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7 de junho de 2025
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  • 22:20 Lucas do Vale aposta na descentralização da gestão do Cadastro Ambiental Rural


Preocupado com as questões ambientais, o deputado Lucas do Vale (MDB) apresentou, recentemente, o projeto de lei nº 560/25, para instituir a nova Política Florestal do Estado de Goiás, com o objetivo de descentralizar a gestão ambiental e a emissão do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Dessa forma, pretende-se que a gestão passe a ser uma responsabilidade também do município, para ampliar a proteção da vegetação nativa no estado de Goiás. Para a instituição da nova política, a propositura do emedebista altera a Lei n° 18.104, de 18 de julho de 2013.

O legislador solicitou que sejam acrescidos dois parágrafos no artigo 42 da referida norma. Um deles especifica que o órgão estadual de Meio Ambiente deverá realizar a análise do Cadastro Ambiental Rural no prazo de 60 dias. O outro estabelece que o órgão municipal de Meio Ambiente será responsável de forma interina pela análise do CAR, na hipótese em que o órgão estadual não cumprir o prazo estipulado.

No texto, o deputado indica que a Constituição Federal, em seu artigo 23, dispõe sobre a competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios na proteção ao meio ambiente e combate à poluição em qualquer de suas formas, bem como preservação das florestas, da fauna e da flora. Ele completa que, no mesmo sentido, existe a previsão, na Carta Estadual, em comum com a União e os municípios.

Lucas do Vale pontua que, no estado de Goiás, especialmente no que tange à análise do CAR, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Semad) adota um modelo centralizado para as análises ambientais, ainda que os municípios goianos possuam competência comum no que diz respeito ao meio ambiente.  

Ele propõe que, daí por diante, estados e municípios possam trabalhar conjuntamente em prol da manutenção e preservação do meio ambiente, podendo a secretaria municipal realizar a análise do cadastro, desde que esteja devidamente habilitada pelo órgão estadual do Meio Ambiente e obedecendo aos critérios estabelecidos pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cemam).

De acordo com o entendimento do parlamentar, a Semad costuma analisar os pedidos de Cadastro Ambiental Rural em longo prazo; contudo, isso impacta diretamente na liberação de financiamentos rurais, pois, em algumas instituições financeiras, é imprescindível a emissão do CAR para tal liberação. A análise do cadastro em longo prazo, por vezes, pode prejudicar o produtor rural que precisa adquirir um financiamento rural rapidamente.  

Por fim, o legislador defende que há, ainda, que ressaltar que os municípios têm participação relevante nas atividades socioeconômicas e, como eles estão mais próximos dos problemas e da própria população, nada mais justo que este realize as análises e liberações necessárias. “Queremos, com o respectivo projeto de lei, dar mais autonomia aos municípios e, ainda, trazer mais agilidade e facilidades aos produtores rurais”, destacou.

O primeiro passo no rito legislativo é que a propositura seja enviada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), que designará um dos integrantes à relatoria.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


Centro cirúrgico construído com dinheiro de multas de crimes ambientais é inaugurado

Uma vasectomia em uma onça-parda inaugurou nesta sexta-feira (19) o centro cirúrgico do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Goiânia. A sala foi construída com dinheiro de uma multa de crime ambiental aplicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Nós estamos no melhor Cetas do Brasil, [que agora] tem o próprio centro cirúrgico, o que é muito importante”, disse o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, à TV Anhanguera.

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O primeiro paciente atendido foi o Pio, uma onça-parda macho resgatada ainda filhote em um canavial. Como quem o resgatou não encontrou a mãe dele, o animal foi levado para o Cetas, onde vive há seis anos. Ele vai morar com uma fêmea no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás, e, por isso, precisou fazer a vasectomia.

“Como existem muitos animais dessa espécie em cativeiro, a gente não quer que ele se reproduza no cativeiro. Por isso, fizemos a cirurgia”, explicou o chefe de Cetas-GO, Léo Fernandes.

Como Pio foi resgatado filhote e viveu seis anos no Cetas, não é possível devolvê-lo à natureza.

“Como ele chegou bebê, ele precisou ser amamentando e criou um laço com o ser-humano. Isso dificulta que os animais dessa espécie sejam devolvidos para a natureza”, disse Léo Fernandes.

Vasectomia de onça inaugura centro cirúrgico construído com dinheiro de multas de crimes ambientais em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O centro cirúrgico tem respiradores, mesa de cirurgia, monitores cardíacos e equipamentos de emergência, que custaram cerca de R$ 600 mil. Os aparelhos foram comprados a partir da conversão de uma multa de crime ambiental aplica pelo Ibama para uma empresa autuada por causa dano ao meio ambiente.

Para a médica veterinária Jéssica Rocha Gonçalves, a inauguração do centro cirúrgico em Goiás é uma conquista. “Com o centro cirúrgico aqui, a gente consegue as cirurgias aqui mesmo e sem ter que alocar o animal para outro lugar. Isso evita o contato com outros animais, doenças e o estresse do bicho”, comemorou.

A sala também deve receber animais silvestres resgatados de todo o país e será modelo para a construção de mais centros cirúrgicos em outros estados brasileiros.

“Poder trabalhar na área que eu amo e com essa estrutura é a realização de um sonho. Em relação aos animais, a gente vai conseguir proporcionar o melhor tratamento possível para eles”, comemora Nathany Geraldino, médica veterinária da organização não governamental (ONG) Floresta Cheia.

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centro cirúrgico tem respiradores, mesa de cirurgia, monitores cardíacos e equipamentos de emergência — Foto: Reprodução/TV Anhanguer

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