As novas regras da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), publicadas no Diário Oficial da União no último dia 9 de dezembro, já começaram a impactar o processo de formação de condutores em todo o país. Em Goiás, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO) acelerou a implantação das mudanças e passou a adaptar seus fluxos internos para atender às novas diretrizes, que flexibilizam exigências, reduzem custos e modernizam procedimentos historicamente adotados no sistema de habilitação.
Entre as principais alterações estão o fim da obrigatoriedade de vínculo exclusivo com autoescolas, a permissão para atuação de instrutores autônomos, a redução significativa da carga mínima de aulas práticas, a revisão da prova teórica, a extinção do vencimento dos processos de habilitação e, no âmbito estadual, o encerramento da impressão obrigatória da CNH física. Apenas com essa última medida, o Detran-GO estima uma economia de aproximadamente R$ 2,5 milhões por mês.
Segundo o órgão, parte das mudanças já está em vigor. Uma delas é a suspensão da prescrição dos processos que venceriam a partir de 9 de dezembro. Esses procedimentos passam a ter prazo indeterminado, evitando que candidatos percam o processo por decurso de tempo. Para os processos abertos após a vigência da nova regra, o vencimento deixa de existir.
Outra alteração incorporada é a possibilidade de instrutores atuarem de forma autônoma, sem vínculo com Centros de Formação de Condutores (CFCs). O Detran-GO informou que está finalizando a atualização dos fluxos administrativos para reconhecer formalmente esses profissionais, ampliando a oferta de atendimento e permitindo modelos mais flexíveis de formação.
“As demais mudanças estão em fase final de implementação e devem ser concluídas antes do Natal”, informou o órgão. Entre elas está a redução da quantidade mínima de aulas práticas: candidatos às categorias A ou B passarão de 20 para apenas duas aulas obrigatórias. Já nos casos de mudança de categoria, a exigência cai de 20 para 10 aulas. Apesar da redução, a etapa prática permanece obrigatória.
Paralelamente, o Detran-GO ajusta seus procedimentos para receber diretamente os processos iniciais de primeira habilitação, inclusive aqueles abertos por meio da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). O credenciamento dos instrutores autônomos também está em fase de estruturação e deve ser concluído nos próximos dias.
O presidente do Detran-GO, Delegado Waldir, afirma que a modernização busca reduzir barreiras históricas ao acesso à habilitação: “O processo de habilitação não pode ser um obstáculo para o cidadão. Nosso compromisso é modernizar, simplificar e manter a segurança como prioridade absoluta”, afirmou.
Provas teórica e prática
A prova teórica também passará por mudanças. O banco de questões está sendo atualizado para se adequar às novas diretrizes e corrigir defasagens de conteúdo. Além disso, o critério de aprovação será ajustado: em vez de 21 acertos em 30 questões, o candidato precisará acertar 20 para ser aprovado.
Já a prova prática contará com alterações relevantes. O candidato poderá realizar o exame em veículo particular, sem a exigência de carro com duplo comando. Também deixa de ser cobrada a telemetria das aulas para obtenção das categorias A e B, reduzindo ainda mais os custos do processo.
Assim que o Manual Brasileiro de Exames Práticos de Direção Veicular for publicado pela Senatran, o Detran-GO iniciará um ciclo de capacitação dos examinadores para garantir a aplicação uniforme dos novos critérios em todo o estado.
Protagonismo de Goiás
De acordo com o Detran-GO, o conjunto de mudanças tem origem no projeto CNH Brasil, idealizado dentro do próprio órgão. A proposta foi apresentada à Associação Nacional dos Detrans (AND) e posteriormente ao Ministério dos Transportes e à Senatran, onde recebeu validação técnica e apoio do governo federal.
“O sistema antigo era caro, ultrapassado e excludente. Antes, apenas o filho do rico tinha a oportunidade de fazer a CNH. Agora, o filho do pobre também terá acesso à cidadania, ao trabalho e à renda”, afirmou Delegado Waldir.
O novo modelo, segundo o órgão, segue padrões adotados em países como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, onde a avaliação é centrada no desempenho do candidato, e não na quantidade de aulas obrigatórias.
Por Gil Campos: Goiânia, 16 de dezembro de 2024 – O Congresso Nacional inicia nesta segunda-feira (16) uma semana determinante, com votações de cortes de gastos, reforma tributária e orçamento, antes do início do recesso parlamentar. Entre as prioridades estão o pacote fiscal, que prevê economia de R$ 70 bilhões em dois anos, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) e o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
Além disso, a regulamentação da reforma tributária, aprovada pelo Senado, será analisada na Câmara dos Deputados, consolidando as regras do novo modelo tributário.
Esforço concentrado no Congresso
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), garantiu que é possível concluir todas as votações até sexta-feira (20). “Nós temos cinco dias úteis na semana que vem. O presidente [da Câmara] Arthur Lira está disposto a fazer sessões extras, o que torna viável a apreciação das propostas no prazo estabelecido”, afirmou.
Para priorizar as votações, Arthur Lira (PP-AL) determinou o cancelamento de reuniões das comissões entre os dias 12 e 20 de dezembro. As discussões e deliberações ocorrerão exclusivamente no Plenário.
Pautas prioritárias
Pacote fiscal
O pacote de cortes de gastos inclui mudanças no salário mínimo e no abono salarial, além de novas regras para emendas parlamentares. Entre os principais pontos estão:
- Redução no reajuste do salário mínimo: O novo modelo limita o aumento a 2,5% acima da inflação, gerando economia para o governo.
- Mudança na correção do abono salarial: O benefício passará a ser corrigido apenas pela inflação, desacelerando sua valorização em relação ao salário mínimo.
- Bloqueio de emendas parlamentares: O governo poderá limitar até 15% das emendas impositivas em caso de déficit fiscal.
Orçamento e LDO
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) finalizou os relatórios setoriais para 2025, permitindo a votação do texto final. O orçamento define as receitas e despesas para o próximo ano, enquanto a LDO estabelece as prioridades fiscais e orienta a elaboração do orçamento.
Reforma tributária
A Câmara analisará o Projeto de Lei Complementar 68/2024, que regulamenta o IVA Dual, unificando tributos como ICMS, ISS e PIS/Cofins. O texto também cria o imposto seletivo, voltado para produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. A transição para o novo sistema será gradual, iniciando em 2026.
Análise crítica
A semana promete ser um divisor de águas para a agenda econômica do governo. A aprovação do pacote fiscal é fundamental para manter a credibilidade perante o mercado, mas enfrenta resistência de parlamentares que questionam os cortes em benefícios sociais. Já a regulamentação da reforma tributária precisa equilibrar interesses estaduais e setoriais, para evitar distorções no novo sistema.
O esforço concentrado do Congresso será decisivo para encerrar 2024 com avanços concretos em pautas estruturantes. No entanto, a negociação política intensa mostra que a governabilidade do Executivo está sob teste.
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