Novo modelo permitirá débito automático de contas como água, luz e serviços por assinatura
O Pix Automático entra em operação nesta 2ª feira (16.jun.2025). A nova modalidade permitirá o débito automático de pagamentos recorrentes, como contas de água, luz, telefone, academias e serviços por assinatura.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou em 4 de junho que a ferramenta poderá beneficiar até 60 milhões de pessoas que não têm cartão de crédito.
Com uma autorização inicial, os débitos serão feitos automaticamente, sem a necessidade de nova confirmação a cada cobrança. O usuário poderá definir limite de valor, periodicidade (mensal, bimestral etc.) e data de vencimento.
Os agendamentos do Pix Automático poderão ser acompanhados na seção específica do Pix dentro dos aplicativos bancários.
A modalidade não terá custo para o pagador, mas as empresas recebedoras poderão ser tarifadas. A oferta do Pix Automático é feita por quem recebe o pagamento.
Se não houver saldo suficiente, o sistema fará até 5 tentativas de débito –duas no dia agendado e 3 nos dias seguintes. Eventuais multas e juros serão adicionados ao vencimento seguinte.
O Pix Automático dispensa o uso de chaves Pix. As transações também poderão ser feitas com os dados bancários tradicionais do recebedor –número da conta e da agência.
Como autorizar as cobranças recorrentes
O Pix Automático oferece diferentes formas para o pagador autorizar pagamentos recorrentes. Eis as opções:
- notificação pelo celular – o recebedor envia a proposta de pagamento. O pagador recebe uma notificação no aplicativo do banco e checa os dados da cobrança (valor, periodicidade, data de débito e identificação do recebedor). Em seguida, confirma a autorização.
- site do recebedor – ao escolher o Pix Automático no site, o usuário seleciona o banco, checa os dados e é redirecionado ao aplicativo para autorizar a cobrança;
- QR Code ou Pix Copia e Cola – a autorização também pode ser feita pela leitura de um QR Code ou de um código Pix Copia e Cola. Empresas que enviam faturas ou oferecem serviços com pagamento imediato poderão incluir a opção do Pix Automático no mesmo QR Code da cobrança;
- QR Code com pagamento imediato + recorrência – o QR Code inclui um pagamento único e a autorização de futuras cobranças automáticas. Ao pagar, o usuário habilita os débitos recorrentes.
Após autorizar, o usuário poderá:
- consultar ou cancelar autorizações e débitos agendados;
- ativar ou desativar notificações de agendamento;
- verificar o histórico de autorizações;
- gerenciar o limite exclusivo para o Pix Automático.
Segurança
O Banco Central afirma que o Pix Automático segue os mesmos padrões de segurança do Pix tradicional e continuará operando com alto nível de proteção.
A oferta da modalidade será restrita a empresas consideradas idôneas, com CNPJ ativo há pelo menos 6 meses.
Em caso de cobrança indevida, o ressarcimento deverá ser solicitado por meio do MED (Mecanismo Especial de Devolução). Quando o erro for do banco –como falhas na gestão da autorização–, a devolução será obrigatória.
Já em situações de fraude ou golpe, continuam valendo as regras atuais do MED: os 2 bancos envolvidos devem avaliar o caso, e o ressarcimento só ocorre se houver concordância entre as instituições e saldo disponível na conta do recebedor.
Diferença de outras modalidades
O Pix Automático tem funcionalidades próprias que o distinguem de outras formas de pagamento já disponíveis:
- Pix Agendado – permite o agendamento de um único pagamento para uma data futura;
- Pix Agendado Recorrente – possibilita o agendamento de transferências com valores fixos, repetidas regularmente;
- débito automático tradicional – só funciona em bancos que tenham convênio com a prestadora do serviço, o que limita o número de instituições e prestadores disponíveis.
O Pix Automático amplia o alcance dos pagamentos recorrentes, pois não depende de convênios específicos entre empresas e bancos, e oferece maior flexibilidade de configuração e controle para o usuário.
Nikkei 225, de Tóquio, interromperou as operações depois de cair mais de 8%; mercado ainda reage ao tarifaço de Trump
Ainda de ressaca pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), e a reação da China, o mercado asiático abriu em forte queda nesta 2ª feira (7.abr.2025).
O índice Nikkei 225, de Tóquio (Japão), precisou interromper as operações momentaneamente –também chamado de circuit breaker– depois de registrar queda de 8%. A seguir, leia os resultados das principais bolsas da Ásia e também da Oceania à 0h27 desta 2ª feira (7.abr):
- Nikkei 225 (Tóquio): -6,74%;
- Kospi (Seul): -4,76%;
- STI (Cingapura): -7,12%;
- Hang Seng (Hong Kong): -10,62%;
- CSI 300 (China): -9,10%;
- Shanghai (Shanghai): -6,34%;
- S&P/ASX 200 (Sydney): -3,78%.
