Segundo a Paraná Pesquisas, a gestão petista é desaprovada por 41,6% dos eleitores pernambucanos; a margem de erro é de 2,6 p.p.
Levantamento da Paraná Pesquisas mostra que 54,9% dos eleitores curitibanos dizem aprovar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os que dizem desaprovar a gestão são 41,6%, e os que não souberam opinar são 3,5%. A pesquisa foi divulgada nesta 5ª feira (14.ago.2025).
Na pergunta sobre a avaliação do governo, com mais opções de resposta, a maior parte dos eleitores (27,8%) diz avaliar a administração petista como “péssima” e 6,2% dizem considerar “ruim”. Os que avaliam a gestão como “boa” ou “ótima” são, respectivamente, 24,4% e 14,4%. Outros 26,2% entendem a gestão como “regular”. Por fim, 1,0% dos entrevistados preferiu não opinar.
A Paraná Pesquisas entrevistou 1.020 eleitores do município de Curitiba, de 1º a 5 de agosto de 2025. A margem de erro da pesquisa é de 2,6 pontos percentuais, com 95,0% de grau de confiança.
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CNI, Fiesp e FecomercioSP veem pacote como positivo; Fiemg diz que medidas são “paliativas” e não enfrentam problema estrutural
A CNI (Confederação Nacional da Indústria), a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado) elogiaram nesta 4ª feira (13.ago.2025) a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de lançar um pacote de ajuda a empresas atingidas pelo tarifaço dos Estados Unidos.
A Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) classificou a medida como “paliativa”.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, disse que o pacote do governo brasileiro contempla “muitas das demandas feitas pelas indústrias, federações e associações setoriais” e priorizam a negociação.
Para ele, o plano representa abertura de mercado e é resultado de um esforço para manter o diálogo e buscar soluções. “Temos que exacerbar o máximo possível novos acordos bilaterais e do Mercosul, principalmente com a União Europeia”, afirmou.
Alban destacou pontos como linha de crédito especial, prorrogação de prazos de exportação e reativação do Reintegra.
A Fiesp declarou apoio ao plano, destacando que as medidas são importantes para preservar empregos, diversificar mercados e assegurar condições justas de comércio internacional.
A entidade afirmou ainda que há continuidade do diálogo com empresas norte-americanas para minimizar efeitos das tarifas em ambos os países e fortalecer relações comerciais históricas.
A FecomercioSP afirmou que as medidas eram necessárias “diante da gravidade da situação” e terão efeitos significativos para setores mais atingidos, sobretudo produtos industrializados.
No entanto, disse que é preciso evitar “aumentar ainda mais a tensão diplomática com a Casa Branca” e defendeu que “o momento é de negociar com responsabilidade e moderação”.
Ao classificar as ações como “paliativas”, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, disse que as medidas “podem dar algum fôlego às empresas, mas não resolvem a raiz do problema”.
Ele defendeu negociações firmes com os EUA para reverter as tarifas e declarou que, “se não houver rapidez na implementação e clareza nas regras, o risco é que os recursos e incentivos fiquem no papel”.
O pacote do governo federal estabelece a liberação de R$ 30 bilhões do FGE (Fundo de Garantia à Exportação), administrado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Na área fiscal, o governo avalia usar recursos do Tesouro Nacional para realizar compras públicas de produtos impactados pelas tarifas americanas.
O pacote inclui ainda o adiamento temporário da cobrança de impostos e contribuições federais para as empresas afetadas.
Produto ficou fora das isenções do tarifaço e foi o único citado nominalmente na investigação comercial dos EUA sobre o Brasil; pode ser usado como moeda de troca nas negociações
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 3ª feira (12.ago.2025) que o Brasil cogita incluir o etanol nas negociações do tarifaço com os Estados Unidos. O produto ficou de fora da lista de mercadorias isentas das tarifas de 50% impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano).
Integrantes do governo brasileiro defendem que o combustível não deve ser usado como moeda de troca em um eventual acordo com os EUA. Na contramão, Lula disse que revisar a tarifa do produto pode ser uma alternativa nas tratativas.
