Inflação medida pelo INPC sobe 0,52% em setembro e acumula alta de 5,1% em 12 meses
Lidiane 9 de outubro de 2025
A inflação para famílias de menor renda voltou a subir em setembro. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) avançou 0,52% no mês. No acumulado de 2024, a alta chega a 3,62%, e em 12 meses, a 5,1%.
O INPC é o indicador que mede o impacto da inflação sobre famílias com renda de um a cinco salários mínimos, servindo como referência para o reajuste do salário mínimo, benefícios previdenciários e acordos salariais de diversas categorias.
“O INPC tem o papel de preservar o poder de compra dos trabalhadores, refletindo as variações de preços dos bens e serviços essenciais ao consumo das famílias com menor renda”, explica o IBGE.
Habitação pressiona índice com alta da conta de luz
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três apresentaram queda nos preços, mas o grupo Habitação registrou um avanço expressivo de 3,28%, o maior impacto no resultado geral.
O aumento foi influenciado principalmente pela alta de 10,57% na energia elétrica residencial, após o fim do Bônus Itaipu, desconto aplicado em agosto que havia beneficiado mais de 80 milhões de consumidores.
Além do término do bônus, pesou sobre o orçamento doméstico a bandeira tarifária vermelha – patamar 2, vigente em setembro, que adicionou R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) utiliza o sistema de bandeiras para compensar o custo mais alto da energia gerada por usinas termelétricas em períodos de seca e baixa nos reservatórios.
Para outubro, a Aneel reduziu a cobrança, determinando a bandeira vermelha patamar 1, que representa R$ 4,46 por 100 kWh.
Alimentos têm queda pelo quarto mês seguido
O grupo Alimentação e bebidas voltou a registrar deflação, com retração de 0,33%, mantendo a tendência de queda observada desde junho.
O recuo é resultado da boa oferta de alimentos in natura e da redução nos custos de transporte e combustíveis, que impactam diretamente a cadeia de abastecimento.
Outros grupos também apresentaram variação negativa:
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Artigos de residência: -0,45%
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Comunicação: -0,22%
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Vestuário: -0,60%
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Despesas pessoais: -0,33%
Já os segmentos de Educação (0,08%), Saúde e cuidados pessoais (0,03%) e Transportes (0,02%) registraram leve alta.
Diferença entre INPC e IPCA
O IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — a inflação oficial do país — que ficou em 0,48% em setembro e 5,17% em 12 meses.
A diferença entre os dois índices está no perfil das famílias pesquisadas e nos pesos atribuídos aos grupos de consumo.
Enquanto o INPC reflete o custo de vida das famílias com renda de até cinco salários mínimos, o IPCA considera lares com renda de até 40 salários mínimos.
No INPC, os alimentos têm peso maior — cerca de 25% do índice, contra 21% no IPCA —, já que famílias de menor renda gastam proporcionalmente mais com alimentação. Em contrapartida, itens como passagens aéreas e pacotes de viagem influenciam menos o resultado.
Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.518, e o resultado anual do INPC de novembro servirá como base para o reajuste de 2025 do piso nacional, do teto do INSS e de benefícios como o seguro-desemprego.
Apuração nacional e abrangência
O levantamento do INPC é feito em dez regiões metropolitanas — Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre — além das capitais Brasília, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Essas áreas representam o comportamento médio de preços nas principais regiões urbanas do país e formam a base para decisões econômicas, sindicais e orçamentárias.
Análise crítica (Folha de Goiás)
O avanço do INPC em setembro reforça o alerta de que a inflação de serviços e energia segue resistente, mesmo com a trégua nos preços dos alimentos.
Para as famílias de menor renda, o aumento na conta de luz tem efeito direto no poder de compra, reduzindo a margem para consumo e dificultando a recomposição salarial.
A expectativa do mercado é que o índice feche 2024 com alta próxima de 4,5%, dentro da meta de tolerância do Banco Central, mas ainda pressionado por custos de energia e transporte.
No curto prazo, o comportamento do INPC deve influenciar as negociações trabalhistas e a política de valorização do salário mínimo em 2025.
Por: Redação Folha de Goiás
🌐 www.folhadegoias.info
📸 Imagem/Reprodução: Marcello Casal Jr – Agência Brasil
Primeira mulher trans fisiculturista de Goiás acumula prêmios nos últimos anos
Lidiane 8 de julho de 2024
Janayna Matos de Sousa, de 35 anos, fez história em apenas quatro anos de competição como fisiculturista trans. Nascida no Maranhão, mas se mudou para Goiânia ainda como criança e então se filiou a Federação Goiana de Musculação, Fitness e Fisiculturismo de Goiás (Fegomff) para competir pelo estado e já acumula conquistas.
Janayna se tornou a primeira mulher trans fisiculturista premiada no estado de Goiás. A conquista inicial aconteceu em 2022 quando venceu no campeonato de Goiânia, recebendo o título de Top 1 Musa Trans Fitness. No último mês, a atleta ficou na terceira colocação na categoria Bikini Fitness, no campeonato estadual da Federação Goiana de Musculação, Fitness e Fisiculturismo de Goiás.
“Independente de classificação, a vitória foi dada a partir do momento que eu decidir passar por todo o deserto. Muita dedicação, abdicação, foco e controle psicológico! Levamos top 3, como feedback alguns pontos a melhorar e com certeza haverá uma nova versão MUSA TRANS, AGUARDEM”, disse Janayna em suas redes sociais, após o terceiro lugar.
A Fegomff confirmou que Janayna é a primeira mulher trans a competir pelo estado de Goiás. A atleta contou com o apoio para competir no Bikini Fitness e consequentemente conquistar o terceiro lugar no mês passado. Janayna agora pode se aventurar nas competições nacionais, após os torneios estaduais, no fim deste ano ou até mesmo em 2025.



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