Advogados, empresários e gerente de banco suspeitos de fraude de R$ 40 milhões em financiamentos do agro ostentavam vida de luxo | Goiás
Lidiane 17 de julho de 2024
‘”No ano de 2023 foram adquiridos mais de 40 veículos em nome de integrantes desse grupo. Veículos de luxo, caminhonetes, importados, moto aquática e joias com dinheiro produto do financiamento que deveria ser aplicado em atividade rural. Um dos investigados estava ostentando viagem pela Europa”, detalhou o delegado.
O caso passou a ser investigado depois que um cartório recusou o registro de uma cédula de crédito rural por indício de falsificação e comunicou a Caixa Econômica Federal. O delegado explicou que, na ocasião, a instituição financeira apurou internamente a situação, encontrando os indícios de fraude e entregou a documentação para a Polícia Federal.
Segundo a PF, duas pessoas foram presas na terça-feira (16): um empresário e um ‘despachante’, que não tiveram os nomes divulgados, da organização criminosa. O g1 não conseguiu localizar a defesa dos presos e investigados para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Em nota, a Caixa informou que atua com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na identificação e investigação de casos suspeitos e na prevenção e combate a fraudes e golpes. Além disso, a instituição detalhou que informações sobre crimes são repassadas exclusivamente às autoridades policiais (leia nota completa no fim da reportagem).
Como ocorriam as fraudes?
Segundo a PF, o prejuízo milionário da instituição aconteceu no período de 2022 e 2023. De acordo com o delegado, a organização criminosa era dividida em três núcleos:
- Núcleo de gestão: empresários e advogados;
- Núcleo operacional: pessoas que contrataram com a Caixa com interesse da administração, operadores financeiros dos valores e funcionarios públicos;
- Alguns laranjas.
Segundo o delegado, até então não foi constatada a participação de pessoas vinculadas aos cartórios nas fraudes.
De acordo com a investigação, a gerente do banco envolvida com a organização criminosa facilitava o comentimento das fraudes que ocorriam com a falsificação de documentos relativos a imóveis rurais. O delegado ainda explicou que também foi constatada a participação de um profissional credenciado à Caixa, que avaliava esses imóveis rurais.
“[Ele] avaliou imóveis que sequer existem de fato ou superavaliou imóveis em até 700%. Davam aparência lícita àquela documentação que permitia a liberação dos valores dos financiamentos dentro dessa agência da Caixa com a participação de pessoas vinculadas à Caixa”, detalhou o delegado.
As falsificações realizadas eram de todos os tipos: desde as mais grosseiras, como alterações de selo de reconhecimento de assinatura, até as mais sofisticadas, que envolvem certidões de matrículas de cartório do registro desses imóveis.
A operação “Paper Land”, como foi chamada, cumpriu 18 mandados em 13 endereços nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Acreúna e Rio Verde. A investigação indicou que o grupo cometia os crimes por meio de documentos falsos e corrupção de profissionais credenciados à Caixa Econômica Federal.
Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de contas bancárias usadas pelos investigados e o sequestro de pelo menos 48 imóveis e 44 veículos de propriedade do grupo criminoso, além da constrição de criptoativos.
O grupo é suspeito de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção. A soma das penas dos crimes pode ultrapassar 42 anos de prisão, em caso de condenação.
Bruna Daiane, carinhosamente conhecida como “A Chapéu Rosa”, é uma figura marcante e inspiradora no cenário do agro brasileiro. Natural de Rubiataba, Goiás, Bruna mudou-se para Goiânia aos cinco anos de idade e desde então tem construído uma trajetória de determinação e sucesso.
Aos 36 anos, A Chapéu Rosa é mãe de dois adolescentes, uma menina de 16 e um menino de 12, e casada há 17 anos. Sua história de vida é marcada por desafios e superações. Em um momento crucial de sua vida, ela perdeu tudo e teve que recomeçar do zero. Este processo de renascimento moldou sua fé e determinação, fazendo dela um exemplo de força e coragem para muitos.
Conhecida por andar pelas ruas com seu imponente chapéu rosa, que se tornou sua marca registrada. já participou de diversos programas de TV, rádios, podcasts e realities e um de seus momentos de maior destaque foi representar Goiás como Imperatriz do Agro no concurso de Rainha de Rodeio em Minas Gerais.