“Não nos recusamos a negociar a questão do etanol. Nós estamos dispostos a negociar a questão do etanol sem nenhum problema”, disse o petista em entrevista ao programa “O É da Coisa”, da BandNews.
O combustível foi o único produto citado nominalmente na investigação do Departamento de Comércio dos EUA sobre o Brasil. O documento publicado em março cita “práticas comerciais injustas” e “discriminação regulatória”.
“Os Estados Unidos sofrem com tarifas mais altas sobre o etanol impostas pelo Brasil e com o desequilíbrio comercial resultante da decisão do Brasil de abandonar o tratamento recíproco, praticamente isento de impostos, que promoveu o desenvolvimento de ambas as indústrias e um comércio florescente e mutuamente benéfico”, diz o relatório.
A tarifa de importação brasileira para o etanol é de 18%. Já os EUA aplicam uma tarifa de 2,5% sobre o combustível brasileiro. Atualmente, 60% do etanol importado pelo país norte-americano é produzido no Brasil.
Setores do agronegócio veem com preocupação a possibilidade de o produto entrar nas negociações. Por já ter sido citado em manifestações do governo norte-americano, a avaliação é que há alta probabilidade de a redução das tarifas sobre o combustível ser uma exigência em eventuais negociações.
Executivo também enviará PL e MP ao Congresso; Planalto diz que mudanças preservam proteção ambiental e segurança jurídica
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou 63 dispositivos do projeto de lei que flexibiliza regras de licenciamento ambiental no Brasil.
Segundo o Palácio do Planalto, os trechos barrados preservam “proteção ambiental e segurança jurídica” no processo e mantêm avanços para dar mais agilidade à análise de empreendimentos.
O governo anunciou nesta 6ª feira (8.ago.2025) o envio de um projeto de lei ao Congresso para suprir “vácuos” que seriam criados com os vetos e de uma medida provisória que permitirá a entrada imediata em vigor do modelo de licença ambiental especial — inicialmente previsto para daqui a 180 dias.
A apresentação foi feita no Palácio do Planalto pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira; e pela secretária executiva da Casa Civil, Míriam Belchior.
Segundo Belchior, a decisão foi “de governo” e não de um único ministério, resultado de “discussão criteriosa” que envolveu várias pastas e contou com reuniões longas, incluindo 5 horas de análise direta pelo presidente Lula. “Acho que isso demonstra bem como foi esse processo no âmbito do governo”, disse.
Segundo Belchior, a decisão do Executivo seguiu 4 diretrizes principais:
-
permitir a integridade do processo de licenciamento;
-
dar segurança jurídica para empreendimentos e investidores;
-
assegurar os direitos dos povos indígenas;
-
incorporar inovações ao modelo de licenciamento.
Belchior disse que, apesar dos 63 vetos — de um total de quase 400 dispositivos —, o Executivo manteve “avanços relevantes para a celeridade do processo”, tema que classificou como unanimidade.
Além disso, destacou que o projeto de lei que será enviado ao Congresso, com urgência constitucional, vai reinserir pontos que ficaram de fora com os vetos, mas com nova redação, para “continuar o diálogo democrático” com parlamentares.
A medida provisória, por sua vez, autoriza a aplicação imediata da licença ambiental especial, que terá procedimento acelerado e equipes dedicadas para projetos prioritários, “sem abrir mão dos controles necessários para o licenciamento ambiental”.
A ministra Marina Silva afirmou que o trabalho foi “minucioso” e resultado de um “estado permanente de reunião” desde que o texto saiu do Congresso, com análises sobre mais de 300 dispositivos e consultas à sociedade civil, comunidade científica e parlamentares. Destacou que os vetos preservam direitos de povos indígenas e comunidades quilombolas, garantindo que as consultas sejam baseadas na identificação feita pela Funai e pela Fundação Palmares, e não apenas em áreas homologadas ou tituladas.
