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26 de julho de 2025
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Governo retirou o auxílio de 2 milhões de euros anuais destinado a ONGs que atuam no resgate de imigrantes que tentam entrar na Europa pelo mar Mediterrâneo

O Ministério das Finanças da Alemanha retirou na 4ª feira (25.jun.2025) o financiamento de 2 milhões de euros anuais para ONGs que auxiliam no transporte e resgate de refugiados que tentam atravessar o mar Mediterrâneo para chegar à Europa.

A medida se dá pelas críticas do governo do primeiro-ministro Friedrich Merz (União Democrata-Cristã, centro-direita) às regras de imigração das gestões anteriores. A atual liderança alemã também deseja diminuir tensões com autoridades da Itália, visto que a maioria dos refugiados auxiliados chegavam pelo território italiano.

A administração de centro-direita, da mesma forma que outros governos conservadores pela Europa, tenta atender às demandas de parte da população de seus países quanto ao sentimento anti-imigração.

Além do argumento de que refugiados estariam “roubando” o emprego dos europeus, cidadãos da UE (União Europeia) se sentem insatisfeitos com a incompatibilidade de culturas dos imigrantes, a maioria vindo de países africanos com tradições islâmicas.

A ideia de culturas opostas se desenvolveu a partir de casos de imigrantes radicais que atentaram contra cidadãos europeus, seja por uma ideologia ou outro fator. O Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, defendeu nesta 5ª feira (26.jun) a retirada do financiamento a ONGs. Disse que foi a “decisão certa a tomar”.

“A Alemanha continua comprometida com a humanidade e sempre estará. Mas não acredito que seja função do Ministério das Relações Exteriores usar fundos para esse tipo de resgate marítimo”, afirmou Wadephul a jornalistas no Canadá.

Partidos mais à esquerda, no entanto, argumentam a favor da ajuda humanitária e da união pacífica de culturas com investimento na educação e em políticas do governo que auxiliem e deem suporte aos refugiados que chegam em países europeus. Propõem, por exemplo, auxílio às famílias dos refugiados, e defendem que as implicações sociais e o choque com os europeus podendo ser resolvidos depois.

O diretor do SOS Humanity, Till Rummenhohl, afirmou que muito dinheiro está sendo gasto para isolar a Europa do mundo, “enquanto tão pouco dinheiro para salvar pessoas aparentemente ainda é demais”.

O Partido Verde alemão, por exemplo, foi o principal responsável pela aprovação no Parlamento do auxílio de 2 milhões de euros em 2023. A sigla criticou a decisão do governo de interromper o financiamento e disse que a medida pode “piorar a crise humanitária” no país.

“O resgate marítimo é uma obrigação humanitária e legal. Se a União e o SPD cortarem o financiamento para essas medidas que salvam vidas, isso levará a uma escalada da crise humanitária e do sofrimento humano”, afirmou a líder da coalizão do Partido Verde, Britta Hasselmann, em seu perfil no X (ex-Twitter).



Autor Poder360 ·


Em evento com 4.500 pessoas, dono do X pede mobilização de eleitores para Alternativa para a Alemanha; partido é investigado por extremismo

O bilionário Elon Musk, dono da Tesla e da SpaceX, participou por videoconferência de um comício do partido de direita AfD (Alternativa para a Alemanha), neste sábado (25.jan.2025), em Halle, Alemanha. O evento reuniu cerca de 4.500 apoiadores.

Durante sua participação, Musk afirmou: “É bom ter orgulho de ser alemão. Lutem por um futuro brilhante para a Alemanha”. Ele também classificou o AfD como “a melhor esperança para a Alemanha”.

O bilionário incentivou os eleitores a mobilizarem votos para a legenda. “Vá lá, fale com as pessoas… um voto de cada vez. Há uma necessidade de mudança, ela tem que acontecer. Esta eleição é tão importante… o futuro da civilização pode depender disso. Quando algo é tão relevante, você precisa fazer de tudo para convencer as pessoas a votarem no AfD”.