Além de sua visibilidade na mídia, A Chapéu Rosa é uma fervorosa defensora das mulheres do agro. Seu trabalho foi reconhecido pela Câmara dos Vereadores de Goiânia, onde recebeu uma lei em seu nome. Ela também dá palestras motivacionais e participa de DVDs, compartilhando sua história e inspirando outras mulheres a lutar por seus sonhos.
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Atualmente é uma comunicadora influente no setor agropecuário, utilizando suas plataformas para mostrar o dia a dia no campo e seu trabalho apaixonado. Entre suas diversas atividades, ela encontra tempo para cuidar de sua mascote, uma patinha chamada Margarida, e demonstra seu amor por crianças e animais.
A Chapéu Rosa continua a lutar por um futuro melhor para sua família e para todos aqueles que se inspiram em sua trajetória.
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Sindicato Rural de Catalão continua arrecadando donativos para os gaúchos
Os brasileiros se uniram numa enorme corrente do bem para ajudar o Rio Grande do Sul, estado que sofre com as consequências dos fortes temporais e das enchentes que desabrigaram centenas de famílias e deixaram quase 200 pessoas mortas.
Diante da gravidade da situação, o agro goiano também se solidarizou e a Federação da Agricultura (Faeg) lançou, no último dia 7, a campanha intitulada “Agro de Goiás abraça o Rio Grande do Sul”. Desde então, já foram enviadas aos gaúchos 20 carretas contendo mais de 400 toneladas de doações.
O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, contou que já sofreu em decorrência de catástrofes climáticas quando criança. E isso o motiva à prática de doações, sobretudo presidindo uma instituição do porte da Faeg.
As ações de incentivo às doações também estão fortes em Catalão, no sudeste goiano, onde o sindicato rural abraçou a campanha, arrecadando donativos até a primeira quinzena do próximo mês. “O Rio Grande do Sul precisa do nosso abraço, da nossa fraternidade. E o agro de Catalão se juntou à Faeg, empreendendo uma grande força-tarefa de arrecadação de donativos que serão enviados aos gaúchos”, afirmou Renato Ribeiro, presidente do Sindicato Rural de Catalão.
Quem puder doar, basta entregar a doação na sede do sindicato ou fazer uma transferência via pix: CNPJ: 92.742.220/0001-09 (FARSUL).
Podem ser doados alimentos não perecíveis, higiene pessoal (sabonete, pasta dental, shampoo), fraldas, agasalhos, roupas de cama, toalhas, cobertores e material de limpeza.
Piratas do Agro: Operação deflagrada em Goiás realiza a maior apreensão de agrotóxicos falsificados, em Caldas Novas
Lidiane 5 de abril de 2024
Fato aconteceu na tarde desta quinta-feira, 4
A Polícia Militar de Goiás (PMGO), por meio do 26º Batalhão de Polícia Militar (26ºBPM) de Caldas Novas, em ação integrada com a Polícia Civil (PCGO), Polícia Técnico-Científica (PTC), Agrodefesa e Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA, deflagrou em Caldas Novas, região sul de Goiás, a Operação “Piratas do Agro”, que resultou na maior apreensão de agrotóxicos falsificados da história de Goiás. Fato aconteceu na tarde desta quinta-feira, 4.
Foram apreendidos cerca 37 (trinta e sete) toneladas de defensivos, entre herbicidas, pesticidas e inseticidas, além de produtos veterinários vencidos. No local foram localizadas, também, milhares de embalagens novas e reutilizadas, além de rótulos e lacres falsificados.
Durante a operação, os órgãos policiais e de fiscalização, identificaram três endereços e dezenas de máquinas que eram utilizadas para embalar, armazenar e manipular os defensivos agrícolas falsificados/adulterados.
Um homem foi preso e conduzido para central de flagrante, devendo responder por crimes contra saúde pública, crimes relacionados à falsificação de agrotóxicos com a estocagem e destinação indevida de resíduos e embalagens, desrespeitando as leis sanitárias e ambientais, além das sanções administrativas aplicadas pela Agrodefesa e Ministério da Agricultura.
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