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26 de agosto de 2025
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Um tribunal de Hong Kong ordenou o congelamento de US$ 24 milhões (cerca de R$ 139,2 milhões) em ativos nos EUA pertencentes à mulher de Xia Haijun, ex-CEO do China Evergrande Group, marcando uma vitória para os liquidantes que tentam recuperar bilhões da gigante imobiliária falida.

A decisão, emitida no início de agosto pelo juiz Coleman, do Tribunal Superior de Hong Kong, reforça os esforços para recuperar recursos para credores, enquanto a Evergrande enfrenta a iminente exclusão da Bolsa de Valores de Hong Kong em 25 de agosto.

A determinação judicial incluiu a mulher de Xia, com o sobrenome He, como a 8ª ré no processo e a proíbe de vender os bens. O tribunal determinou que Xia era o verdadeiro beneficiário dos ativos e não cooperou em revelar seu patrimônio.

A liquidação da Evergrande foi ordenada por um tribunal de Hong Kong em janeiro de 2024. Desde então, os liquidantes nomeados pela corte buscam recuperar US$ 6 bilhões (R$ 34,8 bilhões) em dividendos e pagamentos de 7 réus, incluindo:

  • o presidente da Evergrande, Hui Ka Yan (nome em mandarim: Xu Jiayin);
  • a ex-mulher de Hui, Ding Yumei;
  • o ex-CFO Pan Darong;
  • Xia Haijun;
  • 3 entidades ligadas a Ding.

As alegações referem-se a demonstrações financeiras supostamente fraudadas de 2017 a 2020.

Os bens recém-congelados, todos localizados na Califórnia, nos Estados Unidos, incluem 3 propriedades de luxo e 4 carros. São duas casas em Irvine avaliadas em US$ 7,12 milhões (R$ 41,3 milhões) e US$ 3,24 milhões (R$ 18,8 milhões) cada, segundo o site imobiliário Zillow. A 3ª, que fica em Newport Coast, é uma mansão com 6 quartos, piscina, academia e vista para o mar, comprada por US$ 14,5 milhões (R$ 84,1 milhões) em dezembro de 2023. Os carros são 3 Teslas e 1 Mercedes-Benz SUV.

O juiz Coleman concordou com os liquidantes de que, com base nas declarações de Xia (que era o único provedor da família), os recursos para as compras nos EUA vieram dele. A aquisição da mansão em Newport Coast –feita depois da crise da Evergrande e pouco antes de uma audiência de falência– foi considerada suspeita. O imóvel foi comprado através do “New Life Trust”, um fundo revogável criado em 1º de dezembro de 2023, que tinha He como única administradora. Os liquidantes argumentam que isso fazia parte do plano de Xia para recomeçar a vida nos EUA.

O tribunal destacou que Xia foi “extremamente relutante” em fornecer seu endereço, indicando um local no Canadá, apesar de evidências de que ele passa a maior parte do tempo na Califórnia, onde seu filho de 12 anos estuda em uma escola privada. O juiz afirmou que Xia representa “risco sério” de dissipar ativos.

Agora, os liquidantes precisam buscar reconhecimento da medida judicial nos EUA.

A ação espelha medidas anteriores contra outras pessoas ligadas à Evergrande. Ding Yumei já teve bens congelados em Hong Kong e no Reino Unido, onde um tribunal aprovou um auxílio mensal de £ 20 mil (R$ 145 mil) para suas despesas, segundo a Bloomberg.


Esta reportagem foi originalmente publicada em inglês pela Caixin Global em 15.ago.2025. Foi traduzida e republicada pelo Poder360 sob acordo mútuo de compartilhamento de conteúdo.



Autor Poder360 ·


Varejista sediada em Singapura solicitou confidencialmente aprovação da Comissão Reguladora de Valores da China para operação

A Shein, varejista de moda rápida fundada na China e com sede em Singapura, apresentou confidencialmente um pedido de IPO (Oferta Pública Inicial), para venda de suas ações na Bolsa de Valores Hong Kong e solicitou aprovação da CSRC (Comissão Reguladora de Valores da China) para a operação na semana passada. As informações são da Financial Times.

A decisão se deu depois de cerca de 18 meses de impasse em sua tentativa de abrir capital em Londres, travada por divergências regulatórias, especialmente referente à sua cadeia de fornecimento ligada à região “politicamente sensível” de Xinjiang. A região é alvo de acusações por supostas violações de direitos humanos contra a população local.

A FCA (reguladora do Reino Unido) aprovou no início de 2025 uma versão de prospeção preliminar, mas a CSRC rejeitou. Com cerca de US$ 12 bilhões em caixa, a Shein não tem pressa para o IPO, mas enfrenta pressão de investidores.

A tentativa de listagem em Hong Kong também funciona como uma tática para pressionar o Reino Unido a flexibilizar regras, já que Londres ainda é a preferida pela base de investidores. Porém, as chances são baixas.

Em janeiro, um parlamentar britânico expressou preocupações à FCA depois de um executivo da Shein se recusar a comentar sobre o uso de algodão de Xinjiang. A Bolsa chinesa é considerada mais permissiva em relação à discrição de riscos políticos, e o governo chinês vem incentivando empresas a priorizar Hong Kong para listagens no exterior.

Goldman Sachs, Morgan Stanley e JPMorgan seguem assessorando a Shein, mas não comentaram o caso. Além disso, nem a Shein, nem os reguladores se manifestaram publicamente sobre o assunto.



Autor Poder360 ·