A ministra também citou ajustes na Licença por Adesão e Compromisso, limitada a empreendimentos de baixo potencial poluidor, e na criação da Licença Ambiental Especial, que terá equipes dedicadas para projetos prioritários, mas seguirá todas as fases do licenciamento. “Nosso objetivo é ganhar agilidade sem perda de qualidade, conciliando desenvolvimento econômico e proteção ambiental”, disse.
Assista ao anúncio do governo:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (17/7) que “não é um gringo que vai dar ordem a um presidente da República”, em referência ao presidente dos Estados Unidos, Donal Trump. A declaração foi feita durante participação no 60º Congresso da UNE [União Nacional dos Estudantes], em Goiânia.
Em discurso aos estudantes, Lula criticou as retaliações anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, que ameaça impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
O mandatário brasileiro também anunciou que o Brasil “vai julgar e vai cobrar imposto das empresas americanas digitais”, referindo-se às big techs dos Estados Unidos.
Lula lembrou que, em 9 de abril, Trump enviou carta anunciando o “tarifaço” e citando o ex-presidente Jair Bolsonaro. Para responder, o Brasil regulamentou esta semana a Lei de Reciprocidade Econômica.
“Dia 16 de maio, a gente mandou uma carta para a equipe dos Estados Unidos, uma carta com as coisas que nós achávamos que poderia ser feito acordo. Não recebemos nenhuma resposta”, reclamou o presidente.
Ele explicou que, em vez de diálogo, só houve publicações em jornais e redes sociais.
“A resposta que nós recebemos foi a matéria publicada no jornal, no e-mail dele, no zap dele, no portal dele, porque ele não se dignou nem sequer a mandar uma carta”, reclamou.
‘Problemas internos são dos brasileiros’
Ao abordar as plataformas digitais, Lula afirmou que “não aceitamos que, em nome da liberdade de expressão, você fique utilizando [as redes] para fazer agressão, para fazer mentira, para [estimular] ódio entre as crianças, violência contra as mulheres, contra os negros, contra LGBTQIA+”.
Ele citou a recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que determinou a responsabilização direta das empresas por conteúdos criminosos postados por usuários.
Para ilustrar sua reação às ameaças de Trump, Lula comparou-se a um jogador de truco: “Quando o cara truca, a gente tem que escolher: eu corro ou eu grito ‘seis’ na orelha dele. Então, eu estou jogando”.

O presidente reforçou que o Brasil “gosta de negociação, respeita o diálogo. Mas não aceitará que ninguém se meta nos nossos problemas internos, que é dos brasileiros”.
Sobre sua trajetória, lembrou suas origens humildes: “Um cara que nasceu em Caetés, chegou em São Paulo com sete anos de idade, comeu pão pela primeira vez com sete anos… não é um gringo que vai dar ordem a esse presidente da República”.
Durante o evento, em que Lula estava acompanhado de diversos ministros, foi lida carta de reivindicações da UNE, Ubes e ANPG, que alertou para “a nova escalada da ofensiva do Império sobre o nosso país” e afirmou que “para vencer a extrema-direita das fake news, da concentração de renda, da destruição, precisamos retomar o papel do Estado”.
Presidente sanciona lei que beneficia estudantes
Lula ainda convocou os estudantes a “politizar a sociedade brasileira” e ensinar a população a “distinguir a mentira da verdade”.
“A juventude é muito vulnerável à chamada máquina das empresas digitais”, disse, “e é importante que ela consiga aprender a distinguir a mentira da verdade.”

Ainda no congresso, o presidente sancionou a lei que amplia repasses do Fundo Social para políticas assistenciais a estudantes da rede pública de ensino superior e profissional.
Antes de subir ao palco, Lula se encontrou com sobreviventes de acidente com ônibus de estudantes da Universidade Federal do Pará na BR-153, em Goiás. Cinco pessoas morreram, sendo três estudantes que vinham para o Congresso. Ele determinou apoio da Força Nacional do SUS e ofereceu transporte para que os estudantes paraenses retornem a Belém em segurança.
