Em evento com 4.500 pessoas, dono do X pede mobilização de eleitores para Alternativa para a Alemanha; partido é investigado por extremismo
O bilionário Elon Musk, dono da Tesla e da SpaceX, participou por videoconferência de um comício do partido de direita AfD (Alternativa para a Alemanha), neste sábado (25.jan.2025), em Halle, Alemanha. O evento reuniu cerca de 4.500 apoiadores.
Durante sua participação, Musk afirmou: “É bom ter orgulho de ser alemão. Lutem por um futuro brilhante para a Alemanha”. Ele também classificou o AfD como “a melhor esperança para a Alemanha”.
O bilionário incentivou os eleitores a mobilizarem votos para a legenda. “Vá lá, fale com as pessoas… um voto de cada vez. Há uma necessidade de mudança, ela tem que acontecer. Esta eleição é tão importante… o futuro da civilização pode depender disso. Quando algo é tão relevante, você precisa fazer de tudo para convencer as pessoas a votarem no AfD”.
A eleição antecipada, marcada para 23 de fevereiro, foi convocada depois do atual chanceler, Olaf Scholz, perder um voto de confiança no Parlamento em dezembro. O pleito deveria ser realizado apenas em setembro, mas a crise política adiantou o calendário eleitoral.
Acusações de apologia ao nazismo
A participação de Musk no comício se dá durante críticas a um gesto feito por ele durante a posse de Donald Trump (Partido Republicano), que foi interpretado por muitos como uma saudação nazista. O episódio gerou protestos na Alemanha, incluindo a projeção de imagens do bilionário com a palavra “Heil” em uma fábrica da Tesla no país.
Na ocasião, Musk pôs a mão no coração e estendeu o braço direito com a palma da mão aberta para baixo e com os dedos juntos em direção ao público. O gesto, que ele afirma ter representado um coração jogado à plateia, foi interpretado como nazista por parte da imprensa, políticos e organizações não governamentais.
Assista ao momento do discurso em que Musk faz o gesto (35s):
Alinhamento com o AfD
Musk tem demonstrado apoio explícito ao AfD, que aparece com cerca de 20% das intenções de voto para fevereiro, mas enfrenta resistência de outros partidos devido às investigações por “extremismo” de direita conduzidas pela inteligência alemã.
Além de participar do comício, o bilionário promoveu um debate com Alice Weidel, principal candidata do AfD, na sua plataforma X.
O país registra uma desaceleração de 0,1 p.p. ante 2023; contração no setor de construção contribuiu para o resultado
O PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanha caiu 0,2% em 2024. Foi o 2º ano consecutivo de desaceleração da economia alemã, a maior da Europa. O resultado é 0,1 ponto percentual menor em comparação com 2023, quando o índice recuou 0,3%.
Os dados foram divulgados nesta 4ª feira (15.jan.2025) pelo Destatis (Escritório Federal de Estatística Alemão). Eis a íntegra do relatório (PDF – 210 kB, em inglês).
Segundo o documento, a contração da economia alemã foi causada por declínios significativos nos setores de construção (-3,8%), manufatura (-3%) e formação bruta de capital fixo (-2,8%).
“Embora o setor de serviços tenha registrado um crescimento positivo geral em 2024 (+0,8%), houve variações no desempenho de diferentes ramos. Por exemplo, o setor agregado de comércio, transporte, hospedagem e serviços de alimentação estagnou”, disse o Destatis.
O escritório afirmou ainda que “pressões cíclicas e estruturais impediram um melhor desenvolvimento econômico em 2024”.
O aumento da concorrência para a indústria de exportação alemã em mercados de vendas importantes, os custos elevados de energia, o nível alto de taxa de juros e uma perspectiva econômica incerta também causaram o resultado.
ELEIÇÃO NA ALEMANHA
O país europeu realizará um novo pleito em 23 de fevereiro para decidir seu novo chanceler –cargo equivalente ao de primeiro-ministro.
A eleição foi convocada antecipadamente depois que o atual chanceler alemão, Olaf Scholz (SPD, centro-esquerda), perdeu um voto de confiança do Parlamento em dezembro e o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier (SPD, centro-esquerda), dissolveu o Legislativo.
A instabilidade política na Alemanha, que resultou na antecipação do pleito, começou com o rompimento da coalizão que governava o país. Ela era liderada pelo SPD. A baixa popularidade das políticas econômicas, crises legislativas e outras divergências contribuíram para o fim do grupo.
Os 3 partidos que lideram a corrida oficializaram seus candidatos no sábado (11.jan). Além de Scholz, pelo SPD, concorrerão ao pleito:
- Friedrich Merz, pelo CDU (União Democrata Alemã, direita), sigla da ex-chanceler Angela Merkel;
- Alice Weidel, pelo AfD (Alternativa para a Alemanha, direita).
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