nomeado de “anydesk”, que se refere a um aplicativo que possibilita o acesso remoto a computadores. Porém, a Polícia Civil não deu maiores explicações sobre como o esquema funcionava e nem por quanto tempo.

O g1 entrou em contato com a delegada titular da delegacia para mais informações, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem.

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