Para o petista, “ainda não há uma crise” entre EUA e Brasil, mas utilizará da reciprocidade caso as negociações sobre tarifas não funcionem
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 5ª feira (17.jul.2025) que pensou que a carta enviada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), sobre tarifas de 50% sobre produtos brasileiros fosse fake news.
Em carta endereçada a Lula, Trump considerou uma “vergonha internacional” a forma como o ex-presidente Jair Bolsonaro é julgado, afirmando que existe uma “caça às bruxas” que deve acabar “imediatamente”.
Segundo o presidente brasileiro, a manifestação do norte-americano teria o intuito de “interferir” nos processos judiciais do Brasil e ameaçar a soberania nacional.
Segundo Lula, em entrevista à CNN Internacional, “ainda não há uma crise” na relação entre o Brasil e os EUA, mas disse que o país “não quer ser refém” do país norte-americano.
No início do programa, a emissora norte-americana exibiu um trecho da entrevista que Bolsonaro deu ao Poder360 na última 3ª feira (15.jul). No trecho, o ex-presidente mencionou que “é apaixonado” por Trump, e que foi tratado como um “irmão” pelo líder norte-americano.
Lula ainda disse que deseja manter uma “boa relação” com Trump, assim como cultivou com ex-líderes dos EUA. “Eu me dei bem com Clinton, Bush, Obama, Biden. Quero resolver essa questão e ir para a mesa de negociação”, afirmou o petista.
Tarifaço de Trump
Donald Trump impôs na 4ª feira (9.jul), uma tarifa comercial de 50% sobre produtos brasileiros.
O principal argumento do presidente norte-americano para a imposição da tarifa comercial é de que as autoridades governamentais brasileiras estariam “perseguindo” o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ex-chefe do Executivo federal é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado depois do resultado das eleições presidenciais de 2022, em que saiu derrotado. Pode pegar até 43 anos de prisão, se condenado.
Em resposta à medida de Trump, o presidente Lula afirmou que o “Brasil não aceitará ser tutelado por ninguém” e que a elevação unilateral de tarifas sobre exportações brasileiras adotará a Lei da Reciprocidade Econômica (15.122 de 2025) para responder à imposição.
“O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de Estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”, afirmou Lula em nota divulgada na última 4ª feira (9.jul).
Entenda a disputa tarifária entre EUA e Brasil
Assista (1min47s):
Postagem responde à investigação comercial dos EUA contra o Brasil, que colocou o Pix como alvo por possíveis práticas comerciais desleais
O perfil do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou nesta 4ª feira (16.jul.2025) nas redes sociais uma imagem com a frase: “O Pix é nosso, my friend”. A postagem no X (ex-Twitter) e no Instagram faz referência à investigação comercial aberta pelos Estados Unidos contra o Brasil para apurar possíveis práticas desleais envolvendo o Pix e o comércio informal na rua 25 de Março, em São Paulo.
“O Pix é do Brasil e dos brasileiros! Parece que nosso Pix vem causando um ciúme danado lá fora, viu? Tem até carta reclamando da existência do nosso sistema: seguro, sigiloso e sem taxas”, diz a publicação.
Como mostrou o Poder360, o Planalto decidiu usar “soberania” como pilar na comunicação sobre tarifaço. Em outra publicação no X, o governo volta a defender o mote da soberania.
“Só que o Brasil é o quê? Soberano. E tem muito orgulho dos mais de 175 milhões de usuários do Pix, que já é o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros. Nada de mexer com o que tá funcionando, ok?”.
ENTENDA
A investigação do governo norte-americano apura as políticas brasileiras que poderiam prejudicar a competitividade de empresas norte-americanas no setor de pagamentos digitais e comércio eletrônico.
O documento foi divulgado na 3ª feira (15.jul) pelo USTR (Escritório do Representante do Comércio dos EUA). Eis a íntegra (PDF – 189 kB).
“O Brasil parece se envolver em várias práticas desleais relacionadas a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, mas não se limitando a favorecer seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo”, diz o documento.
Os EUA afirmam que avaliarão práticas brasileiras em áreas como comércio eletrônico, tecnologia, taxas de importação e desmatamento. Além disso, criticam a proteção de propriedade intelectual no Brasil.
