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5 de fevereiro de 2025
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Gabriel Peixoto, bacharel em Geografia pela UFG e Instrutor de Drones do Senar-GO, explicou que as tempestades solares, também conhecidas como tempestades geomagnéticas, são fenômenos naturais que ocorrem em ciclos de aproximadamente 11 anos

(Foto: Reprodução)

No último final de semana, uma série de tempestades solares surpreendeu os observadores e deixou muitos se perguntando sobre os possíveis impactos desses eventos naturais. Para entender melhor o que ocorreu e suas implicações, conversamos com o renomado geógrafo e instrutor de drones, Gabriel Peixoto, que trouxe esclarecimentos valiosos sobre o assunto.

Gabriel Peixoto, bacharel em Geografia pela UFG e Instrutor de Drones do Senar-GO, explicou que as tempestades solares, também conhecidas como tempestades geomagnéticas, são fenômenos naturais que ocorrem em ciclos de aproximadamente 11 anos. “Essas tempestades são a liberação de energia magnética pelo sol, que, ao atingir a superfície terrestre, é convertida em energia térmica e percorre o espaço até alcançar a Terra, impactando sua esfera magnética e causando flutuações na ionosfera”, esclarece Peixoto.

Embora as tempestades solares sejam eventos comuns e, na maioria das vezes, não causem grandes danos, em picos de intensidade podem gerar efeitos perceptíveis, como os registrados no último final de semana. “Nesses momentos, satélites podem ser afetados, com alterações em sua orientação e até mesmo desativação de componentes eletrônicos. Além disso, a transmissão de rádio pode ser bloqueada ou interferida, atrapalhando comunicações atmosféricas ou refletidas na ionosfera. A rede elétrica também não está imune, podendo sofrer perturbações que ativam sistemas de proteção e desarmam redes por engano”, destaca o especialista.

Peixoto ressalta que fenômenos naturais como as auroras boreais e austrais são belos exemplos visíveis dessas tempestades, mas também há implicações práticas a considerar. “Para operações como voos de drones, é essencial medir a segurança através do índice KP. Condições normais recomendam um índice de até 3,0, porém, no último sábado, observamos números superiores a 8,0 no estado de Goiás. Nessas circunstâncias, desaconselha-se fortemente o uso de drones, pois seus sistemas de navegação e comunicação podem ser prejudicados, especialmente em atividades que envolvem voos mais longos, mapeamento e aplicação. A perda na qualidade do trabalho não é o único risco; a segurança operacional do equipamento também fica comprometida”, explica.

Índice KP em Goiânia sábado segundo o App Uav Forecast

A preocupação não se limita apenas aos drones. Aparelhos de navegação como GNSS de topografia e GPS agrícola também podem sofrer com a perda de qualidade do trabalho, alerta o especialista.

Diante desses eventos, fica evidente a importância de compreendermos e estarmos preparados para lidar com as variações do clima espacial. A colaboração entre especialistas e a disseminação de informações são essenciais para mitigar os impactos dessas tempestades solares e garantir a segurança e eficácia das operações afetadas.

Gabriel Peixoto, bacharel em Geografia pela UFG e Instrutor de Drones do Senar-GO



Autor

Lidiane

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