A eleição antecipada, marcada para 23 de fevereiro, foi convocada depois do atual chanceler, Olaf Scholz, perder um voto de confiança no Parlamento em dezembro. O pleito deveria ser realizado apenas em setembro, mas a crise política adiantou o calendário eleitoral.

Acusações de apologia ao nazismo

A participação de Musk no comício se dá durante críticas a um gesto feito por ele durante a posse de Donald Trump (Partido Republicano), que foi interpretado por muitos como uma saudação nazista. O episódio gerou protestos na Alemanha, incluindo a projeção de imagens do bilionário com a palavra “Heil” em uma fábrica da Tesla no país.

Na ocasião, Musk pôs a mão no coração e estendeu o braço direito com a palma da mão aberta para baixo e com os dedos juntos em direção ao público. O gesto, que ele afirma ter representado um coração jogado à plateia, foi interpretado como nazista por parte da imprensa, políticos e organizações não governamentais.

Assista ao momento do discurso em que Musk faz o gesto (35s):

Alinhamento com o AfD

Musk tem demonstrado apoio explícito ao AfD, que aparece com cerca de 20% das intenções de voto para fevereiro, mas enfrenta resistência de outros partidos devido às investigações por “extremismo” de direita conduzidas pela inteligência alemã.

Além de participar do comício, o bilionário promoveu um debate com Alice Weidel, principal candidata do AfD, na sua plataforma X.



Autor Poder360 ·


O país registra uma desaceleração de 0,1 p.p. ante 2023; contração no setor de construção contribuiu para o resultado

O PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanha caiu 0,2% em 2024. Foi o 2º ano consecutivo de desaceleração da economia alemã, a maior da Europa. O resultado é 0,1 ponto percentual menor em comparação com 2023, quando o índice recuou 0,3%.

Os dados foram divulgados nesta 4ª feira (15.jan.2025) pelo Destatis (Escritório Federal de Estatística Alemão). Eis a íntegra do relatório (PDF – 210 kB, em inglês). 

Segundo o documento, a contração da economia alemã foi causada por declínios significativos nos setores de construção (-3,8%), manufatura (-3%) e formação bruta de capital fixo (-2,8%).

“Embora o setor de serviços tenha registrado um crescimento positivo geral em 2024 (+0,8%), houve variações no desempenho de diferentes ramos. Por exemplo, o setor agregado de comércio, transporte, hospedagem e serviços de alimentação estagnou”, disse o Destatis.

O escritório afirmou ainda que “pressões cíclicas e estruturais impediram um melhor desenvolvimento econômico em 2024”.

O aumento da concorrência para a indústria de exportação alemã em mercados de vendas importantes, os custos elevados de energia, o nível alto de taxa de juros e uma perspectiva econômica incerta também causaram o resultado.

ELEIÇÃO NA ALEMANHA

O país europeu realizará um novo pleito em 23 de fevereiro para decidir seu novo chanceler –cargo equivalente ao de primeiro-ministro.

A eleição foi convocada antecipadamente depois que o atual chanceler alemão, Olaf Scholz (SPD, centro-esquerda), perdeu um voto de confiança do Parlamento em dezembro e o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier (SPD, centro-esquerda), dissolveu o Legislativo.

A instabilidade política na Alemanha, que resultou na antecipação do pleito, começou com o rompimento da coalizão que governava o país. Ela era liderada pelo SPD. A baixa popularidade das políticas econômicas, crises legislativas e outras divergências contribuíram para o fim do grupo.

Os 3 partidos que lideram a corrida oficializaram seus candidatos no sábado (11.jan). Além de Scholz, pelo SPD, concorrerão ao pleito:

  • Friedrich Merz, pelo CDU (União Democrata Alemã, direita), sigla da ex-chanceler Angela Merkel;
  • Alice Weidel, pelo AfD (Alternativa para a Alemanha, direita).



Autor Poder360 ·