A depender das conclusões da investigação, o país poderá recomendar novas medidas como sanções comerciais ou negociações bilaterais. O escritório deve realizar uma audiência pública em relação ao caso em 3 de setembro.
Distância entre quem aprova e desaprova foi reduzida de 17 para 10 pontos percentuais de maio para julho
Pesquisa da Quaest divulgada nesta 4ª feira (16.jul.2025) indica que a desaprovação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu 4 p.p.: passou de 57% em junho para 53%.
O levantamento da Quaest foi encomendado pela Genial Investimentos. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil, de 10 a 14 de julho. A margem de erro é de 2 p.p., para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Eis a íntegra (PDF – 9 MB).
Eis o cenário da pesquisa de julho, quando os entrevistados responderam à pergunta “Você aprova ou desaprova o trabalho que o presidente Lula está fazendo”:
- desaprova – 53%;
- aprova – 43%;
- não sabe/não respondeu – 4%.
“O que chama atenção é que a melhora na popularidade se deu principalmente fora das bases de apoio tradicionais do governo”, disse Felipe Nunes, diretor da Quaest.
A principal recuperação se deu no Sudeste.
Com relação à renda familiar, a mudança mais significativa foi entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos.
A aprovação segue alta entre os que dizem ser lulistas e baixa entre os que se classificam como bolsonaristas. A maior alteração foi nos setores moderados.
Segundo Nunes, 3 fatores explicam a melhora na percepção da população com relação ao governo. São eles:
- confronto entre Lula e o presidente dos EUA, Donald Trump;
- melhora na percepção econômica;
- campanha “nós contra eles” promovida pelo governo.
A maioria (79%) diz acreditar que a tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros vai prejudicar suas vidas. Já 72% consideram que Trump errou ao impor a taxa ao Brasil sob a justificativa de que haveria perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“O tarifaço contra o Brasil conseguiu unir a esquerda, os lulistas e os moderados (sem posicionamento); mas dividiu a direita e os bolsonaristas. Ou seja, empurrou o ‘centro’ para o colo do Lula”, disse Nunes.
ECONOMIA
O percentual dos que disseram considerar que a economia do Brasil está inalterada nos últimos 12 meses permaneceu igual: 30%.
Eis o cenário completo:
- piorou – 46%;
- ficou do mesmo jeito – 30%:
- melhorou – 21%;
- não souberam ou não responderam – 3%.
Caiu o percentual dos que disseram que o preço dos alimentos subiu.
“O que mudou pela 1ª vez na série histórica foi a expectativa sobre a economia no próximo ano: 43% afirmam que ela deve piorar. Essa mudança deve estar associada à preocupação que as tarifas de Trump provocaram na população”, declarou Nunes.
CONGRESSO
Metade (51%) dos entrevistados disse ter tido conhecimento da tensão entre o governo federal e o Congresso. Para 79%, esse conflito mais atrapalha do que ajuda o governo.
Eis o cenário completo:
- mais atrapalha – 79%;
- mais ajuda – 12%;
- não souberam ou não responderam – 9%.
Um dos temas em disputa entre o Legislativo e o Executivo é a cobrança de impostos. Para 63% dos brasileiros, o governo deveria aumentar impostos dos mais ricos para poder diminuir a taxação dos mais pobres.
Governador de SP afirma que o encontro com representante norte-americano e empresários visa somar esforços para reverter tarifaço
Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), governador de São Paulo, afirmou que o governo federal é o protagonista das negociações com o governo dos Estados Unidos, para reduzir a tarifa de 50% imposta por Donald Trump (Partido Republicano) sobre as importações brasileiras.
Em entrevista à CNN Brasil, o governador disse que sua reunião com empresários e um representante da Embaixada dos EUA nesta 3ª feira (15.jul.2025) visa a “somar esforços” e não disputar holofotes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“São esforços que se somam; não é para competir. O protagonismo dessa negociação é do governo federal. Nosso papel como governo do Estado é limitado, mas importante para mostrar o senso de urgência na questão”, disse o governador paulista.