O tarifaço de Trump entrou em vigor no sábado (5.abr.2025). O impacto da medida anunciada em 2 de abril também é sentido nos Estados Unidos. As empresas listadas no país perderam US$ 6,09 trilhões em valor de mercado em 2 dias.
“Essa é uma revolução econômica e nós vamos vencer. Aguentem firme, não será fácil, mas no final, o resultado será histórico, nós faremos a América grande de novo”, escreveu Trump em seu perfil na Truth Social no sábado (5.abr).
O norte-americano voltou a falar sobre as tarifas no domingo (6.abr), também em seu perfil na rede social. Declarou que os EUA têm deficit com China, União Europeia e outros países, e que a única forma de “curar” o problema é com o tarifaço, que classificou como sendo uma “coisa linda de ver”.
Termina nesta 2ª feira (13.jan.2025) o prazo dado pela AGU (Advocacia Geral da União) para que a meta explique a nova política de moderação de conteúdo. O órgão enviou, na 6ª feira (10.jan), uma notificação extrajudicial solicitando as informações em até 72h. Eis a íntegra (PDF – 486 kB).
A Meta decidiu acabar com o seu sistema de verificação de fatos e suspendeu as restrições a publicações nas suas redes sociais Facebook e Instagram. A decisão foi anunciada pelo criador da empresa, Mark Zuckerberg, em um vídeo postado em 7 de janeiro.
As redes sociais da Meta também exibirão mais conteúdo de política nos feeds dos usuários e passarão a moderar os conteúdos reportados como nocivos só quando indicado pelos usuários.
As mudanças já estão em vigor e devem se intensificar nas próximas semanas, segundo anúncio do diretor do Instagram, Adam Mosseri.
Ao dizer que enviaria a notificação extrajudicial à empresa, o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que a multinacional é uma “biruta de aeroporto” e que as novas diretrizes não estão claras desde o anúncio.
“A enorme preocupação do governo brasileiro com a política adotada pela empresa Meta, que parece com a biruta de aeroporto, o tempo todo muda de posição ao sabor dos ventos. Eu quero dizer para essa empresa que a sociedade brasileira não ficará à mercê desse tipo de política”, disse.
Segundo o ministro da AGU, ainda não está sobre a mesa do governo uma possível suspensão das plataformas no Brasil. Ele afirmou, entretanto, que, caso a resposta da Meta não seja satisfatória, poderá entrar na Justiça contra a empresa.
“Isso [suspensão] não está em discussão neste momento, o que nós estamos discutindo é qual a política de proteção às populações vulneráveis à garantia dos direitos fundamentais que essa empresa vai adotar. Essa é a questão fundamental, porque a empresa, quando mudou sua política, ela não foi transparente e ela não informou ao governo e à sociedade brasileira como ela deve se portar daqui para frente”, declarou.
Para Messias, a principal preocupação do governo é com crianças e adolescentes, populações vulneráveis e com pequenos comerciantes que utilizam as plataformas da Meta diariamente.
Leia mais:
2ª fase da operação Overclean prende vice-prefeito de cidade da Bahia
Lidiane 23 de dezembro de 2024
A Polícia Federal investiga desvio de R$ 1,4 bilhão de recursos públicos envolvendo 8 partidos e policiais
A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta 2ª feira (23.dez.2024) a 2ª fase da operação Overclean que investiga desvio de recursos públicos. Foram cumpridos 4 mandados de prisão preventiva. Dentre os presos, está o vice-prefeito de Lauro de Freitas (BA), Vidigal Cafezeiro (Republicanos). A ação foi em conjunto com o MPF (Ministério Público Federal).
A operação visa a desarticular uma organização criminosa suspeita de movimentar cerca de R$ 1,4 bilhão em contratos fraudulentos e obras superfaturadas. Nesta fase da operação, a Justiça determinou o sequestro de R$ 4,7 milhões e veículos de luxo obtidos por meio dos crimes investigados. Também foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Brasília (DF), Salvador (BA), Lauro de Freitas (BA) e Vitória da Conquista (BA).
Também foram presos o secretário de mobilidade Urbana de Vitória da Conquista, Lucas Moreira Martins Dias; ex-prefeito de Santa Cruz da Vitória Carlos André de Brito Coelho; e o policial federal Rogério Magno Almeida Medeiros –ex-superintendente de Jaques Wagner e de Rui Costa. A servidora da prefeitura de Vitória da Conquista Lara Betânia Lélis Oliveira foi afastada do cargo.
Segundo a PF, o grupo tinha uma “célula de apoio informacional composta por policiais”. Eles tinham o papel de repassar informações sigilosas para os criminosos.
O Poder360 noticiou que a operação Overclean investiga pessoas ligadas a 8 partidos políticos: MDB,PP, PSD, PSDB, PT, Republicanos, Solidariedade e União Brasil.
Os crimes investigados na operação Overclean incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.
