7 de setembro de 2025
  • 06:06 Cristóvão Tormin aposta na oficialização de festa junina de Aparecida de Goiânia
  • 02:22 Saúde confirma circulação do vírus da febre amarela em Abadia de Goiás
  • 22:38 Trump faz meme com frase de filme sobre uso de napalm no Vietnã
  • 18:54 Catalão recebe as atividades do Programa Deputados Aqui
  • 15:11 Definidos presidente, vice-presidente e relator da CEI da Limpa Gyn


O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, foi alvo de operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (30/5). Durante a 9ª fase da Operação Sisamnes, agentes realizaram buscas e apreensões em endereços ligados ao prefeito, incluindo a prefeitura da capital do Tocantins.

A investigação apura a venda de decisões em tribunais estaduais e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), além do vazamento de informações sigilosas de investigações. Eduardo teve o passaporte apreendido e está proibido de deixar o país.

Todas as medidas foram autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito sobre o caso.

Em nota, a PF informou que “os alvos das operações teriam tido acesso antecipado a detalhes de operações policiais, comprometendo a eficácia das medidas judiciais que seriam implementadas”.

De acordo com as investigações, teriam sido prejudicadas apurações contra juízes e advogados do Tocantins. A PF pediu a prisão de Campos, por obstrução de Justiça, medida que não foi autorizada por Zanin.

Zanin, no entanto, autorizou diligências pedidas pela PF para apurar o suposto tratamento privilegiado ao advogado Thiago Marcos Barbosa, preso em fase anterior da Sisamnes. Ele é sobrinho do governador Wanderlei Barbosa, que na ocasião negou qualquer envolvimento e disse não ser investigado.

O advogado teria sido um dos beneficiados pelo vazamento de informações do STJ, após ter sido alertado por Campos, segundo interceptações telefônicas feitas com autorização judicial.

Não tenho nenhuma informação privilegiada’

A PF pediu a prisão preventiva de Campos, medida que obteve o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas não foi autorizada por Zanin. Nesta sexta-feira, em entrevista transmitida por emissoras locais de Palmas, o prefeito Eduardo Siqueira Campos disse ser “fonte de muita gente” e que teve as informações sobre processos no STJ por meio de advogado regularmente constituído.

“Eu só sei o que dizem por aí. Eu não tenho nenhuma informação privilegiada. Estou aqui para responder em relação a suposto vazamento de informação perante o STJ. Eu não tenho fonte no STJ, não é meu papel”, afirmou o prefeito.

A Operação Sisamnes teve como origem a investigação do assassinato de um advogado no Mato Grosso. Ao analisar o celular da vítima, os policiais encontraram informações indicando a venda de sentenças em diferentes tribunais, abrindo diversas frentes de investigação, incluindo no STJ.

Em ocasião anterior, durante fase que teve como alvo servidores do tribunal, o STJ divulgou nota na qual negou que ministros da Corte tivessem conhecimento de qualquer eventual irregularidade cometida por integrantes de seus gabinetes. (Com informações da Agência Brasil)



Autor Manoel Messias Rodrigues


Polícia Federal cumpriu 3 mandados de busca e apreensão e apreendeu 2 passaportes

A PF (Polícia Federal) deflagrou, nesta 6ª feira (30.mai.2025), mais uma fase da operação Sisamnes, no Tocantins, com o objetivo de investigar suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de sentenças e de vazamento de informações. A 9ª fase da operação tem como objetivo aprofundar as apurações sobre a comercialização de informações sigilosas de investigações da PF.

Segundo o g1, 1 desses alvos é o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), que teve o passaporte recolhido. Detalhes sobre a sua participação no esquema não foram divulgados.

De acordo com as investigações, os alvos da operação “teriam tido acesso antecipado a detalhes de operações policiais, comprometendo a eficácia das medidas judiciais que seriam implementadas”.

Por determinação do ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra 3 suspeitos em Palmas (TO). Em 2 casos, a polícia determinou a proibição do contato entre os investigados e recolheu seus passaportes, impedindo-os de deixar o país. A decisão que autorizou as buscas está sob sigilo.

Outro seria o advogado Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos-TO). Ele foi preso em uma fase anterior da mesma operação, em março. A PF investiga se ele estava recebendo tratamento privilegiado no presídio.

O Poder360 pediu posicionamento da Prefeitura de Palmas para se manifestar sobre a operação contra Siqueira Campos, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

Na 5ª feira (29.mai), Zanin autorizou o afastamento de um juiz de 1ª Instância de Mato Grosso por suspeita de venda de decisões judiciais. O STF tomou como base a 8ª fase da Ooeração Sisamnes, deflagrada no mesmo dia, no Mato Grosso.

O magistrado Ivan Lúcio Amarante, da comarca de Vila Rica, é investigado por possível esquema de lavagem de dinheiro. Também foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão no Estado.

ENTENDA: OPERAÇÃO SISAMNES

Em novembro de 2024, a PF deflagrou a operação Sisamnes e realizou 24 mandados de busca e apreensão e 1 de prisão preventiva contra magistrados, advogados, empresários e servidores de tribunais de Justiça.

Como noticiou o Poder360, foram cumpridos mandados contra 3 servidores do STJ (Superior Tribunal de Justiça) na 1ª fase da operação.

A apuração teve início a partir de mensagens encontradas no celular do advogado Roberto Zampieri, morto em 2023, em Mato Grosso. Com a análise, a Corregedoria Nacional de Justiça instaurou uma reclamação disciplinar contra 2 desembargadores do TJ-MT (Tribunal de Justiça do Mato Grosso).

O inquérito policial foi instaurado após indícios de que os desembargadores recebiam vantagens financeiras indevidas para julgar casos, de acordo com os interesses do advogado morto.

É investigada pela PF a existência de uma rede de intermediação que envolvia empresários e servidores do Poder Judiciário.

Segundo o ministro Zanin, a análise do aparelho celular do advogado evidenciou “amplo arcabouço” de diálogos e conversações entre os envolvidos que expõem “espúrias negociações”. A decisão ressalta que não há indícios de envolvimento de ministros do STJ.


Leia mais:



Autor Poder360 ·