São Paulo liderou o volume de exportações do Brasil para os EUA em 2024. Foram US$ 13,6 bilhões, equivalentes a 33,6% de tudo o que foi vendido pelo Brasil no ano passado ao país norte-americano.
Tarcísio acrescentou que a posição comercial de São Paulo em relação a Washington o leva a “trabalhar para resolver o problema do empresário e do produtor do Estado”.
O encontro de Tarcísio com empresários está marcado para as 9h30 desta 3ª feira (15.jul). De acordo com a CNN, participam Gabriel Escobar, encarregado de negócios da Embaixada dos EUA em Brasília, e representantes de 15 setores econômicos, como carne, café, laranja, siderurgia, aviação, máquinas e equipamentos.
Os EUA não têm atualmente embaixador no Brasil. Portanto, Escobar é o representante do governo norte-americano em Brasília. Na 6ª feira (11.jul), Tarcísio já havia se reunido com Escobar para tratar das tarifas.
Recentemente, o governador paulista tem sido mais brando em relação ao governo federal ao abordar o tarifaço de Trump.
Logo que o presidente dos EUA divulgou, por meio de sua rede digital Truth Social, a carta destinada a Lula anunciando a alíquota de 50% para o Brasil na 4ª feira (9.jul), Tarcísio responsabilizou o governo federal pela medida. Na ocasião, publicou uma nota em que afirmou que “o governo Lula não entendeu ainda que ideologia e aritmética não se misturam”.
No sábado (12.jul), o governador paulista amenizou o tom e afirmou ser necessário unir “esforços” para “resolver a questão”.
ALVO DE CRÍTICAS
Tarcísio foi alvo de críticas de ministros e aliados de Lula no Congresso quando reagiu à carta de Trump. Mas também foi criticado por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por se reunir com Escobar em Brasília.
Para o deputado licenciado, o governador o desrespeitou ao buscar, por iniciativa própria, uma saída para as tarifas de Trump.
“O Tarcísio utilizou os canais errados. O filho do presidente está nos EUA. O Tarcísio não tem nada que querer costurar por fora uma decisão que provavelmente vai chegar a mais um acordo caracu [expressão popular usada quando apenas um dos lados da parceria sai prejudicado]. O Tarcísio tem que entender que o filho do presidente está nos EUA e tem acesso à Casa Branca”, disse o congressista em entrevista à Folha de S.Paulo publicada na 2ª feira (14.jul).
Também à CNN Brasil, Tarcísio disse que não tem problemas com a opinião do filho de Jair Bolsonaro (PL).
“Sem problema. Neste momento, estou olhando para São Paulo, para o seu setor industrial, para a sua indústria aeronáutica, de máquinas e equipamentos, para o nosso agronegócio, para os nossos empreendedores e trabalhadores”, disse.
Tarcísio é frequentemente apontado como possível substituto de Jair Bolsonaro na disputa pela vaga da direita para concorrer à Presidência em 2026 contra Lula, que deve tentar a reeleição. Bolsonaro está inelegível, segundo decisão de 2023 do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Levantamento da Paraná Pesquisas mostra que governador do Estado teria 33,6% ante 34,4% do ex-presidente e 49% ante 15,5% do petista em disputa pelo Planalto em 2026; a margem de erro é de 2,5 p.p.
Um levantamento feito pela Paraná Pesquisas no Estado do Paraná mostra que o atual governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), empataria com o ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), dentro da margem de erro, que é de 2,5 pontos percentuais, em disputa pelo Planalto em 2026. O governador tem 33,6% das intenções de voto ante 34,4% do ex-presidente.
No confronto com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador paranaense tem 49% das intenções de voto ante 15,5% do petista.
Os cenários simulados também incluem Ciro Gomes (PDT), Ronaldo Caiado (União Brasil), e Renan Filho (MDB).