Operação Overclean
De acordo com a investigação, os irmãos Alex e Fábio Parente lideraram uma “organização criminosa” que teria “cooptado” funcionários de prefeituras mediante pagamento de propina em dinheiro vivo para direcionar a execução de contratos públicos. Ambos foram presos, mas a Justiça concedeu habeas corpus para Alex em 19 de dezembro.
“A suposta organização criminosa utiliza mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro, mediante transferências bancárias para contas de empresas ‘laranjas’, empresas fictícias e empresas especializadas em movimentar dinheiro em espécie, com a finalidade de despistar as autoridades financeiras, dificultar o rastreamento dos valores e ‘legalizar’ o dinheiro de origem ilícita”, diz o Ministério Público Federal.
O “núcleo central da organização” contava ainda com outros 2 integrantes: o 1º é Lucas Lobão, ele foi coordenador do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) na Bahia –acabou demitido em setembro de 2021. O 2º é Marcos Moura, também chamado de o rei do lixo. Ele é um empresário que atua no setor de coleta urbana de lixo, dando origem ao epíteto. A empresa MM Limpeza Urbana atende atendendo vários municípios da Bahia, incluindo Salvador.
Leia mais sobre a Overclean:
Em outubro de 2024, Moura foi à festa da vitória de Sandro Mabel (União Brasil) na disputa pela Prefeitura de Goiânia (GO). O deputado federal Fernando Coelho Filho (União Brasil-PE) postou uma foto em seu perfil no Instagram em que Moura aparece.
Dos 17 alvos de mandados de prisão da 1º fase da operação, 1 segue foragido: Itallo Moreira de Almeida. Eis a lista extraída do processo da operação Overclean:
Leia abaixo quem foi alvo de busca e apreensão:
Apesar de não ser alvo da investigação, a chefe de gabinete do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) deve ser ouvida pela PF. As informações são da CNN Brasil.
Ana Paula Magalhães de Albuquerque Lima é citada em troca de mensagens de empresários presos na operação. Moura enviou o contato de “Ana Paula Davi”para Alex Parente.
De acordo com a investigação, o número do contato está em nome da filha de Ana Paula: “Possivelmente, quem faz o seu uso seja Ana Paula Magalhães Albuquerque Lima”.
“Tendo em vista que Ana Paula é servidora do Legislativo federal, talvez ela fosse alguém com acesso aos trâmites e capaz de orientá-los para conseguir vincular uma proposta parlamentar ao programa do Ministério do Desenvolvimento e Integração Regional, inicialmente sugerido por Marcos Moura”, diz relatório da corporação.
JATINHO COM R$ 1,5 MILHÃO
Em 3 de dezembro de 2024, uma semana antes da operação Overclean, a Polícia Federal monitorou Alex Parente e Lucas Lobão até um hangar em Salvador. Os 2 embarcaram com destino a Brasília a bordo de um jato Learjet, prefixo PP-ONE. Os agentes interceptaram a aeronave logo depois do pouso, na capital federal.
A PF apreendeu mais de R$ 1,5 milhão em espécie com Parente. Há um fato curioso e ainda não explicado sobre essa apreensão. Se Alex Parente e Lucas Lobão estavam trazendo o dinheiro para Brasília, certamente os recursos seriam entregues a alguém. Ao interceptar os 2 acusados já no aeroporto, a Polícia Federal perdeu a chance de descobrir para quem iria o dinheiro.
Advogados que atuam no caso suspeitam que o dinheiro poderia ser entregue para algum político com prerrogativa de foro –por exemplo, algum congressista. Nesse caso, toda a investigação ou parte dela teria de ser desviada para o Supremo Tribunal Federal. A PF pode ter preferido não deixar o caso seguir esse rumo.
De acordo com relatório da corporação, Alex Parente e Lucas Lobão apresentaram contradições sobre a origem do dinheiro.
Parente afirmou que o “montante provinha de vendas de equipamentos e que vinha juntando há mais de 1 ano”. Disse que Lobão estava ciente do transporte. No entanto, Lobão declarou que não havia sido informado.
Em depoimento à PF, o piloto do jatinho afirmou que o voo tinha sido organizado às pressas depois de uma ligação de Marcos Moura. O empresário do setor de lixo teria atuado como um intermediário “entre os passageiros e os proprietários da aeronave”. O avião está registrado em nome da Atlantico Transportes LTDA.
“Moura desempenhou papel crucial no planejamento da remessa dos valores, articulando a logística do transporte e instruindo os envolvidos, reforçando sua posição de liderança na organização criminosa”, afirmou a PF.
A PF também apreendeu com Parente uma planilha com os nomes de cidades e Estados, valores e os “responsáveis”. Há 5 menções a um “MM”. Para os agentes, é a abreviação de Marcos Moura. Somados, os valores sob a responsabilidade de “MM” chegam a R$ 200,2 milhões.
Os agentes citam Moura como o chefe da operação: “Nesse contexto, as evidências indicam que os valores transportados tinham origem ilícita e estavam destinados ao pagamento de propinas em Brasília/DF, com Marcos Moura atuando como mentor do esquema”.




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