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22 de março de 2025
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  • 15:11 Prefeito de Anápolis rompe contrato de gestão da UPA Alair Mafra


O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), decretou intervenção na UPA Alair Mafra, na Vila Esperança, e rompeu unilateralmente o contrato com a Organização Social Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), que gerenciava a unidade. A decisão foi tomada após um apagão no atendimento causado pela ausência de médicos, que não foi comunicada à Prefeitura conforme dois vídeos publicados por Márcio em seu Instagram. De acordo com o gestor, o Ministério Público de Goiás (MPGO) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) respaldam a medida.

Segundo informações da Prefeitura de Anápolis, a nova gestora da unidade será o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, que assumiu imediatamente, garantindo a continuidade dos atendimentos sem prejuízo à população. Segundo Corrêa, a mudança busca corrigir falhas graves na administração da UPA, que atende cerca de 12 mil pacientes por mês. O prefeito também afirmou que medidas emergenciais já estão sendo tomadas para melhorar a infraestrutura da unidade.

Corrêa justificou a intervenção devido à falta de mobilização da antiga OS para suprir a ausência dos médicos, que se ausentaram para realizar um concurso público. Ele afirmou que sua equipe foi informada do problema por pacientes e servidores, sem qualquer aviso prévio da INDSH. Diante da situação, a Prefeitura realizou reuniões com o MPGO e a SES para garantir respaldo jurídico à decisão de romper o contrato, que ainda teria vigência de 45 dias.

Além da troca na gestão, a Prefeitura iniciou um processo de reestruturação da unidade, incluindo remanejamento de leitos e reorganização de espaços para garantir melhores condições aos pacientes e acompanhantes. Corrêa afirmou que, nas próximas semanas, todos os pacientes serão transferidos para outras unidades de saúde, se necessário, até mesmo para a rede estadual. Ele também anunciou que a UPA passará por uma reforma completa.

Prefeito explica que INDS é investigado pelo Ministério Público de Goiás

A administração municipal garantiu que cerca de 20 funcionários da área de gestão serão mantidos e que um inventário de medicamentos e insumos está sendo realizado. A OS INDSH, que perdeu a gestão da unidade, já é investigada pelo Ministério Público do Trabalho e pelo MPGO. O prefeito criticou prestadores de serviço que, segundo ele, não demonstram compromisso com Anápolis e defendeu a necessidade de garantir atendimento digno à população.

A reportagem do Portal NG enviou e-mail solicitando uma nota para saber o posicionamento da OS INDSH em relação aos fatos e não obteve retorno até a publicação desta matéria. Entramos em contato também com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Anápolis para saber quais são os valores contratuais mensais que a administração pública tem com as duas organizações sociais envolvidas no caso e também não obtivemos retorno. O espaço para as manifestações segue aberto e assim que obtivemos retorno atualizaremos esse texto ou publicaremos uma nova matéria sobre o caso.



Autor Felipe Fulquim