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3 de julho de 2025
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  • 09:30 PCGO cumpre 50 mandados e bloqueia R$ 127 milhões de suspeitos de fraude
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Em megaoperação deflagrada nesta terça-feira (1º/7), a Polícia Civil de Goiás cumpriu 50 ordens judiciais e bloqueou R$ 127 milhões de bens e ativos financeiros de suspeitos de fraudar Guias de Trânsito Animal (GTAs) e notas fiscais na movimentação de bovinos. A ação, coordenada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR) e intitulada Paper Ox, alcançou oito municípios goianos e também cidades do Tocantins, Mato Grosso, São Paulo e Distrito Federal.

Foram 26 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 20 medidas cautelares diversas da prisão, além do sequestro de R$ 80,1 milhões em contas bancárias e aplicações, R$ 38,1 milhões em propriedades rurais e imóveis urbanos, R$ 8,8 milhões em veículos de alto valor e R$ 15 mil em espécie. Entre os bens bloqueados, “estão três fazendas, um imóvel urbano e veículos”, declarou o delegado Arthur Fleury.

A investigação revelou que a organização criminosa utilizava “um sistema para a emissão de GTAs ideologicamente falsas, simulando movimentações fictícias de rebanhos e mascarando a origem de gado clandestino”, colocando em risco a sanidade animal, provocando evasão fiscal e concorrência desleal no mercado agropecuário. Também foram detectados indícios de lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial, com uso de laranjas e empresas de fachada.

Em nota, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) esclarece que o caso começou após o setor de inteligência constatar “inconsistências no uso do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago)”. A análise técnica apontou que criminosos obtiveram “acesso indevido às credenciais de produtores rurais, utilizando-as para emitir GTAs fraudulentas” e ocultar operações de sonegação fiscal e empréstimos bancários.

O órgão ressalta que “não houve quebra na segurança do Sidago, mas falha no uso das credenciais por parte de alguns usuários”.

“A operação visa desarticular e dar um fim ao grupo criminoso que gera prejuízo ao nosso estado”, afirma Fleury, destacando que a ação reuniu apoio técnico da Agrodefesa e colaboração das Polícias Civis dos estados envolvidos.

Os investigados respondem por falsidade ideológica, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.

Autor Manoel Messias Rodrigues

Lidiane

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