Eis o cenário com Jair Bolsonaro:
- Jair Bolsonaro (PL) – 34,4%;
- Ratinho Junior (PSD) – 33,6%;
- Lula (PT) – 15,5%;
- Ciro Gomes (PDT) – 4,7%;
- Ronaldo Caiado (União Brasil) – 1,2%;
- Renan Filho (MDB) – 0,4%;
- não sabem/não opinaram – 4,1%;
- nenhum/brancos/nulos – 6,2%.
Eis o cenário com Lula:
- Ratinho Junior (PSD) – 49%;
- Lula (PT) – 15,5%;
- Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 15,5%;
- Ciro Gomes (PDT) – 5,1%;
- Ronaldo Caiado (União Brasil) – 1,0%;
- Renan Filho (MDB) – 0,4%;
- não sabem/não opinaram – 4,9%;
- nenhum/brancos/nulos – 8,6%.
Eis o cenário com Michelle Bolsonaro:
- Ratinho Junior (PSD) – 44,7%;
- Michelle Bolsonaro – 21,4%;
- Lula (PT) – 15,5%;
- Ciro Gomes (PDT) – 5,0%;
- Ronaldo Caiado (União Brasil) – 1,9%;
- Renan Filho (MDB) – 0,3%;
- não sabem/não opinaram – 4,1%;
- nenhum/brancos/nulos – 7,1%.
Eis o cenário com Eduardo Bolsonaro:
- Ratinho Junior (PSD) – 48,8%;
- Lula (PT) – 15,5%;
- Eduardo Bolsonaro (PL) – 15,2%;
- Ciro Gomes (PDT) – 5,4%;
- Ronaldo Caiado (União Brasil) – 1,9%;
- Renan Filho (MDB) – 0,3%;
- não sabem/não opinaram – 4,4%;
- nenhum/brancos/nulos – 8,5%.
2º TURNO
O levantamento testou também os eventuais cenários em 2º turno. Eis os resultados:
Lula X Jair Bolsonaro:
- Jair Bolsonaro (PL) – 57,2%;
- Lula (PT) – 24%;
- não sabem/não opinaram – 6,3%;
- nenhum/brancos/nulos – 12,5%.
Lula X Michelle Bolsonaro:
- Michelle Bolsonaro – 55,7%;
- Lula (PT) – 25%;
- não sabem/não opinaram – 6,1%;
- nenhum/brancos/nulos – 13,2%.
Lula X Tarcísio de Freitas:
- Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 50,3%;
- Lula (PT) – 25%;
- não sabem/não opinaram – 6,8%;
- nenhum/brancos/nulos – 18%.
Lula X Eduardo Bolsonaro:
- Eduardo Bolsonaro (PL) – 49,9%;
- Lula (PT) – 26,2%;
- não sabem/não opinaram – 6,6%;
- nenhum/brancos/nulos – 17,3%.
Lula X Ratinho Junior
- Ratinho Junior (PSD) – 68,6%;
- Lula (PT) – 17,7%;
- não sabem/não opinaram – 4,4%;
- nenhum/brancos/nulos – 9,2%.
AVALIAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL
O levantamento também perguntou aos entrevistados como avaliam o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A maioria (59,4%) diz considerar a gestão de Lula “ruim” ou “péssima”. A avaliação positiva, ou seja, “ótima” ou “boa”, soma 19%, enquanto 20,5% dizem achar o atual governo “regular”.
Eis os percentuais:
- ótimo – 5,4%;
- bom – 13,6%;
- regular – 20,5%;
- ruim – 10,1%;
- péssimo – 49,3%;
- não sabem/não opinaram – 1,1%.
De maneira mais objetiva, com apenas duas opções de respostas (aprova/desaprova), 28,5% dos eleitores dizem aprovar o governo do petista, enquanto 68,3% desaprovar. Outros 3,2% não souberam responder.
Eis os percentuais:
- aprovam – 28,5%;
- desaprovam – 68,3%;
- não sabem/não opinaram – 3,2%.
A Paraná Pesquisas ouviu 1.540 eleitores em 62 municípios do Paraná, de 3 a 6 de julho de 2025. O grau de confiança é de 95,0% e a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais.
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